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Estrutura e preparo de esboço

3ª Lição : Estrutura e preparo de Esboço

Introdução: Falamos até agora das coisas essenciais: Oração e amor pela Palavra. Mas
devemos acrescentar que existem outros mecanismos que compõe a pregação.
Exemplificando, podemos dizer que a oração e a palavra são as partes fundamentais de
um carro, quanto as demais, são peças auxiliares, mas ainda sim, importantíssimas.
Conhecer estruturas de esboço e saber montar um que mais se adapte ao seu estilo de
pregação é fundamental para o seu melhor rendimento no púlpito. Quem de nós já não
passou pela experiência de ter que anotar coisas para não deixar de realizá-las? O sermão
é exatamente isto. Você recebeu algo de Deus e é necessário que você anote para não correr
o risco de esquecer ao subir na plataforma.

Esta parte de nosso estudo será mais técnica, mas isto não tira a sua importância. Creio
piamente no valor de conhecermos e termos uma prática de preparo de sermão, pois faço
isto ao longo do meu ministério e vejo como tem sido útil.

Creio que, hoje, “os famosos pregadores de dedo” são peças raras. Aqueles que no dia que
vai pregar, pega sua bíblia, faz uma rápida oração e abre a bíblia e o texto que ele abrir
primeiro será o texto usado para pregar.

Nesta lição passaremos por noções fundamentais de hermenêutica e homilética, passando


para os tipos de sermões.

Noções de Hermenêutica: Primeiro precisamos definir o que significa esta palavra.


Hermenêutica é a arte de interpretar textos, em nosso caso, textos bíblicos, considerando
o contexto histórico em que foi escrito e suas figuras de linguagem.
Os escritos da Bíblia compreendem milhares de anos, desde o Pentateuco, escrito por
Moisés até o Apocalipse, escrito pelo apóstolo João. Então, na leitura dos textos bíblicos,
devemos considerar qual era a mente do autor, qual seu contexto histórico, que figuras ele
usou. As regras de hermenêutica nos ajudarão nesta tarefa.

Algumas regras da hermenêutica

1ª Regra: A Bíblia explica a Bíblia: Em outras palavras: “Um texto fora de contexto é
pretexto”. Sabemos , que mentes mal intencionadas, pode encontrar respaldo em textos da
bíblia para apoiar o adultério (profeta Oséias); Guerras (antigo testamento); Violência e
tantas outras coisas.
Jesus quando foi tentado por satanás no deserto, Ele usou esta regra de hermenêutica,
quando satanás vinha com um texto, fora do contexto, Ele rapidamente trazia de volta
para a Palavra.

Pregadores que quiserem alimentar um povo sadiamente, devem observar esta regra, não
se entregando a interpretações soltas e livres de textos bíblicos, mas buscando sempre
conhecer o que a Bíblia diz como um todo.

2ª Regra: Tomar as palavras no seu sentido usual e comum: Em muitos casos se torna
impossível tomarmos alguns textos e versos bíblicos ao pé da letra. Para isso, é
fundamental aplicarmos esta regra, tomando as palavras no seu sentido usual, ou seja, da
forma que o autor queria se comunicar. Em nosso país, dependendo da região que
moramos, uma palavra pode ter um sentido diferente do que outra região.
Um exemplo disto, usando o texto bíblico que diz: “Se alguém vem a mim, e não aborrece
a seu pai e mãe… não pode ser meu discípulo.”(Lc 14:26) O que a palavra aborrece
significa para nós? Algo diferente do que significava na época e lugar que foi escrito, pois
a palavra aborrece fala de escolha.

3ª Regra: É necessário consultar passagens paralelas: Uma bíblia de estudo facilita


encontrarmos passagens paralelas ao texto que estamos lendo. Em muitos escritos de
Paulo, ele faz referência à textos do velho testamento. Na preparação de um sermão, é bom
consultarmos tais passagens para ampliarmos o contexto do que queremos falar.
Esta regra se aplica também ao paralelismo de idéias, ou seja, passagens que falam por
exemplo sobre o sermos “novas criaturas” explicam o que significa isto.

A intenção deste estudo não é ser exaustivo, mas apenas apontar caminhos que devemos
trilhar. Na hermenêutica ainda existe diversas matérias para se aprofundar, tais como:
Figuras de Retórica (Metáforas, Alegorias, parábolas, símiles, etc…), Hebraísmos. Sugiro
aos estudantes, que comprem um livro que fale sobre hermenêutica, a fim de adquirirem
mais conhecimento.

Noções de Homilética : A palavra homilética é derivada da palavra grega Homilos, que


traz a idéia uma assembléia, um grupo de pessoas, que se reúne para ouvir um discurso.
O cristianismo, desde seus primeiros pais, tem se usado das regras de homilética (retórica)
, a fim de tornar a mensagem do evangelho mais clara aos ouvintes. Embora o termo
homilética, referindo-se a pregação, foi mais utilizado a partir do século XVII.
O estudo da Homilética, no seu sentido mais amplo, é vasto, e é uma ciência praticada
pelos gregos desde antes de Jesus, com o nome de retórica. O Reverendo Hermisten Maia
a chamou de “Retórica sagrada”.

Falaremos aqui sobre alguns aspectos da homilética, que poderão ajudar o pregador
iniciante:

o Boa exegese : O pregador deve, com ajuda de comentários bíblicos, estudar o texto a
ser pregado, de forma a dominar o assunto e expô-lo com sabedoria aos ouvintes.
o Boa dicção e uso da voz: Se esforçar para que o que ele está dizendo seja entendido pelo
povo de forma clara. Caso o pregador tenha algum problema de dicção é recomendável
que ele procure ajuda, a fim de melhorar a sua comunicação com os ouvintes. É
importante também fazer bom uso da voz, alternando velocidade, volume e
modulação.
o Boa lógica: Habilidade de raciocínio, conhecendo bem os argumentos contra e a
favor daquilo que se vai falar.
o A linguagem do corpo: Estudiosos mostram que mesmo sem palavras, nosso corpo
pode está dizendo o que se passa conosco. Alguém que mantém a mão no bolso, pode
sinalizar nervosismo; alguém que não olha para os ouvintes é sinal de timidez.
Divisões do sermão: Um sermão é dividido em três grandes partes, tendo cada uma
delas sua função especifica na entrega da mensagem. São elas:
o Introdução: é a porta de entrada para o que o pregador vai falar. Ela deve causar nos
ouvintes interesse pelo assunto. Na introdução, o pregador deve trazer seus ouvintes
a vislumbrarem um pouco do tema da pregação. Ela é a primeira impressão do sermão,
por isso deve ser bem trabalhada, de forma a despertar a atenção dos ouvintes. Não
deve tomar mais do que 10% a 20% do tempo usado no sermão inteiro.
o Corpo ou divisões: É a parte central do sermão e a que ocupa o maior tempo. As
divisões são os pontos que o pregador usará para expor o tema central da mensagem.
As divisões devem seguir uma ordem crescente, levando os ouvintes a desejarem ouvir
mais e mais. Por exemplo: Se a mensagem é dividida em pontos negativos e positivos,
comece falando dos negativos, apresentando os positivos como solução para os
anteriores; Você pode também dividir sua mensagem, usando um ponto para falar de
um problema, no outro ponto para falar das conseqüências, e por fim, terminar falando
da solução que o texto expressa. O pregador pode escrever a maior parte daquilo que
falará na pregação ou apenas anotar as divisões desenvolvendo-as no momento da
pregação. A história mostra que grandes pregadores usaram os dois métodos.
C.H.Spurgeon usava o segundo método e Jonathan Edwards, no início usava o método
de escrever quase na integra seus sermões. Cada pregador deve analisar o que lhe deixa
mais livre para ser usado por Deus. Eu sou adepto de escrever boa parte do que irei
falar em meus sermões.
o Conclusão: A conclusão é o gran finale do sermão, deve ser preparada com cuidado e
deve está de acordo com o que foi dito. Ela deve desafiar os ouvintes a praticarem o
que foi exposto (Aplicação). Tal como a introdução, a conclusão não deve ocupar a
maior parte do tempo do sermão, mas deve ser direta e viva, oferecendo aos ouvintes
considerações e aplicações curtas e diretas sobre o tema do sermão.
Tipos de sermão: Os estudiosos dividem o sermão em três tipos ou classificações,
sendo elas:
o Temático ou Tópico;
o Textual;
o Expositivo;
Nossa proposta é expor as vantagens e os perigos de cada um, entendendo que nosso
curso se destina para pregadores iniciantes, que num dado momento poderão se valer
de um tipo de sermão, e, obtendo maior prática, buscarem aqueles que exigem um
maior aprofundamento.

1º Tipo: Sermão temático ou tópico: É o tipo do sermão, onde a ênfase recai sobre um
determinado tema que queira se expor, tendo assim o a liberdade de usar diversos textos
ou versos, que o auxiliem na exposição do tema.
Exemplo de sermão temático:
Tema: A fé de Abraão

Texto: Hb 11:8

Introdução:

Divisões do sermão:

1.Mostrou fé deixando Ur e indo para a terra prometida (Gn 12);

2.Mostrou fé quando deixou Ló escolher a melhor terra (Gn 13);

3.Mostrou fé quando ofereceu Isaque (Gn 22);

Conclusão:
Vantagens:
1- Sermão de fácil montagem;

Perigos:
1- Comodismo do pregador;

2- Mensagem preparada na última hora;

3- Textos fora de contexto (regra da hermenêutica);

2º Tipo: Sermão Textual: É o tipo do sermão, onde a ênfase recai sobre o texto. As divisões
são extraídas do texto, neste caso, o texto escolhido não deve ser longo.
Exemplo de sermão textual:
Texto: I Tm 4:12

“Torna-te padrão dos fieis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.”

Introdução:

Divisões do sermão (baseadas no texto):

1.Exemplo na palavra;

2.Exemplo no procedimento;

3.Exemplo no amor;

4.Exemplo na fé;

5.Exemplo na pureza;

Conclusão:

Vantagens:
1-Sermão de fácil montagem;

Perigos:
1-Comodismo do pregador;

2-Mensagem preparada na última hora;

3-Versículo fora de contexto (regra da hermenêutica);

3º Tipo: Sermão Expositivo: É o tipo do sermão, onde a ênfase recai sobre a exposição de
um texto bíblico ou até mesmo um pequeno livro (3 João), considerando seu contexto, seu
autor e a relação com outros textos bíblicos.
Exemplo de sermão expositivo:
Texto: I Cor 13

Tema: O amor sublime

Introdução

Divisões do sermão (baseadas no texto):


1.Exposição: A importância do amor (versos 1-3);

2.Exposição: A natureza do amor (versos 4-7);

3.Exposição: A permanência do amor, como dom supremo (versos 8-13);

Obs: cada divisão desta pode receber sub-divisões, de forma a uma exposição melhor.

Conclusão

Vantagens:
1-Aprimoramento do pregador;

2-Crescimento dos ouvintes;

Perigos:
1-Mensagem se tornar longa;

2-Exagero de informação, sem objetividade;

Conclusão da lição: O preparo do sermão é de fundamental importância para o pregador.


Conhecer e dominar as técnicas o ajudará no bom resultado, mas voltamos a enfatizar que
nosso testemunho sempre falará mais alto do que nossas palavras.

Sejamos laboriosos pregadores, procurando fazer tudo com zelo e esmero, mas não
sejamos negligentes na oração e leitura (estudo) da Palavra. Jesus disse: “que a boca fala
do que está cheio o coração.” Encha teu coração da Palavra e naturalmente, ela
transbordará através da tua vida.

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