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PCC3462 - SISTEMAS PREDIAIS II

Segurança contra incêndio – Conceitos básicos

Professores:
Lúcia Helena de Oliveira
Moacyr Eduardo Alves da Graça
Orestes Marraccini Gonçalves

São Paulo, 2018.


Segurança contra incêndio – Conceitos básicos

Ocorrências de incêndios estruturais (exceto residenciais)


noticiados em 2015 – por ocupação

Fonte: https://www.sprinklerbrasil.org

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Segurança contra incêndio – Conceitos básicos

Ocorrências de incêndios (exceto residenciais)


noticiados em 2015 – por Estado

Fonte: https://www.sprinklerbrasil.org
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Segurança contra incêndio – Conceitos básicos

Natureza de incêndios no Estado de São Paulo - 2006

Ocorrência Total (%)


Incêndio em edificação 10.257 20,3
Incêndio em GLP dentro de edificação 453 0,9
Incêndio em GLP fora de edificação 203 0,4
Incêndio em objeto fora de edificação 792 1,6
Incêndio em vegetação cultivada 1.611 3,2
Incêndio em vegetação natural 19.123 37,9
Incêndio em veículo 4.574 9,0
Incêndios diversos 13.515 26,7
Total de incêndios 50.258 100

Fonte: SEITO et al./2008


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Causas possíveis de incêndios em São Paulo - 2006

Ocorrência Total (%)


Outras causas 26.652 52,7
Ato incendiário 13.653 27,0
Instalações elétricas inadequadas 3.677 7,3
Displicência ao cozinhar 1.059 2,0
Prática de ações criminosas 966 1,9
Ignição expontânea 909 1,8
Brincadeira de crianças 705 1,4
Displicência de fumantes 696 1,3
Superaquecimento de equipamento 591 1,2
Total de incêndios 50.258 100

Fonte: SEITO et al./2008


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Árvore de decisões de Segurança contra incêndio (NFPA)

Objetivos na Segurança
contra incêndio

Evitar deflagração Dominar a


do incêndio incidência do fogo
entre o foco de
fontes de calor

Controlar o que
está exposto ao
incêndio e os

Controlar os
combustíveis

combustíveis
Controlar as

Controlar as

Debelar o
interações

incêndio

incêndio
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Componentes do ramo “Evitar a deflagração do incêndio” da árvore de
decisões da NFPA

Evitar a Deflagração do Incêndio

Controlar as Controlar as interações Controlar os


fontes de calor entre o foco de incêndio combustíveis
e os combustíveis

Eliminar Limitar a Eliminar Controlar a


as fontes velocidade de os inflamação dos
de calor produção de combustíveis combustíveis
calor

Controlar a Controlar os Controlar o


migração do processos de acesso aos
foco de transmissão de Controlar as Controlar
incêndio calor combustíveis propriedades o entorno
dos comb.
Criar barreiras
e combustível
Separar fogo

combustíveis
entre fogo e
combustível

Convecção
Condução

Radiação

Afastar os
barreiras
Criar

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Controlar as propriedades
de combustíveis

Limitar as quantidades de
combustíveis

Controlar os
combustíveis
Controlar o acesso do fogo

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aos combustíveis

Controlar as propriedades
físicas do entorno

combustão
Controlar o
processo de
Controlar a composição

entorno
química do entorno

Controlar o
Detectar o incêndio

Aplicar produtos extintores


em quantidade suficiente
Extinguir
NFPA

o incêndio
incêndio
Extinguir o

Detectar o incêndio
Debelar o Incêndio

Transmitir o aviso de
incêndio

Decidir atitudes a tomar


Extinguir
o incêndio

Instruir quem está próximo


automaticamente manualmente

ao local do incêndio

Aplicar produtos extintores


em quantidade suficiente
Garantir
estrutural
estabilidade
através de
Componentes do ramo “Debelar o incêndio” da árvore de decisões da

Ventilar o fogo
Controlar o incêndio
elementos construtivos
Segurança contra incêndio – Conceitos básicos

migração
Controlar

Confinar / conter o fogo


do incêndio

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Avaliação do Risco de Incêndio e as Decisões de Projeto

Situação Atual
 Avaliação do potencial de risco
 Resultado econômico em relação ao seguro

Situação Ideal
 Enfoque técnico e institucional

Alternativas de Segurança
Risco de Incêndio Associado

Nível
Concepção do Edifício
Métodos (Projeto) Técnico
de
Análise Avaliação do Edifício
(Seguro) Nível
Institucional
Classificação do Edifício
Risco de Incêndio Avaliado 9
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Enfoques da Segurança contra incêndio

Aspectos Básicos
 Proteção da vida
 Proteção patrimonial

Níveis de Abordagem
 Institucional
 Companhias de Seguros
 Órgãos Públicos legisladores
 Técnico-científico
 Entidades de pesquisa e desenvolvimento
 Empresas de projeto e construção
 Meio técnico em geral
 Operacional - usuários dos edifícios
 Corpo de Bombeiros
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Aspectos a serem considerados no projeto do edifício
visando a segurança contra incêndio
Manutenção da estabilidade
 estrutural
 dos elementos de fachada
Contenção do avanço do fogo
 compartimentação
 controle do potencial calorífico
Aviso de incêndio e evacuação
 sistemas de detecção e alarme
 caminhos de evacuação
 refúgios temporários
 sistemas para ventilação
 sistemas para controle do movimento da fumaça Smoke extract system solution
 sistemas de sinalização / iluminação / energia de emergência
 sistemas de monitoração / comunicação
Combate a incêndio
 sistemas manuais de extinção
 sistemas automáticos de extinção
 acessibilidade para a atuação dos Bombeiros 11
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Quadrilátero do Fogo

Combustível
Elemento que reage com o oxigênio, produzindo a combustão.
Os combustíveis podem ser divididos em:
 sólidos;
 líquidos;
 gasosos.
Um dos métodos de extinção consiste na retirada do material combustível
(ação física).

Calor
 Elemento que dá início ao incêndio e que incentiva a sua propagação.
 O método de extinção mais utilizado consiste no controle da reação de
combustão ou resfriamento do material incendiado, sendo a água o agente
extintor mais utilizado.
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Oxigênio
 Elemento responsável pela manutenção
das chamas e intensificação da combustão.
 Concentração aproximada de oxigênio:
 no ar = 21%
 necessária para ocorrer a combustão:
 de gases de hidrocarbonetos e vapores = 15%;
 da madeira = 45% a 50%.
 Denomina-se “abafamento” ao método de extinção que consiste na
diminuição dos níveis de oxigênio abaixo da concentração requerida pelos
materiais para queimar.
 O objetivo do abafamento é reduzir a concentração de oxigênio para
níveis abaixo de 13%.

 Exemplos:
 utilização de panos para controle de pequenos incêndios;
 utilização de sistemas de inundação total com gás carbônico.
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Reação em cadeia

 Ocorre na reação química da combustão (exotérmica) e acaba


por retroalimentar o processo.

 O método de extinção pela inibição da reação em cadeia da


combustão aplica-se àquelas em que há produção de chamas.

 Existem elementos capazes de reagir com os radicais ativos


intermediários da reação química da combustão, intervindo e
rompendo a reação em cadeia. Os compostos halogenados
constituem-se nos elementos mais utilizados (proibidos).

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Reação em cadeia

Chama inicial

Pirólise
Combustível Sólido

Liberação de Gases Combustíveis


Oxigênio
Mistura inflamável

Ignição

Reação de Combustão

Calor Chamas

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Curva Tempo-Temperatura do Incêndio

Um incêndio real, ao ocorrer em um edifício, possui três fases


características:

 Fase inicial: elevação da


temperatura.
 Seguna fase: propagação
generalizada.
 Terceira fase: redução da
temperatura e extinção.

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Curva Tempo-Temperatura do Incêndio

Fase inicial de elevação da temperatura


 Início: ignição de um combustível.

Características
 a quantidade de calor gerado e, portanto, a variação de temperatura do ambiente é
pequena, uma vez que existe pouco combustível queimando;
 as janelas estão ainda fechadas e a alimentação de reação através do oxigênio é baixa e
as correntes de convecção brandas;
 o calor gerado no fogo de incêndio vai aquecendo os outros materiais no ambiente, que
vão se aproximando de sua temperatura de ignição;
 a elevação da temperatura dos materiais vai se desenvolvendo até o momento em que
esteja faltando somente o oxigênio em quantidade suficiente para deflagrar um
incêndio generalizado;
 os vidros estouram, permitindo o acesso de grandes massas de ar;
 os gases combustíveis, que se acumulam em determinadas áreas, formando bolsões,
iniciam uma violenta combustão, e a temperatura cresce rapidamente
(até 400ºC - 600ºC).
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Curva Tempo-Temperatura do Incêndio

Segunda fase
Início: inflamação súbita generalizada (“flash-over”).

Características:
 o “flash-over” depende da natureza dos materiais envolvidos num incêndio,
tamanho e ventilação do compartimento etc., mas ocorre, em geral, após um
período de 5 a 20 min após o início do incêndio;
 pode ocorrer a ruptura dos elementos estruturais.

Terceira fase
Início: após a queima de parte considerável do combustível não existe energia
suficiente para contrabalançar o calor perdido para o meio externo.

Características:
 ocorre uma queda da temperatura;
 os gases liberados na queima dos materiais já foram praticamente consumidos,
restando ainda a parte sólida, cuja combustão é bastante lenta, podendo durar
alguns dias. 18
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Sistemas de Combate a Incêndio

Agentes Extintores

Sólidos
 areia e pó químico seco

Líquidos https://www.youtube.com/watch?v=6cMnczTY6fQ

 água na forma de jato sólido ou neblina


 água super-nebulizada - “water mist”
 espuma

Gasosos
 dióxido de carbono
 nitrogênio
 hidrocarbonetos halogenados
 gases especiais - FM 200, Energen
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Sistemas de Combate a Incêndio

Objetivos
 extinguir o fogo
 evitar a sua propagação
 resfriar os materiais e o edifício

Classificação
 Sistemas móveis
 extintores portáteis
 extintores sobre rodas

 Sistemas fixos
 sob comando
 hidrantes, mangotinhos, espuma e água nebulizada
 automáticos
 chuveiros automáticos (sprinklers), água nebulizada

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Referências

SEITO et al. A segurança contra incêndio no Brasil.


Projeto Editora. São Paulo, 2008.

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