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Sendo referida muitas vezes por “hormona do amor”, a oxitocina é cada vez mais vista como
uma substancia química produzida pela glândula pineal (interior do cérebro, associada às
emoções humanas) que se relaciona com muito mais do que juntar casais e vincular a relação
mãe-filho durante o aleitamento.
Uma investigação recente sugere que a oxitocina desempenha um papel crucial na criação,
facilitação e fortalecimento dos nossos laços sociais com o próximo, mas também em nos
ajudar com uma série de problemas psicológicos e mesmo físicos. Duma forma conceptual,
esta hormona vem ganhando, cada vez mais, um estatuto de ingrediente fundamental do que
nos torna humanos.
Podemos apontar, pelo menos, 10 razões pelas quais a oxitocina é provavelmente a molécula
conhecida mais incrível no planeta:
1. Fácil de obter.
Uma das coisas mais curiosas sobre a oxitocina é que qualquer um de nós pode “obter” um
pouco de oxitocina em qualquer altura e em qualquer lugar. Basta apenas abraçar alguém
com vontade ou apenas cumprimentar. Estes simples actos de contacto pessoal são
responsáveis pela libertação de níveis reduzidos de oxitocina – tanto a nós como a quem
abraçamos. O melhor é que os efeitos desta substancia libertada perduram. Existem mesmo
algumas provas que o simples acto de observar ou pensar em alguém com boas intenções
pode também libertar oxitocina. E isto também acontece com os animais. Quando tratamos,
brincamos, afagamos os nossos animais de estimação também libertamos oxitocina. Para
aqueles ou que não produzem suficiente (ou pelo menos acham que), a oxitocina pode ser
facilmente sintetizada e administrada como uma droga e com menos efeitos adversos que
ansioliticos ou anti-depressivos.
A oxitocina tem também propriedades anti-inflamatórias o que lhe confere atributos para
poder também utilizada no tratamento de feridas físicas. Estudos mostram também que um
aumento nos níveis de oxitocina no cérebro possa também contribuir para a redução da
sensação de dor – desde simples enxaquecas, cólicas ou dores generalizadas no corpo. Dito
isto, um truque útil poderá ser: desenvolver alguma das actividades libertadoras da hormona
quando se sente dor, embora saibamos o quão difícil isso é. E poderá ser aqui que entrará a
sintetização de oxitocina.
6. Um apoio à dieta
7. Um anti-depressivo
A ligação da oxitocina com a depressão foi evidenciada nos efeitos em mães com o síndroma
pós-parto. Investigadores concluíram que algumas novas mães sofriam desta síndroma por
terem libertados baixos níveis de oxitocina durante o trabalho de parto.
8. Alívio do Stress
Após tudo isto, não é surpresa a relação entre a oxitocina e o alívio do stress. Este efeito é de
alguma forma periférico, no entanto, tudo é bom quando nos permite aliviar de sensações de
stress. Foi observada a possibilidade de reduzir o cortisol e baixar a tensão arterial e mesmo de
facilitar a digestão (que é altamente influenciada por altos níveis de stress). Curiosamente,
tanto oxitocina como receptores de oxitocina foram encontrados no trato intestinal.
9. Aumenta a bondade
Algo que tanto pode ser visto como algo bom e mau ao mesmo tempo, foi estabelecida
também uma relação entre a oxitocina e o sentimento de generosidade nos humanos.
Biólogos evolucionistas, particularmente aqueles que defendem a teoria do gene egoísta, têm
se debatido para perceber o porquê de em algumas situações, as pessoas darem apenas
porque sim.
Por outras palavras, com tudo o que mencionamos neste artigo torna-se claro que não
seríamos propriamente humanos sem esta molécula. No entanto, convém salientar que
enquanto que a oxitocina gera em geral confiança no grupo ou contexto em que inserimos,
também pode produzir o sentimento contrário quanto aos grupos a que não pertencemos,
deixando por isso de ser uma “droga perfeita” como em alguns casos é “apregoada”. Dito isto,
a oxitocina desempenha um papel crucial no desenvolvimento da nossa habilidade de manter
relacionamentos, permitindo-nos empatizar, confiar e mesmo amar-nos uns aos outros.