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IDENTIFICAÇÃO
Autor: Suzana de Fátima Camargo Ferreira da Cruz
Estabelecimento: Colégio Estadual General Osório
Ensino: Fundamental
Disciplina: Geografia
Conteúdo Estruturante: Dimensão Socioambiental
Conteúdo Específico: Práticas de campo
Título: Estudo do Meio: múltiplas possibilidades
Palavras-chave: Ensino, pesquisa, prática de campo e interdisciplinaridade
Orientador: Mario Cezar Lopes
IES: UEPG
1 – RECURSO DE EXPRESSÃO
PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
2 – RECURSOS DE INVESTIGAÇÃO
prática em sala de aula, objetivando uma sociedade mais justa, na qual todos
tivessem acesso e se apropriassem do conhecimento. (PARANÁ, 1990).
Essas discussões resultaram na elaboração do Currículo Básico para Escola
Pública do Estado do Paraná. Nesse documento curricular, a Geografia é tratada
como a ciência que se “ocupa da análise histórica da formação das diversas
configurações espaciais[...].” (PARANÁ, 1990, p. 99).
Portanto, o ensino de Geografia deve instrumentalizar os alunos para que se
compreendam como sujeitos da História e agentes de transformação social. As
abordagens que envolvem o Estudo do Meio ganham espaço novamente nos
encaminhamentos metodológicos dos conteúdos previstos nesse documento.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1998 evidenciam a importância de o
professor criar e planejar situações de aprendizagem que proporcionem aos alunos
conhecerem e utilizarem os procedimentos de estudos geográficos, como a
observação, a descrição, a analogia e a síntese. Esses procedimentos podem ser
praticados, levando o aluno “a aprender a explicar, compreender e representar os
processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares.”
(BRASIL, 1998, p. 30).
Assim, o espaço vivido pode ser o ponto de partida para estudos que
permitam ao aluno compreender como o local, o regional e o global estão
relacionados, considerando as diversas variáveis que podem explicar os fenômenos.
Callai (2001, p. 76) destaca que:
o lugar não se explica por si mesmo, ou melhor, os fenômenos que
acontecem no município, as relações entre os homens, o processo de
organização do espaço local não têm as explicações a partir do próprio local
apenas. É importante e necessário estabelecer as ligações, buscar as
explicações em nível regional, nacional e internacional, inclusive. O estudo
do local, comumente chamado de estudo do meio só será consciente se
estabelecermos estas ligações com outros níveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação e do desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Terceiro e Quarto Ciclos do
Ensino Fundamental. Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998. 156 P.
CALLAI, H. C. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In:
CASTROGIOVANNI, A. C. et. al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões.
3. Ed. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS/AGB-Seção Porto Alegre,
2001. p. 57-63.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola
Pública do Paraná. Curitiba, 1990.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Secretaria de Estado da Educação
Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para a
Educação Básica. Curitiba, 2006. 54 p.
PONTUSCHKA, Nídia N. A formação pedagógica do professor de Geografia e as
práticas interdisciplinares. 1994. Tese (Doutorado em Educação) Faculdade de
Educação, USP, São Paulo. 1994.
Interdisciplinar é preciso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NICOLESCU, Basarab. O manifesto da Transdisciplinaridade. São Paulo: Triom,
1999.
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2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO
geográfico, que de uma maneira mais ampla se coloca como um aspecto necessário
para a sobrevivência biológica. (TUAN, 1985).
Ao questionar se a geografia humanista pode oferecer um novo modelo de
enxergar os fenômenos geográficos, Tuan indica cinco temas de interesse da
geografia humanística: o conhecimento geográfico, território e lugar, aglomeração e
privacidade, modo de vida e economia e, finalmente, religião.
A abordagem geográfica humanística refuta a representação mental de um
mundo preciso, sem contornos e destituído de significados. A mesma engloba no
seu âmago os laços de afetividade que unem as pessoas ao meio ambiente e pode
analisar a relação empática do ser, buscando na fenomenologia seu suporte
filosófico ao analisar a apreensão das essências através da experiência vivida,
aplicada e adquirida, considerando o mundo na inter-relação com o ser humano.
Assim, encontra na fenomenologia sua base filosófica ao analisar a
apreensão das essências através da experiência vivida, aplicada e adquirida, não
considerando o mundo independente do ser humano. O enraizamento de
sentimentos, a assimilação e conseqüente incorporação da cultura local contribuem
para a formação da identidade dos lugares, e, este sentido de identidade envolve
percepção, se apresenta carregado de satisfação, reminiscência e felicidade, como
um somatório das dimensões simbólicas ao encarnar as experiências banais e as
aspirações humanas.
Conforme SPOSITO (2001, p. 100), “[...]historicamente, nos últimos
cinqüenta anos, houve dois grandes grupos de paradigmas que foram fundamentais
na orientação metodológica da produção do conhecimento geográfico.” E que a
ciência só se desenvolve quando dois elementos se unem, a teoria e o paradigma,
para dar sustentabilidade a interpretação das diferentes formas de ver a realidade.
Desta forma, temos de um lado um grupo baseado nos fundamentos do
neopositivismo, em que a concepção de ciência se pauta na causalidade e na
percepção empírica, com resultados expostos numa estrutura cartesiana, acrescida
da racionalidade de uso dos instrumentos de análise. De outro lado, se apresenta
uma tendência paradigmática que tem o materialismo histórico como doutrina e a
dialética como método que considera como atitudes básicas da pesquisa científica, a
observação, a análise e a interpretação, que epistemologicamente concebe a
causalidade como inter-relação entre fenômenos. É preciso evidenciar que neste
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação e do desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Terceiro e Quarto Ciclos do
Ensino Fundamental. Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998. 156 P.
CALLAI, H. C. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In:
CASTROGIOVANNI, A. C. et. al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões.
3. Ed. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS/AGB-Seção Porto Alegre,
2001. p. 57-63.
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira, hoje: algumas reflexões. In: Mudanças
globais. Terra Livre, São Paulo, v. 1, n .18, p. 161 – 178, jan./jun. 2002.
CAVALCANTI, L. S. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.
127 p.
CHRISTOFOLETTI, A. Perspectivas da Geografia. 2. ed. São Paulo: Difel, 1985.
318 p.
CLAVAL, P. A revolução pós-funcionalista e as concepções atuais da Geografia. IN:
KOSEL, S.; MENDONÇA, F. Elementos de Epistemologia da Geografia
Contemporânea. Curitiba: UFPR, 2002. p. 11-43.
FIGHERA, D. T. As mudanças de nosso tempo e o ensino da Geografia. GeoSul,
Florianópolis: Ed. da UFSC, v. 17, n. 34, p. 25-38, 2002.
LEMOS, A. I. G. Geografia da modernidade e Geografia da pós-modernidade.
GeoUsp, São Paulo, n. 5. p. 27-39, 1999.
MORAES, A. C. R. Geografia: Pequena História Crítica. 8. ed. São Paulo: Hucitec.
138 p.
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3 – RECURSOS DIDÁTICOS
3.1 SÍTIOS
Neste site o professor encontra informações sobre o Projeto Solo na Escola que é
coordenado pelo Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade
Federal do Paraná. O Projeto trabalha com o solo do ponto de vista da
sustentabilidade. O professor também tem acesso a cursos, a bibliografia, a
experimentos ilustrados disponíveis na Experimentoteca entre outras possibilidades.
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Muito interessante, visto que se trata de um projeto que atua junto aos professores e
também junto aos alunos sobre o tema solos numa perspectiva de conscientização
ambiental.
TÍTULO: Biblioteca
Neste site encontramos o artigo da professora Ana Maria Radaelli da Silva, intitulado
Trabalho de campo: prática andante de fazer Geografia, no qual a autora discute as
possibilidades apresentadas ao ensino de Geografia por meio da realização de
trabalhos de campo. Também, a valorização do trabalho de campo como
instrumento consolidador entre a teoria e a prática possibilitando a construção do
conhecimento geográfico.
3.2.1 VÍDEO
TV ESCOLA – SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DVD/ESCOLA – ESCOLA/EDUCAÇÃO
Este vídeo mostra uma série de atividades realizadas com alunos de 1ª série
do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação do Rio de Janeiro, a partir de um
projeto que desperta na criança a curiosidade, o questionamento e a vontade de
aprender. Exemplifica o trabalho desenvolvido pelo professor a partir do tema Inca, o
qual mostra aos alunos que o conhecimento não está restrito ao espaço da sala de
aula, que as fontes de pesquisas são inesgotáveis e que estar próximo desse
conhecimento significa ir pesquisar de forma mais aprofundada a temática
selecionada para estudo. Também, traz uma reflexão sobre o uso dos termos visitas,
passeios e excursões para atividades didáticas, deixando claro que as visitas, os
passeios e as excursões podem ser utilizadas como ponto de partida de uma
pesquisa ou como etapa final de um projeto de pesquisa. Bem como os critérios que
devem ser levados em consideração no planejamento da atividade e a sua
finalidade. Este recurso é muito interessante e faz parte do Kit – Mídia da TV Escola,
disponível nas Escolas da Rede Estadual de Ensino desde 2007.
Produtora: MEC; Duração: 3h; Brasília, 2001; Disponível em: www.mec.gov.br
3.2.2 Áudio
PLANETA AZUL
Chitãozinho e Xororó
A AULA DE CAMPO
Etapas
− delimitação da área de estudo;
− levantamento das fontes de pesquisa; bibliografia sobre a água, sobre a poluição,
o local, as condições de saneamento básico do município e do local estudado;
− entrevistas com moradores antigos e novos, bem como os usuários da água do
local e demais transeuntes.
− sistematização dos dados coletados;
− cruzamento dos dados coletados com as informações levantadas por meio das
fontes de pesquisa;
− análise das informações cruzadas com a elaboração de possíveis
encaminhamentos sobre os resultados do estudo;
− elaboração do roteiro para a aula de campo.
Colégio:
Professores envolvidos:
Disciplinas:
Turma:
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Data:
Horário de saída:
Horário de retorno:
Local:
III Objetivos:
IV Metodologia:
Para desenvolver as atividades previstas neste estudo é muito importante
que, inicialmente, seja estabelecido um contato com os pais dos alunos para
apresentação do projeto e solicitação de autorização para a realização da atividade
extraclasse, em conjunto com a equipe pedagógica.
Após esse primeiro momento delimitar o traçado do percurso até o local
definido para a realização da aula de campo, em uma planta ou mapa atual da
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cidade. De posse desse mapa, deslocar-se com o grupo para o local selecionado
para o estudo, orientando-os para que façam observações e registros dos elementos
presentes no percurso.
No local, orientar a coleta de amostras da água em recipiente próprio, para
posteriormente ser encaminhada ao laboratório para análise físico-química.
Estabelecer parcerias com uma instituição de Ensino Superior ou outra que possa
realizar essa análise auxilia bastante na redução dos custos. Orientar os alunos para
que observem e registrem, através de fotos, desenhos, gravação, filmagem e
escrita, os elementos presentes no local. Também, para que realizem entrevistas
com um número de pessoas, previamente estabelecido, que visitam ou que se
utilizam da água desse local, bem como os moradores mais antigos e os recentes do
entorno do local.
Com essas informações, retornar para escola e iniciar o trabalho de
sistematização dos dados para análise, reflexão e tomada de decisões acerca das
ações necessárias ao encaminhamento do trabalho, com vistas a produção de
novos conhecimentos e a releitura do objeto de estudo.
V Recursos básicos:
- Câmera fotográfica;
- transporte;
- filmadora;
- gravador;
- caderno de campo;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. Y.;CACETE, N. H. Estudo do Meio:
momentos significativos de apreensão do real. In:_____. Para ensinar e aprender
Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. p. 171-212.
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3.4 Imagem
4 – RECURSO DE INFORMAÇÃO
Referência:
PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. I.; CACETE, N. H. Estudo do Meio:
momentos significativos de apreensão do real. In: _____. Para ensinar e aprender
Geografia. São Paulo:Cortez, 2007. 171-212.
Referência:
VENTURI, L. A. B. Praticando Geografia: técnicas de campo e laboratório. 1. ed.
São Paulo: Oficina de Textos, 2005.
Referência:
SILVA, A. M. R. Trabalho de campo: prática "andante" de fazer Geografia. Geo
UERJ, Rio de Janeiro, v.11, p. 61-74. 2002.
Referência:
GELPI, A.; SHÄFFER, N. O. Guia de percurso urbano. In: CASTROGIOVANNI, A. C.
et al.(Org.) Geografia em sala de aula: prática e reflexões. 3. ed. Porto Alegre:
Editora da Universidade/UFRGS/AGB-Porto Alegre, 2001.
Referência:
FERNANDES, A. J. et al. A introdução do aluno às atividades de campo. In:
Simpósio Nacional sobre o ensino de Geologia no Brasil. Anais... Belo Horizonte,
1981. p. 215-223
4.4 PARANÁ
4.5 DESTAQUE
4.6 NOTÍCIAS