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Direito Ambiental

(Matéria para Av1)

NOÇÕES
1. Princípio: mandamento (ordem) nuclear (base) de um sistema jurídico (uno).
a) Regra x princípio: princípio.
b) Falta de regra: princípio.
2. Gerações dos direitos:
a) 1ª: individuais.
b) 2ª: sociais.
c) 3ª: coletivos e difusos.
d) 4ª: novos direitos.

ORDEM CONSTITUCIONAL
1. Explicação: o meio ambiente possui três dimensões, internacional, regional e interna,
possuindo normas em todos esses âmbitos, como ONU, MERCOSUL e legislação ambiental brasileira
(constitucional e infraconstitucional).
2. Fundamento legal: artigo 225 c/c artigo 5º.
3. Competência legislativa:
a) Concorrente: acerca da fauna e da flora, por exemplo, conforme artigo 24, VI, VII e
VIII, §§1º e 2º; artigo 30.
 Normas gerais: União.
 Suplementar: Estados, Município e Distrito Federal.
b) Comum: à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, acerca da poluição,
por exemplo, conforme artigo 23, VI e VII, §único.
c) Tratados: de Direitos Humanos, conforme artigo 5º, §§2º e 3º, internalizados através
do seguinte processo: negociação (pelo plenipotenciário), assinatura (pelo plenipotenciário, conforme
artigo 84, VII), aprovação (pelo Congresso Nacional, através de decreto legislativo, conforme artigo 49,
I), ratificação (pelo Presidente da República, momento que passa a produzir efeitos internacionais e se
torna irretratável) e promulgação (pelo Planalto, através de decreto presidencial).
4. Internalização dos tratados que versam sobre direitos humanos: crítica à supralegalidade,
pois acaba por criar uma hierarquia entre direitos humanos decorrente da forma como se dá sua
internalização no ordenamento jurídico brasileiro, que pode ter status de norma constitucional, nos
termos do §3º do artigo 5º, da CRFB/88, mas também de norma supralegal, quando não observado o
quórum do referido parágrafo, conforme entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal.
Assim é o posicionamento do professor Fábio, exposto em seu artigo “Normas Tributárias do
Mercosul e o Ordenamento Jurídico Interno Brasileiro”, do qual alguns trechos reproduzi abaixo:

“Constata-se que essa recente decisão criou uma espécie de ‘OVNI’


jurídico, pois, como uma norma pode ao mesmo tempo ser supralegal e
ser inferior a Constituição? Portanto, é uma norma ‘subconstitucional’ e
ao mesmo tempo ‘supralegal’. Se é Emenda Constitucional, é norma
Constitucional, e, se possuir o status das demais normas, é norma
infraconstitucional. Ou será que o Supremo Tribunal Federal criou outra
espécie normativa dita específica? Se for assim, qual é o seu
procedimento formal e o seu conteúdo material (direitos humanos ou
tratado contrato?). Parece-me que essa decisão não resolveu nenhuma
das questões principais relacionadas à aplicabilidade e efeitos das normas
internacionais”.

“Contudo enquanto não for submetido ao Congresso Nacional e forem


aprovadas estaremos estabelecendo hierarquias entre direitos
fundamentais antes e pós 2004 (EC n.º 45). No termo ‘que forem
aprovados’, haveria uma faculdade ou uma obrigação em aprovar os
tratados sobre direitos humanos? Entendemos que os tratados que
versam sobre direitos humanos devem passar pelo quórum qualificado
e, portanto, ingressarão no ordenamento jurídico brasileiro como
normas constitucionais. Pois, se assim não for, os tratados ingressarão no
nosso ordenamento jurídico não só mantendo as divergências passadas,
mas também criando outras, estabelecendo uma espécie de hierarquia
entre os direitos humanos. Não resta dúvida de que os tratados que
forem aprovados pelo quórum de emendas constitucionais serão normas
constitucionais definidoras de direitos, portanto, cláusulas pétreas
(Artigo 60, § 4.º, IV da Constituição Federal de 1988)”.

PRINCÍPIOS
1. Princípio do ambiente ecologicamente equilibrado: numa teoria geral, busca-se preservar a
dignidade da pessoa humana, prezando por meios que elevem a qualidade de vida através de condições
adequadas, num meio ambiente suficientemente propício para isso.
2. Princípio da natureza pública e da proteção ambiental: decorrem da previsão constitucional
do caput do art. 225, já citado anteriormente, que coloca o meio ambiente como interesse difuso, de
todos, devendo prevalecer em relação ao direito do particular.
3. Princípio da obrigatoriedade de intervenção estatal: também previsto no caput do art. 225,
CRFB/88, incumbe ao Estado, através de seus três Poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, a
proteção ao meio ambiente.
4. Princípio da cooperação dos povos: estabelece uma relação de interdependência entre os
Estados, previsto no art. 4º, IX, CRFB/88, pois as ações relacionadas ao Meio Ambiente nem sempre
se restringem aos limites territoriais de um determinado país, podendo se estender inclusive a um
panorama global.
5. Princípio da ubiquidade: rege que tudo aquilo que se pretende fazer, criar ou desenvolver
seja precedido de consulta ambiental, a fim de verificar hipóteses ambientais possivelmente danosas,
em âmbito estadual pelo INEA e em âmbito federal pelo IBAMA.
6. Princípio da participação: para se solucionar conflitos ambientais é imprescindível a
cooperação entre o Estado e a sociedade, principalmente através dos três mecanismos existentes no
Direito Ambiental que estreitam essa relação, quais sejam: A iniciativa popular na criação de atos
normativos e leis, bem como sua participação em audiências públicas, a atuação direta em defesa do
meio ambiente, participando da criação e execução de políticas ambientais e, junto ao Poder Judiciário,
frente a uma ameaça que possa causar dano ambiental, promover representação junto aos legitimados
para propositura de processos coletivos que tutelem o meio ambiente, direito difuso.
7. Princípio do poluidor pagador: pode ser entendido, numa visão simplista, como a
incumbência que tem o poluidor de arcar com os custos necessários com a reparação do dano que
causar ao meio ambiente. Numa visão mais aprofundada, pode-se afirmar que esse é um mecanismo
punitivo do direito ambiental, ferramenta econômico-ambiental, que atribui ônus ao poluidor
identificado, a fim de reparar ou, ao menos, neutralizar os efeitos danosos de sua ação. Sua previsão
está expressa no art. 225, §3º, CRFB/88.
8. Princípio da reparação: expressa que todos, de maneira justa, são responsáveis por reparar
danos que sejam causados ao meio ambiente, inclusive a terceiros que sejam afetados por dano
ambiental.
9. Princípio do usuário poluidor: com objetivo de evitar a exploração de recursos naturais e,
consequentemente, danos ao meio ambiente, os custos são atribuídos, mesmo que não haja prática de
qualquer ato ilícito, aos usuários desses recursos, com base em estudos de impacto ambiental, que é
condicionante de licenciamento para uso, por exemplo.
10. Princípio do desenvolvimento sustentável: baseado no tripé econômico, social e
ambiental, de forma que o desenvolvimento do presente não comprometa as futuras gerações.
11. Princípio da prevenção: referente à certeza científica de que um dano será causado, com
o perigo certo, por serem conhecidos os prejuízos causados por determinada atividade. Razão pela
qual se deve agir com cautela e, como já dito, realizar estudos de impacto ambiental, conforme previsão
do art. 225, §3º, IV e V, CRFB/88.
12. Princípio da precaução: referente à dúvida científica quanto à causação de dano por
determinada atividade, caso em que é necessária a precaução, para melhor tutelar os interesses
ambientais, evitando eventuais riscos e danos, numa previsão antecipatória realizada pelo Estado e pela
sociedade, como um todo. Cabe ressaltar que o plano de prevenção é, comumente, acompanhado de
um plano de contingência, caso o dano que se pretende evitar se configure.

DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL


1. Soberania territorial: atualmente, limitada e compartilhada, devendo ser exercida em
observância às demais soberanias, sendo todos obrigados, de maneira geral, a prevenir e a reduzir, ao
mínimo, o risco de causar danos transfronteiriços, ou seja, aqueles que extrapolam fronteiras, já que o
meio ambiente mundial constitui patrimônio comum de toda a humanidade.
2. Conteúdo mínimo do Estado de Direito: cujos pressupostos são delineados nos seguintes
termos:
a) Canotilho: “pressupõe uma concepção integrada e integrativa do ambiente”.
b) Fábio: “pressupõe sustentabilidade, justiça e direitos humanos ecológicos”.
3. Declaração de Estocolmo (1972): primeiro instrumento internacional que tratou sobre o
meio ambiente, firmado por 113 países, dentre eles, o Brasil, mediados pela ONU. Sua principal
função foi estabelecer alguns princípios norteadores, dentre os quais se destacam os seguintes:
a) Descarte correto de substâncias tóxicas;
b) Eliminação das armas de destruição em massa;
c) Luta contra a poluição;
d) Melhoria da qualidade de vida;
e) Assistência aos países em desenvolvimento;
f) Políticas essenciais;
g) Gestão racional de recursos naturais;
h) Investimento em educação e pesquisa.
4. “Compreender as políticas da União Europeia”:
a) Harmonizar ambiente e economia: trata-se de técnica de complementação, pois ao
tornar a economia mais verde haverá, consequentemente, redução dos custos ambientais, já que a
utilização dos recursos será mais eficiente.
b) Colaboração transfronteiras: o trabalho conjunto entre países vizinhos e, idealmente,
entre todo o mundo, é uma das formas de melhor preservar o meio ambiente, já que os problemas
ambientais não enxerga fronteiras, pois a água, o ar e a vida selvagem não conhecem esses limites
geográficos e jurídicos.
c) Apoio dos cidadãos: a atenção aos problemas ambientais é um sentimento genuíno, que
existe, naturalmente, na maioria das pessoas. Apesar disso, entretanto, é importante que medidas
públicas, como campanhas conscientizadoras, sejam promovidas pelas autoridades, a fim de que a
consciência ambiental seja partilhada por cada vez mais cidadãos e que esses efetivem esse sentimento,
colocando em prática medidas que ajudem na conservação do meio ambiente.
d) Cumprimento da legislação: além de prever legislações ambientais, é muito importante
que essas sejam aplicadas e respeitadas, o que demanda responsabilidade de diversos grupos, como os
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, além de ONGs e cidadãos.
e) Recorrer ao mercado: “o mercado é uma forma rentável de proteger e melhorar o
ambiente e aliviar a pressão sobre recursos escassos. Os impostos e os subsídios podem ser utilizados
como medidas de incentivo ou de dissuasão para convencer as empresas e os consumidores a escolher
métodos de fabricação e produtos mais ecológicos”.
f) Incentivar a ecoinovação: ou seja, apoiar projetos que tenham como objetivo progredir
na consecução de um desenvolvimento sustentável, através da redução de impactos sobre o ambiente,
utilizando os recursos de maneira mais eficaz e responsável. Exemplo: carro movido à energia elétrica.
g) Utilização eficiente dos recursos: dissociar crescimento econômico e utilização dos
recursos, ou seja, tornar possível que a economia faça mais com menos, utilizando os recursos de forma
sustentável, reduzindo ao mínimo o impacto ambiental.
h) Resultados importantes alcançados pela UE:
 Produtos químicos: regulamento REACH - registro, avaliação, autorização e
restrição de substâncias químicas - que é requisito para a comercialização dos produtos que contenham
tais elementos;
 Resíduos: utilização eficiente, incentivada a redução, a reutilização, a reciclagem
e a valorização dos resíduos, a fim de que o descarte em aterros seja o mínimo possível;
 Ar: pacote de medidas destinadas a lutar contra a poluição atmosférica para
melhorar a qualidade do ar, atualizando a legislação existente, reduzindo as emissões prejudiciais da
indústria, dos transportes, das instalações de produção, etc., para diminuir o impacto na saúde humana
e no meio ambiente;
 Água: reduzir impacto decorrente dos principais setores utilizadores de água,
como a agricultura, a indústria e os agregados familiares, além de impor ao Poder Público que todos
os rios, lagos, águas costeiras e águas subterrâneas satisfaçam normas mínimas de qualidade;
 Florestas: diminuição da extração irregular e sem fiscalização;
 Solos: fiscalizado a partir da fiscalização de outros pontos, como a água, os
resíduos, os produtos químicos, já que esses são os principais agentes capazes de contaminá-lo.
i) Próximas etapas: contribuir para transformar políticas públicas, incentivando a
investigação, fomentando a penetração de ecoinovação no mercado e sensibilizando os consumidores,
o que importará numa economia verde, mais competitiva, que protegerá os recursos naturais e a saúde
das gerações presentes e vindouras.

SEMINÁRIOS
1. A produção e a destinação do lixo em Niterói à luz do Desenvolvimento Sustentável:
a) Princípio do desenvolvimento sustentável: integração entre economia, sociedade e meio
ambiente, propondo que o crescimento econômico não deva provocar a degradação ambiental ou o
esgotamento dos recursos naturais, ou seja, atender às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.
b) Os tipos de lixo produzidos e a sua destinação:
 Tipos: orgânico (restos de alimentos), reciclável (metal, papel, plástico e vidro),
industrial (restos de matérias-primas), hospitalar (curativos, seringas, agulhas, medicamentos), verde
(árvores, folhas, galhos, troncos, cascas), eletrônico (produtos elétricos e eletrônicos quebrados),
nuclear/radioativo (resíduos de usinas nucleares e de exame de raio-x) e espacial (satélites desativados,
tintas e pedaços de foguetes).
 Destinação: lixões (depósitos de lixo a céu aberto, sem qualquer preparo),
aterros sanitários (pedaços de solo preparados para o depósito de lixo, que são cobertos por terra),
coleta seletiva/reciclagem (separado o lixo, esse é encaminhado para locais que farão a reciclagem),
tratamentos especiais (pois, por suas peculiaridades, devem ser separados de outros tipos de lixo, como
acontece com as pilhas e baterias).
c) O impacto negativo do descarte irresponsável em uma cidade como Niterói:
 Ao meio ambiente: obstrução do passeio público, poluição visual, contaminação
do solo e dos lençóis freáticos, alagamentos e inundações, proliferação de doenças aos seres vivos
locais, entre outros.
 À saúde pública: grupos como o de moradores que não possuem coleta
domiciliar, o de pessoas que moram próximo a lixões e o de catadores (formais ou informais) são os
mais expostos aos riscos físicos (odor, poeira, ruídos), químicos (óleos, baterias, solventes), biológicos
(vírus, bactérias, fungos) e, esses últimos, ocupacionais (cortes, quedas, atropelamentos).
d) Propostas de intervenção pensadas pelo grupo: compostagem, coleta seletiva efetiva,
diminuição do consumo, ou seja, redução, reutilização e reciclagem.
2. Poluição sonora:
a) Definição: é o excesso de ruídos que afeta a saúde física e mental da população,
decorrente do alto nível de decibéis provocado pelo barulho constante proveniente de atividades que
perturbam o silêncio ambiental, como veículos, embarcações, vizinhos, igrejas, casas de shows,
estádios, festas populares, etc.
b) Efeitos: principalmente, danos à saúde humana, como problemas auditivos, dor de
cabeça, insônia, agitação, dificuldade de concentração, mau humor, tensão, estresse, liberação de
hormônios que podem levar a doenças cardiovasculares e hipertensão, sensação de ouvido tampado,
zumbido permanente, entre outros, mas também prejuízo a animais e plantas.
c) Crime ambiental: geralmente enquadrado no artigo 54, da Lei 9.605/98, o “som
poluidor”, segundo norma insculpida pela ABNT, é aquele que fica acima dos níveis permitidos pela
NBR 10151/00, ou seja, no período diurno, (7h às 22h), até o nível máximo de 55 dB, e no período
noturno, (22h às 7h), até o máximo de 50 dB, sendo certo que as legislações municipais podem
estabelecer parâmetros diferentes.
3. Água potável:
a) Direito fundamental à água potável: pode-se concluir que o direito ao acesso a água
potável realmente é um direito fundamental, visto que intimamente ligado ao direito à vida e a saúde.
Desse modo, nada mais óbvio que o correlacionar com o princípio da dignidade humana, já que um
leva a fruição do outro. A vida é o bem mais precioso que o homem possui e todos os elementos que
a tornam possível são igualmente precioso e devem ser protegidos, como é a água.
b) Água e desenvolvimento sustentável: em síntese, deve ser buscado o acesso universal e
equitativo à água potável e segura, bem como o saneamento para todos. Portanto, a sua preservação vai
além de proteger os rios ou aquíferos contra a poluição, mas deve também garantir, a todos, o alcance
a essa fonte insubstituível a vida dos seres humanos.
c) Situação atual da água potável:
 A água é um recurso natural renovável abundante, que ocupa,
aproximadamente, 70% da superfície do nosso planeta, onde 97% dela é salgada e imprópria para o
consumo. Menos de 3% da água do planeta é doce, das quais 2.5% está presa em geleiras. Dos 0.5%
restantes no mundo, a maior parte está presa em aquíferos subterrâneos, dificultando o acesso humano.
Somente 0,04% da água do planeta está disponível na superfície, em rios, lagos, mangues, etc.
 Além de ser um recurso limitado, a água doce disponível é distribuída de
maneira desigual pelo mundo. Cerca de 60% da água doce disponível está concentrada em 10 países:
Brasil, Rússia, China, Canadá, Indonésia, EUA, Índia, Colômbia e Congo. Isto, somado às diferenças
na densidade populacional nas regiões do mundo, faz com que hajam grandes variações de
disponibilidade de água per capita.
 Ou seja, o planeta tem água em abundância, mas ela não está prontamente
disponível. Sua distribuição é desigual e o acesso à água de qualidade para todos os fins humanos
implica em custos muito altos. Como se não bastasse, o pouco a que temos acesso está sendo, cada dia
mais, contaminado e não tratado, já que esse processo é muito caro e trabalhoso. Medidas precisam
ser, portanto, efetivadas em prol do consumo sustentável da água.
4. Crédito de carbono:
a) Protocolo de Kyoto: visando reduzir a emissão de gases causadores de tal efeito, foi
criado o referido protocolo, um tratado internacional em que os países signatários se comprometeram
a reduzir as suas respectivas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, propondo um calendário
pelo qual os participantes deveriam reduzir as emissões globais em, pelo menos, 5,2% abaixo dos níveis
registrados em 1990, no período entre 2008 e 2012. Assim, embora a meta de redução fosse coletiva,
foram atribuídas, a cada país, metas individuais, umas mais baixas e outras mais altas. Entretanto, como
a meta não foi alcançada, as partes se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa
em pelo menos 18% abaixo dos níveis de 1990, no período de oito anos a partir de 2013 e 2020.
b) Efeito estufa: trata-se do aquecimento térmico da Terra, causado pelos raios solares que,
ao serem emitidos para o nosso planeta, tem dois destinos: parte deles são absorvidos pelo planeta e
transformado em calor para manter a atmosfera quente, enquanto a outra é refletida e direcionada ao
espaço, na forma de radiação ultravioleta. Todavia, como nossa atmosfera é composta por gases, estes
agem como uma barreira para a saída dos gases, então fazendo com que eles permaneçam na Terra e
assim a mantenham aquecida. Há, entretanto, um efeito antropogênico do efeito estufa, que é causado
principalmente pela queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e as ações das indústrias, que
contribuem para a emissão de gases poluentes, como o monóxido de carbono, gás carbônico e o
metano, causando assim uma desestabilização no equilíbrio natural do ecossistema do planeta Terra e,
então, causando danos à natureza, como o agravamento do aquecimento global, chuvas ácidas e o
derretimento das calotas polares e das geleiras.
c) Crédito de carbono: é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser
emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. Existem diversas maneiras
de gerar créditos de carbono, dentre elas, a substituição de combustíveis em fábricas, onde elas deixam
de usar biomassas não renováveis, como lenha de desmatamento, e passam a usar biomassas
renováveis, que além de emitirem menos gases geradores de efeito estufa, contribuem para a
diminuição do desmatamento. Assim, a partir da diferença dos dois cenários, é calculado quanto de
carbono deixou de ser emitido com essa substituição, gerando assim os créditos, usado como moeda
no mercado de carbono, onde as empresas que possuem um nível de emissão muito alto e poucas
opções para a redução podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões.

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