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Sumário
Apresentação
Este plano de governo, com suas diretrizes, foi feito de São Bernardo para São Bernardo. Aqui
estão os resultados das ideias, sugestões, reclamações, necessidades, sensações e orientações
vindas da nossa população, da sociedade civil, das instituições organizadas, de todos aqueles
que se interessam pelo desenvolvimento humano da nossa gente. O próximo prefeito de São
Bernardo do Campo terá muito trabalho pela frente, e nós temos a certeza de que se esse
trabalho for feito com o olhar da nossa população, realizado junto com o povo de São
Bernardo, os desafios serão superados e nós viveremos dias melhores, com mais
oportunidades e esperança.
Quero lembrar que apresento aqui apenas as diretrizes do nosso plano de governo, pois todas
as nossas propostas serão apresentadas ao longo de nossa campanha, juntamente com o
nosso plano de governo completo e detalhado.
São Bernardo vem caindo em qualidade de vida, principalmente nesses últimos dois anos,
período em que o desemprego assolou a nossa população e deixou mais de 70 mil pessoas
desesperançadas e sem perspectivas de melhoria em curto prazo, a nossa saúde foi
abandonada, nossas crianças tiveram a merenda cortada nas escolas e a cidade se
transformou em um canteiro de obras paradas, um desperdício de mais de R$ 1 bilhão em
dinheiro público.
Ver São Bernardo nessa situação e com esse modelo equivocado de gestão aumenta ainda
mais a nossa vontade e o nosso dever de trabalhar e melhorar a cidade em que vivemos. O que
temos aqui é fruto de muito trabalho e, principalmente, de uma nova forma de enxergar a
cidade, por meio do olhar da nossa gente, que sabe, mais do que ninguém, o que São Bernardo
precisa. Esse é o intuito do projeto Nossa São Bernardo, que percorreu os quatro cantos da
cidade para ouvir a nossa população com o objetivo de construir o melhor programa de
governo que a essa cidade já viu.
Dediquei-me a vida toda a esta cidade com carinho e atenção, cidade em que nasci e cresci,
onde construí minha família e estou educando meus filhos com a esperança de vê-los crescer
com saúde, segurança, alegria e vontade de viver.
Ao longo dos últimos 15 anos, tenho trabalhado incansavelmente para melhorar a nossa
cidade e a vida da nossa gente. Para aproximar o trabalhador do emprego, trouxemos a Fatec
e o Via Rápida Emprego para São Bernardo, criando novos caminhos profissionais para jovens
e adultos. Conseguimos dar um novo lar para milhares de famílias com a entrega de 2.164
moradias por meio da CDHU e do Programa Casa Paulista. Como presidente da Comissão do
Transporte do Estado de São Paulo, concluímos os trechos sul e leste do Rodoanel para trazer
mais desenvolvimento para São Bernardo e para a região do Grande ABC. Nosso próximo
desafio, agora, é iniciar a linha 18 do Metrô. Com o objetivo de promover mais saúde para as
mulheres, criei a Lei nº 15.689/15, que garante, gratuitamente, a todas as mulheres do Estado
de São Paulo o programa permanente de prevenção e combate ao câncer de mama. Para
aumentar a segurança em São Bernardo, conseguimos investimentos que resultaram em novas
viaturas para a polícia e bases comunitárias móveis na cidade, ampliação das corporações nas
ruas, criação do 8º Distrito Policial, no Grande Alvarenga, e companhias da Polícia Militar. Com
um olhar social sobre a nossa gente, conseguimos recursos para as entidades sociais de São
Bernardo, que fazem um grande trabalho, ajudando os que mais precisam. Ao todo, foram 24
entidades atendidas. E para garantir mais transparência na gestão e moralizar os quadros
públicos, criei o projeto Ficha Limpa Paulista, que hoje é referência em todo o País. De tão
séria, a proposta foi instituída em 11 estados brasileiros. Um projeto para varrer a corrupção e
limpar o Brasil!
Sonho com uma São Bernardo mais justa, humana e com oportunidades para todos, onde os
serviços básicos funcionem e atendam os que mais precisam, e tenho certeza de que, com a
forte parceria que tenho com Governador do Estado e a participação de toda a população,
definiremos o caminho certo e as prioridades da nossa administração.
Este é o meu objetivo como gestor público e o meu compromisso de honra com a nossa cidade
e a nossa gente. Obrigado!
ORLANDO MORANDO
Apresentação
a) Na Política:
• A economia de SBC está paralisada e atravessa a maior crise dos últimos 20 anos;
• Entre 2008 e 2013, o PIB do município manteve-se estagnado, com um crescimento pífio
de 0,8%. Nesse mesmo período, o PIB industrial apresentou uma queda sem precedentes,
de quase 20%;
• Já, desde 2011, os efeitos da atual crise são sentidos com muita intensidade no
município. Entre 2011 e 2013, segundo o IBGE, o PIB de SBC teve uma queda de 6,4%.
Na indústria, a queda foi ainda maior, de 21,3%;
• No ano passado foram fechadas mais de 18 mil vagas de emprego formal em SBC,
sendo que mais da metade, no setor industrial (9.121). Em 2016, a crise continua se
aprofundando. Nos dois primeiros meses deste ano já foram fechadas 2.627 vagas com
carteira assinada;
• O desemprego na cidade afeta quase 70 mil pessoas, o maior contingente dos últimos 15
anos.
• O desgoverno que tomou conta do Brasil também tomou conta de SBC, principalmente
nos últimos 4 anos;
• Obras paradas, déficit, ineficiência administrativa e corrupção são as marcas do jeito de
governar do PT em SBC. É um modelo de gestão que traz atraso e miséria para nossa
cidade;
• Obras importantes para o futuro da cidade estão paradas, gerando grave prejuízo às
contas públicas do município e, principalmente, ao cidadão. Entre elas destacam-se:
✓ Estrada do Alvarenga;
✓ Obras de canalização no Pery Ronchet;
✓ Piscinões (Paço, Rudge Ramos);
✓ Museu do Trabalhador;
✓ CEU Silvina;
✓ Creches Ferrazópolis 1 e 2;
✓ Ampliação da ETA Rio Grande;
✓ Reforma do sistema de drenagem da Vila Vivaldi.
• O atual prefeito vai entregar a Prefeitura de SBC com um déficit superior a R$ 2,5
bilhões, uma das maiores dívidas per capita entre as cidades do País.
d) No Social:
A desigualdade no acesso aos serviços sociais básicos se constitui numa das principais
limitações para o desenvolvimento humano, pois restringe as capacidades e escolhas das
pessoas para decidir sobre o próprio futuro e para participar ativamente na vida social. As
grandes disparidades nos rendimentos, na educação, na saúde e demais dimensões do
desenvolvimento humano colocam em situação de vulnerabilidade e contribuem para a
formação de grupos marginalizados e excluídos, afetando sua qualidade de vida e
limitando suas capacidades para desfrutar de uma vida plena. As pessoas e famílias mais
pobres e excluídas são as que mais sofrem com os rigores das crises econômicas,
epidemias e calamidades ambientais. Porém o acesso equitativo aos serviços sociais
básicos também deve considerar as pessoas e famílias que possuem um adequado nível
de vida, mas que podem vir a enfrentar dificuldades por circunstancias de ordem social e
individual. Esse é precisamente o grande desafio que enfrentamos no cenário atual da
profunda crise econômica que afeta o País e nosso município e que tem deixado em
situação de desemprego inúmeros trabalhadores. Eles precisam de políticas públicas que
promovam tanto o desenvolvimento econômico como sua proteção perante a situação de
vulnerabilidade em que se encontram.
Por outro lado, as políticas de mobilidade também têm uma forte contribuição na melhoria
da qualidade de vida da população pelo seu impacto na redução do desperdiço de tempo
no trânsito, na diminuição da polução ambiental. Adicionalmente, a redução dos custos de
transporte, derivada dos menores tempos de viagem e do incremento da oferta de
transporte público, aumenta potencialmente a competitividade das empresas e melhora a
qualidade de vida dos trabalhadores. Porém este não é o caso de São Bernardo, onde o
modelo de mobilidade tem privilegiado o transporte automotor individual em detrimento do
transporte coletivo e dos meios não motorizados. É urgente uma reorientação das políticas
que estimulem um transporte com menores custos sociais, econômicos e ambientais
através da promoção de um sistema multimodal de mobilidade integral que articule
diferentes meios de transporte de forma equilibrada com o entorno urbano e o meio
ambiente.
Temos a firme convicção que não existe um pleno desenvolvimento das capacidades e
liberdades humanas em São Bernardo do Campo, os cidadãos têm restrições em
participar ativamente na construção de objetivos comuns e nas ações para realizá-los. Por
este motivo, continuaremos avançando na promoção dos valores e princípios da
democracia participativa.
São Bernardo do Campo, um dos sete municípios que formam a Região do Grande ABC, é
reconhecida como a cidade da indústria. Possui uma área de 406,18 km², abrangendo
quase 50% do território do Grande ABC, 5% da Região Metropolitana de São Paulo e
0,2% do Estado de São Paulo.
Em 2015, de acordo com estimativa do SEADE, a cidade tinha uma população de 791.459
habitantes, sendo 48,32% do sexo masculino e 51,68% do sexo feminino; e apenas 1,6%
da população é rural. A densidade demográfica é de 1.995 hab./km², e sua população
representa 30% dos habitantes que moram no ABC.
- O IDH Longevidade foi 0,861, um resultado muito alto. Este componente que mede a
saúde da população através da capacidade de ter uma vida longa e saudável é medido
pelo indicador de expectativa de vida, que nos são-bernardenses atinge os 76,6 anos,
valor acima do Brasil (73,9 anos) e do Estado de São Paulo (75,6 anos).
- O IDH Educação foi 0,752. Este componente é explicado por: (i) a taxa de analfabetismo
da população de 15 anos e mais de idade que foi 3,04%, resultado abaixo do Brasil
(9,91%) e do estado (4,32%); (ii) a expectativa de anos de estudo no município que foi
10,2 anos, acima do país (9,5 anos) e quase igual ao do Estado de São Paulo (10,3 anos),
e (iii) a escolaridade da população de 18 anos ou mais de idade com Ensino Fundamental
completo que atingiu no município 70,2% e no estado, 54,9%. Por outro lado, em relação à
escolaridade da população de 25 anos e mais, 16,9% possuíam Ensino Fundamental e
Médio completos, e 19,2% possuíam o Ensino Superior completo.
- O IDH Renda atingiu um valor de 0,807. Esse resultado é evidenciado pelo valor de
renda per capita média que alcançou os R$1.212,65 no município, acima da média obtida
no Estado de São Paulo com R$ 1.084,46 e no Brasil com R$ 793,87, ou seja, nossa
cidade gera uma riqueza que não chega para todos.
O Brasil atravessa hoje uma das maiores crises nas áreas econômica, política, social e
moral de sua história recente. Em 2014 o PIB do Brasil teve uma queda de quase -4,0% e
em 2016 o crescimento negativo será ao redor de -3,5%. São dois anos continuados de
recessão econômica, situação que não se apresentava desde os anos 30 do século
passado. Além disso, no ano passado foram fechadas mais de 1,5 milhão de vagas de
emprego formal no País. O desemprego tomou conta do País e está empobrecendo as
famílias. A taxa de desemprego nacional se encontra perto de 10%, a maior dos últimos 10
anos. São 10 milhões de pessoas sem emprego, isso corresponde a 2,5 milhões de
famílias que hoje sofrem com desemprego. Para piorar as coisas, o fantasma da inflação
voltou a assombrar as famílias brasileiras. No final de 2014, de acordo com valores médios
nacionais, o quilo da batata valia R$ 2,18 e hoje não sai por menos de R$ 5,00, uma alta
de quase 130%. No caso do tomate, antes valia R$ 3,57/quilo e hoje não sai por menos de
R$ 6,00, uma alta de 70%. A carne, a mesma coisa, antes valia R$ 18,74/quilo e hoje, R$
22,98, um incremento de 23%. A mesma coisa ocorre com verduras, frutas, arroz, feijão e
demais bens essenciais para a alimentação do brasileiro. Desse modo, o Brasil segue
andando para trás, não avança, e o principal responsável por este retrocesso tem sido o
governo federal do partido PT.
Vivemos em uma região que é nacionalmente conhecida pela força industrial. Para se ter
uma ideia, São Bernardo tem o 14º maior PIB do Brasil. Isso tudo graças à garra e à
determinação do nosso povo. Mas hoje a situação é crítica: infelizmente são empresas
deixando a cidade em busca de incentivos ofertados em outras regiões. Isso está afetando
o crescimento da economia de nosso município e tem aumentado o desemprego. Segundo
dados do IBGE, o PIB real do nosso município tem caído de forma acentuada nos últimos
anos: no período 2010-2013 decresceu 6,2%; além disso, no mesmo período apresentou-
se um declínio dramático no PIB per capita real de 8,1%.
No ranking do PIB municipal paulista, já ocupou o 3º lugar em 2010, e em 2013 caiu para o
5º lugar, sendo ultrapassado por São Paulo, Osasco, Campinas e Guarulhos. E, embora
seu PIB per capita real em 2013 (R$59.150 em reais correntes) seja ainda superior ao da
RM de São Paulo (R$45.613), do Estado de São Paulo (R$39.122) e do Brasil (R$25.655),
no ranking do PIB per capita caiu do posto 21º em 2010 para o 29º lugar em 2013.
O município contribuiu em 2013 com 2,8% no PIB do Estado de São Paulo, valor que
representa uma queda de 0,5 ponto percentual em relação a 2010, quando essa
participação foi maior, 3,3%. O mesmo acontece com a sua participação no PIB da RM de
São Paulo, de 5,8% em 2010 para 5,0% em 2013, e no PIB do ABC Paulista de 44,6%
para 41,5%, respectivamente. Temos que ter um compromisso com a retomada do
crescimento.
Por outro lado, o número de empregos formais – com carteira registrada – em São
Bernardo do Campo foi estimado em 263.070 pessoas em abril de 2016. Essa é uma
diminuição de quase 10% se comparado com o ano 2013 quando alcançou os 292.028;
isto é, menos 28.958 empregos formais em 3 anos.
São Bernardo precisa gerar emprego e renda urgentemente; gerar mão de obra qualificada
e atrair empresas. Temos um compromisso com o crescimento desta cidade. São
Bernardo vai resgatar sua força. É com esse entusiasmo que nós vamos retomar o
caminho do desenvolvimento. Precisamos de muita união e ações para superar a crise
econômica e política que vivemos. É hora de arregaçar as mangas e lutar pela retomada
do crescimento. Fazer acontecer! Temos que resgatar a oportunidade, porque quando
você gera emprego, você produz riqueza. Quem está empregado consome, quem
consome gera mais imposto, a cidade cria um ciclo positivo para todos. Nós queremos
nossa história de sucesso.
Diretrizes:
No caso da pobreza e extrema pobreza, é evidente que houve uma redução percentual em
São Bernardo do Campo. Segundo o Censo de 2010, 3,54% da população estava em
condição de pobreza, em comparação com 7,71% em 2000. Isto é uma redução de 4,17
pp. Estima-se também no Censo 2010 que existam 26.267 famílias pobres.
A redução da extrema pobreza foi um pouco menor, com queda de 1,07 pp, situando-se
em 0,99% em 2010, sendo que em 2000 atingiu 2,06%. No entanto, há o risco da
população vulnerável à pobreza, que atinge um valor importante de 13,2%, e das crianças,
que alcança quase 24%. Nas circunstâncias atuais de incremento considerável na taxa de
desemprego, as famílias em situação de vulnerabilidade são as que mais sofrem,
aumentando a probabilidade de ingressar na faixa de pobreza e miséria.
Em relação às pessoas pobres, temos regiões com taxas de pobreza muito acima de 12%,
quando a taxa média no município é 3,54%; são eles: Riacho Grande, Jardim Represa
Florestal/Núcleo 48, Jardim Nossa Senhora de Fátima/Núcleo 15, Alves Dias/Dos Casa:
Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano III, Alves Dias/Dos Casa: Centro
Universitario FEI, Ferrazópolis/Montanhão: Escola Estadual Professor Carlos Pezzolo, Do
Tico, Montanhão, Alves Dias/Dos Casa: Companhia de Desenvolvimento Habitacional e
Urbano II, Ferrazópolis/Montanhão: Favela Cabeça de Vaca, Alves Dias/Dos Casa:
Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano I e Detroit / Núcleo 11.
Por outro lado, segundo dados de 2015 do SEADE, estima-se que a população de 0 a 14
anos no município representa 19,1% do total da população, as pessoas entre 15 e 19 anos
representam 7,5% e a população entre 15 e 29 anos, 24,1%. Se comparada com o ano
2000, esses três grupos de população apresentaram uma redução nas suas taxas de
crescimento: até a idade de 14 anos teve a maior queda com -17%, em seguida foi a
redução da população entre 15 e 19 anos com -14% e, por fim, a população entre 15 e 29
anos diminuiu aproximadamente -5%.
De acordo com o Censo de 2010, 1,91% das crianças do município estão em situação de
extrema pobreza; 7,11%, em situação de pobreza e aproximadamente 24%, em condição
de vulnerabilidade à pobreza. Esse é um risco bastante alto que afeta o desenvolvimento
integral das nossas crianças. Um total de 8.486 crianças e adolescentes com idades entre
10 e 17 anos estavam em condição de trabalho infantil, o que representa 9% dessa
população total. De forma desagregada, 1,9% tinha de 10 a 13 anos; 7,7% entre 14 e 15
anos e 25% entre 16 e 17 anos. 61,7% da população de 14 a 17 anos trabalhavam em
condições precárias, sendo que 46,7% eram empregados sem carteira de trabalho
assinada, 7,9% eram conta própria e empregadores e 7,1% não eram remunerados.
Diretrizes:
- Criar alternativas que solucionem os problemas enfrentados pela população e fazer com
que todos tenham melhor qualidade de vida e bem-estar mediante a satisfação de suas
necessidades sociais fundamentais de saúde, segurança, educação, assistência social,
cultura, esporte, lazer, turismo e de políticas públicas inclusivas;
- Promover ações e projetos voltados para os jovens, mulheres, idosos, pessoas com
deficiência e outros grupos.
• Saúde
Dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), dois estão focados na saúde
das mães e crianças. Na verdade, as bases para uma boa saúde dependem de uma
evolução favorável da gravidez, do parto e dos primeiros anos de vida. Por isso, é
importante analisar a saúde das mulheres grávidas e crianças em seus primeiros anos de
vida. Começando com as mães, nas estatísticas vitais e de saúde de 2014 do SEADE,
podemos observar que São Bernardo do Campo apresentou uma taxa de mortalidade
materna de 17,68 por 100 mil nascidos vivos, abaixo da meta estabelecida por ODM para
o Brasil: 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Assim, de mais de 30,9 por 100 mil nascidos
vivos em 2000 para menos de 18 mortes por 100 mil nascidos vivos em 2014 representa
uma redução dessa taxa de quase 42% em 14 anos.
Quanto ao estado de saúde nos primeiros anos de vida, a sua análise é relevante, porque
os efeitos do que acontece durante estes podem ser duradouros e permanentes em alguns
casos. A taxa de natalidade é de 14,39 por mil habitantes, valor acima dos municípios de
São Caetano do Sul (12,31) , Ribeirão Pires (12,42) e Santo André (13,31). Se comparado
com os municípios do ABC Paulista, em 2014 a taxa de fecundidade geral foi alta no
município, alcançando 49,68 por mil mulheres entre 15 e 49 anos, só superado por
Diadema (54,11). O índice de gravidez precoce é de 5,61%, sendo que São Caetano do
Sul, Santo André e Ribeirão Pires têm resultados mais baixos, 1,73%, 4,74% e 4,94%
respectivamente.
A taxa de mortalidade de jovens e adultos, de 15 até 34 anos, é 100,96 por cem mil
habitantes. Esse valor é elevado, haja vista a taxa obtida por São Caetano do Sul (58.82).
A principal causa de mortalidade em São Bernardo do Campo foram as doenças do
aparelho circulatório, com 35,5% dos óbitos. Em seguida, as neoplasias, responsáveis por
18,7% dos óbitos, as doenças do aparelho respiratório com 11,6% e em quarto lugar no
ranking da mortalidade geral no município estão as causas externas (por acidentes e
violência) com 10,8%. A AIDS gera uma deterioração progressiva do sistema imunitário
que carrega o vírus e diminui a capacidade do organismo de combater algumas infecções
e doenças. Deste modo, o vírus tem o potencial de afetar a qualidade de vida dos doentes.
A mortalidade associada a esta doença aumentou entre 2010 e 2014, passando de 3,66 a
4,33 por cem mil habitantes. Isto é um aumento de 28 para 34 óbitos por AIDS em cinco
anos. Dado que a meta dos ODM para este indicador é interromper, até 2015, a
propagação e diminuir a incidência de HIV/aids, o município precisa, com urgência, de
esforços adicionais para reduzir a mortalidade associada a essa doença.
Informações do DATASUS apontam uma queda de 2.499 para 1.528 leitos de internação
na década 2005-2015, o que equivale a 38,8% de redução. Em 2005 o município tinha 726
leitos de internação na Gestão Municipal para uso exclusivo do SUS (Sistema Único de
Saúde), já em 2015 esse número diminuiu para 569 -uma queda de 21,6%. Em relação
aos leitos não SUS, essa redução foi ainda maior no mesmo período: de 1.773 para 959
leitos, ou seja, uma queda de 46%. Assim, o número de leitos de internação disponíveis
por mil habitantes no São Bernardo do Campo está aquém da orientação da Organização
Mundial da Saúde (OMS), de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes. Efetivamente, em 2014,
segundo dados do SEADE, a oferta no município corresponde a uma média de 1,95 leitos
hospitalares por mil habitantes – ou 0,72 por mil habitantes no SUS. O Estado de São
Paulo e a Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, têm média de 2,25 e 2,11
para mil habitantes, respectivamente. Em São Caetano do Sul a média é de 3,73 leitos
para mil habitantes.
Temos que trabalhar para um novo modelo de gestão em saúde pública, que tenha como
alicerces responsabilidade, transparência e respeito por nossa população em São
Bernardo do Campo. Não mais saúde precária.
Diretrizes:
- Implantar um novo modelo de gestão na saúde de São Bernardo, que garanta melhores
resultados e mais eficiência na saúde pública do município;
- Construir Unidades Básicas de Saúde (UBSs) no Silvina e no Pós-Balsa, esta última, 24h
e com UTI móvel;
• Educação
Educação Infantil. Em relação à Educação Inicial, toda criança de 0 a 5 anos tem o direito
de estar matriculada em uma escola. Mas, em São Bernardo, a insuficiência de vagas em
creches é um dos inúmeros problemas enfrentados pelo povo da nossa cidade, porque as
unidades existentes no município não atendem a alta demanda de crianças entre 0 e 3
anos, principalmente nos bairros mais periféricos e, consequentemente, mais carentes.
Tem casos de mães entrando na justiça para poder matricular o filho e assim poder sair
para trabalhar. Os dados são reveladores dessa situação. Em 2014, a taxa de atendimento
escolar das crianças de 0 a 3 anos de idade foi só 35,3%. Esse resultado mostra que há
aproximadamente 24.325 crianças nessa faixa estária fora do sistema escolar e que nossa
cidade ainda está longe de atingir a meta de cobertura de 50% na Creche estabelecida no
Plano Nacional de Educação 2014-2024. Em 2015, a Rede Municipal de São Bernardo é
responsável por 69% das matriculas na Creche. Além disso, São Bernardo do Campo
ocupa o posto 135 dos 645 municípios do Estado de São Paulo em cobertura escolar na
Creche, sendo que São Caetano do Sul ocupa o 5º lugar com 56,9% de atendimento.
Estamos ainda longe de alcançar esse município do ABC Paulista. A cobertura na Pré-
Escola (4 a 5 anos de idade) também não atinge a meta de 100% do Plano Nacional de
Educação, por quanto em 2010 foi 92,8%. E em relação às matriculas na Pré-Escola, em
2015 a Rede Municipal é responsável por quase 85% na cidade.
Os dados referentes a 2014 do SEADE em relação à formação dos docentes que atuam
na Creche apontam que 97,42% têm formação de Ensino Superior ou Magistério
Completo. Em detalhe, 97,72% dos docentes com esse nível de formação atuam nas
Redes Pública e Conveniada e 96,14%; na rede privada. E em relação à formação de
Auxiliares de Creche, 96,76% têm formação de Ensino Médio Completo. Por outra parte, o
número médio de alunos por profissional na Creche nas Redes Pública e Conveniada é
8,47 alunos por profissional e na Rede Privada é de 2,76 alunos por profissional. Na Pré-
Escola, 98,26% dos docentes têm Ensino Superior ou Magistério completo e o número de
alunos por profissional é 15,32, sendo que nas Redes Pública e Conveniada há 23,62
alunos por profissional e na Rede Privada são 4,88 alunos por profissional. Assim, verifica-
se que o maior número de alunos por profissional na Creche e na Pré-Escola encontra-se
na rede pública municipal. Isso pode afetar a qualidade do atendimento educacional.
Da outra parte, em 2014, a taxa bruta de frequência nos anos iniciais do Ensino
Fundamental atingiu 110% e nos anos finais alcançou 111%. Esses resultados acima de
100% indicam que uma parte da população matriculada no Ensino Fundamental está em
situação de defasagem idade-série. Efetivamente, a distorção idade-série no Ensino
Fundamental é 6,6%, da qual 7,7% está na rede pública, 11,9% na rede estadual, 4,1% na
rede municipal e 2,1% na rede particular. Assim, os dados revelam que a maior defasagem
se apresenta nos anos finais e na rede pública. Um dos principais problemas que geram a
distorção idade-série é o baixo desempenho dos alunos em atraso escolar quando
comparados aos alunos regulares, condição que se evidencia no momento das avaliações
nacionais do Ensino Fundamental; também tem como consequência o alto impacto na
gestão financeira do sistema educacional.
Em 2014, a taxa de reprovação no Ensino Fundamental atingiu 4,8%, sendo maior nos
anos finais, com 7,7%, enquanto nos anos iniciais foi apenas 2,3%. Em relação à taxa de
abandono escolar nesse nível de ensino, em 2014 alcançou 0,8%, sendo também maior
nos anos finais, com 1,6%, enquanto nos anos iniciais foi 0,1%. E o resultado mais
preocupante de abandono escolar é na rede pública, atingindo até 2% nos anos finais. Em
relação à qualidade do aprendizado no Ensino Fundamental do município, o resultado do
IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2013 da rede municipal nos
anos iniciais foi 6,0, ocupando o posto 187 dos 645 municípios do Estado de São Paulo e
mostrando um cumprimento da meta estabelecida para 2013 de 5,9. No entanto, o
município de São Caetano do Sul atingiu um índice surpreendente de 6,6.
Considerando-se dados da Prova Brasil – que tem como nota máxima 350 para Língua
Portuguesa e 375 para Matemática – constata-se que a média obtida em 2013 nas
escolas da Rede Municipal de São
Bernardo do Campo em Língua Portuguesa no 5º ano foi 212,28, resultado superior ao
alcançado em 2007 quando atingiu 191,52, mas ainda baixo em relação ao esperado na
nota máxima de 350. Já na prova de Matemática no 5º ano, o resultado em 2013 foi
226,91 contra 208,73 em 2007, mas um valor também abaixo do esperado na nota
máxima. Em relação à nota de Língua Portuguesa na Prova Brasil em 9º ano, em 2013 a
Rede Estadual atingiu 246,91 contra 237,62 em 2007 e em Matemática obteve um
resultado de 250,15 versus 247,63 em 2007. Em ambos os períodos, 2007 e 2013, a
média tanto da Rede Municipal quanto da Rede Estadual se manteve sempre acima da
média do Estado de São Paulo, mas abaixo dos resultados de São Caetano do Sul. Em
2013, 10,8% dos alunos atingiram o nível abaixo do básico na Prova Brasil em Língua
Portuguesa (5º ano) na Rede Municipal, embora em São Caetano do Sul tenha sido só
4,5% e em Ribeirão Pires, 6,3%. Em Matemática (5º ano), na Rede Municipal, 15,2% dos
alunos atingiram o nível abaixo do básico na Prova Brasil, contra 3,0% em São Caetano do
Sul e 13,14% em Ribeirão Pires.
Um grande problema que afeta a educação de São Bernardo desde 2013 até hoje é o
atraso na entrega de uniforme e material escolar nas escolas municipais. Essa situação,
que é inadmissível, prejudica aproximadamente 85 mil alunos da rede pública municipal.
No meio do ano escolar, quase a metade dos alunos ainda está sem uniforme escolar e,
em alguns casos, só recebeu pares de meias. É um desrespeito que evidencia o deficiente
planejamento e a falta de compromisso no sistema educacional da rede municipal. Em
consequência, a qualidade da educação é afetada.
Outro problema atual são as graves falhas na merenda escolar. A Prefeitura de São
Bernardo do Campo cortou a merenda a crianças entre cinco e dez anos de idade que
estejam na Pré-Escola e no Ensino Fundamental da rede pública municipal. Os alunos que
estudam no período matutino não têm mais direito ao café da manhã e os que estudam à
tarde, apenas com o lanche do intervalo, sem direito ao almoço. Ainda pior, pais
denunciam que está proibido mandar lanche de casa na mochila de seus filhos.
A Prefeitura de SBC pagou mais de R$ 4 milhões para empresa investigada pelo Ministério
Público na compra da merenda escolar. São Bernardo foi a que mais pagou dinheiro para
a Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), de Bebedouro (SP), que é investigada
por desvios de verba.
Ensino Médio
Segundo dados do SEADE de 2014, a taxa de frequência líquida foi 84,11% (proporção de
pessoas entre 15 e 17 anos que estuda no Ensino Médio, em relação à população
correspondente a essa faixa etária). Comparando-se a população residente em São
Bernardo do Campo na faixa etária entre 15 e 17 anos (idade apropriada para cursar o
Ensino Médio) que é de 35.064 pessoas, essa se apresenta muito menor que o total de
alunos matriculados nesse nível de ensino, que é 37.578. Isso mostra que muitos desses
alunos matriculados atualmente no Ensino Médio têm idade superior a 17 anos,
evidenciando problemas de reprovação e abandono no Ensino Fundamental e no Ensino
Médio, situações que potencializam também o problema de distorção idade/série. No caso,
pode-se inferir que esses jovens sintam a necessidade de trabalhar e migrem para a
Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Educação Especial
A Constituição Federal estabelece o direito de as pessoas com necessidades educacionais
especiais receberem educação preferencialmente na rede regular de ensino. Segundo
dados divulgados no Censo Educacional do MEC/INEP, no município há 9 escolas que
oferecem Educação Especial-modalidade substitutiva: 6 na rede privada e 3 na rede
pública municipal. Quanto aos dados referentes à matrícula, em 2014 havia 520
estudantes matriculados na Educação Especial, um incremento de 18,2% contra 2013
quando havia 440 matriculados. Segundo estrutura administrativa, 329 alunos estavam na
rede particular e 191 na rede pública municipal. E, segundo nível de ensino, 191 alunos
estavam matriculados no Ensino Fundamental da rede municipal e 319 no Ensino
Fundamental da rede particular.
Ensino Profissionalizante
Ensino Superior
O Plano Nacional de Educação 2014-2024 estabelece na Meta 12 que até 2024 deverá se
elevar a taxa líquida de matrícula na educação superior para trinta e três por cento da
população de dezoito a vinte e quatro anos. No entanto, segundo dados do Censo 2010
(IBGE), a taxa de frequência líquida em São Bernardo do Campo foi 20,11%, ocupando o
terceiro lugar entre os munícipios da Região Metropolitana de São Paulo, mas depois de
São Caetano do Sul com 35,89% (município que já superou a meta nacional) e de Santo
André com uma taxa de 25,9%. De acordo com informações do SEADE, as matrículas
registradas em 2014 no município foram 53.250, sendo que 87,5% das matriculas dos
cursos de graduação presencial são na rede privada (46.780 matriculados); 6% na rede
federal; 4,5% na rede municipal e 1,7% na rede estadual.
Diretrizes
- Promover a alfabetização efetiva aos sete anos de idade, com atividades de reforço em
todos os anos do Ensino Fundamental I;
- Criar o projeto Articulador Educacional e Comunitário, com profissionais que atuem como
interlocutores entre a escola, família e comunidade;
- Levar tecnologia para dentro das salas de aula com a criação do Programa Aluno.com;
- Implantar o Programa Escola de Portas Abertas, que vai promover a abertura das
escolas em parceria com a comunidade e associações de bairro nos finais de semana;
• Segurança Pública
O homicídio é um dos crimes mais violentos e mais preocupantes, uma vez que atenta
contra a vida. Em São Bernardo do Campo, tal crime vem sofrendo uma queda bastante
acentuada desde 2001 até 2015, quando a taxa de homicídios dolosos passou de 37,23 a
6,19 homicídios por cem mil habitantes, respectivamente. Se compararmos a evolução dos
homicídios do nosso município com os dados do estado e da região, observa-se que
seguem a mesma tendência de queda. Embora em 2015 a taxa de homicídios em São
Bernardo tenha sido menor que no estado (8,7) e que no total da grande ABC (7,7). Se
comparado com os municípios do ABC, a taxa de homicídios de São Bernardo é também
muito menor que a apresentada em Rio Grande da Serra (14,9) e em Diadema (11,9),
municípios com as maiores taxas da região. No entanto, São Caetano do Sul (3,3) e
Ribeirão Pires (4,3) apresentam melhores resultados que nosso município.
Outro problema de violência que ameaça a vida das pessoas em São Bernardo é a
violência letal no trânsito. De acordo com dados do Infosiga (Sistema de Informações
Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), a taxa de mortes
provocadas por acidentes de trânsito no município atinge um valor elevado de 11,2 por
cem mil habitantes. Entre 2000 e 2015 morreram, em média, 96 pessoas por ano, vítimas
do trânsito são bernardense. Assim, nesse período de quinze anos, os óbitos por
acidentes de transporte aumentaram de 68 para 98 vítimas fatais, um incremento de 44%.
Entre janeiro e maio de 2016, 25 pessoas perderam a vida no município por acidentes de
trânsito. Além disso, de forma preocupante, das 251 mortes por acidente de trânsito
registradas no Grande ABC em 2015, um número de 89 vítimas foi em São Bernardo,
sendo, assim, responsável o município por 35,4% dos óbitos por acidentes de trânsito no
ABC. Outro dado preocupante é o fato de São Bernardo ocupar em 2015 o 4º lugar em
óbitos por acidentes de trânsito no estado, depois de São Paulo, Guarulhos e Campinas.
As informações do Infosiga indicam que os pedestres são de longe as maiores vítimas
fatais da violência no transito (32 mortes em 2015), seguidos de motociclistas (25) e
automóveis (20). E o tipo de acidente que mais matou neste último ano foram as colisões
(37) e os atropelamentos (32).
Outro problema de segurança pública em SBC são os roubos, delito que durante os
últimos três anos vem experimentando um crescimento acelerado. Entre 2012 e 2015 o
número de ocorrências passou de 5.458 a 8.118, representado uma taxa de crescimento
média anual de 14,7%. Igual tendência se observa na grande ABC, onde as ocorrências
por roubo cresceram a uma taxa média anual de 15,9% neste mesmo período. Como
consequência, a taxa de roubos por 100 mil habitantes em São Bernardo passou de 704
casos por 100 mil habitantes em 2012 a 1.026 em 2015, um incremento de quase 46%.
Porém, dentro dos municípios do ABC, Diadema é quem vem experimentando o maior
crescimento nas taxas de roubos, que saltou de 980 em 2012 a 1.705 em 2015. Na
comparação com os outros municípios do ABC Paulista, São Bernardo apresentou em
2015 um índice superior ao do Rio Grande da Serra (296,1), Ribeirão Pires (619,6), São
Caetano do Sul (631,5) e Mauá (857,8).
Por outro lado, embora os furtos tenham diminuído entre 2012 e 2014, novamente
crescem em 2015, quando a taxa de furtos por 100 mil habitantes no município atinge um
valor de 902, taxa superior à registrada na Grande ABC (886). Se comparado com os
municípios do ABC, esse resultado nosso município só é superado por Santo André
(997,6) e São Caetano do Sul (946,9).
Em São Bernardo do Campo o segundo delito com maior incidência em termos relativos
são os furtos e roubos de veículos. As taxas deste tipo de delito são maiores que as
registradas no estado e configuram a categoria com mais altas taxas de notificação entre
os crimes contra o patrimônio. Em 2015 apresentaram-se no município 618 furtos e roubos
de veículos por cem mil habitantes, valor superior ao registrado no estado com 440 furtos
e roubos de veículos por cem mil habitantes. Já no Grande ABC foi superior com 749.
Diretrizes
- Formular a Política Pública Municipal de Segurança Pública e Convivência Cidadã, em
ação conjunta com a sociedade civil organizada e com os governos estadual e federal,
com a finalidade de viabilizar o planejamento, a gestão, o acompanhamento e a avaliação
de estratégias integradas voltadas à prevenção e à repressão da violência, criminalidade e
insegurança, além de diminuir os problemas de convivência cidadã no âmbito municipal;
- Promover polos culturais e esportivos, com o intuito de criar ocupação para os nossos
jovens e fazer com que eles se distanciem do mundo do crime.
• Cultura
Diretrizes
- Trazer apresentações de grupos artísticos do estado para a cidade, bem como dos
artistas locais;
- Promover parceria com a Educação para a criação, nas escolas, de bandas e fanfarras,
tendo o resultado da aprendizagem musical dos alunos exibido em eventos cívicos;
- Criar uma agenda de exposição e oferta de oficinas culturais para o público em geral;
• Esporte e Lazer
Diretrizes
- Criar oito núcleos de lutas olímpicas, como judô, tae kwon do, boxe, etc.;
• Sustentabilidade Ambiental
Dos 406,18 Km² que possui o território municipal de São Bernardo, 67% está inserido em
área protegida, sendo que 53,6% (217 Km²) é área de proteção ambiental aos mananciais
e 14% (56 Km²) é área de Reserva Florestal do Parque Estadual da Serra do Mar. Além
disso, 18,6% (ou 75,8 Km²) correspondem ao espelho d’água da Represa Billings, o maior
reservatório de abastecimento da RMSP. Outro dado importante é que aproximadamente
30% do nosso território está urbanizado.
Mesmo com tais privilégios naturais, nosso município sofre graves problemas ambientais,
como degradação e desmatamento da Mata Atlântica, poluição dos mananciais e da
Represa Billings e perda da qualidade das águas. São várias as causas que estão
fragilizando nosso meio ambiente. Em primeiro lugar, as ocupações irregulares com
assentamentos precários, sem infraestrutura ou serviços, lançando efluentes de esgotos
domésticos, principalmente nas áreas de proteção de mananciais, nas margens da
Represa e nas áreas com Mata Atlântica. Essa é uma população de baixa renda que não
tem opções de moradia digna. Em segundo lugar, as atividades indústrias em São
Bernardo geram resíduos industriais não tratados que são lançados às águas. Em terceiro
lugar, os problemas das águas de enchentes. Em quarto lugar, nosso baixo nível de
consciência ambiental que nos leva ao desrespeito das leis ambientais. E, por último, a
baixa capacidade administrativa do município para gerir a Política Municipal de Meio
Ambiente de SBC e, assim, atuar de maneira efetiva nas áreas de proteção, deter a
degradação e a extinção de áreas verdes, além de carecer de uma visão integrada e de
longo prazo da preservação ambiental.
Diretrizes
- Tratar e transformar a várzea da foz do Rio Alvarenga em uma wetland para monitorar a
recuperação ambiental da sub-bacia do Alvarenga-Lavras, que apresenta os maiores
indicadores de uso e ocupação do solo e comprometimento da função ecológica para
produção de água na Bacia Hidrográfica da Billings, no território do município;
- Estudar a viabilidade de implantação do IPTU Verde;
• Moradia popular
Desses últimos, 86.820 são assentamentos precários e/ou irregulares, 3.429 são conjuntos
habitacionais irregulares promovidos pelo Poder Público que necessitam somente da
intervenção de Regularização Específica e 188 são domicílios não permanentes em
alojamentos (removidos de assentamentos precários). Os chamados assentamentos
concentram-se, na sua maior parte, nas macrorregiões de Montanhão, Alvarenga e
Batistini, seguidas de Riacho Grande, Cooperativa,Centro e Rudge Ramos. De forma
preocupante, mais da metade dos assentamentos precários estão localizados na Área de
Proteção aos Mananciais, especialmente na macro-região de Alvarenga. Os restantes se
encontram fora da Área de Proteção, especialmente na macrorregião de Montanhão.
Todas essas famílias vivem em condições inadequadas e de precariedade tanto em
relação aos domicílios quanto à posse da terra. Dessas 90.437 unidades domiciliares,
52.356 estão em situação precária e 38.081, em condição de irregularidade. Assim,
segundo o PLHIS 2010, dos 86.820 assentamentos precários e/ou irregulares, 12.675 só
demandam Regularização Fundiária; 31.811 precisam de obras complementares de
infraestrutura e urbanização simples sem e com remoções; 33.119 carecem de toda
infraestrutura e 2.028 domicílios são assentamentos irregulares não consolidáveis,
precisando de remanejamento ou reassentamento (remoção total).
Segundo cálculos do PLHIS, estima-se que a demanda futura por novas moradias em São
Bernardo do Campo seja de 84.955 no período 2010-2023. Isso significa que há uma
projeção de que o total de domicílios formados nesses 13 anos cresça 32%, passando de
266.217 em 2010 para 351.170 domicílios novos em 2023.
Diretrizes
- Construir novas moradias populares, fazer parceria com bancos para financiamentos
voltados a pessoas de baixa renda, criar um programa de atendimento especial para essas
pessoas, com psicólogos e assistentes sociais;
• Mobilidade Urbana
Essa realidade mostra que o sistema de transporte urbano não atende satisfatoriamente
as necessidades de mobilidade da população e não integra a cidade. Alto número de
pessoas utilizam o serviço de transporte público, mas com baixa qualidade: é pouco
confortável, tarifas não são justas, tempos de viagem são elevados, existe sobreposição
de linhas municipais e intermunicipais, há desequilíbrio na oferta de várias linhas,
insuficientes terminais de intercâmbio, muitas linhas com insuficientes veículos, o que
ocasiona dispersão da frota, e custos operacionais elevados e não competitivos em
relação ao automóvel particular.
Diretrizes
- Trabalhar em parceria com os governos federal e estadual para trazer o metrô para São
Bernardo.
Por isso, a nossa missão é administrar com transparência e coragem, compromissado com
o bem comum e pensando sempre na qualidade de vida e no desenvolvimento integral da
nossa gente, sem oportunismo e com mais trabalho. É um compromisso público com São
Bernardo do Campo: temos que investir bem para fazer mais. Vamos apresentar a conta e
o valor que temos para gastar. Investir para sobrar dinheiro. Vamos restaurar a confiança
da cidadania. Eficiência na execução! Transparência na Gestão! Assim alcançaremos os
nossos objetivos de uma cidade digna de se morar.
Diretrizes
- Implantar o programa Acessa São Bernardo por meio de cartão de acesso e quiosques
de atendimento eletrônico nos equipamentos públicos para solicitações de serviços e
acompanhamento das mesmas por parte dos munícipes;