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CONVERSORES
CC‐CC RESSONANTES
ISOLADOS
Prof. Ivo Barbi
Universidade Federal de Santa Catarina
Agosto de 2015
APRESENTAÇÃO
O presente documento reúne relatórios
produzidos por pós‐graduandos do Programa de
Engenharia Elétrica da UFSC, que cursaram ao longo
de vários anos, a disciplina que ministrei,
denominada COMUTAÇÃO SUAVE.
Florianópolis, 11 de agosto de 2015.
INSTITUTO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA
Departamento de Engenharia Elétrica
Centro Tecnológico
Monitora:
Fabiana Pöttker de Souza Dra. (INEP/EEL – UFSC)
Professor Orientador:
Prof. Ivo Barbi Dr. Ing. (INEP/EEL – UFSC)
Julho/2003
Sumário
SUMÁRIO 2
I – INTRODUÇÃO 3
II – ANALISE TEÓRICA 4
ETAPAS DE FUNCIONAMENTO 4
PRINCIPAIS DE FORMAS DE ONDA 7
COMUTAÇÕES NAS CHAVES S1 E S2 8
EQUACIONAMENTO 9
DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES INICIAIS 15
LIMIAR DA RELAÇÃO VO/VI 15
LIMIAR DA CONDUÇÃO CONTINUA 16
CARACTERÍSTICA DE SAÍDA 16
III – PROJETO 18
IV - SIMULAÇÃO DO CIRCUITO 19
V – CONCLUSÃO 25
VI – BIBLIOGRAFIA 25
VII – ANEXO I 26
PROJETO E DIMENSIONAMENTO 26
VIII - ANEXO II 28
ARQUIVO DE SIMULAÇÃO 28
I – Introdução
Este trabalho tem por finalidade analisar qualitativamente e quantitativamente,
projetar e simular uma variação topologia do conversor série ressonante meia ponte
mostrado na Figura 1.
D1
S1 C1
D8
Lr D3 Vo D4
Vi
+
ILr D5 D6
Cr
D2 D7
S2 C2 VCr
-
II – Analise Teórica
Etapas de Funcionamento
1a Etapa (t0, t1): No instante anterior ao início desta etapa, a corrente e a tensão
sobre Lr e Cr são zero. S1 esta fechada e S2 cortada. Então se estabelece uma corrente pelo
pela malha assinalada na Figura 2. A comutação é suave já que a corrente inicial sobre a
chave é zero e cresce senoidalmente.
Nesta etapa a fonte Vi fornece energia para Vo, Lr e Cr. A corrente sobre o
indutor Lr tem evolução senoidal até que Cr atinge o valor de Vi. Neste momento termina
esta etapa de funcionamento. A tensão ao final dessa etapa sobre Cr é Vi e a corrente sobre
o Indutor Lr é I0.
D1
S1 C1
D8
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
D2 Cr +
S2 C2
D7
VCr
-
2a Etapa (t1, t2): Está etapa está representada na Figura 3. O diodo D8 entra em
condução estabelecendo uma corrente pela malha D3, Vo, D6, D8, S1 e Lr. A corrente
sobre o indutor Lr decresce em rampa, entregando energia para a carga Vo.
Durante esta etapa não há corrente sobre o capacitor Cr, portanto a tensão VCr
sobre o capacitor mantém-se com o valor de Vi. Esta etapa termina quando a chave S2 é
aberta.
D1 D8
S1 C1
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
Cr
+
D2 D7
S2 C2 VCr
-
3a Etapa (t2, t3): Está etapa inicia com o corte da chave S1. Nesse instante a
tensão sobre a chave é zero devido a inércia de tensão do capacitor C1, que inicia sua carga
nesse instante. Neste mesmo instante C2 descarrega-se e ambos os capacitores assumem a
corrente do indutor Lr. As correntes que circulam pelo circuito ficam como mostradas na
Figura 4.
Durante esta etapa ocorre devolução de parte da energia de C2 para a fonte Vi. O
termino se dá quando a tensão sobre o capacitor C2 atinge tensão 0V.
D1 D8
S1 C1
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
Cr
+
D2 D7
S2 C2 VCr
-
D1 D8
S1 C1
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
Cr
+
D2 D7
S2 C2 VCr
-
D1 D8
S1 C1
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
Cr
+
D2 D7
S2 C2 VCr
-
D1 D8
S1 C1
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
Cr
+
D2 D7
S2 C2 VCr
-
7a Etapa(t6,t7): Está etapa inicia com o corte da chave S2. Nesse instante a tensão
sobre a chave é zero devido a inércia de tensão do capacitor C2 que está em paralelo com a
chave. O capacitor C1 carrega-se e C2 descarrega-se e ambos assumem a corrente do
indutor Lr. As correntes que circulam pelo circuito ficam como mostradas na Figura 8.
Durante esta etapa ocorre devolução de parte da energia de C1 para a fonte Vi. O
termino se dá quando a tensão sobre o capacitor C1 atinge tensão 0V.
D1 D8
S1 C1
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
Cr
+
D2 D7
S2 C2 VCr
-
D1 D8
S1 C1
Lr D3 Vo D4
Vi
ILr D5 D6
Cr
+
D2 D7
S2 C2 VCr
-
Vi
Vcr
0
t
ILr 0
t
IS2
0
t
IS1
0
t
IVo
0 t
S1 S2
0 t
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8
VS1
S1 I S1
Comando
t
S1
Comando
t
Equacionamento
1a Etapa:
Vi ILr
+
Cr VCr
-
di Lr
Vi VCr (t ) Lr VO (1)
dt
dVC
I Lr (t ) Cr (2)
dt
Sabendo-se que as condições iniciais da 1a etapa são nulos e resolvendo o sistema
de equações diferencias dado por (1) e (2) obtém-se VCr(t) e ILr(t) representados pelas
expressões (3) e (4), respectivamente.
Tem-se então:
(V VO ) sen( wo t )
I Lr (t ) i (6)
z
A partir da expressão (3) é possível determinar o instante t1, que é o momento em
que se dá por encerrada desta etapa de funcionamento. Atribuindo t0=0 e sabendo-se que
está etapa finaliza quando a tensão sobre Cr chega a Vi (VCr=Vi), tem-se que:
Vo
ar cos
(Vo Vi)
t1 (7)
wo
2a Etapa:
ILr
VO
I Lr (t ) I Lo (t 2 t1 ) (11)
Lr
Ts I Lr
t2 L1 (12)
2 Vo Vi
z2(t) obtém-se a partir da expressão (8), para esta etapa de funcionamento temos
então:
z 2 (t ) Vi jzI Lr (t ) (13)
4a Etapa:
ILr
Vi
VO Vi
I Lr (t ) I L1 (t 4 t 3 ) (15)
Lr
z4(t) obtém-se a partir da expressão (8), para esta etapa de funcionamento temos
então:
z 4 (t ) Vi jzI Lr (t ) (17)
5a Etapa:
ILr
+
Cr VCr
-
di Lr
Vo VCr (t ) Lr (18)
dt
dVC
I Lr (t ) Cr (19)
dt
Sabendo-se que as condições iniciais da 5a etapa é ILr e resolvendo o sistema de
equações diferencias dado por (18) e (19) obtém-se VCr(t) e ILr(t) representados pelas
expressões (20) e (21), respectivamente.
Tem-se então:
(V VO ) sen( wo t )
I Lr (t ) i (22)
z
6a Etapa:
ILr
VO
I Lr (t ) I Lo (t 6 t 5 ) (26)
Lr
I L1 Lr
t 6 Ts (27)
Vo Vi
z6(t) obtém-se a partir da expressão (8), para esta etapa de funcionamento temos
então:
z 6 (t ) Vi jzI Lr (t ) (28)
8a Etapa:
ILr
Vi
VO Vi
I Lr (t ) I L1 (t 4 t 3 ) (30)
Lr
z8(t) obtém-se a partir da expressão (8), para esta etapa de funcionamento temos
então:
z 4 (t ) Vi jzI Lr (t ) (32)
A partir das equações (9), (13), (17), (24), (28) e (32) obtém-se o plano de fase
completo para a estrutura em questão, representado pela Figura 17.
ILr
IL0
IL1
Vo Vi
0 Vi-Vo VCr
-IL1
-IL0
Figura 17 - Plano de fase completo
A partir das equações (6) e (7) podemos determinar a primeira condição inicial do
Indutor, sabendo-se que a tensão final do capacitor Cr na 1a etapa é igual a tensão Vi. Logo,
tem-se que:
2
Vo
I L0 (Vi VO ) 1 (33)
Vo Vi
A partir das equações (7), (11) e (12) determina-se a corrente IL1 apresentada na equação
(34).
Vo
(Vo Vi )Vo arccos
I L1
(V VO )
i
V T (V Vo )
Vi 2VoVi o s i
2
Vo Vi (34)
Vi 2Vi Lr ViWo Lr
V i 2 (V i V o ) (35)
Vi
Vo (36)
2
Desta maneira obtém-se que a relação q que é definida como Vo/Vi, é deve ser
maior que 0,5.
Vo
(Vo Vi )Vo arccos
(V VO )
0 i
V T (V Vo )
Vi 2VoVi o s i
2
Vo Vi (36)
Vi 2Vi Lr ViWo Lr
seja, a definição:
f
o s (37)
fo
o (38)
1 2q q
arccos
q q 1
Característica de Saída
q
Vi o arccos
Vi o q 1 q
I omed o 1 2q q 1 q(q 1) o arccos
z 2z o q 1
Vi 1 2q
o 1 2q q o arccos q
2z
q 1
(39)
q
o arccos
o q 1 q
I omed o 1 2q q 1 q(q 1) o arccos
2z o q 1
1 2q
o 1 2q q o arccos q
2
q 1
(40)
Característica Externa
0.5
o=0.9
o=0.8 o=1
0.45
o=0.7
0.4
o=0.6
0.35
0.3 o=0.5
0.25
q o=0.4
0.2
o=0.3
0.15 CCM
0.1 DCM
0.05
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
Iomed
III – Projeto
A fim de obter uma simulação para comprovar os resultados teóricos, deseja-se
dimensionar os componentes de um conversor série ressonante com a topologia apresentada
neste trabalho. Os semicondutores e fontes utilizadas serão ideais, bem como os
componentes armazenadores de energia. Estes, porém, terão seus valores determinados
pelas especificações de projeto dadas abaixo:
Especificações:
Vi = 200V;
Vo = 40V;
Po= 1200W;
fs = 40KHz.
IV - Simulação do Circuito
Para comprovação da analise teórica simulou-se o circuito em questão no software
Pspice 9.2. Os valores dos componentes utilizados são os obtidos no projeto em anexo, na
planilha do MathCad. Os semicondutores e os demais componentes do circuito foram
idealizados. O circuito simulado é apresentado na Figura 19.
S1
+ + 1n
V1 = 0 V1 D1
V2 = 10
- - C1
TD = 12.5u
TR = 1n
TF = 1n D8
PW = 12u
PER = 25u R1
1Meg
DS1
0
D3 D5
Vi Lr
1 2 Vo
200 40
9.61u
D4 D6
S2
+ + Cr
V1 = 0 V2 D7
V2 = 10
- - D2 C2
TD = 0 806.5n
TR = 1n 1n
TF = 1n
PW = 12u R2 DS2
PER = 25u
1Meg
200V
100V
-29V
V(D5:1)
50A
0A
-50A
1.1856ms 1.2000ms 1.2200ms 1.2400ms 1.2600ms 1.2800ms
I(Lr)
Time
Figura 20 – Tensão sobre o capacitor ressonante Cr e corrente sobre o indutor ressonante Lr
1.0A
0A
-1.0A
-0.2V 0V 0.2V 0.4V 0.6V 0.8V 1.0V 1.2V
I(Lr)*3.45/200
V(D5:1)/200
200V
100V
-24V
V(S1:3,Ds1:2)
50A
25A
0A
200V
100V
0V
V(Ds1:2,0)
50A
25A
0A
30A
20A
10A
0A
rms(I(S1:3))
30A
20A
10A
0A
0.82ms 0.90ms 1.00ms 1.10ms 1.20ms 1.30ms 1.40ms 1.50ms
rms(I(S2:3))
Time
Figura 24 – Correntes eficazes nas chaves S2 e S1.
80A
40A
0A
I(D8)
15A
10A
5A
-2A
1.45ms 1.46ms 1.47ms 1.48ms 1.49ms 1.50ms
I(D1)
Time
244V
200V
100V
0V
40A
20A
0A
0.8ms 0.9ms 1.0ms 1.1ms 1.2ms 1.3ms 1.4ms 1.5ms
avg(I(Vo))
Time
Figura 27 – Correntes média instantânea na carga Vo.
1.5KW
1.0KW
0.5KW
0W
0.8ms 0.9ms 1.0ms 1.1ms 1.2ms 1.3ms 1.4ms 1.5ms
avg(W(Vo))
Time
Figura 28 – Potência média instantânea absorvida na carga Vo.
2.0KW
1.5KW
1.0KW
0.5KW
0W
0.806ms 0.900ms 1.000ms 1.100ms 1.200ms 1.300ms 1.400ms 1.500ms
-avg(W(Vi))
Time
Figura 29 – Potência média instantânea entregue pela fonte Vi.
V – Conclusão
O conversor da família série ressonante com comutação ZVS analisado neste
trabalho apresentou resultados satisfatórios.
A faixa de operação deste conversor em condução continua, como mostrado na
Característica de Saída, é de uma variação de q de 0 a 0,5 e para uma variação de o em
função de q, como mostrados nas regiões de condução continua e condução descontínua.
Se utilizarmos um q acima de 0,5 o Diodo D8 não entrará em condução e as etapas de
funcionamento serão diferentes, apresentando assim outra característica de saída.
Similarmente, se utilizarmos uma região de operação DCM etapas de operação serão
suprimidas e a característica externa não mais será a apresentada nesta analise.
VI – Bibliografia
[01] BARBI, Ivo. Souza, Fabiana Pöttker. Conversores CC-CC Isolados de Alta
Freqüência com Comutação Suave. Edição dos Autores, Florianópolis.
VII – Anexo I
Projeto e dimensionamento
Especificações de projeto:
Vi 200V
Vo 40V
Po 1200W
3
fs 40 10 Hz
Seja :
o 0.7
logo :
fs 4
fo fo 5.714 10 Hz
o
Vo
q
Vi
q 0.2
X acos
q
q 1
o o X 1 2 q
Iomedp o 1 2 q ( q 2) q ( q 1) o X o 1 2 q q o X
2 o 2
Iomedp 0.518
Io 30A
sabendo que:
2
Iomedp Vi.
Lr Cr
Io
Sabendo que a frequencia de ressonancia é da da por:
1
fo
2 Lr Cr
1
fo
1
2
2
2 Iomedp Cr
2 Vi. 2
2
Io
Temos que:
1 Io
Cr
2 Iomedp Vi fo
7
Cr 8.065 10 F
Tem - se então:
2
Iomedp Vi
Lr Cr
Io
6
Lr 9.618 10 H
VIII - Anexo II
Arquivo de Simulação
**** INCLUDING topologia_01-SCHEMATIC1.net ****
* source TOPOLOGIA_01
D_D4 N19702 N19790 Dbreak
D_DS2 N19580 0 Dbreak
V_V1 N20386 N19994
+PULSE 0 10 12.5u 1n 1n 12u 25u
D_D3 N19790 N19484 Dbreak
V_Vo N19484 N19702 40
L_Lr N19576 N19790 9u
D_D7 0 N19584 Dbreak
D_D2 0 N19576 Dbreak
X_S1 N20386 N19994 N19828 N27908 SCHEMATIC1_S1
C_C1 N19576 N19828 1n
D_D5 N19584 N19484 Dbreak
C_C2 0 N19576 1n
V_V2 N19496 N20152
+PULSE 0 10 0 1n 1n 12u 25u
R_R2 0 N20152 1Meg
C_Cr N19584 0 806.5n
V_Vi N19828 0 200
D_D8 N19584 N19828 Dbreak
D_D6 N19702 N19584 Dbreak
X_S2 N19496 N20152 N19576 N19580 SCHEMATIC1_S2
D_DS1 N27908 N19576 Dbreak
R_R1 0 N19994 1Meg
D_D1 N19576 N19828 Dbreak
.subckt SCHEMATIC1_S1 1 2 3 4
S_S1 3 4 1 2 Sbreak
RS_S1 1 2 1G
.ends SCHEMATIC1_S1
.subckt SCHEMATIC1_S2 1 2 3 4
S_S2 3 4 1 2 Sbreak
RS_S2 1 2 1G
.ends SCHEMATIC1_S2
**** 07/29/03 20:05:40 ********* PSpice 9.2 (Mar 2000) ******** ID# 1 ********
** Profile: "SCHEMATIC1-serie1" [
C:\Alceu\Mestrado\conversores_ressonantes_alta_freq\Trabalho2\simulacao\topologia_01-
schematic1-s
******************************************************************************
Dbreak
IS 10.000000E-15
RS 100.000000E-06
CJO 100.000000E-15
**** 07/29/03 20:05:40 ********* PSpice 9.2 (Mar 2000) ******** ID# 1 ********
** Profile: "SCHEMATIC1-serie1" [
C:\Alceu\Mestrado\conversores_ressonantes_alta_freq\Trabalho2\simulacao\topologia_01-
schematic1-s
******************************************************************************
Sbreak
RON 100.000000E-06
ROFF 1.000000E+06
VON 1
VOFF 0
JOB CONCLUDED
Professor Responsável:
Prof. Ivo Barbi Dr. Ing. (INEP/EEL – UFSC)
Julho/2003
Sumário
SUMÁRIO 2
I – INTRODUÇÃO 3
II – ANALISE TEÓRICA 4
ETAPAS DE FUNCIONAMENTO 4
PRINCIPAIS DE FORMAS DE ONDA 5
EQUACIONAMENTO 7
DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES INICIAIS 12
CARACTERÍSTICA DE SAÍDA 12
III – PROJETO 17
IV - SIMULAÇÃO DO CIRCUITO 18
V – CONCLUSÃO 24
VI – BIBLIOGRAFIA 24
VII – ANEXO I 25
PROJETO E DIMENSIONAMENTO 25
VIII - ANEXO II 27
ARQUIVO DE SIMULAÇÃO 27
I – Introdução
Este trabalho tem por finalidade analisar, equacionar, projetar e simular uma
variação topologia do conversor série ressonante meia ponte mostrado na Figura 1.
S1
D1 D3 D5
Vo
Vi L
S2
D4 D6
D7 C
D2
II – Analise Teórica
Etapas de Funcionamento
1a Etapa (t0, t1): No instante anterior ao início desta etapa, a corrente e a tensão
sobre Lr e Cr são zero, e S2 e S1 estão bloqueadas. Então, S1 é comandada a conduzir,
estabelecendo uma corrente pelo pela malha assinalada na Figura 1. A comutação é suave já
que a corrente inicial sobre a chave é zero.
Nesta etapa a fonte Vi fornece energia para Vo, Lr e Cr. A corrente sobre o
indutor Lr cresce senoidalmente até que Cr atinge tensão (Vo-Vi) então a corrente decresce
senoidalmente novamente até zero. Neste momento termina esta etapa de funcionamento. A
tensão sobre Cr é VC0.
S1
D1 D3 D5
Vo
Vi Lr
S2 ILr
D4 D6 Cr +
D7 VCr
D2 -
2a Etapa (t1, t2): Está etapa está representada na Figura 2. A tensão VCr sobre o
capacitor coloca D5 D4 e D1 em condução, fechando circuito conforme assinalado na
Figura 2. A corrente sobre o indutor decresce e cresce senoidalmente até atingir zero. Neste
momento os diodos D1, D4 e D5 são bloqueados. Neste momento encerra-se esta etapa de
funcionamento. A tensão sobre o capacitor Cr neste instante é igual a VC1.
Durante esta etapa ocorre devolução de energia para Vi e S1 deve ser bloqueada.
Neste caso a comutação é suave, já que o diodo D1 está em condução, sendo assim tensão
sobre a chave zero.
S1
D1 D3 D5
Vo
Vi Lr
S2 ILr
D4 D6 Cr
+
D7 VCr
D2 -
3a Etapa (t2, t3): Está etapa inicia com o corte dos diodos D1, D4 e D5 e termina
quando S2 é comandada a conduzir. Durante está etapa não há corrente no circuito e a
tensão sobre o capacitor mantém-se inalterada
4a Etapa(t3, t4): Está etapa inicia quando S2 é colocada em condução, sendo uma
comutação suave devida a corrente inicial zero. Durante está etapa a corrente flui no
circuito conforme mostrado na Figura 3. A corrente ILr cresce em modulo senoidalmente até
que VCr atinge o valor de Vo. A partir deste momento a corrente volta a decrescer até VCr
igual a zero, quando D7 então entra em condução e esta etapa é dada por finalizada. Ao
final desta etapa a tensão sobre Cr é zero e a corrente sobre Lr é IL0.
S1
D1 D3 D5
Vo
Vi Lr
ILr
S2
D4 D6 Cr +
D7 VCr
D2 -
S1
D1 D3 D5
Vo
Vi Lr
ILr
S2
D4 D6
Cr +
D7 VCr
D2 -
VC0
VCr (Vc1)
ILr
0
ID1
0
(Vi) (Vi-Vo)
VS1 (Vi+Vo-Vc1)
IS1
0
VS2 (Vi)
(VC1-Vo)
(Vo)
0
IS2
0
Io
0
S1 S2
0
t0 t1 t2 t3 t4 t5
Equacionamento
1a Etapa:
Lr Vo
1 2
Vi ILr
+
Cr VCr
-
di Lr
Vi VCr (t ) Lr VO (1)
dt
dVC
I Lr (t ) Cr (2)
dt
Sabendo-se que as condições iniciais da 1a etapa são nulos e resolvendo o sistema
de equações diferencias dado por (1) e (2) obtém-se VCr(t) e ILr(t) representados pelas
expressões (3) e (4), respectivamente.
Tem-se então:
(V VO ) sen( wo t )
I Lr (t ) i (6)
z
A partir da expressão (6) é possível determinar o instante t1, que é o momento em
que se dá por encerrada desta etapa de funcionamento. Atribuindo t0=0 e sabendo-se que
está etapa finalizasse quando a corrente sobre o indutor Lr chega a zero (ILr(t)=0A), tem-se
que:
t1 (7)
wo
ILr*z/E
z (t)
1
V VC0
0
VCr/E
(Vi-Vo)
2a Etapa:
Vi ILr
+
Cr VCr
-
(Vi VO VC 0 ) sen( wo t )
I Lr (t ) (13)
z
z2(t) obtém-se a partir da expressão (8), para esta etapa de funcionamento temos
então:
z 2 (t ) (Vi VO VC 0 )e jwot Vi VO (15)
ILr*z/E
0
VCr/E
3a Etapa:
Ts
t3 (16)
2
4a Etapa:
ILr
+
Cr VCr
-
z3(t) obtém-se a partir da expressão (8), para esta etapa de funcionamento temos
então:
z 3 (t ) (VO VC1 )e jwot VO (22)
ILr*z/E
Vo VC1
0
VCr/E
VC2
5a Etapa:
ILr
VO
I Lr (t ) I Lo (t 5 t 4 ) (24)
Lr
VO
arccos
Ts O
V VC1 I Lr
t5 L0 (25)
2 wo Vo
z4(t) obtém-se a partir da expressão (8), para esta etapa de funcionamento temos
então:
z 4 (t ) jzI Lr (t ) (26)
A partir das equações (9), (15), (22) e (26) obtém-se o plano de fase completo para
a estrutura em questão, representado pela Figura 14.
ILr*z/E
Do plano de fase da Figura 14, obtém-se a expressão (27) que determina a tensão
sobre o capacitor Cr no final da 1a Etapa.
VC 0 2(Vi VO ) (27)
A tensão VC2 por inspeção a partir da Figura 14, pode-se perceber que é nula.
Característica de Saída
t1 (Vi VO ) sen( wo t ) t2
(V VO VC 0 ) sen( wo t )
dt
1 0
t z
dt i
t1
z
I omed (t ) t (29)
2 4 (VO VC1 ) sen( wo t ) t5 VO
I Lo t.dt
t3 z t4
Lr
f o 2wo (31)
1
fs (32)
Ts
f
o s (33)
fo
V
q O (34)
Vi
Tem-se que:
2Vi o
I omed (35)
z
Característica de Saída
0.35
0.25
0.2
q
0.15
0.1
0.05
0
0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
Iomed
VC 0 2(Vi VO ) (37)
VC 0 Vi VO (38)
Vi 3VO (39)
Para 0,33 < q < 0,5 tem-se Vi<3Vo, logo não ocorre a segunda etapa de operação.
Portanto, VC0=VC1, logo:
VC1 2(Vi VO ) (40)
Para que ocorra a 4a etapa de funcionamento VC1 deve ser maior que Vo para que
os diodos entrem em condução e ocorra a etapa como descrita na analise teórica. A partir da
expressão (40) temos então que:
VC1 VO 2(Vi VO ) VO (41)
Portanto:
3V
Vi O (42)
2
Com a expressão (43) pode-se traçar a característica de saída para vara variação de
0,33<q<0,5 , como apresentada na Figura 16. Valores superiores de q tem como
conseqüência uma corrente zero de saída, pois o capacitor ressonante entra em regime com
uma carga constante, não entrando mais o circuito em condução.
Característica de Saída
0.5
0.45
0.4
0.35
0.3
0.15
0.1
0.05
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Iomed
III – Projeto
A fim de obter uma simulação para comprovar os resultados teóricos, deseja-se
dimensionar os componentes de um conversor série ressonante com a topologia apresentada
neste trabalho. Os semicondutores e fontes utilizadas serão ideais, bem como os
componentes armazenadores de energia. Estes, porém, terão seus valores determinados
pelas especificações de projeto dadas abaixo:
Especificações:
Vi = 200V;
Vo = 40V;
Po= 640W;
fs = 40KHz.
Isso implica também que quanto menor for o valor do indutor ressonante Lr maior
será o pico de corrente e menor será o tempo de condução pois com a diminuição de Lr
aumenta-se fo. Para um projeto otimizado pode-se calcular uma relação entre corrente de
pico e indutância ressonante, que reduza o custo do projeto.
IV - Simulação do Circuito
Para comprovação da analise teórica simulou-se o circuito em questão no software
Pspice 9.2. Os valores dos componentes utilizados são os obtidos no projeto em anexo, na
planilha do MathCad. Os semicondutores e os demais componentes do circuito foram
idealizados. O circuito simulado é apresentado na Figura 17.
S1
+ +
V1 = 0 V1 D1
V2 = 10
- -
TD = 12.5u
TR = 1n
TF = 1n
PW = 7u
PER = 25u R1
1Meg
DS1
0
D3 D5
Lr
Vi 1 2 Vo
200 40
2.85uH
D4 D6
S2
+ +
V1 = 0 V2 D7 Cr
V2 = 10
- - D2
TD = 0 500nF
TR = 1n
TF = 1n
PW = 7u R2 DS2
PER = 25u
1Meg
400V
0V
-400V
V(D5:1)
50A
0A
SEL>>
-60A
340.0us 350.0us 360.0us 370.0us 380.0us 388.4us
I(Lr)
Time
916m
500m
-500m
-988m
0 0.40 0.80 1.20 1.59
2.35*I(Lr)/V(Vi:+)
V(D5:1)/V(Vi:+)
200V
0V
V(S1:3,S1:4)
50A
0A
-60A
361.6us 370.0us 380.0us 390.0us 400.0us
I(S1:3)
Time
200V
0V
V(Ds1:2,S2:4)
50A
0A
-60A
361.6us 370.0us 380.0us 390.0us 400.0us
I(S2:3)
Time
20A
10A
0A
rms(I(S2:3))
20A
10A
0A
0s 200us 400us 600us 800us
rms(I(S1:3))
Time
Figura 22 – Correntes eficazes nas chaves S2 e S1.
100A
0A
-100A
I(S2:3)
200A
-93A
-I(D1)
50A
0A
-50A
361.6us 370.0us 380.0us 390.0us 400.0us
I(S1:3)
Time
60A
40A
20A
0A
385us 388us 392us 396us 400us 404us 408us
I(Vo)
Time
20A
10A
0A
-10A
0s 200us 400us 600us 800us
avg(I(Vo))
Time
Figura 25 – Correntes média instantânea na carga Vo.
800W
400W
0W
-400W
0s 200us 400us 600us 800us
avg(W(Vo))
Time
Figura 26 – Potência ativa média instantânea absorvida na carga Vo.
2.0KW
1.0KW
0W
0s 200us 400us 600us 800us
-avg(W(Vi))
Time
Figura 26 – Potência ativa média instantânea entregue pela fonte Vi.
V – Conclusão
O conversor da família série ressonante apresentado neste trabalho apresentou
resultados satisfatórios. Como outras topologias série ressoante ele tem um funcionamento
interessante sob condução descontinua, comportando-se como uma fonte de corrente ideal.
A faixa de operação deste conversor em condução continua, como mostrado na
Característica de Saída, é de uma variação de q de 0 a 0,33 e para uma variação de o de 0 a
0,5. Se utilizarmos um q fora desta faixa obteremos um comportamento diferente do
circuito, não mais apresentando uma corrente de saída constante em função da carga.
Similarmente, se utilizarmos um o acima de 0,5 o circuito entra em modo de condução
continua, passando a operar então com outra característica de saída.
Analisando as comutações verifica-se que ambas as chaves S1 e S2 tem, tanto da
entrada em condução como no corte, comutações suaves com corrente zero (ZCS) sobre os
respectivos componentes. Este comportamento garante baixas perdas de comutação o que
possibilita operar o conversor com freqüências de comutação maiores.
Através da analise teórica e comprovação por simulação notou-se que o D2
apresentado no circuito inicial, não entra em condução em nenhuma etapa de
funcionamento em condução descontinua. A presença deste componente é indiferente para
este conversor operando em condução descontinua, podendo ser descartado.
Observou-se que a corrente média de saída, na região de operação descrita,
depende apenas da tensão de entrada, da freqüência de chaveamento e do capacitor
ressonante. Com esse comportamento, pode-se então otimizar o valor de Lr para obter um
dimensionamento ideal com relação ao custo.
Esta estrutura abordada neste trabalho, foi proposta pelo Prof. Ivo Barbi apenas
com objetivos didáticos de estudo para os conversores série ressonantes. Apesar de possuir
um funcionamento adequado, como comprovado, não é uma estrutura empregada na
prática. Outras estruturas da família série ressonante apresenta resultados melhores, e
possivelmente com rendimento superior.
VI – Bibliografia
[01] BARBI, Ivo. Souza, Fabiana Pöttker. Conversores CC-CC Isolados de Alta
Freqüência com Comutação Suave. Edição dos Autores, Florianópolis.
VII – Anexo I
Projeto e dimensionamento
Projeto e Dimensionamento do Conversor Série Ressonante
Especificações de projeto:
Vi 200 V
Vo 40 V
Po 640 W
40 10 Hz
3
fs
Seja :
o 0.3
logo :
fs 5
fo f o 1.333 10 Hz
o
Pela expressão da corrente média de saída, temos que:
V i 2 o
2
Lr Cr
I o Cr 10 1.1 10 1 10
9 9 8
10
Lr 0
10
10 10 10 9 9 9
9.985 10 9.99 10 9.995 10 1 10 1.0005 10 1.001 10
Cr
1 I
Cr o
4 V i o fo
7
Cr 5 10 F
1
Lr V o
i
f o Io
2
6
Lr 2.85 10 H
VIII - Anexo II
Arquivo de Simulação
*Analysis directives:
.TRAN 0 0.8ms 0 0.1u SKIPBP
.OPTIONS ABSTOL= 1.0n
.OPTIONS RELTOL= 0.01
.PROBE V(*) I(*) W(*) D(*) NOISE(*)
.INC ".\topologia_01-SCHEMATIC1.net"
.subckt SCHEMATIC1_S1 1 2 3 4
S_S1 3 4 1 2 Sbreak
RS_S1 1 2 1G
.ends SCHEMATIC1_S1
.subckt SCHEMATIC1_S2 1 2 3 4
S_S2 3 4 1 2 Sbreak
RS_S2 1 2 1G
.ends SCHEMATIC1_S2
*************************************************************************
*****
Dbreak
IS 10.000000E-15
RS 100.000000E-06
CJO 100.000000E-15
**** 07/08/03 21:02:52 ********* PSpice 9.2 (Mar 2000) ******** ID# 1
********
** Profile: "SCHEMATIC1-serie1" [
Sbreak
RON 100.000000E-06
ROFF 1.000000E+06
VON 1
VOFF 0
Relatório:
Equacionamento por Etapas de Operação e Simulação de um
Conversor Série Ressonante em Modo de Condução Contínua
JUNHO/2004
1
diL t
VL t Lr (1.3)
dt
dvCr t
iC t iL t Cr (1.4)
dt
Substituindo (1.3) em (1.2).
diL t
V1 V0 VCr t Lr 0 (1.5)
dt
Para as condições iniciais:
VCr 0 VC 0
(1.6)
iL 0 0
Aplicando a transformada de Laplace às equações (1.3) e (1.4).
VL s Lr s iL s iL 0 Lr s iL s (1.7)
iL s Cr s VCr s VC 0 (1.8)
VL s Lr s Cr s VCr s VC 0 (1.9)
V1 V0 V
Cr s Lr Cr s 2 VCr s Lr Cr s VC 0 0 (1.11)
s
Lr Cr s VC 0
V1 V0
VCr s s (1.13)
Lr Cr s 2 1
Definindo:
1
0 (1.14)
Lr Cr
1
0 2 (1.15)
Lr Cr
Tem-se:
s VC 0
V1 V0
0 2
s
VCr s 2
(1.16)
s
1
0 2
s VC 0
V1 V0 0
0 2
0 2 s
VCr s (1.17)
s 2
0 2
0 2
s VC 0
V1 V0 0 2
VCr s s (1.18)
s 0
2 2
s VC 0 V1 V0 0
2
VCr s (1.19)
s 2 0 2 s s 2 0 2
(1.21)
s s s 2 0 2
3
0 2 s B s C
A (1.22)
s 2 02 s 0
A 1 (1.23)
Para encontrar o termo B, faz-se:
Bs C 0 2 A
(1.24)
s 0 s s 0 s
2 2 2 2
Para A=1.
B s C 0 s 0
2 2 2
(1.25)
s 2 0 2 s s 2 0 2
Bs C s2
(1.26)
s 2 02 s s 2 02
B s C s (1.27)
B 1
(1.28)
C 0
Conclusão:
0 2 1 s
2 (1.29)
s s 0 s s 0 2
2 2
s 1 s
VCr s VC 0 2 V V (1.30)
s 0 s s 0
2 1 0 2 2
dvCr t
iL t Cr Cr V1 V0 VC 0 sin 0t 0 (1.33)
dt
Definindo:
Lr
Z (1.34)
Cr
Sabendo que:
Lr 1 Lr
Z 0 (1.36)
Cr Lr Cr Cr Lr Cr
1
Z 0 (1.37)
Cr
Substituindo (1.37) em (1.35):
iL t Z V1 V0 VC 0 sin 0t (1.38)
Plano de fase:
Z1 t VCr t j iL t Z (1.39)
VL s Lr s Cr s VCr s VC1 I1
(1.44)
VCr s Lr Cr s 2 1
V1 V0 L Cr s VC1 Lr I1 (1.47)
r
s
V1 V0 L Cr s VC1 Lr I1
r
VCr s s (1.48)
Lr Cr s 2 1
Tem-se:
V1 V0 0 2 s VC1 Lr I1 0 2
s 0 2 0 2 0 2
VCr s (1.49)
s2
1
0 2
6
V1 V0 0 2 s VC1 Lr I1 0 2
s 0 2 0 2 0 2
VCr s (1.50)
s 2 02
0 2
V1 V0 0 2 s V Lr I1 0 2
C1
VCr s s (1.51)
s 2 0 2
0 2 s 0 2
VCr s V1 V0 VC1 L I (1.52)
s s 2 0 2 s 2 0 2 s 0 2
r 1 2
Sabendo que:
Lr Lr
Lr0 Z (1.55)
Lr Cr Cr
dvCr t
iL t Cr Cr V1 V0 VC1 sin 0t 0 I1 Z cos 0t 0 (1.57)
dt
Multiplicando (1.57) por (1.34):
iL t Z Z Cr 0 V1 V0 VC1 sin 0t I1 Z cos 0t (1.58)
Sabendo que:
Lr Cr Lr
Z C r 0 Cr 1 (1.59)
Cr Lr Cr Cr Lr Cr
Z C r 0 1 (1.60)
Substituindo (1.60) em (1.58):
iL t Z V1 V0 VC1 sin 0t I1 Z cos 0t (1.61)
Plano de fase:
Z1 t VCr t j iL t Z (1.62)
7
VCr 0 VC1
(1.66)
iL 0 I1
A partir do estado topológico apresentado na Fig. 5 obtemos as equações (1.64)
para a tensão no capacitor e (1.64) para a corrente no indutor.
D) Condições Iniciais
VI
V1
2
r 0 t1
0 (1.69)
0 t 2
V0
q
V1
Observando o plano de fase da Fig. 7, pode-se deduzir algumas equações de
extrema importância.
R1 VC 0 1 q (1.70)
I1 Z
sin r (1.71)
R1
I1
sin r (1.72)
VC 0 1 q
VC1 V1 V0
cos r (1.73)
R1
VC1 1 q
cos r (1.74)
V C0 1 q
2
V1 V0 VC1
2
R22 I1 (1.75)
I
2 2
R2 1 VC1 1 q (1.76)
Sabe-se que:
R2 VC 0 V1 V0 (1.77)
R2 VC 0 1 q (1.78)
Portanto, substituindo (1.70) em (1.78) obtém-se (1.79).
R2 R1 2 q (1.79)
Substituindo (1.76) em (1.79) encontra-se:
I
2 2
R1 2 q 1 VC1 1 q (1.80)
De (1.72) obtém-se:
I1 R1 sin r (1.81)
De (1.74) obtém-se:
10
R1 2 q R1 sin r R1 cos r 2
2 2 2
(1.84)
2 2
R12 sin r cos r 1 R1 4 cos r 4 q 4 4 q 2 0 (1.86)
R1 4 cos r 4 q 4 4 q 2 0 (1.87)
4 4 q 2
R1 (1.88)
4 cos r 4 q
q2 1
R1 (1.89)
cos r q
q2 1
VC 0 q 1 (1.91)
cos r q
q 1 q 1 q 1 cos r q
VC 0 (1.92)
cos r q
q 1 cos r q
VC 0 q 1 (1.93)
cos r q
q 1 q 1 cos r q 1 cos r q
VC1 (1.97)
cos r q
q 1 cos r cos r q
VC1 q 1 (1.98)
cos r q
cos r 1
VC1 q q 1 (1.100)
cos r q
VC1 q VC 0 (1.101)
I 0 med 2 I 0 medD I 0 medCH (1.102)
Onde, o valor médio das correntes nos interruptores e nos diodos é obtido pelas
equações:
t
1 1
iD t dt
TS 0
I 0 medD (1.103)
t2
1
I 0 medCH
TS i t dt
0
CH (1.104)
Definindo:
A VC1 q 1
B I1
C VC 0 q 1
r 0 t1
0 t2 (1.105)
0
d r
dt
0
d 0
dt
0
Sabe-se que:
iLD t iLr t C sin 0t (1.106)
12
2
TS (1.108)
S
s f s
0 (1.109)
0 f 0
Substituindo (1.109), (1.108), (1.105), e (1.106) em (1.103) tem-se:
r
d
I 0 medD S C sin r r (1.110)
2 0 0
0
I 0 medD C 1 cos r (1.111)
2
Substituindo (1.108), (1.107) e (1.105) em (1.104).
S d
I 0 medCH A sin B cos (1.112)
2 0 0
0
I 0 medCH A 1 cos 0 B sin 0 (1.113)
2
A partir de (1.102) e substituindo (1.111) e (1.113).
I 0 med 2 0 C 1 cos r 0 A 1 cos 0 B sin 0 (1.114)
2 2
0
I 0 med A 1 cos 0 B sin 0 C 1 cos r (1.115)
Sabendo que:
0TS 2 r 2 r 0 (1.116)
2
0 2 r 0 (1.117)
S
r 0 (1.118)
0
0 r (1.119)
0
0 r (1.120)
0
Observando o diagrama de fase podemos obter a seguinte relação.
I1
tan 0 (1.121)
VC1 q 1
13
I1
0 arc tan 0 (1.122)
VC1 q 1
Substituindo (1.120) em(1.122) obtém-se:
I1
r arc tan 0 (1.123)
0 VC1 q 1
Os ábacos dos ângulos Ψr e Ψo são traçados nas Fig. 8 e Fig. 9. O ângulo Ψr é
obtido algebricamente pela expressão (1.123) e o ângulo Ψo da expressão (1.122).
o = 0,87
q = 0,6
Cr = 28,9976F
Lr = 413,233H
Vco = 889,173V
A seguir, apresenta-se na Fig. 11 o esquemático do conversor simulado.
15
S1
+ +
- - V1 = 0 Vgate1
V2 = 5
Sbreak TD = 0
V1 TR = 10ns
200Vdc D5 D6 D1 D1s TF = 10ns
Dbreak Dbreak Dbreak Dbreak PW = 11us
0 PER = 25us
Cr Lr Vo
1 2 120Vdc
28.998n 413.23u S2
+ +
- - V1 = 0 Vgate2
V2 D8 D7 V2 = 5
Modo
200Vdc Dbreak Dbreak Sbreak TD = 12.5us
TR = 5ns
D2s TF = 5ns
Contínuo D2
Dbreak
Dbreak PW = 11us
PER = 25us
1.0KV
0.5KV
0V
-0.5KV
-1.0KV
9.9360ms 9.9440ms 9.9520ms 9.9600ms 9.9680ms
V(Cr:1,Cr:2)
Time
8.0A
4.0A
0A
-4.0A
-8.0A
9.9327ms 9.9400ms 9.9500ms 9.9600ms 9.9700ms 9.9800ms
I(Lr)
Time
7.2A
4.0A
0A
-4.0A
-7.0A
9.9360ms 9.9440ms 9.9520ms 9.9600ms 9.9680ms
I(D1) -I(D1s) -I(D2) I(D2s)
Time
600
400
200
-200
9.9322ms 9.9360ms 9.9440ms 9.9520ms 9.9600ms 9.9680ms
V(V1:+,D6:1) I(D1s)*30
Time
600
400
200
-200
9.9322ms 9.9360ms 9.9440ms 9.9520ms 9.9600ms 9.9680ms
V(D6:1,0) I(D2s)*30
Time
8.0A
6.0A
4.0A
2.0A
0A
9.9462ms 9.9500ms 9.9550ms 9.9600ms 9.9650ms 9.9700ms 9.9750ms 9.9800ms
I(Vo)
Time
8.0A
4.0A
0A
-4.0A
-8.0A
-2.0KV -1.5KV -1.0KV -0.5KV 0V 0.5KV 1.0KV 1.5KV 2.0KV
I(Lr)
V(Cr:1)- V(Cr:2)
O plano de fase presente na Fig.18 valida os planos de fase obtidos nas análises
qualitativas. Na Fig.19 comprova-se a a propriedade de auto-regulação da corrente de
carga em caso de curto-circuito, nesta foram traçados quatro valores diferentes de
tensão na carga para o mesmo conversor projetado: Vo’ = 0V, para q=0; Vo’ = 40V,
para q=0,2; Vo’ = 80V, para q=0,4 e Vo’ = 120V, para q=0,6.
18
Vo [V] 150
Io [A]
q = 0,6
100
q = 0,4
q=0
q = 0,2
q = 0,4
50 q = 0,2 q = 0,6
q=0
0
9.0ms 9.1ms 9.2ms 9.3ms 9.4ms 9.5ms 9.6ms 9.7ms 9.8ms 9.9ms10.0ms
avg(I(Vo)*15) V(D6:2,D7:1)
Time
Fig. 19 – Corrente média na carga para diferentes valores de tensão na carga, ou valores de q.
Referência Bibliográfica
[1] BARBI, Ivo; DE SOUZA, Fabiana Pöttker. Conversores CC-CC Isolados de Alta
Freqüência com Comutação Suave .. Florianópolis: Edição dos Autores, 1999.
Instituto de Eletrônica de Potência
Departamento de Engenharia Elétrica
Centro Tecnológico
RELATORIO 2
CONVERSOR SERIE RESSONANTE COM
COMUTAÇÃO SOB TENSÃO NULA (ZVS) E SAÍDA
EM FONTE DE TENSAÕ
Agosto/2003
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 2
I. INTRODUÇÃO [2]
Nas últimas décadas muitos esforços vêm sendo empregados para encontrar
conversores cc-cc isolados que processem efetivamente a energia e que
apresentem as seguintes características: (i) alta densidade volumétrica de potência;
(ii) baixa interferência eletromagnética (EMI) e (iii) baixo custo. Para atender ao item
(i) é necessário que o conversor opere com baixas perdas de condução e de
comutação. Desta forma obtém-se alto rendimento e conseqüentemente reduz-se o
volume dos dissipadores. Por outro lado, para se reduzir o volume dos
transformadores e filtros, é necessário aumentar a freqüência de chaveamento.
Entretanto, este procedimento produz duas desvantagens: aumento das perdas de
comutação e da poluição eletromagnética (devido à grandes di/dt e dv/dt). Desta
forma, é indispensável o uso de técnicas de comutação suave para se contornar os
problemas acima mencionados.
iS1
S1 D8
D1 C1
D3 D4
Lr
+
Vi V o’
-
D5 D6
D7 Cr
S2 D2 C2
iS1
S1 D8
D1 C1
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+
D7 Cr
S2 D2 C2
1a Etapa t 0 t t1
iS1
S1 D8
D1 C1
D3 D4
Lr
+
Vi V o’
-
iLr
D5 D6
+
D7
S2 D2 C2 Cr VCr
-
2a Etapa t1 t t 2
iS1
S1 D8
D1 C1
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+
D7 Cr
S2 D2 C2
3a Etapa t 2 t t 3
iS1 +
S1 D8
D1 C1
VC1
-
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+ +
D7
S2 D2 C2 VC2 Cr
- -
4a Etapa t 3 t t 4
iS1 +
S1 D8
D1 C1
VC1
-
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+ +
D7
S2 D2 C2 VC2 Cr
- -
5a Etapa t 4 t t 5
iS1 +
S1 D8
D1 C1
VC1
-
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+ +
D7
S2 D2 C2 VC2 Cr
- -
6a Etapa t 5 t t 6
iS1 +
S1 D8
D1 C1
VC1
-
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+ +
D7
S2 D2 C2 VC2 Cr
- -
7a Etapa t 6 t t 7
iS1 +
S1 D8
D1 C1
VC1
-
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+ +
D7
S2 D2 C2 VC2 Cr
- -
8a Etapa t 7 t t 8
iS1 +
S1 D8
D1 C1
VC1
-
D3 D4
Lr
+
Vi Vo’
-
iLr
D5 D6
+ +
D7
S2 D2 C2 VC2 Cr
- -
I2
t
-I2
-I1
VCr
Vi
0
t
VS1
iS1
VS2
iS2
t
Com. S1
Com. S2 t
t
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8
Fig. 11 Formas de onda básicas
IV. EQUACIONAMENTO
IV.1. 1a Etapa t 0 t t1
i t 0
Seja as seguintes condições iniciais: Lr 0
VCr t 0 0
S1 iLr
+ +
Vi Cr VCr
- -
diLr t
Vi Lr V0 VCr t 0 (1)
dt
dVCr t
iLr t Cr (2)
dt
Vi V0
Lr sILr s ILr 0 0
s (3)
VCr s
Vi V0 02 (5)
s s2 02
Aplicando-se a anti-transformada de Laplace à equação (5), obtém-se (6).
Esta etapa termina quando a tensão no capacitor alcanza Vi. Pode-se então calcular
sua duração, como mostrado nas equações (8) e (9)
z1 t Vi V0 Vi V0 e j0 t (11)
Ip
I1
I2
R1
0 Vi-V0 Vi 2Vi-2V0
VCr
Fig. 13 Plano de Fase da 1ª etapa.
Da figura tém-se.
R1 Vi V0 (12)
IV.2. 2a Etapa t1 t t 2
i t I1
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t Vi
S1 D8
Vo
+ -
Lr
iLr
diLr t
Lr V0 0 (13)
dt
Esta etapa termina quando a corrente no indutor descende a I2, quando a chave S1
bloqueia. Pode-se então calcular sua duração, como mostrado nas equações (15) e
(16)
V0
I2 I1 t 2 (15)
Lr
t 2
I1 I2 Lr
(16)
V0
IV.3. 3a Etapa t 2 t t 3
iLr t I2 (17)
VCr t Vi (18)
IV.4. 4a Etapa t 3 t t 4
i t I2
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t Vi
Vi D8
Vo
+ Lr -
D2
iLr
diLr t
Lr V0 Vi 0 (19)
dt
iLr t I2
V0 Vi t
(20)
Lr
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge a zero. Pode-se então
calcular sua duração, como mostrado nas equações (21) e (22)
V0 V i
0 I2 t 4 (21)
Lr
I2 Lr
t 4 (22)
V0 Vi
IV.5. 5a Etapa t 4 t t 5
i t 0
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t Vi
iLr
+
S2 Cr
diLr t
Lr V0 VCr t 0 (23)
dt
dVCr t
iLr t Cr (24)
dt
V0
Lr sILr s ILr 0 VCr t 0
s (25)
V0 02 sVi
VCr s (27)
s s2 02 s 2
02
Aplicando-se a anti-transformada de Laplace à equação (27), obtém-se (28).
Esta etapa termina quando a tensão no capacitor fica em zero. Pode-se então
calcular sua duração, como mostrado nas equações (8) e (9)
0 V0 Vi V0 cos 0 t 5 (30)
1 V0
t 5 arc cos (31)
0 Vi V0
z 2 t V0 Vi V0 e j0 t (33)
0 V0 Vi
R2
-I2
Vi
-I1
Ip
VCr
Fig. 17 Plano de Fase da 5ª etapa.
Da figura tém-se.
R2 Vi V0 (34)
IV.6. 6a Etapa t 5 t t 6
i t I1
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t 0
iLr
S2 D7
diLr t
Lr V0 0 (35)
dt
Esta etapa termina quando a corrente no indutor aumenta a -I2, quando a chave S2
bloqueia. Pode-se então calcular sua duração, como mostrado nas equações (37) e
(38)
V0
I2 I1 t 6 (37)
Lr
t 6
I1 I2 Lr
(38)
V0
IV.7. 7a Etapa t 6 t t 7
VCr t 0 (40)
IV.8. 8a Etapa t 7 t t 8
i t I2
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t 0
iLr
Vi D7
diLr t
Lr V0 Vi 0 (41)
dt
iLr t I2
V0 Vi t
(42)
Lr
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge a zero. Pode-se então
calcular sua duração, como mostrado nas equações (43) e (44)
0 I2
V0 Vi t (43)
8
Lr
I2 Lr
t 8 (44)
V0 Vi
Deste trabalho é possivél no considerar as etapas 3 e 7, por tener elas uma duração
muito corta, mais se apresentaron para que o relatorio ficara mas ordenado.
R1
Vo Vi
0
Vi-Vo 2Vi-2Vo
VCr
R2
VCrMAX t Vi (45)
V0
O valor limite da relação , tambén obtém-se da figura 20, considerando,
Vi
Vi 2Vi 2V0 (46)
Vi
V0 (47)
2
Por tanto,
V0 1
qmax (48)
Vi 2
V. Característica de Saída
iLr Ip
I1
I2
Ip
I1
Iomed
I2
A1
A2
A3
t1 t2 t3 t
Calculando-se o area A1, A2 e A3. Sumando e dividiendo por o periodo (T), obtem-
se a corrente media na carga. Multiplicando-se a corrente por a impedancia
caracteristica Zo e dividiendo pela tensão de entrada (Vi), obtem-se a corrente media
na carga parametrizada apresentada na equação (49),
0 q 1 0 q
I0med 1 2q q 2 q q 1 a cos 1 acos
2 0 q 1 4 q 1
(49)
q
0 1 2q q q acos 1 2q
4 0 q 1
q
0 (50)
q
q acos 1 2q
q 1
0.5
Limite condução descontinua
0.4
o=0,9
o=0,8
0.3
q
o=0,7
o=0,6
0.2
o=0,5
o=0,4
0.1 o=0,3
0
0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
I´omed
Fig. 21 Caracteristica de saída
fs
Escolhendo-se uma relação de freqüências 0 de 0,75 e como 0 1
f0 Lr Cr
reemplazando em (51) temos a primeira relação.
fs max 40000
f0 53333,33 Hz (51)
0 0,7
V0' Vi q 40 V (53)
N1 V0' 40
1 (54)
N2 V0 40
N2
I'0med I0 30 A (55)
N1
2
Lr I'0med Vi
11,9252 (56)
Cr I'0med
Assim:
Cr 864,1475 nF (57)
Lr 10,305 H (58)
Resultados da Simulação
200V
40A
30A
150V 20A
10A
100V 0A
-10A
-20A
50V
-30A
-40A
0V
-50A
9.90ms 9.91ms 9.92ms 9.93ms 9.94ms 9.95ms 9.96ms 9.97ms 9.98ms 9.99ms 10.00ms 9.90ms 9.91ms 9.92ms 9.93ms 9.94ms 9.95ms 9.96ms 9.97ms 9.98ms 9.99ms 10.00ms
V(D4a:2,0) I(L1a)
Time Time
(a) (b)
250V
Fig.22 (a) Tensão no capacitor e (b) corrente no indutor. 250
VS2
200V 200
100V 100
IS2
SEL>>
-0V 0
V(S3a:3,S3a:4) I(S3a:3)
250
200 VS1
-100V
100
-200V IS1
-250V 0
9.90ms 9.91ms 9.92ms 9.93ms 9.94ms 9.95ms 9.96ms 9.97ms 9.98ms 9.99ms 10.00ms 9.90ms 9.91ms 9.92ms 9.93ms 9.94ms 9.95ms 9.96ms 9.97ms 9.98ms 9.99ms 10.00ms
V(L1a:1,D4a:2) V(S1a:3,S1a:4) I(S1a:3)
Time Time
(a) (b)
Fig.23 (a) Tensão Vab e (b) Detalhe da conmutação nas chaves.
200
VS1 200
VS2
150
150
100 100
50 50
IS2
IS1
0
0
9.948957ms 9.949200ms 9.949600ms 9.950000ms 9.950400ms 9.950800ms 9.951200ms
9.9616ms 9.9618ms 9.9620ms 9.9622ms 9.9624ms 9.9626ms 9.9628ms 9.9630ms 9.9632ms 9.9634ms 9.9636ms V(S3a:3,S3a:4) I(S3a:3)
V(S1a:3,S1a:4) I(S1a:3) Time
Time
(a) (b)
Fig.24 (a) Zoom da conmutação na chave S1 (b) idem S2.
2.0KW 60A
1.8KW
50A
1.5KW
40A
1.2KW
30A
0.9KW
20A
0.6KW
10A
0.3KW
0W 0A
9.90ms 9.91ms 9.92ms 9.93ms 9.94ms 9.95ms 9.96ms 9.97ms 9.98ms 9.99ms 10.00ms 9.90ms 9.91ms 9.92ms 9.93ms 9.94ms 9.95ms 9.96ms 9.97ms 9.98ms 9.99ms 10.00ms
AVG(W(Voa)) W(Voa) AVG(I(Voa)) I(Voa)
Time Time
(a) (b)
Como o conversor foi disenhado para operar com uma potência de 1200 W, da
simulação obtém-se uma potência de saída 1200W. Portanto nostro conversor tem
um rendimento de 100% (idealizando as chaves e diodos). A corrente media na
fonte V0' é de 30 A
200A
100A
0A
-100A
-200A
-0.1V 0V 0.1V 0.2V 0.3V 0.4V 0.5V 0.6V 0.7V 0.8V 0.9V 1.0V 1.1V
I(L1a)*3.453
V(D4a:2,0)/200
VII. Conclusões
VIII. Bibliografia
[1] Barbi Ivo. Pöttker de Souza Fabiana “Conversores CC-CC Isolados de Alta
Frecuencia com Comutação Suave”. 1a Edição. INEP. Departamento de
Engenharia Eléctrica, UFSC. 1999. Florianopolis SC – Brasil.
[2] Baggio José E., Pinheiro José R. “Conversores cc-cc isolados zvs com
intercalação da modulação por deslocamento de fase”. Anais do XIII
Congresso Brasileiro de Automática – CBA 200 2000.
RELATORIO 1
CONVERSOR RESSONANTE SERIE
Julho/2003
I. INTRODUÇÃO
D3 D4
Lr
+
Vo ’
-
S1
D5 D6
Vi S2 D7 Cr
D2
D1
D3 D4
+ Lr - +
Vo ’
-
S1 iLr
D5 D6
+ +
Vi S2 D7 Cr VCr
D2
- -
1a Etapa t 0 t t1
D3 D4
+ Lr - +
Vo ’
-
S1 iLr
D5 D6
+ +
Vi S2 D7 Cr VCr
D2
- -
2a Etapa t1 t t 2
D3 D4
+ Lr - +
Vo ’
-
S1 iLr
D5 D6
+ +
Vi S2 D7 Cr VCr
D2
- -
3a Etapa t 2 t t 3
D1
D3 D4
+ Lr - +
Vo ’
-
S1
iLr 0
D5 D6
+ +
Vi S2 D7 Cr VCr
D2
- -
4a Etapa t 3 t t 4
D3 D4
+ Lr - +
Vo ’
-
S1
iLr
D5 D6
+ +
Vi S2 D7 Cr VCr
D2
- -
5a Etapa t 4 t t 5
D3 D4
+ Lr - +
Vo ’
-
S1
iLr
D5 D6
+ +
Vi S2 D7 Cr VCr
D2
- -
6a Etapa t 5 t t 6
D3 D4
+ Lr - +
Vo ’
-
S1
iLr 0
D5 D6
+ +
Vi S2 D7 Cr VCr
D2
- -
Ip2 t
I1
VCr VC1
VC2
VC0
t
VS1
iS1
VS2
iS2
t
Com. S1
Com. S2 t
t
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6
Fig. 9 Formas de onda básicas
IV. EQUACIONAMENTO
Nesta seção são obtidas as expressões de VCr t e iLr t para os diferentes intervalos
de tempo.
IV.1. 1a Etapa t 0 t t1
i t 0
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t VC0
S1 iLr
+ +
Vi Cr VCr
- -
diLr t
Vi Lr V0' VCr t 0 (1)
dt
dV t
iLr t Cr Cr (2)
dt
Vi V0'
Lr sILr s ILr 0 VCr s 0 (3)
s
ILr s Cr sVCr s VCr 0 (4)
VCr s
V V sV
i
'
0
2
0 C0
(5)
ss s
2 2
0
2 2
0
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge a zero. Pode-se então calcular
sua duração, como mostrado nas equações (8) e (9)
V V
i
'
0 VC0 sen 0 t1 0 (8)
0 t1 t1 (9)
0
iLr z
Ip1
R1
VCr
Fig. 11 Plano de Fase da 1ª etapa.
Da figura tém-se.
IV.2. 2a Etapa t1 t t 2
i t 0
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t VC1
iLr
+ +
Vi Cr VCr
- -
diLr t
Vi Lr V0' VCr t 0 (14)
dt
dVCr t
iLr t Cr (15)
dt
Aplicando a transformada de Laplace às equações (14) e (15) obtém-se (16) e (17)
Vi V0'
Lr sILr s ILr 0 VCr s 0 (16)
s
ILr s Cr sVCr s VCr 0 (17)
VCr s
V V sV
i
'
0
2
0 C1
(18)
s s s
2 2
0
2 2
0
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge a zero. Pode-se então calcular
sua duração, como mostrado nas equações (21) e (22)
V V
i
'
0 VC1 sen 0 t 2 0 (21)
0 t 2 t 2 (22)
0
R2
Ip2
VCr
Fig. 13 Plano de Fase da 2ª etapa.
De a figura tém-se,
IV.3. 3a Etapa t 2 t t 3
Como não circula corrente e à tensão no capacitor fica constante, as equações que
representan está etapa são (27) e (28)
iLr t 0 (27)
IV.4. 4a Etapa t 3 t t 4
i t 0
Seja as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t VC2
iLr
+
Cr VCr
-
V V
'
0
'
0 VC2 cos 0 t 0 (31)
1 V'
t 4 arccos ' 0 (32)
0 V0 V2
R3
R3
I1
VCr
Fig. 15 Plano de Fase da 4ª etapa.
De a figura tém-se,
Como a tensão VC3 apresenta um valor negativo, nos indica que o capacitor muda de
polaridade, no instante que muda de polaridade o diodo D7 conduz fixando sua tensão
en zero. Como na 5ª etapa a tensão do capacitor é cero, nesta etapa o plano de fase
deve fechar, Asim VC0=0.
I1 2 2V0' (37)
IV.5. 5a Etapa t 4 t t 5
Vo’
S2
+
Lr -
iLr
D7
'
V
iLr t 2 2V0' 0 t 5 (38)
L
V0'
2 2V '
0 t 5 0 (39)
L
t 5 2 2 L (40)
II. BIBLIOGRAFIA
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Professor Responsável:
Junho/2006
Introdução
A primeira etapa do presente trabalho tem como objetivo analisar três métodos de obtenção
da característica de saída do Conversor Série Ressonante operando em condução continua.
Por fim, tendo como finalidade a comprovação dos resultados obtidos, será realizado o
dimensionamento dos parâmetros do conversor nos dois modos de operação.
2
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
______
0 (1 q)(1 q)
I ´0med A(1 cos( 0 )) Bsen( 0 ) (1 cos( r ))
q cos( r )
(0.1)
Onde:
q 1 q cos( r )
A 1
q cos( r )
(0.2)
(1 q)(1 q )
B sen( r )
q cos( r )
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
0
_______
I ´o med
Fig. 1. 1 - Característica de saída real.
A característica de saída do conversor série ressonante também pode ser obtida a partir de um
método aproximado no domínio da freqüência. Assim, o ábaco aproximado de característica de saída é
traçado a partir da relação (1.3).
_______ zI ´0med 1 q2
I ´0med
V1 r s (0.3)
4*0.637 s r
Sendo:
fs
0 (0.4)
fr
Assim:
4
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
_______ zI ´0med 1 q2
I ´0med
V1 1 0 (0.5)
4*0.637 0 1
0
_______
I ´o med
Fig. 1. 2 - Característica de saída aproximada.
5
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
0
_______
I ´o med
Fig. 1. 3 - Característica de saída obtida por simulação.
6
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
0
_______
I ´o med
Fig. 1. 4 - Comparação entre os gráficos de característica de saída exato e simplificado
7
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
0
_______
I ´o med
Fig. 1. 5-Comparação entre os gráficos de característica de saída exato e simulado
Para traçar a característica de saída desta estrutura operando em condução descontinua é necessário
determinar a sua corrente média de saída.
Desta forma, é necessária a análise das etapas de funcionamento da estrutura idealizada do conversor
para obter as corrente média da etapa e a condição inicial da próxima etapa.
Considerando a estrutura operando em regime permanente, a primeira etapa inicia-se com a entrada
em condução de S1 sem perda de comutação, pois iLr(t0) = 0. O capacitor que estava com uma tensão
negativa, começa a descarregar.
8
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
V1 S1 D1
VCr iLr
+
_
A VO B
Cr Lr
V1 S2 D2
No instante t1 a corrente iLr anula-se e passa a circular em sentido contrário levando o diodo D1 a
entrada em condução e “habilitando” o bloqueio do interruptor S1. No início desta etapa tem-se que:
VCr(t2) = VC0
iLr(t2) = 0
V1 S1 D1
_ VCr iLr
+
A VO B
Cr Lr
V1 S2 D2
O interruptor S1 deve ser bloqueado a partir do instante t1 para que haja a comutação não dissipativa.
9
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
Quando a corrente no indutor atinge zero no instante t2, nenhuma chave conduz, pois S1 foi bloqueada
e ainda não existe ordem de comando para S2. Na Fig. 2. 3 tem-se a representação desta etapa. Essa
etapa termina quando a chave S2 é comandada a conduzir.
No instante t3, que equivale à metade do período de chaveamento, S2 é habilitada, como mostrado na
Fig. 2. 4. A entrada em condução desta chave é suave, pois a corrente é zero no instante t3.
V1 S1 D1
_ VCr iLr
+
A VO B
Cr Lr
V1 S2 D2
No instante t4 a corrente no indutor se inverte, e D2 entra em condução, como indicado na Fig 5.44.
Durante este intervalo S2 deve ser bloqueada. Assim seu bloqueio é não dissipativo, pois enquanto o
diodo conduz a tensão na chave é zero.
10
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
Quando a corrente no indutor atinge zero no instante t6, nenhuma chave conduz, pois S2 foi bloqueada
e ainda não existe ordem de comando para S1. Na Fig. 2. 6 tem-se a representação desta etapa.
Essa etapa termina quando a chave S1 é comandada a conduzir, inicializando-se outro período de
funcionamento.
1ª Etapa (t0,t1)
Condições iniciais:
11
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
iLr (t0 ) 0
VCr (t0 ) VC 0
A equação (2.1) é obtidas pela análise do circuito para a primeira etapa de funcionamento.
Vi
VCr (t ) VLr Vo 0 (2.1)
2
d
iLr (t ) iCr (t ) Cr VCr (t ) (2.2)
dt
Sendo
Vi
V1 (2.3)
2
Obtém-se:
d
V1 VCr (t ) Lr iLr (t ) Vo (2.4)
dt
V1 V
VCr ( s ) s Lr iLr ( s ) o (2.6)
s s
Sabendo que:
1 1
0 Lr Cr
Lr Cr 0 2
s VC 0 0 V1 Vo
2
VCr ( s )
0 2 s 2 s 0 2 s 2 (2.8)
Define-se:
z1 (t ) V1 V0 V1 V0 VC1 cos(0t ) j V1 V0 VC1 sen(0t ) (2.12)
Sabe-se que:
Assim:
Com base nesta equação pode-se determinar o plano de fase para a primeira etapa de operação, que é
dado por Fig. 2. 7:
13
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
2ª Etapa (t1,t2)
Condições iniciais:
iLr (t1 ) 0
VCr (t1 ) VC 0
d
V1 VCr (t ) Lr iLr (t ) Vo (2.16)
dt
d
iLr (t ) Cr VCr (t ) (2.17)
dt
s VC 0 0 2 V1 Vo
VCr ( s )
0 2 s 2 s 0 2 s 2 (2.20)
14
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
O que fornece:
z2 (t ) V1 V0 V1 V0 VC 0 cos(0t ) j V1 V0 VC 0 sen(0t ) (2.24)
R2 V1 V0 VC 0 (2.26)
Com a equação anterior determina-se o plano de fase da segunda etapa de operação, que é dado por:
15
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
O plano de fase das etapas 3 e 4 são obtidos por simetria com as etapas 1 e 2 respectivamente.
Com base no gráfico anterior e nas equações de R1 e R2 é possível determinar as tensões VC1 e VC2.
VC1 VC 0 2 R2 (2.27)
Assim:
VC1 VC 0 2 VC 0 V1 V0 VC 0 2 V1 V0 (2.28)
De modo semelhante:
VC 0 V1 V0 R1 (2.29)
Assim:
VC1 V1 V0 R1 2 V1 V0 VC1 V1 V0 V1 3V0 (2.30)
16
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
VC1 2V0
VC 0 VC1 2 R2 VC1 2VC 0 2(V1 V0 ) 2V0 2VC 0 2(V1 V0 ) (2.31)
VC 0 2V1
Para se obter a corrente média de saída será analisada a forma de onda da corrente no indutor para o
modo de operação descontínua. Na carga, a parcela de corrente que forma a área A2 tem o sinal
contrário, sendo esta área positiva.
A partir do conhecimento das áreas A1 e A2 pode-se determinar a corrente média na carga da seguinte
maneira:
2 A1 A2
I 0 méd (2.32)
TS
1 2 I P1
A1
0 0
I P1sen(0t )d (0t )
0 (2.33)
17
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
V1 V0
I P1 (2.34)
z
Logo:
V1 V0
A1
. f .z (2.35)
De maneira análoga:
1 2I P 2
A2
0 0
I P 2 sen(0t )d (0t )
0 (2.36)
V1 V0
IP2 (2.37)
z
Logo:
V1 V0
A2
. f .z (2.38)
Assim:
4V1 f S
I 0 méd
.z f 0 (2.39)
Parametrizando tem-se:
I 0 méd z 4 f S
I 0 méd
V1 f0 (2.40)
18
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
A característica de saída foi traçada utilizando a expressão (2.40). Observa-se que para uma
fs
determinada relação de freqüências 0 f o , a corrente média de saída independe do ganho
estático, ou seja, tem-se uma característica de fonte de corrente ideal, como está representado na
fig.xx.
0.8
0.6
q
0.4
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
_______
I ´o med
Fig. 2. 11 – Característica de saída do conversor operando em modo descontínuo (análise exata)
19
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
q
0
_______
I ´o med
Fig. 2. 12 - hehehe
Exercício 3
20
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
_____
VC 0 (1 q)[1 cos( r )]
VC 0
V1 q cos( r )
_____
VC 0 4.447 (3.1)
VC 0 889.55V
__
I1 z (1 q )(1 q )
I1 sen( r )
V1 q cos( r )
__
I1 2.64 (3.2)
I1 4.22 A
_____ I Smed z fs / f0
I Smed A[1 cos( 0 )] Bsen( 0 )
V1 2
_____
I Smed 0.986 (3.4)
I Smed 1.578 A
21
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
2 sen( 0 )
A ( 0 ) 2 AB( sen( 0 )) 2
____ I Sef z f s / fo 2
I Sef
V1 4 2 sen2( 0 )
B ( 0 )
2
____
I Sef 1.87 (3.5)
I Sef 3 A
Simulações:
22
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
23
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
24
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
25
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
Corrente de Pico:
I s pico z
I s pico 1 q I s pico 1.6
V1
(4.1)
I s pico 12.06 A
Corrente média:
I smed z 1 q fs
I smed I smed 0.245
V1 f0
(4.2)
I smed 1.85 A
Corrente eficaz:
I smed z 1 q fs
I sef I sef 0.554
V1 2 f0
(4.3)
I smed 4.18 A
Corrente de Pico:
I Dpico z
I D pico 1 q I Dpico 0.4
V1
(4.4)
I D pico 3.02 A
Corrente média:
I Dmed z 1 q fs
I Dmed I Dmed 0.0611
V1 f0
(4.5)
I Dmed 0.461A
Corrente eficaz:
27
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
I Sef z 1 q fs
I Def I Def 0.138
V1 2 f0
(4.6)
I Def 1.04 A
Corrente de Pico:
I DRpico z
I DRpico 1 q I DRpico 1.6
V1
(4.7)
I DRpico 2.56 N1 I DRpico 12.06 A
N2
Corrente média:
I DRmed z
I DRmed I Smed I Dmed I DRmed 0.3061
V1
(4.8)
I DRmed 0.354 N1 I DRmed 2.31A
N2
Corrente eficaz:
I DRef z 2 2
I DRef I Sef I Def I DRef 0.571
V1
(4.9)
I DRef 4.3 N1
N2
28
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
29
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
30
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
31
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
32
CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE OPERANDO
EM CONDUÇÃO CONTÍNUA E DESCONTÍNUA
33
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Professor Responsável:
Setembro/2006
Sumário
1 Introdução ....................................................................................................................... 3
2 Análise do Conversor ..................................................................................................... 3
2.1 Etapas de Operação ................................................................................................ 3
2.2 Formas de Onda ...................................................................................................... 6
2.3 Equacionamento ..................................................................................................... 8
2.4 Definição da Faixa de Operação........................................................................... 11
2.5 Característica de Saída do Conversor ................................................................... 15
2.6 Esforços nos Semicondutores ............................................................................... 16
2.6.1 Correntes de Pico, Média e Eficaz nas Chaves Principais e nos Diodos
Retificadores ................................................................................................................. 16
2.6.2 Correntes de Pico, Média e Eficaz nas Chaves Auxiliares ........................... 17
2.6.3 Correntes de Pico, Média e Eficaz nos Diodos Grampeadores .................... 18
2.6.4 Representação Gráfica dos Esforços nos Semicondutores ........................... 19
3 Metodologia e Exemplo de Projeto .............................................................................. 23
3.1 Resultados de Simulação ...................................................................................... 26
3.1.1 Potência Nominal ......................................................................................... 26
3.1.2 Potência Mínima ........................................................................................... 26
3.1.3 Plano de Fase ................................................................................................ 29
4 Considerações Finais .................................................................................................... 30
Bibliografia ........................................................................................................................... 30
1 Introdução
2 Análise do Conversor
Considera-se para a análise teórica da estrutura, representado na Fig. 2.1, que todos
seus componentes são ideais e o filtro de saída é substituído por uma fonte de tensão
constante ideal, cujo valor é igual ao valor da tensão de carga. O circuito analisado está
referido ao lado primário do transformador e está operando no modo de condução
descontinua.
iLr
Imax
I2
I1
-I1
-I2
-Imax
vS4
Vi
iS4
t
vS3
Vi
iS3
t
Vi
vS2 iS2
iDG t
I3 iDG1 iDG2
t
Comando
de S1
Comando t
de S2
Comando t
de S3
Comando t
de S4
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 t
Fig. 2.10 – Formas de onda básicas.
2.3 Equacionamento
diLr
VLr (Vi V ´o ) Lr (2.1)
dt
(Vi V ´o )t
iLr (t ) (2.2)
Lr
VCr 2 (t ) 0 V (2.3)
iLr (t ) 0 (1 q )t (2.4)
VCr 2 (t ) 0 V (2.5)
DT
t1 t1 (2.6)
2
Sabendo que:
Cr Cr1 Cr 2 Cr 2Cr 2
dvcr1 (t )
iCr1 (t ) Cr1
dt
dv (t )
iCr 2 (t ) Cr 2 cr 2 (2.9)
dt
iLr (t ) iCr 2 (t ) iCr1 (t )
t2 t2 t1
Assim,
Vi V ´o VLr VCr 2
d 2 vCr 2 (t ) (2.12)
(Vi V0 ) Lr Cr VCr 2 (t )
dt 2
(Vi V ´0 )
Lr Cr [ s 2VCr 2 ( s ) sVCr 2 (0) V 'Cr 2 (0)] VCr 2 ( s )
s
(Vi V ´0 ) I1
VCr 2 ( s ) (2.13)
sLr Cr ( s 0 ) Cr ( s 0 2 )
2 2 2
D
VCr 2 (t ) (1 q ) (1 q ) cos 0 (t t1 ) (1 q) s e n 0 (t t1 ) (2.15)
0
dvCr 2 (t )
iLr (t ) Cr
dt
(2.16)
D
iLr (t ) Cr 0 (Vi V ´o ) s e n 0 (t t1 ) 0 (Vi V ´o ) cos 0 (t t1 )
0
D
iLr (t ) (1 q) s e n 0 (t t1 ) (1 q) cos 0 (t t1 ) (2.17)
0
Esta etapa termina quando vCr2 atingir Vi em t t2 . Com esta condição obtém-se
a expressão (2.18).
D
1 (1 q) (1 q) cos 0 t2 (1 q) s e n 0 t2 (2.18)
0
1 1 q
t2 sen tg 1 ( 0 ) (2.19)
0 D
2 D
(1 q ) 1
0
t2 t2 t1
1 1 q DT (2.20)
t2 sen tg 1 ( 0 )
0 D
2 D 2
(1 q ) 1
0
D
I 2 iLr (t2 ) (1 q) s e n 0 t2 (1 q) cos 0 t2 (2.21)
0
VCr 2 (t ) Vi (2.22)
V ´0
iLr (t ) I 2 (t t3 ) (2.23)
Lr
VCr 2 (t ) 1 (2.24)
Esta etapa termina quando iLr atingeir zero. Portanto, sua duração é dada por
(2.26).
iLr (t3 ) I 3 0
0 q0 t3 I 2 (2.26)
I2
t3
q0
Ts
t1 t2 t3 (2.27)
2
o
o t1 o t2 o t3 (2.28)
Faixa de Operação
1 D = 0,1
0,2 0,3
0,9
0,4
0,8 0,5
0,7
0,6
0,6
fsmax/fo
0,7
0,5
0,4 0,8
0,3
0,2 0,9
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
q
A Fig. 2.11 não é suficiente para delimitar uma região de operação. Uma outra
equação que deve ser usada para definir a faixa de operação é (2.31). A partir de um
determinado valor da razão cíclica, na segunda etapa de funcionamento, o capacitor não
consegue se carregar até a tensão da fonte. Isto porque a energia acumulada no indutor
ressonante não é suficiente. Assim, existe um Dmin para que o circuito funcione
ressonante deve se anular no exato momento que um dos capacitores atinge Vi no final
da segunda etapa.
Tem-se a condição (2.29):
O t2 foi obtido fazendo VCr 2 (t2 ) 1 . Logo, basta substituir t2 na equação
(2.21) quando ela for igual a zero.
D
0 (1 q) s e n 0 (t2 ) (1 q ) cos 0 (t2 ) (2.30)
0
D
tan o t2 (2.31)
o
Encontra-se, então, a razão cíclica, que será a mínima, para que equação (2.31)
seja respeitada. A Fig. 2.12 apresenta um ábaco para encontrar a mínima razão cíclica
de operação para um conversor previamente projetado.
0,8
0,6
0,7
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
1 o = 0,9
0,9
0,8
0,7
0,6
Dmin
0,5
0,4
.
0,3
0,2
0,1
0
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
Fig. 2.12 – Razão Cíclica Mínima em função do ganho estático q, tendo o como parâmetro.
Faixa de Operação
1 D = 0,1
0,2 0,3
0,9
0,4
0,8 0,5
0,7
0,6
0,6
fsmax/fo
0,7
0,5
0,4 0,8
0,3
0,2 0,9
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
q
Fig. 2.13 – Máxima relação entre a freqüência de chaveamento e a freqüência de ressonância, levando-
se em conta o Dmin .
A faixa de operação ficará, então, definida pelas equações (2.28) e (2.31), que
geram respectivamente as Fig. 2.11 e Fig. 2.13 e unidas formam o gráfico da Fig. 2.14.
Esta figura apresenta um ábaco onde se verifica a máxima freqüência de chaveamento
que se pode operar o conversor projetado. Desta forma, forma-se uma região de
operação abaixo de cada curva.
Faixa de Operação
1 D = 0,1
0,2 0,3
0,9
0,4
0,8 0,5
0,7
0,6
0,6
fsmax/fo
0,7
0,5
0,4 0,8
0,3
0,2 0,9
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
q
Fig. 2.14 – Relação entre a máxima freqüência de chaveamento e a freqüência de ressonância em função
do ganho estático q, tendo a razão cíclica como parâmetro.
2 t1
I o1 (t )dt I o2 (t )dt I o3 (t )dt
t2 t3
I omed
T 0 t1 t2
(2.32)
I o1 (t ) 0 (1 q )t
D
I o2 (t ) (1 q ) s e n 0t (1 q ) cos 0t (2.33)
0
D
I o (t ) q0 (t ) (1 q ) s e n 0 (t2 ) (1 q) cos 0 (t2 )
3
0
1 1
q q
D=0.9
0.8 0.8 0.8
0.7
0.6
D=0.9
0.6 0.5 0.6
0.8
0.4 0.7
0.6
0.4 0.4
0.3
0.5
0.4
0.2 0.2 0.2
0.3
0.1 0.2
0.1
0 0 0 0
0.5 1 1.5 2 2.5 3 0.5 1 1.5 2 2.5 3
I ´0 med I ´0 med
(a) (b)
1 1
q q
0.8 0.8
0.6 0.6
D=0.9
0.8
0.4 0.4 D=0.9
0.7
0.8
0.6
0.7
0.5 0.6
0.2 0.4 0.2 0.5
0.4
0.3
0.3
0.2 0.2
0.1 0.1
0
0 0 0
0.5 1 1.5 2 2.5 3 0.5 1 1.5 2 2.5 3
I ´0 med I ´0 med
(c) (d)
Fig. 2.15 – Característica de saída, tendo a razão cíclica como parâmetro e para: (a) μ0=0,1 (b) μ0=0,3
(c) μ0=0,5 (a) μ0=0,8
D
iLr (t ) (1 q) s e n ot (1 q) cos o t
o
(2.34)
diLr (t )
0
dt
s e n ot pico o
tg 1ot pico
cos ot pico D
(2.35)
ot pico tg 1 o
D
D
I S 1,2 pico I DR pico (1 q) s e n tg 1 o (1 q) cos tg 1 o
D o D
(2.36)
2 D2
I S 1,2 pico I DR pico (1 q) 1
o 2
A corrente média das chaves é representada por (2.37), onde cada chave conduz
meio ciclo de operação.
I o med
I S 1,2 med I DR med (2.37)
2
I o eficaz
I S 1,2 eficaz I DR eficaz (2.38)
2
2 t1
I o1 (t ) dt I o2 (t ) dt I o3 (t ) dt
2 t2 2 t3 2
I oeficaz
T 0 t1 t2
(2.39)
t
1 1
I S 3,4med I 01 med (1 q )o tdt
T 0
(2.41)
D2
I S 3,4med (1 q )
4 o
t
1 1
I S 3,4eficaz I 01 eficaz (1 q)ot dt
2
T 0
(2.42)
2
3 D D
I S 3,4eficaz (1 q )
3 2 o
D
I DG pico I 2 (1 q ) s e n 0 (t2 ) (1 q ) cos 0 (t2 ) (2.43)
0
t
1 3 D
I DGmed I 03 med
T 0
q0t (1 q ) sin 0t
0
(1 q) cos 0t dt
(2.44)
t 2
1 3 D
I DGeficaz I 03 eficaz
T 0
q0t (1 q ) s e n 0t
0
(1 q ) cos 0t dt
(2.45)
I DRmed I DRmed
2 2
1.5 1.5
0.5 0.5
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
q q
(a) (b)
3 3
I S1,2med I S1,2med
2.5 2.5
I DRmed I DRmed
2 2
1.5 1.5
D=0.9
0.8
0.7
0.6
1 0.5 1 D=0.9
0.8
0.4 0.7
0.3 0.6
0.5
0.2 0.4
0.3
0.5
0.1
0.5 0.1 0.2
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
q q
(c) (d)
Fig. 2.16 – Corrente média normalizada nas chaves principais (S1 e S2) e diodos retificadores, em função
do ganho estático q, tendo a razão cíclica como parâmetro e para: (a) μ0=0,1 (b) μ0=0,3 (c) μ0=0,5
(a) μ0=0,8
I S1,2ef I S1,2ef
8 8
6 6
D=0.9
0.8
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 D=0.9
4 4 0.7
0.6
0.5
0.4
2 2 0.3
0.2
0.1
0 0
0 0.2 0.4 0.6
0 0.2 0.4 0.6
q q
(a) (b)
I S 1,2ef I S1,2ef
8 8
6 6
D=0.9
4 4
0.8
0.7
0.6
2
0.5
2 0.8 D=0.9
0.4 0.6 0.7
0.3 0.40.5
0.3
0.2 0.2
0.1
0.1
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0 0.1 0.2 0.3
q q
0.4 0.5 0.4 0.5
(c) (d)
Fig. 2.17 – Corrente eficaz normalizada nas chaves principais (S1 e S2) e diodos retificadores, em função
do ganho estático q, tendo a razão cíclica como parâmetro e para: (a) μ0=0,1 (b) μ0=0,3 (c) μ0=0,5
(a) μ0=0,8
1.5
4 0.7
0.7
0.6
1 0.6
2 0.5 0.5
0.3 0.3
0.2 0.2
0 0.1
0 0.1
q
0 0.2 0.4 0.6 0.8 0 0.2 0.4 0.6 0.8
q
(a) (b)
I S 3,4med
1.5
I S 3,4med
D=0.9
0.8 D=0.9
1 0.8 0.8
0.6
0.7 0.7
0.4
0.6 0.6
0.5
0.5
0.5
0.2
0.4
0.4
0.3
0.3 0.2
0.2 0.1
0.1 0
0 0 0.2 0.4 0.6 0.8
0 0.2 0.4 0.6 0.8
q q
(c) (d)
Fig. 2.18 Corrente média normalizada nas chaves auxiliares (S3 e S4), em função do ganho estático q,
tendo a razão cíclica como parâmetro para: (a) μ0=0,1 (b) μ0=0,3 (c) μ0=0,5 (a) μ0=0,8
0.7 0.8
6
0.7
0.6 2
0.6
4 0.5
0.5
0.4
1 0.4
2 0.3
0.3
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
q
0 0.2 0.4 0.6 0.8
q
(a) (b)
I S 3,4ef I S 3,4ef
2
D=0.9 D=0.9
0.8 1 0.8
1.5
0.7 0.7
0.6 0.6
1
0.5 0.5 0.5
0.4 0.4
0.5
0.3 0.3
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
q 0 0.2 0.4 0.6 0.8
q
(c) (d)
Fig. 2.19 – Corrente eficaz normalizada nas chaves auxiliares (S3 e S4), em função do ganho estático q,
tendo a razão cíclica como parâmetro e para: (a) μ0=0,1 (b) μ0=0,3 (c) μ0=0,5 (a) μ0=0,8
I DGmed I DGmed
8 8
6 6
4 4
D=0.9
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 D=0.9 0.7
0.8
2 2 0.6
0.5
0.4
0.3
0. 2
0.1
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
0 0.2 0.4 0.6 0.8
q q
(a) (b)
I DGmed I DGmed
8 8
6 6
4 4
D=0.9
2 0.70.8
2 D=0.9
0.6 0. 8
0.4 0.5 0.6 0.7
0.3 0.5
0.1 0.2 0.3 0.4
0.1 0.2
0 0
0.2 0.4 0.6
q 0.2 0.4 0.6
q
(c) (d)
Fig. 2.20 – Corrente média normalizada nos diodos grampeadores, em função do ganho estático q, tendo
a razão cíclica como parâmetro e para: (a) μ0=0,1 (b) μ0=0,3 (c) μ0=0,5 (a) μ0=0,8
Especificações
Vi 200V Vo 25 V Io 5 A Po 125 W Pomin 25 W fs 20000 Hz
o 0.1 Escolhe-se uma relação de freqüências que permite uma ampla faixa de
variação de corrente média na saída.
fs 5
fo fo 2 10 Hz
o
2
1 13 2
LC LC 6.333 10 s Tem-se então um valor para o produto LC.
2 fo
q 0.7 A partir da característica de saída, escolhe-se um q onde a variação da
corrente média de saída com a razão cíclica apresenta maior
linearidade. Um q elevado garante pouco esforço nos semicondutores.
Vol
n n 5.6 Relação de espiras do transformador.
Vo
Iomed q D o Vi
2
LsC LsC 547.96 Conhecendo a corrente média refeltida
Io
ao primário e usando a expressão da
n corrente parametrizada, chega-se à
raiz da razão de L e C. (LsC = L/C).
LC 9 Cr 10
Cr Cr 1.452 10 F 7.261 10 F Com o produto LC e a
LsC 2 razão L/C, calcula-se o
capacitor e indutor
4 ressonante.
Lr Cr LsC Lr 4.361 10 H
m
mf mf 12.495 Metado do tempo morto em graus, onde haverá o bloqueio
2 de S1 e S2.
Simulacão
4
fs 2 10 Hz Freqüência de chaveamento.
4 D 180 4 108
Ângulo de bloqueio das Chaves PWM (S3 e S4).
3 D 180 180 3 288
Cr 10
7.261 10 F Valor da capacitância C1 e C2 (Cr = C1 + C2).
2
4
Lr 4.361 10 H Valor da indutância.
Pomin
Iomin Iomin 1 A Corrente mínima na carga.
Vo
Vo
Iomin 0.179 A Corrente mímina no primário do transformador.
Vol
Vo
Iomin LsC
Vol Corrente mínima parametrizada no
Iomedmin Iomedmin 0.489 primário do transformador.
Vi
Observando a característica de saída, para os valores de q e
Dmin q o 0.263 Iomed = Iomedmin , tem-se o valor da razão cíclica D para
operação em potência mínima.
Simulacão
Para simulação em potência mínima altera-se apenas o ângulo de bloqueio das chaves S3
e S4.
4min ceil Dmin q o 180 4min 48 Angulo de bloqueio das Chaves PWM
(S3 e S4).
3min ceil Dmin q o 180 180 3min 228
IL(t) Io(t)
VC2(t)
VAB(t)
Fig. 3.2 – Corrente parametrizada no indutor e no Fig. 3.3 – Corrente na carga e tensão entre os
capacitor Cr2. pontos AB parametrizada.
IS4(t)
IS1(t)
VS1(t) VS4(t)
VS2(t) VS3(t)
IS2(t) IS3(t)
Fig. 3.4 – Detalhe da tensão e corrente Fig. 3.5 – Detalhe da tensão e corrente
parametrizada no interruptor S1 e S2. parametrizada no interruptor S3 e S4.
Calculado Simulado
IDG1(t)
I ´omed 2,446 2,444
VDG1(t) I S 1,2 med 1.223 1.222
I S 1,2 ef 2.152 2.151
VDG2(t)
I S 1,2 pico 5.663 5.661
I DGmed 0.359 0.358
IDG2(t)
I DGef 1.160 1.158
Fig. 3.6 – Detalhe da tensão e corrente
parametrizada no diodo DG1 e DG2. I DGpico 5.619 5.610
I S 3,4 med 0.848 0.848
I S 3,4 ef 1.788 1.788
I S 3,4 pico 5.655 5.652
Tabela 1 – Comparativo entre valores calculados
e simulados.
Io(t)
VC2(t)
VAB(t)
IL(t)
Fig. 3.7 – Corrente parametrizada no indutor e no Fig. 3.8 – Corrente na carga e tensão entre os
capacitor Cr2. pontos AB parametrizada.
IS1(t)
IS4(t)
VS1(t) VS4(t)
VS2(t)
VS3(t)
IS2(t)
IS3(t)
Fig. 3.9 – Detalhe da tensão e corrente Fig. 3.10 – Detalhe da tensão e corrente
parametrizada no interruptor S1 e S2. parametrizada no interruptor S3 e S4.
Calculado Simulado
I ´omed 0.489 0.501
IDG1(t)
A Fig. 3.12 apresenta o plano de fase simulado para estrutura estudada neste
trabalho.
4 Considerações Finais
Bibliografia
2
1 – INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo a realização do estudo de um conversor ressonante com
comutação suave (ZVS), mostrado na Fig.1, operando no modo de condução contínua.
Os conversores ressonantes tem grande importância em eletrônica pois possuem
comutação não dissipativa nas chaves, diminuindo as perdas em comutação. Isto possibilita o
aumento da freqüência de chaveamento e diminuição de peso e volume do indutor e capacitor
ressonante. Porém estes componentes reativos aumentam as perdas em condução.
A seguir serão apresentadas as etapas de operação, características de saída e projeto do
conversor.
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr
V0
Vi
D5 D6
S2 D2 C2 D7 Cr
3
2 – ETAPAS DE OPERAÇÃO
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr
V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
Vo
+
Lr -
S1 iLr
+ +
Vi Cr VCr
- -
1
0 (2.1.1)
L r .Cr
d 2 v Cr (t)
Vi V0 v Cr (t) L r Cr
dt 2
Vi V0 i L (t 0 )
VCr (s) L r Cr s 2 VCr (s) L r Cr sv Cr (t 0 ) L r Cr r (2.1.2)
s Cr
4
Substituindo (2.1.1) em (2.1.2), obtém-se (2.1.3).
Vi V0 V V 2
0 2 (Vi V0 ) A.s B C
2
s(s 2 0 2 ) s 0 2 s
C Vi V0 ; B 0; A (Vi V0 )
(Vi V0 ).s Vi V0
VCr (s) (2.1.4)
s 2 0 2 s
V0
cos 1
t1_ 0 Vi V0 (2.1.7)
0
V0
I1 i Lr (t1 ) Cr 0 (Vi V0 )sen cos 1
Vi V0
Vi 2 2Vi V0
z.I1 (Vi V0 ) 2 V0 2 I1
z
Vi (Vi 2V0 )
I1 (2.1.8)
z
5
2.2 – Segunda Etapa (t1,t2)
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6 +
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
Vo
S1 +
Lr -
iLr
D8
di Lr (t) V0 .t
v Lr (t) V0 L r i Lr (t) I1 (2.2.1)
dt Lr
L r (I1 I 2 )
t 2 _1 (2.2.2)
V0
V0 .t 2 _1 V0 .t 2 _1
(I1 I 2 ) I 2 I1 (2.2.3)
Lr Lr
6
2.3 – Terceira Etapa (t2,t3)
D8
S1 D1 C1
D3 D4
V0
Lr
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
vCr(t) = Vi;
7
2.4 – Quarta Etapa (t3,t4)
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Vcr
-
Vo
+
Lr -
D2 iLr
-
Vi D8
+
(Vi V0 ).t
i Lr (t) I 2 (2.4.1)
Lr
L r .I 2
t 4 _ 3 (2.4.2)
(Vi V0 )
8
2.5 – Quinta Etapa (t4,t5)
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 Cr
D2 C2 D7 Vcr
-
Vo
-
Lr
+
S2 iLr
+
Cr VCr
-
d 2 v Cr (t)
V0 vCr (t) L r Cr
dt 2
V0 i L (t 4 )
VCr (s) L r Cr s 2 VCr (s) L r Cr sv Cr (t 4 ) L r Cr r
s Cr
s2 s2
V0 s.VCr (s). 1 2 2 Vi
0 0
V0 0 2 s 2 Vi 2 s2
s.VCr (s) 0 2
0 0
9
V0 0 2 s.V
VCr (s) 2 i 2
s. s 0 s 0
2 2
V0 .s V s.V
VCr (s) 0 2 i 2
s 0
2 2
s s 0
v Cr (t 5 ) 0 (Vi V0 ) cos 0 t V0
V0
cos 1
Vi V0
t 5 _ 4 t1 (5.2.3)
0
i Lr (t 5 ) I1 (2.5.4)
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
10
Vo
S2 -
Lr
+
iLr
D7
di Lr (t) V0 .t
v Lr (t) V0 L r i Lr (t) I1 (2.6.1)
dt Lr
L r (I1 I 2 )
t 6 _ 5 t 2 _1 (2.6.2)
V0
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr
V0
Vi
D5 D6 +
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
iLr(t7) iLr(t6)
vCr(t) = 0;
11
Fig.15 – Carga e descarga dos capacitores C1 e C2.
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
Vo
+
Lr -
D1 iLr
-
Vi D7
+
di Lr (t) Vi V0 .t
v Lr (t) Vi V0 L r i Lr (t) I 2 (2.8.1)
dt Lr
L r .I 2
t 8 _ 7 t 4 _ 3 (2.8.2)
(Vi V0 )
12
3 – FORMAS DE ONDA
13
4 – PLANO DE FASE
V0
Logo o limiar da relação q 0,5 . (4.1)
Vi
14
5 – CARACTERÍSTICA DE SAÍDA
A1 A 2 A 3
Io (5.1)
Ts
2
t1 _ 0
Ip
A1
0
I p .sen(0 t)dt . cos(0 .t1_ 0 ) cos(0)
0
V0 V0
cos(0 t1_ 0 ) cos 1 0 t1_ 0
Vi V0 Vi V0
I p V0 I p V Vi V0 I p Vi
A1 1 0
0 Vi V0 0 Vi V0 0 Vi V0
Vi V0 Vi V
A1 . A1 i (5.2)
0 z Vi V0 0 z
Ts
Definindo: t1_ 0 t 2 _1 t 4 _ 3 ;
2
fs
0 ; (5.4)
f0
V0
q ; (5.5)
Vi
V0
0 t1_ 0 cos 1 (5.6)
Vi V0
15
Vi Vi 2V0
I1 (5.7)
z
Vi V0 V0 V
I2 .t 2 _1 I1 I 2 .t 2 _1 I 2 I1 0 .t 2 _1
Lr Lr Lr
Vi V0 V V V0 Vi Vi 2V0 V0 Ts
.t 4 _ 3 I1 0 .t 2 _1 i .t 4 _ 3 . t1_ 0 t 4 _ 3
Lr Lr Lr z Lr 2
Vi V0 Vi Vi 2V0 V0 Ts V0 V0
.t 4 _ 3 . . .t 4 _ 3
Lr z L r 2 L r 0 L r
Vi Vi Vi 2V0 V0 Ts V0
.t 4 _ 3
Lr z 2L r L r 0
Vi 2V0
Vi VT V
t 4 _ 3 .L r 0 s 0
z 2Vi Vi 0
1 2q.L r qTs q
t 4 _ 3
z 2 0
f
2 2 0
Ts 1 2q.L r fs 1 2q.z
t 4 _ 3 q q
0 2 z 20 z0
q 1 2q 1 2q q
t 4 _ 3 (5.8)
0 0 0 0 0 0
Vi V0 V V0 q 1 2q
I2 .t 4 _ 3 i .
Lr Lr 0 0 0
Vi V0 q 1 2q
I2 .0 .
z 0 0 0
Vi V0
I2 1 2q q (5.9)
z 0
16
Ts T
t1_ 0 t 2 _1 t 4 _ 3 t 2 _1 s t1_ 0 t 4 _ 3
2 2
f0
2 2
Ts 1 2q q fs 1 2q q
t 2 _1 t 2 _1
2 0 0 0 0 20 0 0 0
1 1 2q q
t 2 _1 (5.10)
0 0 0 0 0
1 1 2q
t1_ 0 1 q (5.11)
0 0 0
Vi Vi 2V0 Vi V0
I1 I 2 1 2q q
z z 0
Vi V0 Vi Vi 2V0
I1 I 2 1 2q q
z Vi V0 0
Vi V0 1 2q
I1 I 2 1 2q q
z 1 q 0
(I1 I 2 ) Ts
A2 .t 2 _1 t 2 _1 t1_ 0 t 4 _ 3
2 2
A2
I1 I2 Ts t
A3
I 2 t 4 _ 3
2 1_ 0 t 4 _ 3
2 2
A2
I1 I2 Ts t I1t 4 _ 3 I 2 t1_ 0
2 1_ 0 2 2
2
A 2 A3
I1 I2 Ts t I1t 4 _ 3
1_ 0
2 2 2
f0
2 2
Ts T fs 1
t 0 s
2 2 0 20 0 0
17
1 I1t 4 _ 3
A 2 A3 I1 I 2
20 0 2
I1.t 4 _ 3 Vi Vi 2V0 1 2q q
2 2z 0 0 0
I1.t 4 _ 3 Vi 1 2q
1 2q q
2 20 z 0
Vi 1 2q
I1 I 2 1 q 1 2q q
z 1 q 0
Vi
I1 I 2 1 2q 1 q 1 2q q
z 0
Vi
A 2 A3 1 2q 1 q 1 2q q 1 2q 1 2q q
20 z 0 0 0
(5.12)
2 A1 A 2 A 3
Io t 4 _ 3 .0
Ts
Vi
A1 1 2q q (5.13)
0 z 0
Vi
A1 A 2 A3 2
20 z 0
1 2q 1 q . 1 2q. (5.15)
18
2Vi f s
Io 2
2z.2f 0 0
1 2q 1 q . 1 2q.
Vi0
Io 2
2z 0
1 2q 1 q . 1 2q.
Io z 0
Io ( 0 , q) 2
Vi 2 0
1 2q 1 q . 1 2q. (5.16)
0.5
0.4
q
q
0.3
q
q 0.2
0.1
0 0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
0 Io( 0.1 q) Io( 0.2 q) Io( 0.3 q) Io( 0.4 q) Io( 0.5 q) Io( 0.6 q) Io( 0.7 q) Io( 0.8 q) Io( 0.9 q) 1
19
Como estamos interessados que o conversor opere no modo de condução contínua para
ter comutação ZVS, excluiremos a região de condução descontínua.
Observa-se na Fig.18 que fazendo I2 = 0 tem-se o modo de condução crítico.
0 (5.17)
1 2q q
cos 1
q q 1
20
6 – PROJETO DO CONVERSOR
V0
q q 0, 2
Vi
P0
I0 I0 30A
V0
21
fs
f0 f 0 22, 22KHz
0
0 V0 V0
Io (0 , q) . 2 cos 1 1 2q 1 q . 1 2q q cos 1
2
0 i
V V 0 0 i
V V0
V0
0 . 1 2q. 1 2q q cos 1
2
0 Vi V0
Io 0,594
Io .z Vi
Io z Io . z 3, 66
Vi Io
Lr
z2 L r z 2Cr (6.1)
Cr
1
2f 0
2
(6.2)
L r Cr
1
Cr (6.3)
2f 0 z
C r 1,957F
z
Lr (6.4)
2f 0
L r 26, 21F
22
7 – SIMULAÇÃO DO CONVERSOR
V1
S1
PER = 50u + +
PW = 24.9u - -
TD = 0 D8
TF = 1n D1 C1 Dbreak
TR = 1n Dbreak
V2 = 15 0.2n
V1 = 0
D3 D4
Lr
Vi 26.21uH Vo
1 2
200Vdc V2 S2 40Vdc
+ +
- -
PER = 50u D5 D6
TD = 25u
PW = 24.9u
TF = 1n D2 C2 D7 Cr
TR = 1n 1.957uF
V2 = 15 0.2n
V1 = 0
50A
0A
-50A
4.90ms 4.92ms 4.94ms 4.96ms 4.98ms 5.00ms
I(Lr)
Time
23
200V
100V
0V
4.90ms 4.92ms 4.96ms 5.00ms
V(D7:2)
Time
29.42
40A
0A
4.90ms 4.92ms 4.94ms 4.96ms 4.98ms 5.00ms
AVG(I(Vo)) I(Vo)
Time
24
200
100
0
297.8us 320.0us 360.0us 380.0us
I(D13)*5 V(S1:3,D2:2)
Time
200
100
100
0
374.902us 374.903us 374.904us 374.905us
I(D13)*5 V(S1:3,D2:2)
Time
25
As chaves S1 e S2 apresentam baixas perdas de comutação, pois entram em condução e
bloqueiam com tensão nula (ZVS). O conversor também tem a vantagem de entrar em
condução com corrente zero nas chaves.
26
8 – CONCLUSÃO
27
9 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
[1] Barbi, Ivo; Souza, Fabiana Pöttker de – Conversores CC-CC Isolados de Alta
Freqüência com Comutação Suave, INEP - UFSC (1999);
28
Instituto de Eletrônica de Potência
Departamento de Engenharia Elétrica
Centro Tecnológico
1 – Introdução ..................................................................................................................... 2
2 – ETAPAS DE OPERAÇÃO........................................................................................... 3
2.1 – Primeira Etapa ........................................................................................................ 3
2.2 – Segunda Etapa ........................................................................................................ 4
2.3 – Terceita Etapa ........................................................................................................ 6
2.4 – Quarta Etapa........................................................................................................... 6
2.5 – Quinta Etapa........................................................................................................... 8
2.6 – Sexta Etapa............................................................................................................. 9
3 – FORMAS DE ONDA ................................................................................................... 9
4 – CARACTERÍSTICA DE SAÍDA ............................................................................... 10
4.1 – Cálculo da Corrente Média .................................................................................. 10
5 – PROJETO DO CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE ............................................ 13
6 – SIMULAÇÕES ........................................................................................................... 14
7 – COMPARAÇÕES DOS RESULTADOS................................................................... 16
8 – COMENTÁRIO FINAIS ............................................................................................ 17
1
1 – INTRODUÇÃO
Neste trabalho serão equacionadas as etapas de operação de um
conversor série ressonante operando no modo de condução descontínua,
mostrado na Fig.01, bem como as suas principais formas de onda, plano de
fase, condições iniciais iL(ti) e vc(ti), a duração de cada etapa de operação,
característica de saída, projeto e simulações do conversor.
iL(t0) = 0
vc(t0) = 0
2
2 – ETAPAS DE OPERAÇÃO
iLr(t0) = 0
VCr(t0) = 0
di Lr (t ) dVCr (t )
Lr V0 VCr (t ) Vi 0 i Lr (t ) Cr
dt dt
Vi V0
SLr i Lr (s ) VCr (s ) i Lr (s ) Cr SVCr (s ) VCr (t0 )
S
Vi V0
S 2Lr CrVCr (s ) VCr (s )
S 1 1
0 Lr Cr 2
V V0 Lr Cr 0
VCr (s )(S 2Lr Cr 1) i
S
Vi V0 2 Vi V0
VCr (s )(S 2 02 ) 0 VCr (s ) 02
S S(S 0 )
2 2
dVCr (t ) Cr
i Lr (t ) Cr i Lr (t ) Vi V0sen 0 t
dt Lr Cr
Cr 1
Lr Z
3
i Lr (t )Z (Vi V0 )sen 0t (eq. 2.1.2)
iLr(t1) = 0
VCr(t1) = VC0
0 t1
t1
0
VC 0 Vi V0 (1 cos( ))
iLr(t1) = 0
VCr(t1) = VC0
di Lr (t )
Lr V0 VCr (t ) Vi 0
dt
dVCr (t )
i Lr (t ) Cr
dt
Vi V0
SLr i Lr (s ) VCr (s ) i Lr (s ) Cr SVCr (s ) VCr (t1 )
S
4
Vi V0
S 2Lr CrVCr (s ) SLr CrVC 0 VCr (s )
S
V V0
VCr (s )(S 2Lr Cr 1) i SLr CrVC 0
S
1 1
0 Lr Cr 2
Lr Cr 0
Vi V0 2
VCr (s )(S 2 02 ) 0 SVC 0
S
Vi V0 V
VCr (s ) 02 S 2 C 0 2
S(S 0 )
2 2
(S 0 )
dVCr (t ) Cr
i Lr (t ) Cr i Lr (t ) (Vi V0 VC 0 )sen 0 t
dt Lr Cr
1 Cr 1
0Cr Cr
Lr Cr Lr Z
iLr(t2) = 0
VCr(t2) = VC1
0 t 2
t 2 (eq. 2.2.3)
0
5
2.3 – Terceita Etapa
iL(t3) = iL(t2) = 0
vc(t3) = vc(t2) = VC1
iLr(t3) = 0
vcr(t3) = VC1
6
Vo
s.Lr .Cr .VC1 VCr (s).Lr .Cr .(s2 o2 )
s
Vo .o2 s.V
VCr (s) 2 C1 2
s.(s o ) s o
2 2
dv Cr (t)
(Vo VC1 ).o .seno t
dt
v Cr ( t 4 ) 0
(Vo VC1 ).cos o t 4 Vo
Vo
cos o t 4
Vo VC1
Vo
cos1
Vo VC1
t 4 (eq. 2.4.3)
o
v cr (t 4 ) 0
iLr (t 4 ) I1
Vo
I1.z (Vo VC1 ).sen cos1 (eq. 2.4.4)
Vo VC1
3.Vo 1
I1 .sen cos1 (eq. 2.4.5)
z 3
7
2.5 – Quinta Etapa
iLr(t4) = -I1
vcr(t4) = 0
Vo
iLr (t) I1 .t
Lr
iLr (t 5 ) 0
Vo
0 I1 .t 5
Lr
I1.Lr
t 5
Vo
8
2.6 – Sexta Etapa
iL(t6) = 0
vc(t6) = 0
3 – FORMAS DE ONDA
9
Fig. 09 – Plano de fase da tensão no capacitor com a corrente do indutor
normalizada.
4 – CARACTERÍSTICA DE SAÍDA
2. T
o 2..fo o o
To 2 o
S1 i
0
Lr (t).dt
2.(Vi Vo )
S1 (eq. 4.1.1)
z.o
S2 i
0
Lr (t).dt
10
2.(Vi 3.Vo )
S2 (eq. 4.1.2)
z.o
S3
0
iLr (t).dt
0
iLr (t).dt
4.Vo
S3 (eq. 4.1.3)
z.o
2
1 1 2 2 1 1
3.Vo .sen cos 3 9.Vo .sen cos 3 z
.L .
o
r
2
z z
S4 S4
2.Vo 2.Vo
1
9.Vo 2 .sen2 cos1
S4 3
2.o .z
4.Vo
S4 (eq. 4.1.4)
2.z.o
1
Iomed (S1 S2 S3 S 4 ).
Ts
11
2.(Vi Vo ) 2.(Vi 3.Vo ) 4.Vo 4.Vo
Iomed fs .
z.o
4V 8Vo 4.Vo 4.Vo
Iomed fs . i
z.o
4.V.f
Iomed i s
4.V.fi s .Cr
z.o
4.f 4.fs
Iomed s
o 2..fo
2.o
Iomed (eq. 4.1.5)
12
5 – PROJETO DO CONVERSOR SÉRIE RESSONANTE
Dados: Vi = 200V, Vo = 40V, Po = 640W e fs = 40000Hz
Cr = ?
Lr = ?
Po
Iomed 16A
Vo
4.V.f
Iomed i s
4.V.f
i s .C C = 500nF
z.o
fs
fomin fomin 80KHz
omáx
o 1 1
fo Lrmáx Lrmáx 7,91uH
2. 2.. Lr .Cr 4. .fo min2 .Cr
2
o 2
Lr Lr 6,41uH
4.2 .fs 2 .Cr
13
6 – SIMULAÇÕES
14
Fig. 13 – iS1, iD1, is2 e iD2.
15
7 – COMPARAÇÕES DOS RESULTADOS
Modificando a resistência série do diodo dbreak do Pspice de 0.1 para 0.001,
temos os seguintes resultados simulados:
16
8 – COMENTÁRIO FINAIS
Foi possível comprovar os resultados obtidos nos cálculos através da
simulação no PSpice, porém nota-se pequenas diferenças devido a algumas não
idealidades consideradas pelo simulador, como resitência série do diodo que
está em paralelo com o capacitor que provoca uma tensão VCr negativa.
O trabalho teve grande importância para a fixação do método de projeto
de um conversor, que começa com as etapas de operação, equacionamento de
cada etapa, cálculo do projeto e simulação do mesmo.
17
Instituto de Eletrônica de Potência
Departamento de Engenharia Elétrica
Centro Tecnológico
1. Introdução ................................................................................................ 3
3. Equacionamento: ..................................................................................... 8
3.1. Plano de Fase da Primeira Etapa................. Erro! Indicador não definido.
3.2. Plano de Fase da Segunda Etapa ........................................................... 10
3.3. Plano de Fase da Quarta Etapa ............................................................. 12
3.4. Plano de Fase da Quinta Etapa.............................................................. 14
3.5. Plano de Fase Completo. ........................................................................ 14
7. Conclusão ............................................................................................... 24
8. Bibliografia ............................................................................................ 24
2
1. Introdução
Será apresentado neste trabalho o estudo analítico de um conversor série ressonante, com um
diodo em paralelo com o capacitor ressonante Cr, no qual pode ser visualizado na Fig.01.
O fato de poder trabalhar com um conversor com comutação não dissipativo, é que o rendimento
da estrutura aumenta e poder operar com freqüência maior, ocasionando a diminuição do circuito em
peso, volume e custo.
Será apresentado também, um projeto do conversor para uma dada potência de saída, tensão de
entrada, tensão de saída e a freqüência de comutação dos interruptores. Por último, realizar-se-á, com
o dados feito no projeto, uma simulação para comprovar o estudo teórico.
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr
V0
Vi
D5 D6
S2 D2 C2 D7 Cr
3
2. Etapas de Funcionamento:
A análise será feita para o modo condução contínua (CCM). Neste modo, a corrente do
indutor Lr não se extingue.
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr
V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6 +
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
4
2.3- 3ª Etapa (t2, t3):
D8
S1 D1 C1
D3 D4
V0
Lr
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Vcr
-
5
2.5- 5ª Etapa (t4, t5):
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 Cr
D2 C2 D7 Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
6
2.7- 7ª Etapa (t6, t7):
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
V0
Lr
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
7
3. Equacionamento:
Nesta parte serão obtidas as expressões da tensão no capacitor Vcr(t) e da corrente do indutor
iLr(t), para cada etapa de funcionamento do conversor. A terceira e a sétima etapa serão consideras
instântaneas sem grandes prejuízos no resultado final.
S1 i Lr
+ +
Vi Cr VCr
- -
diLr t
Vi Lr V0' VCr t 0 (1)
dt
dVCr t
iLr t Cr
dt (2)
Vi V0'
Lr sILr s ILr 0 VCr s 0 (3)
s
VCr s
V V
i
'
0
2
0
(5)
s s
2 2
0
8
VCr t Vi V0' Vi V0' cos 0 t (6)
Derivando a equação (6), e multiplicando-a por Cr obtém-se a equação (7), que é a corrente
no indutor parametrizada em função de z.
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge a zero. Pode-se então calcular sua
duração, como mostrado nas equações (8) e (9).
V V sen t 0
i
'
0 0 1 (8)
0 t1 t 1 (9)
0
iLr
D8
diLr t
Vi Lr V0' VCr t 0 (14)
dt
Vi V0'
Lr sILr s ILr 0 VCr s 0 (16)
s
9
Do mesmo modo que na primeira etapa, com as condições iniciais e definido-se
0 1 , e substituindo (17) em (16), obtém-se (18).
Lr Cr
VCr s
V V sV
i
'
0
2
0 C1
(18)
s s s
2 2
0
2 2
0
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge zero. Pode-se então calcular sua
duração, como mostrado nas equações (21) e (22).
V V
i
'
0 VC1 sen 0 t 2 0 (21)
0 t 2 t 2 (22)
0
Nota-se que a duração da 1ª etapa e da 2ª etapa são iguais, pois a freqüência de ressonância
não varia.
10
iLr z
R2
Ip2
VCr
Fig.11- Plano de Fase da 2ª etapa.
D2 iLr
-
Vi D8
+
Pode-se notar que nesta etapa, o circuito equivalente é semelhante a 2ª etapa, sem a fonte de
entrada (Vi) no circuito. Por esta razão as equações da tensão no capacitor e da corrente no indutor
são idênticas à da 2ª etapa, fazendo Vi nulo. As equações (27) e (28) são respectivamente a tensão no
capacitor e a corrente no indutor.
11
VCr t V0' V0' VC2 cos 0 t (27)
Esta etapa termina quando a tensão no capacitor se anula, e assim pode-se obter a duração
deste intervalo, através de (29) e (30).
V V
'
0
'
0 VC2 cos 0 t 0 (29)
1 V'
t 4 arccos ' 0 (30)
0 V0 V2
iLr z
R3
R3
I1
VCr
Fig.13 - Plano de Fase da 4ª etapa e 5ª etapa.
12
R3 VC2 V0' 3V0' (33)
Nota-se pelo gráfico da Fig.13 que a tensão do capacitor é cortado abruptamente para zero
(5ª etapa). Isto acontece pelo fato da tensão do capacitor estar passando por zero e colocando o diodo
D7 em condução, curto-circuitando o capacitor. A corrente no indutor, no entanto, não é nula e sai de
um valor I1 até zero.
Para se obter o valor de I1, utiliza-se o próprio plano de fase da Fig.13, no qual tira-se a
seguinte figura geométrica:
I1 2 2V0' (35)
iLr
D7
13
V0'
iLr t 2 2V0' t 5 (36)
L
Esta etapa termina quando a corrente no indutor se anula e assim pode-se obter a duração
desta etapa através de (37) e (38).
V0'
2 2V0' t 5 0 (37)
L
t 5 2 2 L (38)
O plano de fase da quinta etapa esta representa da Fig.13 juntamente com a da quarta fase. A
reta onde a tensão no capacitor é nula e a corrente é I1 até onde a corrente se anular, representa o
plano de fase da quinta etapa.
Com os planos de fases feitos de todas as etapas de funcionamento, pode-se obter o plano de
fase completo do circuito série ressonante, juntando todos os planos de fase etapa por etapa. Na
Fig.16 tem-se o plano de fase completo.
14
Lr
iLr
Cr
Ip1
R1
Ip2
R3
I1
15
Fig.17 – Formas de onda básicas.
5. Característica de Saída
Analisando a Fig.16 (plano de fase completo), pode-se obter as correntes de pico de cada etapa.
Notar que estas correntes estão parametrizadas em função de z. As equações estão em (39), (40),
(41), (42).
16
Ip1 Ip1z R1 Vi V0' (39)
Ip2 Ip2 z R2 Vi 3V0' (40)
Ip3 Ip3 z R3 3V0' (41)
I1 I1 z 2 2 V 0' (42)
Isolando a corrente em (39), (40), (41), (42), obtém-se (43), (44), (45), (46).
Vi V0'
Ip1 (43)
z
Vi 3V0'
Ip2 (44)
z
3V0'
Ip3 (45)
z
2 2V0'
I1 (46)
z
Para calcular a corrente média na carga, primeiramente será calculada a área da corrente
em cada etapa de funcionamento. Na Fig 18, apresenta as áreas a serem calculadas.
17
t1
Ip1
A1 I sen 0 t dt cos 0 t1 cos 0
0
p1 (47)
0
Vi V0'
A1 (48)
f0 z
Cálculo da A2
Para o calculo da A2, basta integrar a função da corrente no período t2, que esta apresentada
em (49).
t 2
Ip2
A2 Ip2sen 0 t dt
0
cos 0 t 2 cos 0
0
(49)
Vi 3V0'
A2 (50)
f0 z
Cálculo da A4
Para o calculo da A4, basta integrar a função da corrente no período t4, que esta apresentada
em (51).
t 4
Ip4
A4 I sen 0 t dt cos 0 t 4 cos 0
0
p4 (51)
0
1
Como 0 t 4 arccos , obtém-se a equação (52) para a área A4.
3
2V0'
A4 (52)
f0 z
Cálculo da A5
Para o calculo da A5 e observando a área 5 na Fig.18, nota-se que é igual ao um triângulo, de
modo que fica simples o cálculo de A5. A equação (53) mostra a área 5.
18
I1 t 5 2V0'
A5 (53)
2 f0 z
Para calcular a corrente média na carga, basta somar as áreas calculadas e dividir pelo período de
chaveamento T. A equação (54) apresenta a corrente média na carga.
I'0med
A1 A 2 A 4 A 5 (54)
T
I'0med z 2 fs 2
I'0med 0 (55)
Vi f0
Onde,
fs
0 (56)
f0
Com (55) e variando a relação de freqüências (56) e com a relação (57), pode-se
traçar um gráfico, no qual é apresentado na Fig.19. Este gráfico representa a característica
de saída.
V0'
q (57)
Vi
19
Fig.19 – Característica de Saída.
6. Projeto e Simulação
fs max 40000
f0 100000 Hz (58)
0 0,40
V0' Vi q 40 V (60)
20
N1 V0' 40
1 (61)
N2 V0 40
N2
I'0med I0 16 A (62)
N1
Com o valor de I'0med , obtém-se uma outra relação para Lr e Cr.
2
Lr I'0med Vi
10,645
Cr I'0med
(63)
Cr 500 nF (64)
Lr 5,32 H (65)
Com estes valores do capacitor e do indutor, pode-se com auxilio de um simulador (SPICE)
comprovar a análise teórica realizada.
Simulação:
Vd1
40Vdc
PW = 11u
PER = 25u S1
+ +
D1 D3 D4
- -
Sbreak L1
0 200Vdc 1 2
A 5.32u
Vd2 V1 S2
+ + D5 D6
- -
Sbreak
C1 D7
TD = 12.5u D2 500nF
PW = 11u 0
PER = 25u
0
Fig.20 – Circuito simulado no SPICE.
21
Resultados da Simulação:
Na Fig.21, tem-se a tensão no capacitor e a corrente no indutor. Comparando a
Fig.17 com a Fig.21, nota-se que o resultado da simulação é muito idêntico ao obtido na
análise teórica, de modo que comprova que a análise esta correta.
(a) (b)
Fig.21 – Tensão no capacitor (a) e corrente no indutor (b).
Na Fig.22, tem-se a tensão Vab e a tensão no interruptor S1. Nota-se que há uma
queda de tensão na tensão Vab, ocasionada pela resistência interna das chaves, que no caso
foi utilizada 0.1 para realizar a simulação.
(a) (b)
Fig.22 0 Tensão Vab e tensão no interruptor S1.
22
(b)
(a)
Fig.23 – Corrente no interruptor S1(a) e corrente em S2(b).
(a) (b)
23
7. Conclusão
Um dos grandes problemas dos conversores que afeta seu rendimento é a comutação
dissipativa dos interruptores. Por esta razão se busca maneiras de realizar a comutação suave
das chaves.
No decorrer deste trabalho, foi apresentado um circuito que busca a comutação suave,
circuito ressonante série, no modo de condução descontinua, onde todas as comutações são
não dissipativa.
Realizou-se a análise do conversor, como as etapas de funcionamento, o
equacionamento do circuito, juntamente com os digramas de fases de cada etapa e a
característica de saída do conversor. Este último item, de grande importância para o
dimensionamento dos componentes do circuito e principalmente para seu entendimento.
Realizou-se também, para comprovar a análise teórica, um projeto do capacitor ressonante e
do indutor ressonante e, por fim, simulou-se o conversor para comparar a teoria com o
simulado.
O projeto do conversor proposto esteve dentro do especificado, no qual foram analisadas
a potência e a corrente média na carga do mesmo. Observa-se que as formas de ondas do
obtido na teoria e no simulado são parecidas, mas não idênticas, pelo simples fato de o
circuito analisado teoricamente ser ideal e na simulação, tentou-se idealizar todos os
componentes, mas os interruptores e os diodos apresentam uma resistência interna, no qual
modifica os valores da potência e da corrente média de saída. Em bancada, notaria-se que
esta diferença seria maior ainda em relação ao circuito ideal.
Pode-se concluir, que este trabalho foi de grande valia para, primeiramente, afirmar que
o estudo teórico é muito importante a se determinar qualquer tipo de conversor, seu
equacionamento, sua característica de saída e seu entendimento de funcionamento. E a
simulação é uma ferramenta muito útil para perceber se esta seguindo um caminho certo.
8. Bibliografia
[1] Barbi Ivo. Pöttker de Souza Fabiana “Conversores CC-CC Isolados de Alta
Freqüência com Comutação Suave”. Edição dos Autores. INEP. Departamento de
Engenharia Elétrica, UFSC. 1999. Florianópolis SC – Brasil.
24
Instituto de Eletrônica de Potência
Departamento de Engenharia Elétrica
Centro Tecnológico
1. Introdução ................................................................................................ 3
3. Equacionamento: ..................................................................................... 6
3.1. Plano de Fase da Primeira Etapa............................................................. 8
3.2. Plano de Fase da Segunda Etapa ........................................................... 10
3.3. Plano de Fase da Quarta Etapa ............................................................. 11
3.4. Plano de Fase da Quinta Etapa.............................................................. 13
3.5. Plano de Fase Completo. ........................................................................ 14
7. Conclusão ............................................................................................... 23
8. Bibliografia ............................................................................................ 23
2
1. Introdução
Será apresentado neste trabalho o estudo analítico de um conversor série ressonante, com um
diodo em paralelo com o capacitor ressonante Cr, no qual pode ser visualizado na Fig.01. Este
circuito apresenta uma característica muito importante, que é o fato de operar com freqüência de
chaveamento menor que a freqüência ressonante, propiciando comutação suave ZCS na saída de
condução das chaves (modo de condução continua).
O fato de poder trabalhar com um conversor com comutação não dissipativo, é que o
rendimento da estrutura aumenta e poder operar com freqüência maior, ocasionando a diminuição
do circuito em peso, volume e custo.
Será apresentado também, um projeto do conversor para uma dada potência de saída, tensão de
entrada, tensão de saída e a freqüência de comutação dos interruptores. Por último, realizar-se-á,
com o dados feito no projeto, uma simulação para comprovar o estudo teórico.
D1
D3 D4
Lr Vo
S1
Vi S2
D5 D6
D2 D7 Cr
3
2. Etapas de Funcionamento:
A análise será feita para o modo condução descontinua (DCM). Neste modo, todas as
comutações são suaves, tanto na entrada em condução dos interruptores, como no bloqueio
dos mesmos.
No instante t0 a chave S1 entra em condução com comutação suave, pois a corrente neste
instante é nula. A corrente no indutor cresce senoidalmente e a tensão do capacitor também é nula
começa a carregar até Vc1. Durante esta etapa de funcionamento a fonte de entrada transfere energia
a carga. Na Fig.02, tem-se o circuito apresentando esta etapa, que acaba quando a corrente no
indutor se inverte de sentido.
D1
D3 D4
Lr Vo
S1
Vi S2
D5 D6 Cr +
D2 D7 Vcr
D1
D3 D4
Lr
Vo
S1
Vi S2
D5 D6
D7
Cr
+
D2 Vcr
-
4
2.3. 3ª Etapa (t2, t3):
No instante t3, a corrente no indutor passa por zero e nenhuma chave está habilitada a
conduzir, pois a chave S1 foi bloqueada e na chave S2 não há ordem de comando. A tensão no
capacitor permanece constante, com o valor Vc2. Esta etapa termina quando S2 é comandada a
conduzir. Na Fig.04 está representada esta etapa de funcionamento.
D1
D3 D4
Lr Vo
S1 iLr=0
Vi S2
D5 D6 Cr +
D2 D7 Vcr
-
D1
D3 D4
Lr Vo
S1
Vi
S2 D5 D6 Cr +
D2 D7 Vcr
5
D1
D3 D4
Lr Vo
S1 iLr=0
Vi S2
D5 D6 Cr +
D2 D7 Vcr
-
No instante t5 a corrente passa por zero e a tensão no capacitor é nula. Neste intervalo é que
a chave S2 deve ser bloqueada com comutação não dissipativo. Na Fig.07, tem-se o circuito
apresentando esta etapa, que acaba quando a chave S1 é habilitada a conduzir e começa outro
período.
D1
D3 D4
Lr Vo
S1 iLr=0
Vi S2
D5 D6 Cr +
D2 D7 Vcr
-
3. Equacionamento:
Nesta parte serão obtidas as expressões da tensão no capacitor Vcr(t) e da corrente do
indutor iLr(t), para cada etapa de funcionamento do conversor.
6
Vo’
+
Lr -
S1 iLr
+ +
Vi Cr VCr
- -
diLr t
Vi Lr V0' VCr t 0 (1)
dt
dVCr t
iLr t Cr
dt (2)
Vi V0'
Lr sILr s ILr 0 VCr s 0 (3)
s
VCr s
V V
i
'
0
2
0
(5)
s s
2 2
0
Derivando a equação (6), e multiplicando-a por Cr obtém-se a equação (7), que é a corrente
no indutor parametrizada em função de z.
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge a zero. Pode-se então calcular sua
duração, como mostrado nas equações (8) e (9).
V V sen t 0
i
'
0 0 1 (8)
7
0 t1 t1 (9)
0
R1 Vi V0' (12)
8
Vo’
D1 +
Lr -
iLr
+ +
Vi Cr VCr
- -
diLr t
Vi Lr V0' VCr t 0 (14)
dt
dVCr t
iLr t Cr (15)
dt
Vi V0'
Lr sILr s ILr 0 VCr s 0 (16)
s
VCr s
V V sV
i
'
0
2
0 C1
(18)
s s s
2 2
0
2 2
0
Esta etapa termina quando a corrente no indutor atinge zero. Pode-se então calcular sua
duração, como mostrado nas equações (21) e (22).
9
V V
i
'
0 VC1 sen 0 t 2 0 (21)
0 t 2 t 2 (22)
0
Nota-se que a duração da 1ª etapa e da 2ª etapa são iguais, pois a freqüência de ressonância
não varia.
R2
Ip2
VCr
Fig.11- Plano de Fase da 2ª etapa.
10
4ª Etapa (t3, t4):
iLr t 0
Assumindo as seguintes condições iniciais:
VCr t VC2
iLr
+
Cr VCr
-
Pode-se notar que nesta etapa, o circuito equivalente é semelhante a 2ª etapa, sem a fonte de
entrada (Vi) no circuito. Por esta razão as equações da tensão no capacitor e da corrente no indutor
são idênticas à da 2ª etapa, fazendo Vi nulo. As equações (27) e (28) são respectivamente a tensão
no capacitor e a corrente no indutor.
Esta etapa termina quando a tensão no capacitor se anula, e assim pode-se obter a duração
deste intervalo, através de (29) e (30).
V V
'
0
'
0 VC2 cos 0 t 0 (29)
1 V'
t 4 arccos ' 0 (30)
0 V0 V2
11
O plano de fase correspondente está representado na Fig.13, de onde se obtém as expressões
(33) e (34).
iLr z
R3
R3
I1
VCr
Fig.13 - Plano de Fase da 4ª etapa e 5ª etapa.
Nota-se pelo gráfico da Fig.13 que a tensão do capacitor é cortado abruptamente para zero
(5ª etapa). Isto acontece pelo fato da tensão do capacitor estar passando por zero e colocando o
diodo D7 em condução, curto-circuitando o capacitor. A corrente no indutor, no entanto, não é nula
e sai de um valor I1 até zero.
Para se obter o valor de I1, utiliza-se o próprio plano de fase da Fig.13, no qual tira-se a
seguinte figura geométrica:
I1 2 2V0' (35)
12
5ª Etapa (t4, t5):
i t 2 2V0
'
Assumindo as seguintes condições iniciais: Lr
VCr t 0
iLr
D7
V0'
iLr t 2 2V0' t 5 (36)
L
Esta etapa termina quando a corrente no indutor se anula e assim pode-se obter a duração
desta etapa através de (37) e (38).
V0'
2 2V '
0 t 5 0 (37)
L
t 5 2 2 L (38)
O plano de fase da quinta etapa esta representa da Fig.13 juntamente com a da quarta fase.
A reta onde a tensão no capacitor é nula e a corrente é I1 até onde a corrente se anular, representa o
plano de fase da quinta etapa.
13
3.5. Plano de Fase Completo.
Com os planos de fases feitos de todas as etapas de funcionamento, pode-se obter o plano
de fase completo do circuito série ressonante, juntando todos os planos de fase etapa por etapa. Na
Fig.16 tem-se o plano de fase completo.
Lr
iLr
Cr
Ip1
R1
Ip2
R3
I1
14
4. Formas de Onda Básicas
Com as equações da tensão do capacitor e da corrente do indutor em todas as etapas de
funcionamento, pode-se obter as formas de onda básicas do circuito da Fig01. Na Fig17, apresenta
estas formas de onda.
15
5. Característica de Saída
Analisando a Fig.16 (plano de fase completo), pode-se obter as correntes de pico de cada etapa.
Notar que estas correntes estão parametrizadas em função de z. As equações estão em (39), (40),
(41), (42).
Isolando a corrente em (39), (40), (41), (42), obtém-se (43), (44), (45), (46).
Vi V0'
Ip1 (43)
z
Vi 3V0'
Ip2 (44)
z
3V0'
Ip3 (45)
z
2 2V0'
I1 (46)
z
Para calcular a corrente média na carga, primeiramente será calculada a área da corrente
em cada etapa de funcionamento. Na Fig 18, apresenta as áreas a serem calculadas.
16
Cálculo da A1
Para o calculo da A1, basta integrar a função da corrente no período t1, que esta
apresentada em (47).
t1
Ip1
A1 I sen 0 t dt cos 0 t1 cos 0
0
p1 (47)
0
Vi V0'
A1 (48)
f0 z
Cálculo da A2
Para o calculo da A2, basta integrar a função da corrente no período t2, que esta
apresentada em (49).
t 2
Ip2
A2 Ip2sen 0 t dt
0
cos 0 t 2 cos 0
0
(49)
Vi 3V0'
A2 (50)
f0 z
Cálculo da A4
Para o calculo da A4, basta integrar a função da corrente no período t4, que esta
apresentada em (51).
t 4
Ip4
A4 I sen 0 t dt cos 0 t 4 cos 0
0
p4 (51)
0
1
Como 0 t 4 arccos , obtém-se a equação (52) para a área A4.
3
2V0'
A4 (52)
f0 z
17
Cálculo da A5
Para o calculo da A5 e observando a área 5 na Fig.18, nota-se que é igual ao um triângulo,
de modo que fica simples o cálculo de A5. A equação (53) mostra a área 5.
I1 t 5 2V0'
A5 (53)
2 f0 z
Para calcular a corrente média na carga, basta somar as áreas calculadas e dividir pelo período de
chaveamento T. A equação (54) apresenta a corrente média na carga.
I'0med
A1 A 2 A 4 A 5 (54)
T
I'0med z 2 fs 2
I'0med 0 (55)
Vi f0
Onde,
fs
0 (56)
f0
Com (55) e variando a relação de freqüências (56) e com a relação (57), pode-se
traçar um gráfico, no qual é apresentado na Fig.19. Este gráfico representa a característica
de saída.
V0'
q (57)
Vi
18
Fig.19 – Característica de Saída.
6. Projeto e Simulação
fs max 40000
f0 100000 Hz (58)
0 0,40
V0' Vi q 40 V (60)
19
N1 V0' 40
1 (61)
N2 V0 40
N2
I'0med I0 16 A (62)
N1
Com o valor de I'0med , obtém-se uma outra relação para Lr e Cr.
2
Lr I'0med Vi
10,645
Cr I'0med
(63)
Cr 500 nF (64)
Lr 5,32 H (65)
Com estes valores do capacitor e do indutor, pode-se com auxilio de um simulador (SPICE)
comprovar a análise teórica realizada.
Simulação:
Vd1
40Vdc
PW = 11u
PER = 25u S1
+ +
D1 D3 D4
- -
Sbreak L1
0 200Vdc 1 2
A 5.32u
Vd2 V1 S2
+ + D5 D6
- -
Sbreak
C1 D7
TD = 12.5u D2 500nF
PW = 11u 0
PER = 25u
0
Fig.20 – Circuito simulado no SPICE.
20
Resultados da Simulação:
Na Fig.21, tem-se a tensão no capacitor e a corrente no indutor. Comparando a
Fig.17 com a Fig.21, nota-se que o resultado da simulação é muito idêntico ao obtido na
análise teórica, de modo que comprova que a análise esta correta.
(a) (b)
Fig.21 – Tensão no capacitor (a) e corrente no indutor (b).
Na Fig.22, tem-se a tensão Vab e a tensão no interruptor S1. Nota-se que há uma
queda de tensão na tensão Vab, ocasionada pela resistência interna das chaves, que no caso
foi utilizada 0.1 para realizar a simulação.
(a) (b)
Fig.22 0 Tensão Vab e tensão no interruptor S1.
21
(b)
(a)
Fig.23 – Corrente no interruptor S1(a) e corrente em S2(b).
(a) (b)
22
7. Conclusão
Um dos grandes problemas dos conversores que afeta seu rendimento é a comutação
dissipativa dos interruptores. Por esta razão se busca maneiras de realizar a comutação
suave das chaves.
No decorrer deste trabalho, foi apresentado um circuito que busca a comutação suave,
circuito ressonante série, no modo de condução descontinua, onde todas as comutações são
não dissipativa.
Realizou-se a análise do conversor, como as etapas de funcionamento, o
equacionamento do circuito, juntamente com os digramas de fases de cada etapa e a
característica de saída do conversor. Este último item, de grande importância para o
dimensionamento dos componentes do circuito e principalmente para seu entendimento.
Realizou-se também, para comprovar a análise teórica, um projeto do capacitor ressonante
e do indutor ressonante e, por fim, simulou-se o conversor para comparar a teoria com o
simulado.
O projeto do conversor proposto esteve dentro do especificado, no qual foram
analisadas a potência e a corrente média na carga do mesmo. Observa-se que as formas de
ondas do obtido na teoria e no simulado são parecidas, mas não idênticas, pelo simples fato
de o circuito analisado teoricamente ser ideal e na simulação, tentou-se idealizar todos os
componentes, mas os interruptores e os diodos apresentam uma resistência interna, no qual
modifica os valores da potência e da corrente média de saída. Em bancada, notaria-se que
esta diferença seria maior ainda em relação ao circuito ideal.
Pode-se concluir, que este trabalho foi de grande valia para, primeiramente, afirmar que
o estudo teórico é muito importante a se determinar qualquer tipo de conversor, seu
equacionamento, sua característica de saída e seu entendimento de funcionamento. E a
simulação é uma ferramenta muito útil para perceber se esta seguindo um caminho certo.
8. Bibliografia
[1] Barbi Ivo. Pöttker de Souza Fabiana “Conversores CC-CC Isolados de Alta
Freqüência com Comutação Suave”. Edição dos Autores. INEP. Departamento de
Engenharia Elétrica, UFSC. 1999. Florianópolis SC – Brasil.
23
Instituto de Eletrônica de Potência
Departamento de Engenharia Elétrica
Centro Tecnológico
1. Introdução .............................................................................................. 3
3. Equacionamento:.................................................................................. 8
3.1- 1ª Etapa (t0, t1): ........................................................................................ 8
3.2- 2ª Etapa (t1, t2): ........................................................................................ 9
3.3- 3ª Etapa (t2, t3): ...................................................................................... 10
3.4- 4ª Etapa (t3, t4): ...................................................................................... 10
8. Conclusão ............................................................................................... 25
9. Bibliografia ............................................................................................. 25
2
1. Introdução
Será apresentado neste trabalho o estudo analítico de um conversor ressonante, com um diodo (D7)
em paralelo com o capacitor ressonante Cr e com um diodo (D8) de grampeamento, no qual pode ser
visualizado na Fig.01. Este conversor tem a característica de operar com comutação suave do tipo
ZVS, ou seja, comutação com tensão nas chaves nula.
O fato de poder trabalhar com um conversor com comutação não dissipativo, é que o rendimento
da estrutura aumenta e poder operar com freqüência maior, ocasionando a diminuição do circuito em
peso, volume e custo.
Será apresentado também, um projeto do conversor para uma dada potência de saída, tensão de
entrada, tensão de saída e a freqüência de comutação dos interruptores. Por último, realizar-se-á, com o
dados feito no projeto, uma simulação para comprovar o estudo teórico.
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr
V0
Vi
D5 D6
S2 D2 C2 D7 Cr
3
2. Etapas de Funcionamento:
A análise será feita para o modo condução contínua (CCM). Neste modo, a corrente do indutor Lr
não se extingue. As comutações são suaves do tipo ZVS (Zero Voltage Switching) no bloqueio e ZCS
(Zero Current Switching) na entrada em condução , com poucas perdas de rendimento do conversor.
No instante t0 a corrente no indutor ressonante passa por zero e a chave S1 que já se estava
habilitada começa a conduzir. Esta é a etapa ressonante de carga do capacitor ressonante Cr. A corrente
no indutor cresce senoidalmente e a tensão do capacitor que é nula começa a carregar até Vi. Durante
esta etapa de funcionamento a fonte de entrada transfere energia a carga. Na Fig.02, tem-se o circuito
apresentando esta etapa, que acaba quando a tensão do capacitor ressonante atingir o valor de Vi e o
diodo D8 entra em condução.
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr
V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6 +
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
4
2.3- 3ª Etapa (t2, t3):
D8
S1 D1 C1
D3 D4
V0
Lr
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Vcr
-
5
2.5- 5ª Etapa (t4, t5):
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 Cr
D2 C2 D7 Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
6
entra em condução. A tensão sobre Cr permanece nula. Na Fig.08 está representada esta etapa de
funcionamento.
D8
S1 D1 C1
D3 D4
Lr V0
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
D8
S1 D1 C1
D3 D4
V0
Lr
Vi
D5 D6
+
S2 D2 C2 D7 Cr Vcr
-
7
3. Equacionamento:
Nesta parte serão obtidas as expressões da tensão no capacitor Vcr(t) e da corrente do indutor
iLr(t), para cada etapa de funcionamento do conversor. Pela similaridade do conversor, será analisado
somente meio período de operação.
S1 i Lr
+ +
Vi Cr VCr
- -
diLr t
Vi Lr V0' VCr t 0 (1)
dt
dVCr t
iLr t Cr
dt (2)
Vi V0'
Lr sILr s ILr 0 VCr s 0 (3)
s
8
VCr s
V V
i
'
0
2
0
(5)
s s
2 2
0
Derivando a equação (6), e multiplicando-a por Cr obtém-se a equação (7), que é a corrente no
indutor parametrizada em função de z.
Esta etapa termina quando a tensão no capacitor Vcr é igual a Vi. Pode-se então calcular sua
duração, como mostrado nas equações (8) e (9).
Vi Vi V0 (1 cos( 0 t )) (8)
1 V0
t1 ar cos (9)
0 Vi V0
Na Fig.11 tem-se o circuito equivalente da segunda etapa, de onde se obtém a expressão (10).
Vo
S1 +
Lr -
iLr
D8
di Lr (t )
Lr Vi 0 (10)
dt
9
Separando e integrando a expressão (10) e como o tempo de duração desta etapa de
funcionamento é t2 conforme as expressões (11) e (12).
V0 di Lr (t )
(11)
Lr dt
t2 I2
V dt Lr di
t1
0
I1
Lr (t 2 t1 )V0 Lr(I2 I1 ) (12)
Com a expressão (12), pode-se obter a corrente I2 em função de I1 e do tempo de duração desta
etapa, através da expressão (13).
v0
I2 I1 t2 (13)
Lr
A corrente do indutor Lr em função do tempo é representada pela expressão (14).
v0
i Lr (t ) I1 t 2 (14)
Lr
D2 iLr
-
Vi D8
+
10
Pode-se notar que nesta etapa, o circuito equivalente é semelhante a 2ª etapa, com a fonte de
entrada (Vi) no circuito. Por esta razão as equações da tensão no capacitor e da corrente no indutor são
idênticas à da 2ª etapa, acrescido de Vi. As equações (15) e (16) são respectivamente o tempo de
duração desta etapa e a corrente no indutor.
LrI2
t 4 (15)
Vi V0
(Vi V0 )
i Lr (t ) I2 t 4 (16)
Lr
Como dito anteriormente, pela similaridade do conversor, as outras etapas são similares.
Somente uma ressalva deve ser observada, que no primeiro meio período o capacitor ressonante se
carrega até a tensão atingir o valor da fonte de entrada e no segundo meio período o capacitor
ressonante se descarrega até a tensão atingir o valor nulo.
11
Nota-se pelo gráfico da Fig.13 que a tensão do capacitor fica com valor constante em Vi Isto
acontece pelo fato da tensão do capacitor atingir o valor de VI e colocar o diodo D8 em condução.
Quando a corrente do indutor passa por zero, o capacitor se descarrega novamente até chegar em zero,
colocando o diodo D7 em condução.
A partir do gráfico da Fig.13, pode-se obter as expressões de R1 e R2, conforme (19) e (22)
R1 Vi V0 (19)
R2 Vi V0 (22)
Observando ainda o gráfico do plano de fase, nota-se que a tensão máxima no capacitor Cr é a
própria tensão da fonte de entrada, ou seja:
Vcrmax= Vi
Do mesmo modo, pode-se determinar a relação V0/Vi. Observa-se pela Fig.13, a relação abaixo
(23)
Assim, para o bom funcionamento da estrutura, a relação de V0/Vi esta expressa em (24).
V0 1
(24)
Vi 2
12
5. Formas de Onda Básicas
Com as equações da tensão do capacitor Cr e da corrente do indutor Lr em todas as etapas de
funcionamento, e pela simetria do conversor pode-se obter as formas de onda básicas do circuito da
Fig01. Na Fig.14, apresenta estas formas de onda.
Analisando a Fig.15, onde esta representada a corrente de carga Io, que é a corrente do indutor Lr
retificada, pode-se obter a corrente média que passa pela carga. Para obtenção desta corrente será
calculada a área definida na Fig.15, calculadas em partes, pois sendo que esta área é composta por três
áreas, A1, A2 e A3.
13
Cálculo da A1
A área A1 corresponde a primeira etapa de funcionamento da estrutura.
Para o calculo da A1, basta integrar a função da corrente no período t1, que esta apresentada em (25).
t1
Ip
A1 Ip .sen(0 t)dt .cos(0 .t1 ) cos(0) (25)
t0
0
Com a expressão (9) calculada anteriormente da primeira etapa, obtém-se a expressão (26).
V0
cos1 0 t1 (26)
Vi V0
Ip V0 I V Vi V0 Ip Vi
A1 1 p 0 (27)
0 Vi V0 0 Vi V0 0 Vi V0
Vi V0 Vi
A1 . (28)
0 z Vi V0
Vi
A1 (29)
0 z
Cálculo da A2 e A3
A área A1 corresponde a segunda etapa de funcionamento da estrutura.
Nesta etapa algumas considerações serão feitas, como as expressões (30), (31) e (32).
Ts
t1 t 2 t 4 ; (30)
2
f
0 s ; (31)
f0
V
q 0; (32)
Vi
(I1 I2 )
A2 .t 2 (33)
2
Para a obtenção de I1, observa-se o gráfico da Fig.13, onde se pode tirar a figura geométrica
representada na Fig.16.
14
Fig.16 – Triângulo para calcular I1.
Vi Vi 2V0
I1 (34)
z
E definindo (35).
V0
0 t1 cos1 (35)
Vi V0
Vi V0
I2 .t 4 (36)
Lr
V V
I1 I2 0 .t 2 I2 I1 0 .t 2 (37)
Lr Lr
Vi V0 V Vi V0 Vi Vi 2V0 V0 Ts
.t 4 I1 0 .t 2 .t 4 . t1 t 4 (38)
Lr Lr Lr z Lr 2
Desenvolvendo (38).
Vi V0 Vi Vi 2V0 V0 Ts V0 V0
.t 4 . . .t 4
Lr z Lr 2 Lr 0 Lr
15
Vi Vi Vi 2V0 V0 Ts V0
.t 4
Lr z 2Lr Lr 0
Vi 2V0
Vi V0 Ts V0
t 4 .Lr
z 2Vi Vi0
1 2q.Lr qTs q
t 4
z 2 0
f
2 2 0
Ts 1 2q.Lr fs 1 2q.z
t 4 q q
0 2 z 20 z0
q 1 2q 1 2q q
t 4
0 0 0 0 0 0
Vi V0 V V0 q 1 2q
I2 .t 4 i .
Lr Lr 0 0 0
Vi V0 q 1 2q
I2 .0 .
z 0 0 0
Vi V0
I2 1 2q q
z 0
Ts T
t1 t 2 t 4 t 2 s t1 t 4
2 2
f0
2 2
Ts 1 2q q fs 1 2q q
t 2 t 2
2 0 0 0 0 20 0 0 0
1 1 2q q
t 2
0 0 0 0 0
16
1 1 2q
t 2 1 q
0 0 0
Vi Vi 2V0 Vi V0
I1 I2 1 2q q
z z 0
Vi V0 Vi Vi 2V0
I1 I2 1 2q q
z Vi V0 0
Vi V0 1 2q
I1 I2 1 2q q
z 1 q 0
Com as equações apresentadas acima, pode-se obter as expressões das áreas A2 e A3.
(I1 I2 ) Ts
A2 .t 2 t 2 t1 t 4
2 2
A2
I1 I2 Ts t
A3
I2 t 4
2 1 t 4
2 2
A2
I1 I2 Ts t I1t 4 I2 t 4
2 1 2 2
2
A2 A3
I1 I2 Ts t I1t 4
2 1 2
2
f0
2 2
Ts T fs 1
t1 s
2 2 0 20 0 0
1 I1t 4
A2 A3 I1 I2
20 0 2
I1.t 4 Vi Vi 2V0 1 2q q
2 2z 0 0 0
17
I1.t 4 Vi 1 2q
1 2q q
2 20 z 0
Vi 1 2q
I1 I2 1 q 1 2q q
z 1 q 0
Vi
I1 I2 1 2q 1 q 1 2q q
z 0
Vi
A2 A3 1 2q 1 q 1 2q q 1 2q 1 2q q (39)
20z 0 0 0
Nota-se que a expressão (39) é a soma das áreas A2 e a área A3, de modo que vai ser de grande
utilidade para o cálculo da corrente média Io a seguir.
Para calcular a corrente média na carga, basta somar as áreas calculadas e dividir pelo período
de chaveamento T. A equação (40) apresenta a corrente média na carga.
I0med 2
A1 A 2 A 3 (40)
T
Considerando t 4 .0 e com as expressões (29) e (39) e desenvolvendo-as, tem-se (41).
Vi
A1
0 z
1 2q q
0
Vi
A2 A3
20 z 0
1 2q 1 q . 1 2q.
Vi
A1 A 2 A 3 2
20 z 0
1 2q 1 q . 1 2q.
2Vfi s
Iomed 2
2z.2f0 0
1 2q 1 q . 1 2q.
18
Vi0
Iomed
2z
2
0
1 2q 1 q . 1 2q.
(41)
Io z 0
Iomed 2
Vi 2 0
1 2q 1 q . 1 2q.
(42)
Com (42) e variando a relação de freqüências (31) e com a relação (32), pode-se traçar um
gráfico, no qual é apresentado na Fig.17. Este gráfico representa a característica de saída. Nota-se no
gráfico que os valores e q, estão abaixo de 0.5, pois como foi calculado anteriormente na expressão
(24), que é o limiar da relação V0/Vi.
19
Fig.18 – Característica de Saída (Limites entre DCM e CCM).
20
7. Projeto e Simulação
fs max 40000
f0 50000 Hz (43)
0 0,40
V0' Vi q 40 V (45)
N1 V0' 40
1 (46)
N2 V0 40
Io z 0
Iomed 2
Vi 2 0
1 2q 1 q . 1 2q.
Iomed 0,541
2
Lr I'0med Vi
13
Cr I'0med (49)
21
Cr 883 nF (50)
Lr 11,5 H (51)
Com estes valores do capacitor e do indutor, pode-se com auxilio de um simulador (SPICE)
comprovar a análise teórica realizada.
Simulação:
Como a intenção da simulação é comprovar a análise teórica realizada, os modelos das chaves
não são MOSFET ou um semicondutor existente e sim chaves ON/OFF, assim como os diodos usados.
Na Fig.20, tem-se o circuito que foi simulado.
V1
S1
PER = 25u + +
PW = 12.4u D8
- -
TD = 0 D1 C1
R3
0.2n
10meg D13
D3 D4
Vi Lr Vo
1 2
200Vdc 11.5uH 40
V2 S2
+ +
D5 D6
PER = 25u
- -
TD = 12.5u
PW = 12.4u D2 C2 D7 Cr
R4
D20 0.2n 883nF
10meg
Resultados da Simulação:
Na Fig.21, tem-se a tensão no capacitor e a corrente no indutor. Comparando a Fig.14
com a Fig.21, nota-se que o resultado da simulação é muito idêntico ao obtido na análise
teórica, de modo que comprova que a análise esta correta.
22
(a) (b)
Fig.21 – Tensão no capacitor (a) e corrente no indutor (b).
(a) (b)
Fig.22 Tensão e corrente no interruptor S1 (a) e detalhe da comutação (b).
23
(a) (b)
Fig.23- Corrente na carga (a) e potência na carga (b).
Pode-se ainda, através da simulação, plotar o plano de fase completo do conversor, conforme a
Fig. 24. Comparando a Fig.24 com a Fig.13, os planos de fase são idênticas, de modo que a analise
feita esta correta.
24
8. Conclusão
Um dos grandes problemas dos conversores que afeta seu rendimento é a comutação dissipativa
dos interruptores. Por esta razão se busca maneiras de realizar a comutação suave das chaves.
No decorrer deste trabalho, foi apresentado um circuito que busca a comutação suave, circuito
ressonante série com um diodo grampeador, no modo de condução continua, onde todas as comutações
são não dissipativa, ZVS no bloqueio e ZCS na entrada em condução das mesmas.
Realizou-se a análise do conversor, como as etapas de funcionamento, o equacionamento do
circuito, juntamente com o digrama de fase completo e a característica de saída do conversor. Este
último item, de grande importância para o dimensionamento dos componentes do circuito e
principalmente para seu entendimento. Realizou-se também, para comprovar a análise teórica, um
projeto do capacitor ressonante e do indutor ressonante e, por fim, simulou-se o conversor para
comparar a teoria com o simulado.
O projeto do conversor proposto esteve dentro do especificado, no qual foram analisadas a
potência e a corrente média na carga do mesmo. Observa-se que as formas de ondas do obtido na teoria
e no simulado são idênticas.
Pode-se concluir, que este trabalho foi de grande valia para, primeiramente, afirmar que o estudo
teórico é muito importante a se determinar qualquer tipo de conversor, seu equacionamento, sua
característica de saída e seu entendimento de funcionamento. E a simulação é uma ferramenta muito
útil para perceber se esta seguindo um caminho certo.
9. Bibliografia
[1] Barbi Ivo. Pöttker de Souza Fabiana “Conversores CC-CC Isolados de Alta
Freqüência com Comutação Suave”. Edição dos Autores. INEP. Departamento de
Engenharia Elétrica, UFSC. 1999. Florianópolis SC – Brasil.
25
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA
Dissertação de Mestrado
Relatório Técnico 01
Orientador
Ivo Barbi, Dr. Ing.
UFSC / INEP
Co-Orientador
Telles B. Lazzarin, Dr.
IFSC
Sumário
ii
Capı́tulo 1
1.1 Introdução
O presente trabalho é dedicado ao estudo e projeto de um conversor CC-CC para
ser utilizado na alimentação de um TWTA (Travellig Wave Tube Amplifier ). Este
equipamento é utilizado para amplificar um sinal elétrico de frequência muito alta,
na faixa de Giga-Hertz, tipicamente para gerar sinais de microondas.
O TWTA é composto de vários elementos que necessitam de alimentações com
tensões distintas, sendo que estas tensões estão na ordem dos kilo-Volts.
Outro fator a ser destacado é que o TWTA é alimentado em tensão, ou seja, a
caracterı́stica de saı́da do conversor que o alimenta é a de uma fonte de tensão.
1
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 2
dispersão e C indica a capacitância existente entre as espiras que, no caso deste tipo
de transformador, não pode ser desprezada por conta do elevado número de espiras
necessário para gerar a alta tensão no secundário.
Para aproveitar os parâmetros intrı́nsecos do transformador, uma topologia que
se mostra bastante adequada para esta aplicação é a Paralelo Ressonante (PRC -
Parallel Resonant Converter ), com saı́da em Tensão, que é mostrada na figura 1.2.
Observa-se que o modelo do transformador foi integralmente utilizado nesta
topologia, sendo que a indutância magnetizante foi suprimida porque não tem in-
fluência significativa no funcionamento.
Uma grande vantagem que esta topologia possui é a possibilidade de ter comu-
tação suave em todos os semicondutores, desde que o sentido da corrente em Lr seja
adequado.
Será feito inicialmente o estudo considerando que os pulsos de comando dos dois
braços estão sempre defasados de 180 graus. Na sequência, será feito o estudo para
a modulação Phase-Shift.
Verifica-se que a diferença de tensão entre os pontos a e b (tensão vab ) é uma
onda quadrada com 2 nı́veis (+V1 e −V1 ) no caso de 180 graus de defasagem e com
3 nı́veis (+V1 , 0 e −V1 ) nos outros casos.
O par LC por sua vez pode ser entendido como um filtro “passa-baixa” de segunda
ordem onde o ganho para frequências maiores do que f0 cai a 40dB por década.
A análise e os gráficos serão feitos considerando que a tensão de saı́da é constante
para preservar a caracterı́stica da carga.
Primeira Etapa
A primeira etapa de funcionamento inicia quando os interruptores S1 e S4 são aciona-
dos. O circuito resultante é mostrado na figura 1.4. As condições iniciais desta etapa
são: iLr = −I1 e vCr = −V0 .
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 4
Segunda Etapa
A segunda etapa inicia quando a corrente na indutância chega a zero. Como a
corrente da carga na etapa 1 é igual a da indutância, no momento que a mesma é
zerada, os diodos se bloqueiam visto que a tensão sobre o capacitor é −V0 . Desta
forma a corrente iLr circula pelo capacitor Cr e não há corrente para a carga.
O circuito resultante nesta etapa é mostrado na figura 1.5.
É importante observar que tanto o valor final da corrente nesta etapa (I2 ) quanto
a duração da mesma (∆t2 ) dependem somente dos parâmetros Lr, Cr, V1 e V0 , ou
seja, não dependem da frequência de comutação.
Terceira Etapa
A terceira etapa começa quando a tensão na capacitância atinge o valor +V0 . Desta
forma, os diodos da ponte voltam a ficar polarizados e a corrente iLr circula nova-
mente pela carga. O circuito resultante nesta etapa está mostrado na figura 1.6.
Nesta etapa a indutância fica submetida a tensão V1 −V0 e a sua corrente aumenta
linearmente até o valor +I1 , pelo fato de V1 ser maior do que V0 . A tensão na
capacitância não tem variação. No plano de fase, esta etapa é representada pela
linha reta vertical que vai de +Z.I2 até +Z.I1 .
A duração desta etapa é ∆t3 (que é igual a Ts /2 − (∆t1 + ∆t2 )).
Quarta Etapa
Esta etapa inicia quando os interruptores S2 e S3 são acionados. O circuito resultante
nesta etapa está mostrado na figura 1.7. O funcionamento do conversor nesta etapa é
igual ao da primeira etapa, porém com as polaridades de corrente e tensão invertidas
em Lr e Cr, ou seja, iLr decresce de +I1 até 0 e vCr = +V0 .
Quinta Etapa
O funcionamento na quinta etapa é análogo ao da segunda etapa. O circuito resul-
tante nesta etapa está mostrado na figura 1.8.
Sexta Etapa
O funcionamento na quinta etapa é análogo ao da terceira etapa. O circuito resul-
tante nesta etapa está mostrado na figura 1.9.
Formas de Onda
As formas de onda das 6 etapas estão mostradas na figura 1.10.
Plano de Fase
O plano de fase mostrando as etapas de operação está na figura 1.11.
−1 V1 − V0
β = cos (1.6)
V1 + V0
Utilizando a variável q (ganho estático) e manipulando a equação 1.5, a corrente
I2 fica determinada:
√
q
I2 = 2 · V1 q (1.7)
Lr
Cr
√
1−q
√ √ Ts cos−1 1+q
· Cr · Lr
∆t1 = q · Cr · Lr + (1 − q) − · (1 − q) (1.11)
4 2
h √ √ −1
1−q
√ i
V1 (q + 1) · 4 · q· Cr · Lr + T s (1 − q) − 2 · cos 1+q
· Cr · Lr (1 − q)
I1 =
4 · Lr
(1.12)
Em meio perı́odo de comutação, a corrente de saı́da é igual a corrente na in-
dutância Lr nas etapas 1 e 3. Desta forma, seu valor médio é dado pela equação:
1 I1 · ∆t1 I1 + I2
Iomed = T s · + · ∆t3 (1.13)
2
2 2
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 10
√ h √ i
Cr · Lr 8 · V1 · q (1 + q) − 4 · V1 · cos−1 1−q
1+q
· (1 − q 2
)
Iomed =
8 · Lr
√
−1 1−q
2
−1 1−q 2
Cr · Lr 16 · V1 · q + 16 · V1 · q · cos 1+q
· (1 + q) − 4 · V1 · cos 1+q
· (1 − q )
−
8 · Lr · T s
2
T s · V1 (1 − q )
+
8 · Lr
(1.14)
√
1−q
π · (1 − q 2 ) + 2 · q · µ0 · (1 + q) − µ0 · cos−1 1+q
· (1 − q 2 )
I1 = (1.19)
2 · µ0
A corrente I2 parametrizada é dada pela equação:
√
I2 = 2 · q (1.20)
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 11
2
1−q
2
π(1 − q ) q · µ0 µ0 · cos−1 · (1 − q 2 )
1+q
Iomed = − +
4 · µ0 π 4·π
−1 1−q 2 √
−1 1−q
√ cos 1+q
· (1 − q ) · q · µ0 · cos 1+q
· (1 + q)
+ q · (1 + q) − −
2 π
(1.21)
O gráfico da figura 1.13 mostra o comportamento da equação 1.21. Esta figura
ilustra o comportamento estático do conversor, ou seja, seu ganho em função da
variação da corrente de carga, para várias frequências diferentes, parametrizadas
pela variável µ0. 2
q 3
µ0=0.1
µ0=0.6 µ0=0.4 µ0=0.2
0
2 4 6 Iomed
Figura 1.13: Ganho do conversor versus corrente média de saı́da, para vários µ0.
Conforme visto na figura 1.13, o ganho estático sempre se torna maior do que
1 para baixos valores de corrente de carga, para todos os valores de µ0 (que são
valores realistas para o trabalho em questão).
Em relação as etapas que foram estudadas anteriormente, este fato leva à uma
inversão da derivada da corrente em Lr nas etapas 3 e 6. Ou seja, ao invés do
módulo do valor da corrente aumentar, ele diminui.
Etapa 1 2 3 4 5 6
S1
S2
S3
S4
i0
I2
I1
0
π · (q − 1)
µ0crit = √ (1.22)
−1 1−q
2 · q + cos 1+q
· (q − 1)
O gráfico desta equação está mostrado na figura 1.15.
Pode se observar pelo gráfico que o valor de q crı́tico tende a 1 quando µ0 tende
a zero. Isso significa que para q ≤ 1 não existe µ0crit .
Resolvendo-se numericamente os valores de q crı́tico para cada µ0, se chega na
tabela 1.1. A figura 1.16 mostra novamente o gráfico do ganho estático versus a
corrente média de carga parametrizada, partindo do ponto de q crı́tico.
Analisando-se a figura 1.16, conclui-se que para valores baixos de µ0, o conversor
se comporta como uma fonte de tensão e que para valores maiores, ele se comporta
como uma fonte de corrente.
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 13
q 10
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 µ0
µ0 q Iomed
0,1 1,069 0,981
0,2 1,153 0,961
0,3 1,255 0,940
0,4 1,384 0,917
0,5 1,555 0,892
0,6 1,793 0,864
0,7 2,155 0,832
0,8 2,794 0,793
0,9 4,364 0,743
q 3
µ0=0.1
µ0=0.6 µ0=0.4 µ0=0.2
0
0 2 4 6
Iomed
0
0 0.5 1 1.5 q
Etapa 1 2 4 5
S1
S2
S3
S4
Δt1 Δt2
iLr
I1
-I1
i0
I1
vCr
+V0
-V0
µ0
0.8
0.6
0.4
0.2 q=1,1
q=0,7
q=0,9
q=1
0
0 1 2 3 4 Iomed
Como na fabricação este tipo de transformador pode ter grandes variações paramétri-
cas, é importante (e prudente) adicionar um indutor e um capacitor externos para
deixar o conversor mais robusto frente a estas alterações. Com isso, a frequência
natural de oscilação diminui.
Foi arbitrado que a corrente nominal será fornecida com o conversor operando a
20kHz e que o µ0 correspondente é 0, 2. Com isso, tem-se:
fs
f0 = (1.29)
µ0
No exemplo, f0 = 100kHz.
O ganho escolhido foi q = 0, 7 porque permite utilizar o µ0 arbitrado e ainda ter
uma boa redução da corrente de carga com o aumento da frequência. Além disso,
para ganhos menores, haveria necessidade de aumentar o número de espiras, o que
levaria a um tamanho maior do transformador e maior capacitância.
A corrente média nominal de carga é definida pela relação:
P0
Iomed = (1.30)
q · V1
No exemplo, Iomed = 4, 76A.
Através da equação 1.21 se chega ao valor da corrente média parametrizada:
Iomed = 2, 915.
As equações de f0 e Iomed formam um sistema de duas equações e duas incógnitas
(Cr e Lr):
Iomed
Iomed =
√V1Lr
Cr (1.31)
1
f0 = √
2π Cr · Lr
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 17
Primeira etapa
Funcionamento idêntico ao da primeira etapa para D = 1.
Segunda etapa
Funcionamento idêntico ao da segunda etapa para D = 1.
Terceira etapa
Funcionamento parecido ao da terceira etapa para D = 1. As diferenças são que
a corrente final desta etapa é chamada de I3 e que a duração da mesma (∆t3 ) é
calculada de maneira diferente (a ser visto mais adiante).
Quarta etapa
Esta etapa inicia quando o interruptor S3 é acionado. O circuito resultante está
mostrado na figura 1.20. Nesta etapa a tensão vab é igual a zero e a indutância Lr
fica submetido a tensão −V0 , que faz com que sua corrente diminua de I3 até chegar
no valor +I1 no final da etapa. A duração da mesma é ∆t4 . A corrente de carga é
igual a corrente iLr e a tensão vCr permanece em +V0 .
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 18
S1 S3 iLr
i0
a
V1 +
vCr V0
-
b
S2 S4
Demais etapas
O funcionamento do PRC na segunda metade do perı́odo de comutação (T s) é
similar ao da primeira metade, apenas invertendo o sentido e polaridade de algumas
tensões e correntes. O ciclo completo está mostrado na figura 1.22.
O circuito resultante na oitava etapa está mostrado na figura 1.21.
S1 S3 iLr
i0
a
V1 +
vCr V0
-
b
S2 S4
O funcionamento do PRC para D < 1 pode ser visto também no Plano de Fase,
mostrado na figura 1.23.
1.5.2 Equacionamento
O modo de gerar as equações para esta forma de funcionamento é idêntica a forma
anterior. Na primeira etapa (linear), a seguinte equação é obtida:
I1
∆t1 = Lr (1.34)
V1 + V0
Na segunda etapa (ressonante), as equações também são as mesmas que as obti-
das anteriormente:
√
q
I2 = 2 · V1 q (1.35)
Lr
Cr
√
−1 1−q
∆t2 = Cr · Lr · cos (1.36)
1+q
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 19
Etapa 1 2 3 4 5 6 7 8
S1
S2
S3
S4
iLr
I3
I2
0
-I1
vCr
+V0
0
-V0
i0
Z.iLr
I3
3
2 4
I2
I1
-I1
-I2
8 7 6
-I3
√
1−q
Ts √ √ cos−1 1+q
· Cr · Lr
∆t1 = · (D − q) + q · Cr · Lr − · (1 − q) (1.41)
4 2
√ √ √
V1 · (q + 1) −1 1−q
I1 = 4 · q · Cr · Lr − 2 · cos · Cr · Lr · (1 − q) + T s · (D − q)
4 · Lr 1+q
(1.42)
−1 1−q 2
cos · (1 − q )
r
T s · V1 · (1 − q) · (q + D) Cr √ 1+q
I3 = + V1 · · q · (1 + q) −
4 · Lr Lr 2
(1.43)
Com estes resultados, ∆t3 pode ser reescrito como:
√
√ √
Ts 1−q Cr · Lr
∆t3 = (D + q) − q · Cr · Lr − cos−1 · · (1 + q) (1.44)
4 1+q 2
Em meio perı́odo de comutação, a corrente saı́da é igual a corrente em Lr nas
etapas 1, 3 e 4 e seu valor médio é dado por:
1 I1 · ∆t1 (I2 + I3 ) (I3 + I1 )
Iomed = T s · + · ∆t3 + · ∆t4 (1.45)
2
2 2 2
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 21
√ π q · µ0
Iomed = q · (1 + q) − · D2 + q 2 − 2 · D −
4 · µ0 π
2 2
(1 − q 2 )
−1 1 − q (1 − q ) −1 1−q
+ µ0 · cos · − cos · (1.46)
1+q 4·π 1+q 2
√
q · µ0
1−q
− · cos−1 · (1 + q)
π 1+q
q+1 √ −1 1−q
I1 = · π · (D − q) + 2 · q · µ0 − µ0 · cos · (1 − q) (1.47)
2 · µ0 1+q
(1.49)
(1.50)
CAPÍTULO 1. CONVERSOR PARALELO RESSONANTE 22
Dcrit
q=1,1
0.8
q=0,9
0.6 q=0,7
q=0,5
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 μ0
q
µ0=0,3
1.5
D=1
D=0,8
D=0,6
0.5 D=0,4
D=0,1
0
0 1 2
Iomed