Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Lance um dado 12 vezes consecutivas e registre no que a chance de isso ocorrer é em torno de 10%. A res-
Probabilidade
quadro o número de vezes (a freqüência) da face que sur- posta correta é um número maior — aproximadamente
giu com o mesmo número. 50%, precisamente 50,7%.
Qual número apareceu mais vezes? A razão para essa probabilidade alta é que o número
Quantas vezes ele apareceu? de pessoas envolvidas não importa tanto e, sim, o número
de pares que se podem formar com as pessoas. Como
Freqüência
são 23 pessoas no campo, formam-se 253 duplas dife-
1—
rentes. Ainda restam outras etapas para calcular a pro-
2— babilidade exata. Quando se calcula o valor exato, isso
3— parece intuitivamente errado, no entanto a matemática é
4— impecável.
5— Jogadores e agenciadores de apostas utilizam tais
probabilidades para explorar os não-cautelosos.
6—
Qualquer fenômeno natural ou provocado a respeito do
Discuta com os colegas e o professor se é possível qual se fazem observações constitui um experimento.
prever o resultado do próximo lance. Exemplos:
No dia-a-dia muitos acontecimentos são, em maior ou a) Lançar um dado e, após sua queda, observar o
menor grau, analisados por suas chances de ocorrência. A número na face de cima.
genética, por exemplo, fornece dados para se estimarem as b) Deixar cair de certa altura uma pedra no vácuo e de-
chances de um casal, em que o marido é albino, ter um filho terminar o tempo que leva para ela atingir o solo.
albino. A física, na teoria cinética dos gases, procura prever Repetindo a experiência do primeiro exemplo algu-
o número de moléculas que se chocarão e o instante aproxi- mas vezes, os resultados serão imprevisíveis, mesmo sob
mado do choque. A pesquisa estatística analisa as chances as mesmas condições. Experimentos com essas caracte-
de um ou outro candidato vencer as eleições. rísticas, denominam-se aleatórios, são alvos do cálculo
Dessa busca incansável em calcular as possibilida- das probabilidades.
des de um fenômeno acontecer é que nasceu a teoria Reproduzindo a experiência do segundo exemplo sob
das probabilidades, ramo da matemática que se ocupa as mesmas condições iniciais, sempre se obtêm os mes-
desse cálculo. mos resultados. Experimen-
A teoria das probabilidades teve início nos jogos de azar tos com essas caracterís-
(cartas, dados, xadrez). Entre os ilustres matemáticos que se ticas, são denominados
dedicaram a essa teoria, citam-se Cardano (1561—1576), determinísticos, não
Pascal, Fermat e Laplace. fazem parte
Os problemas de probabilidade às vezes provocam con- do nosso
trovérsias, porque a resposta matemática considerada ver- estudo.
dadeira difere do que sugere a intuição. Um dos maiores
problemas de probabilidade contra-intuitiva é a chance de
partilhar com outra pessoa o mesmo dia de aniversário. Su-
ponhamos um campo de futebol com 23 pessoas, em
dois times de 11 jogadores e o juiz. Qual a proba-
bilidade de duas dessas 23 pessoas fazerem ani-
versário no mesmo dia?
Como o ano possui 365 dias e são 23 pes-
soas, parece improvável que duas delas tenham o
mesmo dia de aniversário. Intuitivamente diríamos
Teoria
das
probabilidades Matemática 2M2
1/8
1
MENU PRINCIPAL
Espaço amostral
Probabilidade
Teoria das probabilidades
Cada experimento apresenta um conjunto de resul- No caso dos dados, pode-se determinar a ocorrên-
tados possíveis. cia de número par, formando um subconjunto de E. Tal
No lançamento do dado, há seis resultados possí- ocorrência recebe o nome de evento A.
veis, representado pelo conjunto E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} — Espaço amostral: E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
O conjunto de todos os resultados possíveis do expe- — Evento A: ocorrência de número par ⇒
rimento aleatório denominamos espaço amostral (E). No ⇒ A = {2, 4, 6}
caso desse exemplo, o número de elementos do espaço Esse evento possui três elementos, indicado por
amostral é igual a seis, representado por n(E) = 6 n(A) = 3
Probabilidade
Teoria das probabilidades
Pai Mãe
IAi IAi Combinações
possíveis
para o grupo
sanguíneo do
IAIA IAi IAi ii filho
1. Numa turma da 8ª série será realizada 3. (Fatec—SP) Jogam-se dois dados, exatamente iguais
eleição para escolher dois representantes de turma. Os e sem vícios, ambos tendo as faces numeradas de 1 a 6.
alunos Marcos, Patrícia, Pedro e João são candidatos A probabilidade de se obter a soma nos dois dados igual
aos cargos. Qual a probabilidade de Pedro ser um dos a 5 é: Lançando dois dados: 6 . 6 = 36 resultados possíveis.
1
representantes? a) A soma dos resultados nos dois dados é 5 quando se tem
Como são quatro candidatos, o espaço Logo, a probabilidade de Pedro ser um 6 (1, 4), (2, 3), (3, 2) e (4, 1)
amostral é composto de todas as com- dos representantes é b) 0,1 Então: n(A) = 4 e n(E) = 36
binações simples de quatro elementos, n( A ) 3 1 c) 0,4 n( A )
=
4 1
= = 0,111 ...
tomados dois a dois. p(A) = = = P(A) =
n( E ) 6 2 d) 0,111... n( E ) 36 9
4 12 1 A probabilidade de se obter a soma dos números nos dois
Logo: C4,2 = = =6 e) 4%
2!2! 2 Como = 50%, a probabilidade de dados igual a 5 é 0,111...
2
n(E) = 6 Pedro ser representante é 50%
10 km A
O número de elementos do evento “Pedro 4. (Enem) Um município de
10
ser um dos representantes” é dado por 628 km2 é atendido por duas
km
3!
C3,1 =
1! 2 !
=3 emissoras de rádio cujas an-
Município
10
2. (FGV—RJ) Uma urna contém 1 000 bolinhas nume- tenas A e B alcançam um raio
km
Probabilidade
Teoria das probabilidades
ser relacionados ao acaso para formar um time de bas- pelo Ibespe sobre o perfil dos fumantes e publicada pela
quete. Entre os 15 rapazes estão Carlos e Augusto. Qual revista Veja de 3/6/98 mostra que, num grupo de 1 000 pes-
a probabilidade de que ambos sejam selecionados? soas, 17% fumam e, dentre os fumantes, 44% são mulhe-
a) 8 res. Se, nesse grupo de 1 000 pessoas, uma é escolhida
21 ao acaso, a probabilidade de ela ser fumante e mulher
15 !
b) 3 n(E) = C15,5 =
5 !10 !
= 3 003 é, aproximadamente:
7 a) 0,044 n(E) = 1 000
13 ! n(A) ⇒ 17% de 1 000 = 170
2 n(A) = C13,3 = = 286 b) 0,075
c) 3 !10 ! 44% de 170 = 74,8
21 c) 0,44 n( A ) 74 , 8
n( A ) 286 2 p(A) = = = 0, 0748 ≅ 0,075
d) 5
p(A) = = = d) 0,0075 n( E ) 1 000
n( E ) 3 003 21
21 e) 0,0044
e) 5
33
A moeda não-viciada é lançada três vezes consecutivas. Qual a probabilidade de ocorrer coroa (C) em
pelo menos um dos lançamentos?
O evento A (sair coroa pelo menos uma vez) e o evento A (não sair coroa em nenhum dos lançamentos) são
eventos complementares.
1º lançamento 2º lançamento 3º lançamento
n(E)= 2 . 2 . 2 = 8 triplas
Probabilidade
Teoria das probabilidades
1. Uma fábrica produz 40 peças, das quais Probabilidade da união de eventos
seis com defeito. Qual a probabilidade, escolhendo-se Observando os resultados obtidos no exercício an-
ao acaso uma das peças, de que ela seja perfeita? terior:
Evento A = peças perfeitas p(A ∪ B) = p(A) + p(B) – p(A ∩ B)
A = peças defeituosas
1 1 1 2
p(A) + p(A) = 1 p(A ∪ B) = + − =
p(A) = 1 – 6/40 = 36/40 2 3 6 3
Somando as probabilidades de os eventos A e B ocor-
rerem, contam-se duas vezes a probabilidade de o ele-
mento seis acontecer, uma vez em p(A) e outra em p(B).
2. Um aluno de sua sala será escolhido, ao acaso, como Por esse motivo, desconta-se a probabilidade da inter-
representante. Qual a probabilidade de você não ser es- secção de A ∩ B = {6}
colhido? Caso A ∩ B = ∅, tem-se: p(A) ∪ p(B) = p(A) + p(B)
P(A) = 1/n (n representa o número de alunos da turma)
P(A) = 1 – 1/n
4. Numa urna existem bolas numeradas de um a dez.
Qualquer bola tem a mesma chance de ser retirada.
Qual a probabilidade de se retirar uma delas cujo nú-
Propriedades da probabilidade
mero seja:
I. Se o evento A não tem elementos do espaço amos-
a) par?
tral, isto é, A = ∅, ele é impossível e p(A) = 0
b) primo?
II. Se o evento tem o mesmo número de elementos
c) par ou primo?
que o espaço amostral, isto é, n(A) = n(E), deno-
d) par e primo?
mina-se certo e p(A) = 1 = 100%
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
III. A probabilidade do evento A qualquer é p(A), no n(E) = 10
qual 0 p(A) 1 ou 0% p(A) 100% Evento A: número par ⇒ A = {2, 4, 6, 8, 10}; n(A) = 5
Evento B: número primo ⇒ B = {2, 3, 5, 7}; n(B) = 4
A ∩ B = {2}; n (A ∩ B) = 1
3. No lançamento de um dado honesto, determine a a) probabilidade de o número ser par: p(A) =
5 1
= , ou seja, 50%
10 2
probabilidade de no evento:
4 2
a) sair um número par. b) probabilidade de o número ser primo: p(B) = = = 0,4, ou seja, 40%
10 5
b) sair um número múltiplo de 3. c) probabilidade de o número ser par ou primo:
c) sair um número par e múltiplo de 3. 1 2
p(A) = p(B) =
2 5
d) sair um número par ou múltiplo de 3. 1
p(A ∩ B) =
Considerando o evento A sair um número par e o evento B um número múlti- 10
plo de 3: p(A ∪ B) = p(A) + p(B) – p(A ∩ B)
Espaço amostral E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, ou seja, n(E) = 6 1 2 1
p(A ∪ B) = + −
Há elementos de E que satisfazem: 2 5 10
— apenas o evento A → {2, 4, 6} 4
— apenas o evento B → {3, 6} p(A ∪ B) = = 0,8, ou seja, 80%
5
— o evento A e o B → {6}, ou seja, A ∩ B = {6} d) probabilidade de o número ser par e primo:
— o evento A ou o B → {2, 3, 4, 6}, ou seja, A ∪ B = {2, 3, 4, 6}
1
p(A ∩ B) = = 0,1, ou seja, 10%
Calculando a probabilidade de cada evento: 10
a) sair um número par
n( A ) 3 1
p(A) = = =
n( E ) 6 2
b) sair um múltiplo de 3
n( B ) 2 1
5. No lançamento de dado, qual a probabilidade de não
p(B) = = = sair o número quatro?
n( E ) 6 3
c) sair um número par e múltiplo de 3 Se n(E) = 6, então a probabilidade de sair o número
quatro é 1
n( A ∩ B ) 1
p(A ∩ B) = =
n( E ) 6 6
d) sair um número par ou múltiplo de 3 Portanto a probabilidade de não sair quatro é
n( A ∪ B ) 4 2
p(A ∪ B) = = = 1 – p(A) = 1 − 1 = 5
n( E ) 6 3 6 6
Matemática 2M2 5
5/8
MENU PRINCIPAL
6. Uma moeda não-viciada é 9. Uma urna contém 15 bolas numeradas de 1 a 15. Es-
Probabilidade
Teoria das probabilidades
lançada três vezes consecutivas. colhe-se uma delas ao acaso e vê-se que o número nela
Qual a probabilidade de ocorrer marcado é maior que 7. Qual é a probabilidade de esse
cara nos três lançamentos? número ser múltiplo de 5?
Utilize a árvore de possibilidades para registrar todas Há dois modos para resolver esse problema:
1º) Reduzindo o espaço amostral.
as chances de resultado. Como o número retirado é maior que 7, têm-se 8 números possíveis: 8, 9, 10, 11,
1º lançamento 2º lançamento 3º lançamento 12, 13, 14 e 15; portanto n(E) = 8
Para o evento “ocorrer um número múltiplo de 5”, tem-se 10 e 15; logo: n(A) = 2
144424443
Ca → (Ca, Ca, Ca)
Ca
Co → (Ca, Ca, Co) 2 1
Ca Portanto: p(A) = = ou 25%
Ca → (Ca, Co, Ca) 8 4
Co
Co → (Ca, Co, Co) 2º) Considerando o espaço amostral total.
8 triplas
Ca
Ca → (Co, Ca, Co) Calcula-se a probabilidade de o número ser maior que 7 e múltiplo de 5: P = 2
Co → (Co, Ca, Co) 15
Co 8
Ca → (Co, Ca, Ca) Calcula-se a probabilidade de o número ser maior que 7: P =
Co 15
Co → (Co, Co, Co)
A probabilidade de ocorrer o evento A, sabendo que já ocorreu o evento B, é dada por
Evento A: {ocorrência de três caras} = {(Ca, Ca, Ca)} 2
n(A) = 1 p(A) =
1 15 = 2 = 1
P(múltiplo de 5 / maior que 7) = ou 25%
8 8 8 4
Obtém-se o mesmo resultado analisando separadamente a probabilidade da ocorrên- 15
cia de cara em cada lançamento.
Probabilidade condicionada
1
1º lançamento: p(Ca) = A ocorrência de dois eventos A e B do mesmo es-
2
1
paço amostral E com p(B) ≠ 0 denomina-se probabili-
2º lançamento: p(Ca) =
2 dade de A condicionada a B, representada por p(A/B)
1 1 1 1 1
3º lançamento: p(Ca) = p(Ca, Ca, Ca) = . . = a probabilidade de ocorrer A, dada a informação de que
2 2 2 2 8
B já ocorreu.
Probabilidade da intersecção de eventos p( A ∩ B )
Portanto: P(A/B) =
A probabilidade de obter cara nos três lançamentos p( B )
é igual ao produto das probabilidades de cada exigên-
cia. Tal fato acontece sempre que os eventos são inde- 10. (FEI—SP) Estudos revelam que determinada espécie
pendentes, ou seja, a ocorrência de cara no primeiro de arbusto nativa da Serra do Mar apresenta floração de
lançamento não interfere no possível resultado do se- cor branca com probabilidade 0,6 e de cor amarela com
gundo lançamento; este, por sua vez, não interfere no probabilidade 0,2. No restante dos casos, o arbusto não
resultado do terceiro. apresenta floração. Observando-se dois desses arbus-
Conclui-se que A, B e C são eventos independen- tos, qual a probabilidade de que pelo menos um apre-
tes do mesmo espaço amostral. sente floração amarela?
p(A ∩ B ∩ C) = p(A) . p(B) . p(C) a) 0,50 Um arbusto não apresenta floração amarela com probabi-
lidade 1 – 0,2 = 0,8
b) 0,36
Atividade 7 7. (Fuvest—SP) Uma urna contém três bolas: uma verde, Assim, a probabilidade de que dois arbustos não apresen-
A exigência é que as c) 0,42 tem floração amarela é 0,8 . 0,8 = 0,64
uma azul e uma branca. Tira-se uma bola ao acaso, re- A probabilidade de que pelo menos um deles apresente flo-
cores sejam diferen- d) 0,20
tes: a primeira bola gistra-se a cor e coloca-se a bola de volta na urna. Re- ração amarela é, portanto, 1 – 0,64 = 0,36
retirada r, de qual-
e) 0,40
pete-se essa experiência duas vezes. Qual a probabili-
quer cor; a segunda
de cor diferente da dade de serem registradas três cores distintas?
11. (Mack—SP) Dois prêmios iguais são sorteados en-
primeira; a terceira 3 2 1 2
diferente das duas P(A ∩ B ∩ C) = . . =
3 3 3 9
tre seis pessoas, sendo quatro homens e duas mulhe-
anteriores. A cada res. Supondo que a mesma pessoa não possa ganhar
retirada, registra-
se a cor da bola, os dois prêmios, a probabilidade de pelo menos um ser
8. (Vunesp—SP) Numa gaiola estão nove camundongos
e esta é devolvida homem é:
à urna. O espaço rotulados 1, 2, 3, ..., 9. Selecionando conjuntamente dois
a) 5
Como há dois prêmios para seis pessoas, têm-se C6,2 = 15
amostral, portanto, camundongos ao acaso (todos têm igual probabilidade pares de indivíduos que podem ser formados. Como exis-
não se reduz. 6 tem duas mulheres somente, em pelo menos um par não
de escolha), a probabilidade de que na seleção ambos 7 haverá homens. A probabilidade pedida, portanto, é dada
os camundongos tenham rótulo ímpar é: b)
8 por 1 –
1
=
14
p (ímpar e ímpar) = p (I ∩ I’)
a) 0,3777.. 14
15 15
Evento I = {ímpar na primeira escolha} c)
b) 0,47 5 15
n( I) = 5 p(I) =
c) 0,17 9
13
d) 0,2777... Evento I’ = {ímpar na segunda escolha, tendo saído d)
ímpar na primeira} 14
e) 0,13333....
e) 8
4
6 Matemática 2M2 n(I’) = 4 p(I’) =
8
(Note que o espaço amostral
6/8 se reduziu após a primeira retirada.)
9
5 4 5
P(I ∩ I’) = . = = 0,2777...
9 8 18
MENU PRINCIPAL
12. (FEI—SP) As fichas dos 1 000 operários de uma refi- mas. Se nesse grupo de 500 estudantes um é escolhido
Probabilidade
Teoria das probabilidades
naria são numeradas de 1 a 1 000. As fichas cujos núme- ao acaso, a probabilidade de que ele realize pelo menos
ros são múltiplos de 14 ou 24 ou de ambos pertencem a uma dessas duas atividades, isto é, pratique um tipo de
funcionários que tiveram passagem pela enfermaria com esporte ou freqüente um curso de idiomas, é:
6
sintomas de intoxicação. Qual a probabilidade de o sor- a) 18 d)
teado ser um dos que passaram pela enfermaria? 25 25
3
a) 0,122 Entre 1 e 1 000 existem 71 múltiplos de 14,41 múltiplos de
b) e) 2
b) 0,112
24 e 5 múltiplos de ambos 5 5
Os números múltiplos de 14 formam uma PA de r = 14, em
12 O número de alunos que pratica algum tipo de esporte ou fre-
c) 0,121 que a1 = 14; an = 994; n = 71 c) qüenta um curso de idiomas é 240 + 180 – 120 = 300
d) 0,107 Os números múltiplos de 24 formam uma PA de r = 24, em 25
que a1 = 24; an = 984; n = 41 A probabilidade é dada, portanto, por 300 = 3
e) 0,117 Os números múltiplos de 14 e 24 formam uma PA de r = 168, 500 5
na qual a1 = 168; an = 840; n = 5
Logo passaram pela enfermaria 71 + 41 – 5 = 107 funcio- 14. (PUC—RJ) Uma doença congênita afeta 1 em cada
107 700 homens. Numa população de um milhão de homens,
nários, e a probabilidade pedida é = 0,107
1 000 a probabilidade de que um homem, tomado ao acaso,
não seja afetado é:
13. (Vunesp—SP) Em um colégio foi realizada uma pes- a) superior a 0,99 Como a proporção se mantém tanto para 700
quisa sobre as atividades extracurriculares de seus alu- quanto para um milhão de homens, basta de-
b) igual a 0,99 terminar a probabilidade de escolher um ho-
nos. Dos 500 alunos entrevistados, 240 praticavam um c) menor que 0,98 mem não-afetado entre os 700.
tipo de esporte, 180 freqüentavam um curso de idiomas n(E) = 700
d) igual a 1 O evento A = {escolha de um homem não-
e 120 realizavam essas duas atividades, ou seja, pratica- 700 afetado} n(A) = 699
e) 1 ou 50%
vam um tipo de esporte e freqüentavam um curso de idio- P(A) = 699/700 = 0,998
2
6. (Vunesp—SP) Num grupo de 100 pessoas da O número de pares que se podem formar entre as 1 000 pessoas é dado por
zona rural, 25 estão afetadas por uma parasitose intestinal A e 11
A100,2 = 100 ! = 9 900 ⇒ n(E) = 9 900
por uma parasitose intestinal B, não se verificando nenhum caso 98 !
de incidência conjunta de A e B. Duas pessoas desse grupo são
escolhidas, aleatoriamente, uma após a outra. Determine a pro- Na dupla há uma pessoa afetada por A, e outra, por B, então o evento tem 25 . 11 ele-
babilidade de que, dessa dupla, a primeira pessoa esteja afeta- mentos.
da por A, e a segunda, por B. Logo: p(A) =
n( A )
=
275
=
1
≅ 2,8%
Matemática 2M2 7
n( E ) 9 900 36 7/8
MENU PRINCIPAL
7. Participam de um jantar 100 profissionais, sendo 20 médi- 8. Com os algarismos 1, 2, 5, 7 e 9 se formam centenas. Qual
Probabilidade
Teoria das probabilidades
cos, 30 dentistas, 12 enfermeiros, e os demais profissionais, de a probabilidade de que, escolhendo-se ao acaso uma delas, ela
outras áreas. Um prêmio será sorteado entre eles. Qual a pro- contenha o número 2 na casa da dezena?
babilidade de o sorteado ser médico ou enfermeiro? n(E) = A5, 3 = 60
20 12 32 8 12 1
p(A ∪ B) = + = = n(A) = A4, 2 = 12 p(A) = =
100 100 100 25 60 5
9. (Santa Casa—SP) Numa gaveta há dez pa- b) Qual a probabilidade de a soma dos resultados ser
res distintos de meias, mas ambos os pés de um dos pares es- maior ou igual a 16?
tão rasgados. Tirando-se da gaveta um pé de meia por vez, ao Evento A = {(4, 6, 6), (5, 5, 6), (6, 6, 6), (5, 6, 6) e suas permutações com
acaso, calcule a probabilidade de saírem dois pés de meia do repetições}
mesmo par, não-rasgados, fazendo-se duas retiradas. n(A) = 3 . P3, 2 + 1 = 10 p(A) =
10
=
5
20 pares (18 perfeitas e 2 rasgadas) 216 108
18 1 9
p(perfeita e o par) = . =
20 19 190 12. (Enem) Um apostador tem três opções para participar de
certa modalidade de jogo, que consiste no sorteio aleatório de
um número dentre dez.
1ª opção: comprar três números para um único sorteio.
2ª opção: comprar dois números para um sorteio e um número
10. (Fuvest—SP) Uma urna contém três bolas pretas e cinco para um segundo sorteio.
bolas brancas. Quantas bolas azuis devem ser colocadas nes- 3ª opção: comprar um número para cada sorteio, num total de
sa urna, de modo que, retirando-se uma bola ao acaso, a pro- três sorteios.
I. Se X, Y, Z representam as probabilidades de o aposta-
babilidade de ela ser azul seja igual a 2 ?
3 dor ganhar algum prêmio, escolhendo, respectivamen-
E = {3 pretas, 5 brancas, x azuis} n(E) = 8 + x te, a 1ª, a 2ª ou a 3ª opções, é correto afirmar que:
x
=
2 a) X < Y < Z
P(azul) = x = 16
8+x 3 b) X = Y = Z
c) X >Y = Z
d) X = Y > Z
e) X > Y > Z
Anotações
Teste 12 I
Cálculo de X: se o apostador concorrer com três números ao mesmo prêmio, ele terá três chances em dez de ganhar, ou seja, 30%. Isso poderia ser calculado de outra
forma, pensando nas chances de perder. Se ele concorrer com apenas três números, terá sete chances em dez de perder, ou seja, 70%. As chances de ganhar são dadas
por 100% menos as chances de perder, portanto 30%. Cálculo de Y: se interessar ganhar o prêmio em qualquer dos dois sorteios, a única situação desfavorável é aquela
em que o apostador perderá nos dois sorteios. As chances de que isso aconteça são dadas por:
— perder no primeiro sorteio → P = 8/10 = 80%
— perder no segundo sorteio → P = 9/10 = 90%
Probabilidade de perder nos dois sorteios: P = 80% . 90% = 72%
As chances de que o apostador ganhe em um dos dois sorteios é, portanto:
P = 100% – 72% = 28%
Cálculo de Z: se interessar ganhar o prêmio em qualquer dos três sorteios, a única situação desfavorável é aquela em que ele perderá nos três. As chances de que isso
aconteça são dadas por:
— perder no primeiro sorteio → P = 9/10 = 90%
— perder no segundo sorteio → P = 9/10 = 90%
— perder no terceiro sorteio → P = 9/10 = 90%
Probabilidade de perder nos três sorteios: 90% . 90% . 90% = 72,9%
Assim, a probabilidade de o apostador ganhar em algum dos sorteios é dada por
8 Matemática 2M2 100% – 72,9% = 27,1%
8/8 Conclusão: X > Y > Z
MENU PRINCIPAL
Binômio de
Um casal planejou ter dois filhos. Qual a probabili- Como cada nascimento independe de nascimentos
dade de nascerem um menino e uma menina? anteriores:
1
E dois meninos? E duas meninas? p(MM) = p(M) . p(M) = p . p = p 2 =
4
Como você fez para descobrir?
Compare sua resposta com a dos colegas e discuta p(MF) = p(M) . p(F) = p . q = 1
4
com eles as soluções encontradas.
1
Utilizando o método do produto de probabilidades, p(FM) = p(F) . p(M) = q . p =
4
sabe-se qual a probabilidade de todas as crianças se-
1
rem meninos ou todas meninas. Representando por M p(FF) = p(F) . p(F) = q . q =
4
o nascimento de meninos, por F o nascimento de me-
A probabilidade total é 1.
ninas e omitindo a possibilidade de nascimento de gê-
Desprezando a ordem de nascimentos:
meos ou de múltiplos.
p2 + 2pq + q2 = 1
Probabilidade de que todas sejam meninas, visto o
resultado de cada nascimento ser independente do re- p2 + 2pq + q2 pode ser escrito na forma (p + q) 2
sultado de outros nascimentos prévios na mesma famí- Portanto:
1 1 1
lia: . = — a probabilidade de nascerem dois meninos é p2, ou
2 2 4 1
Na mesma família, considerando o nascimento de seja,
4
crianças com sexos diferentes, ou seja, uma menina e um
— a probabilidade de nascerem um menino e uma me-
menino ou o inverso, um menino e uma menina: 1 Matemática 2M2 1
1 nina é 2pq, ou seja,
p(M) = p = 2 1/20
2
1 — a probabilidade de nascerem duas meninas é q2, ou
p(F) = q = 1
2 seja,
p+q=1 4
E = {MM, MF, FM, FF}
MENU PRINCIPAL
Introdução
Binômio de Newton e matrizes
Binômio de Newton
Para o cálculo das probabilidades anteriores, usa- p(MFF) = p(M) . p(F) . p(F) = p . q . q = pq2
se o método binomial, sendo necessário conhecer as p(FMF) = p(F) . p(M) . p(F) = q . p . q = pq2
potências do binômio (p + q)n, também chamado binô- p(FFM) = p(F) . p(F) . p(M) = q . q . p = pq2
mio de Newton. p(FFF) = p(F) . p(F) . p(F) = q . q . q = q3
(p + q)1 = 1p + 1q Desprezando a ordem de nascimento, qual o novo
(p + q)2 = 1p2 + 2pq + 1q2 espaço amostral obtido?
(p + q)3 = 1q3 + 3p2q + 3pq2 + 1q3 O espaço amostral fica reduzido a E = {MMM, MMF, MFF, FFF}
(p + q)4 = 1q4 + 4p3q + 6a2b2 + 4pq3 +1q4
Quais as probabilidades correspondentes?
Os coeficientes constituem os elementos do triângulo
p(MMM) = p3
de Pascal (números binomiais).
1 p(MMF) = 3p2q
1 1 p(MFF) = 3pq2
1 2 1 p(FFF) = q3
1 3 3 1 Qual o binômio que podemos representar utilizando
1 4 6 4 1 os coeficientes?
1 5 10 10 5 1
As quatro probabilidades são os termos do binômio (p + q)3
. . . . . . . Ou seja: q3 + 3p2q + 3pq2 + q3
. . . . . . .
. . . . . . .
2. Dados dois números naturais n e p, com n
p, deno-
Também pode ser escrito assim: n
mina-se número binomial n sobre p, indicado por , o
0 p
(0 ) número definido por
1
(0 ) ( 11 ) n
=
n!
2 p p !( n − p )!
(0 ) ( 21 ) 2
( )
2
3 n é o numerador e o número p, o denominador do
(0 ) ( 31 ) 3
( )
2 ( 33 ) binomial.
(4
0 ) ( 41 ) ( )
4
2 ( 43 ) ( 44 ) Como Cpn = n!
.. .. .. .. .. . . p !( n − p )!
. . . . . . n
Tem-se: = Cn
p
( n0 ) ( n1 ) ( n2 ) ( n3 ) ( 4 ) . . . ( nn )
n p
.. .. .. .. .. . Utilizando essa definição, calcule os números bino-
. . . . . . . . .. miais.
8 n! 8! 8 . 7 . 6 . 5 . 4!
a) = = = = 70
Logo: p !( n − p )! 4 !( 8 − 4 )!
2 2 2 2 4 4! . 4 . 3 . 2 . 1
1p2 + 2pq + 1q2 = p2 + pq + q =
0
1 2 9 n! 9! 9 . 8 . 7 . 6!
(p + q)2 = 12 = 1 b) = = =
p !( n − p )! 3 !( 9 − 3 )! 3 . 2 . 1 . 6 !
= 84
3
Nesta unidade estudaremos o desenvolvimento de
um binômio do tipo (p + q) n — binômio de Newton.
n n!
c) = =1
0 !n !
0
1. Numa família com três crianças, utilizando
n n! n ( n − 1)!
a mesma notação do exemplo da abertura d) = = =n
1!( n − 1)! 1( n − 1)!
deste capítulo, quais as possibilidades de nascimento 1
de meninos e meninas?
E = {MMM, MMF, MFM, FMM, MFF, FMF, FFM, FFF}
n n! n!
e) = =
n !( n − n )! n ! 0 !
=1
n
Utilizando o produto das probabilidades, calcule a
2 Matemática 2M2 probabilidade correspondente. f)
6 6! 6! 6 . 5 . 4 . 3 ! 120
2/20 = = = = = 20
p(MMM) = p(M) . p(M) . p(M) = p . p . p = p 3 3
3 !( 6 − 3 )! 3 ! 3 ! 3 ! . 3 . 2 . 1 6
( 10 ) ( 11 ) n
Tem-se: =
n!
(I)
p p !( n − p )!
( 20 ) ( 21 ) ( 22 )
( 30 ) ( 31 ) ( 32 ) ( 33 ) n
=
n!
=
n!
( II )
− ( n − p )!p !
( 40 ) ( 41 ) ( 42 ) ( 43 ) ( )
4
4
n p ( n − p )!
n − ( n − p )
!
.. .. .. .. .. . .
. . . . . . Comparando (I) e (II):
n n
( n0 ) ( n1 ) ( n2 ) ( n3 ) ( n4) . . . ( nn ) =
.. .. .. .. .. . p n − p
. . . . . . . . ..
Nessa disposição, colocam-se os binomiais de
denominadores iguais na mesma coluna e de numera-
dores iguais na mesma linha. 1. Resolva as equações binomiais.
Substituem-se os números binomiais no triângulo pe- 7 7
los respectivos valores. =
1 2x x + 4
1 1 Sabendo que os números binomiais são iguais:
1 2 1
1º) 2x = x + 4 ⇒ 2x – x = 4 ⇒ x = 4
1 3 3 1
1 4 6 4 1 ou
1 5 10 10 5 1 2º) 2x + x + 4 = 7 ⇒ 3x + 4 = 7 ⇒ 3x = 7 – 4 ⇒
. . . . . . . ⇒ 3x = 3 ⇒ x = 1
. . . . . . . Para x = 4:
. . . . . . .
7 7
= ⇒ taxas iguais
PROPRIEDADES DOS NÚMEROS BINOMIAIS 8 8
Números binomiais complementares Para x = 1:
Dois números binomiais de mesmo numerador são 7 7
complementares quando a soma dos denominadores é = ⇒ taxas complementares
2 5
igual ao numerador.
S = {1, 4}
1. Resolva as equações. 14 14
15 15 b) =
a) = 3p p + 6
2 x − 1 x + 4
Sendo os números binomiais iguais: Binomiais iguais: Binomiais complementares:
1º) 2x – 1 = x + 4 ⇒ x = 5 ou 3p = p + 6 3p + p + 6 = 14
2º) 2x – 1 + x + 4 = 15 ⇒ x = 4 2p = 6 4p + 6 = 14
p=3 4p = 8
15 15
Para x = 5: = ⇒ taxas iguais p=2
9 9 Logo: s = {3, 2} Matemática 2M2 3
15 15
Para x = 4: = ⇒ taxas complementares
7 8
3/20
Logo: S = {4, 5}
MENU PRINCIPAL
Relação de Stifel
ce negativo.
MENU PRINCIPAL
4
b) (x – 3y)4
Calcule o termo m6 no desenvolvimento m2 + m
10
7. Determine o termo independente de x de x − 1
x
n
Termo geral: Tp+1 = . x n − p . yp
p
Logo:
1 −1
9. (UNI-BH—MG) Ao desenvolver totalmente (x + 1) 50, o co-
10
Tp + 1 = . ( x 2 )10 − p . ( −1)p . ( x 2 )p = eficiente do termo de grau 2 será:
p a) 1 50
10 p −p
10 b) 30 Tp+1 = x50–p . 1p
p
−
= . ( −1)p . x 5 2 . x 2 ⇒ = . ( −1)p . x 5 − p c) 1 225
p p Para que o grau seja 2:
d) 19 600
O desenvolvimento terá x0 quando 50 – p = 2 ⇒ p = 48
5–p=0⇒p=5
e) 230 300
50
10 T49 = x2 ∴ 1 225x2
Então: T6 = . x 0 . ( −1)5 = − 252 48
5 Logo, o coeficiente é 1 225.
5
10. (Mack—SP) No desenvolvimento de a + 2 , 11. (PUC—SP) Se, no desenvolvimento do binômio (a + x) n, o
2 coeficiente binomial do quarto termo é igual ao do nono termo,
feito segundo expoentes decrescentes para a, ache o quarto ter- então n é igual a:
mo. a) 8 n n −p p
n=5 n
a b) 9 Termo geral do desenvolvimento de (a + x) : Tp+1 = p . x . y
Tem-se: p + 1 = 4 ⇒ p = 3 e x =
2 c) 10
n n
y = 2 d) 11 Logo: T = T
8+1 = 8 x . a
3 n–3 ⇒ T = T 8 n–8
4 3+1 = x . a 9
Termo geral: e) 12 3
8 Matemática 2M2 n Como o coeficiente binomial de T4 é igual ao T9, tem-se:
8/20 Tp+1 = . x n − p . yp
p
n n
= ⇒ n = 8 + 3 ∴ n = 11 (são complementares)
5 −3 3 8
5 a a2
Então: T4 = . ( 2 )3 . ⇒ 10 . 2 2 . ⇒ T4 = 5 2a2
3
2 4
MENU PRINCIPAL
12. (UFRN) O termo independente de x no desenvolvimento de 15. (UFRGS—RS) O termo independente de x no desenvolvi-
3 !( n + 2 ) . ( n + 1) n ! 5 . 4 . 3 !( n )!
2p + q = 2 ⇒ ou
3 1
= p=1eq=0
n2 + 3 n + 2 10
n2 + 3n + 2 – 30 = 0 Para p = 0 e q = 2, tem-se:
n2 + 3n – 28 = 0 Tp+1 . Tq+1 = C05 . C10
2
. 10 . 22 . x18 = 180x18
n1 = 4 ou n2 = –7
Como n ∈ N, então n = 4 Para p = 1 e q = 0, tem-se:
Tp+1 . Tq+1 = C15 . C10
0
. 11 . 20 . x18 = 5x18
Portanto o coeficiente de x18 é 180 + 5 = 185
Isaac Newton
Tomando a matemática desde o início do mundo até o tempo de Newton, o que ele fez é de longe a melhor metade.
Leibniz
Isaac Newton nasceu prematuramente no dia de Natal de 1642 em Woolsthorpe, no interior da
Inglaterra. De origem humilde, em 1661 ingressou no Trinity College, Cambridge, onde executava
trabalhos domésticos para os colegas da faculdade para pagar suas despesas.
Newton não mostrou especial capacidade nos seus primeiros anos em Cambridge, embora te-
nha lido, dentre outros livros, trabalhos sobre óptica e matemática, assim como Princípios de Filo-
sofia, de Descartes, e Diálogo sobre os Dois Sistemas do Mundo, de Galileu. Newton deveria então Matemática 2M2 9
preparar-se para o diploma de mestre, mas em dezembro de 1664 a peste bubônica fez com que 9/20
a universidade onde estudava fechasse. Durante esse período, Newton foi para casa para viver e
pensar. Foi então que saíram muitas de suas contribuições às ciências, como o cálculo diferencial,
a lei da gravitação universal, o estudo da natureza, das cores e o teorema binomial. Newton foi um
gênio em matemática, física e mecânica, porém sua paixão era a teologia e a química.
MENU PRINCIPAL
Carrinhos 10 8 Carrinhos 4 2
Jogos 16 14 Jogos 6 10
678
Possui todos os elementos iguais a zero. 2i + j, se i
j
aij = , obtenha At.
0 0 i – j, se i < j
A = a11 a12 a13
0 0 Como A = , tem-se: a11 = 2 . 1 + 1 = 3
a 21 a 22 a 23
a12 = 1 – 2 = –1
MATRIZ DIAGONAL a13 = 1 – 3 = –2
a21 = 2 . 2 + 1 = 5
Quando uma matriz quadrada de ordem n possui os a22 = 2 . 2 + 2 = 6
elementos que não pertencem à diagonal principal igual a23 = 2 – 3 = –1
3 5
a zero, ela é matriz diagonal. 3 −1 −2
Então: A = Assim, a transposta de A é: A t = −1 6
5 6 − 1 −2 −1
1 0 0
4 0
A = 0 3 0 B =
0 0 5 0 3
IGUALDADE DE MATRIZES
Calcule a soma dos elementos da diagonal secun- Duas matrizes, A e B, são iguais, se todos os ele-
dária da matriz A = (a ij)3x3, definida por mentos de A são iguais aos correspondentes em B. Re-
presenta-se por A = B
678
aij = 3i + j, se i j
i + 2j, se i > j 3 6 3 6
Se A = e B = , então A = B
Sabendo que os elementos da diagonal secundária da matriz quadrada de ordem 9 1 9 1
três são a13, a22, a31:
a13 = 3 . 1 + 3 = 6
a22 = 3 . 2 + 2 = 8
a31 = 3 + 2 . 1 = 5
Logo a soma dos elementos é 6 + 8 + 5 = 19
1. Determine os números reais x e y, tais que
x + y 1 3 1
MATRIZ TRANSPOSTA =
− 5 x − y −5 −1
Matriz transposta é aquela obtida com a troca das li-
nhas pelas colunas de uma matriz A do tipo m x n, indi- Fazendo x + y = 3 e x – y = –1:
cada por At. x + y = 3
x − y = − 1
3 2 2x = 2
3 5 7 t = 5 9
A= ⇒ A x=1
2 9 1 7 1 x+y=3
1+y=3
Determine a transposta da matriz A = (a ij)2x4, tal que y=2
Logo: x = 1 e y = 2
678
Adição de matrizes
Nas tabelas, verifique a produção de uma indústria de calçados nos meses de novembro e dezembro.
Novembro Dezembro
Modelo Modelo
A B A B
12 Matemática 2M2 Gênero Gênero
12/20 Feminino 350 298 Feminino 247 270
Masculino 457 356 Masculino 530 325
Infantil 398 432 Infantil 380 422
MENU PRINCIPAL
Qual a produção do último bimes-
Subtração de matrizes
Sendo A e B duas matrizes do tipo m x n, a matriz A + (–B) é denominada diferença entre A e B.
A – B = A + (–B)
4 −5 −2 9 4 + 2 −5 − 9 6 −14
Se A = e B = , então A − B = =
3 − 8 − 4 1 3 + 4 −8 − 1 7 −9
Carro X Carro Y 4 + a = –4 – a ⇒ 2a = –8 ∴ a = –4
b + 2 = –b – 2 ⇒ 2b = –4 ∴ b = –2
Peça A 4 3 2c – 8 = –2c + 8 ⇒ 4c = 16 ∴ c = 4
Em termos matriciais:
4 3
Matriz peça-carro = 3 5
6 2
2 4 3
Matriz carro-versão =
3 2 5
Determine a matriz peça-versão.
A matriz peça-versão é igual ao produto das matrizes X “peça-carro” por “carro-
versão”. Logo:
4 3 17 22 27
2 4 3
3 5 . = 21 22 34
6 2 3 2 5 18 28 28
20 Matemática 2M2
20/20
Sistemas
MENU PRINCIPAL
lineares
2. Numa partida de futebol, dois times marcam juntos 5 gols. Quantos gols marcou cada time?
Denominando x e y o número de gols de cada time: x + y = 5 (equação com duas incógnitas).
3. Resolva:
Dois ônibus partem da cidade A em direção à cidade B, deslocando-se no mesmo sentido e com velocidades cons-
tantes de 80 km/h. No instante t = 0, o primeiro ônibus encontra-se no quilômetro 20 da estrada, e o segundo, no qui-
lômetro 50. Em que quilômetro da
estrada o primeiro ônibus encontra
o segundo?
Escreva a equação horária que km km
20 50
representa o movimento de cada ôni-
bus. Lembre-se de que s = s0 + vt
Equação horária do primeiro ônibus: s = 20 + 80t — Equação horária do segundo ônibus: s = 50 + 80t
Com as equações que você encontrou, monte um sistema de equações e calcule o quilômetro onde os dois ôni-
bus se encontram.
Método da adição:
s = 20 + 80 t
s = 20 + 80 t
s = 50 + 80 t
− s = − 50 + 80 t
0 = –30 ⇒ O sistema é impossível de ser resolvido, portanto o primeiro ônibus nunca alcançará o segundo.
Comparando os três problemas propostos, o que você observou em relação aos resultados encontrados?
Matemática 2M2 1
1/16
Conforme o problema proposto, encontra-se uma única solução, várias ou nenhuma solução.
MENU PRINCIPAL
Equações lineares
Sistemas de equações lineares e determinantes
Sistemas lineares
A equação 2x + 6y – 7z = 12 é linear, na qual:
— os coeficientes são 2, 6 e –7;
— as incógnitas são x, y e z;
— o termo independente é 12.
Representa-se a equação linear sob a forma a 1x1 + a2x2 + a3x3 +… +anxn = b, em que a1, a2, a3, …, an são nú-
meros reais, os coeficientes das variáveis, e b é o termo independente.
Equações lineares:
a) 3x + 2y = 11
Uma solução para essa equação é o par ordenado (1, 4), pois a sentença 3 . 1 + 2 . 4 = 11 é verdadeira.
b) 8x – y + 3z = –1
Uma solução para essa equação é o termo ordenado (0, 4, 1), pois a sentença 8 . 0 – 4 + 3 . 1 = –1 é ver-
dadeira.
Portanto:
A solução da equação linear a 1x1 + a2x2 + a3x3 +…+ anxn = b é toda ênupla (seqüência de n elementos) de
números (α1, α2, ..., αn ), tal que a sentença a 1α1 + a2α2 + ... + a nαn = b seja verdadeira.
Sistemas lineares
Sistema linear é todo aquele formado por equações
lineares. R$ 50,00
x + y = 5
a) é um sistema de duas equações com
2 x − y = 1
duas incógnitas.
x + y − z + t = 2
b) 2 x + y + z − 2 t = 1 é um sistema linear de três
x − y + z + 2 t = 6
equações com quatro incógnitas.
De modo geral, representa-se o sistema linear de m R$ 36,00
equações com n incógnitas por
a11x1 + a12 x 2 + ... + a1n x n = b1
a 21x1 + a 22 x 2 + ... + a 2 n x n = b2
S=
............ ........................................
a m1x1 + a m 2 x 2 + ... + a mn x n = bm Conforme os anúncios, qual o preço de cada borra-
cha, lápis e caneta?
Em que: Para resolver o problema, monta-se um sistema de equações, representando a bor-
— x1, x2, ..., xn são as incógnitas; x + 2 y + 3 z = 23, 50
— aij são os coeficientes; racha por x, o lápis por y e a caneta por z: 2 x + 5 y + 6 z = 50
— bi são os termos independentes. 2 x + 3 y + 4 z = 36
A solução do sistema linear é aquela comum a todas x + 2 y + 3 z = 23, 50 → x = 23, 50 − 2 y − 3 z
as equações do sistema. O conjunto de todas as soluções
2 x + 5 y + 6 z = 50
do sistema é o conjunto-solução ou conjunto-verdade. 2 x + 3 y + 4 z = 36
2x + 5y + 6z = 50
2( 23,50 – 2y – 3z ) + 5y + 6z = 50
47 – 4y – 6z + 5y + 6z = 50
y = 50 – 47
1. Observe os anúncios. y=3
x = 23,50 – 2y – 3z
x = 23,50 – 6 – 3z
x = 17,50 – 3z
2x + 3y + 4z = 36
2(17,50 – 3z) + 3y + 4z = 36
35 – 6z + 9 + 4z = 36
Matemática 2M2 3
3/16
MENU PRINCIPAL
Determinantes
Sistemas de equações lineares e determinantes
Sistemas lineares
DETERMINANTE DE MATRIZ Exemplo: 3 4 3
QUADRADA DE ORDEM 1
Calcule o determinante D da matriz 1 5 6
O determinante da matriz A = [a11], indicado por det A 2 1 2
ou |a 11 |, é o próprio elemento a 11 .
det A =|a 11|= a11 –(2 . 5 . 3) = –30
Exemplo: A = [5], então det A = 5 –(1 . 6 . 3) = –18
–(2 . 1 . 4) = –8
DETERMINANTE DE MATRIZ 3 4 3 3 4
QUADRADA DE ORDEM 2 Tem-se: 1 5 6 1 5
Seja A a matriz quadrada de ordem 2. O determinante
2 1 2 2 1
da matriz A é igual à diferença entre o produto dos ele-
mentos da diagonal principal e o produto dos elementos 3.1.1=3
da diagonal secundária. 4 . 6 . 2 = 48
Representando o determinante da matriz A por 3 . 5 . 2 = 30
a11 a12 det D = 25
det A = = a11 . a22 – a12 . a21
a 21 a 22
3 5 3 5
Se A = , então det A = =3.4–2.5= 1. Calcule os determinantes de cada matriz.
2 4 2 4
= 12 – 10 = 2 4 5
a) A =
7 9
DETERMINANTE DE MATRIZ 4 5
det A = =4.9–5.7
QUADRADA DE ORDEM 3 a11 a12 a13 7 9
det A = 36 – 35
Define-se o determinante da matriz A = a 21 a 22 a 23 det A = 1
a 31 a 32 a 33
−3 4
b) B =
como sendo: a11 . a22 . a33 + a12 . a23 . a31 + a13 . a21 . 6 −2
a 32 – a 31 . a 22 . a 13 – a32 . a23 . a11 – a33 . a21 . a12
−3 4
Para facilitar o cálculo, utiliza-se a regra prática de det B = = (–3) . (–2) – 4 . 6
6 −2
Sarrus.
det B = 6 – 24
— Copia-se o determinante e repetem-se as duas pri- det B = –18
meiras colunas à direita da matriz;
— Multiplicam-se os três elementos da diagonal princi- 2. Calcule os determinantes usando a regra de Sarrus.
pal e os paralelos a essa diagonal; 2 3 5
— Multiplicam-se os três elementos da diagonal secun- a) 1 −1 2
dária e os das paralelas a essa diagonal, trocando o
3 4 3
sinal dos produtos;
2 3 5 2 3
— Adicionam-se os produtos obtidos.
1 −1 2 1 −1
Observe o esquema: 3 4 3 3 4
det A = 15 – 16 – 9 – 6 + 18 + 20 = 22
– a31 . a22 . a13 Logo: det A = 22
– a32 . a23 . a11
– a33 . a21 . a12 4 5 −3
a11 a12 a13 a11 a12 b) 2 1 0
a 21 a 22 a 23 a21 a22 3 −1 1
Adicionar
a 31 a 32 a 33 a31 a32
4 5 −3 4 5
a13 . a21 . a32 2 1 0 2 1
a12 . a23 . a31 3 −1 1 3 −1
a11 . a22 . a33 det B = 9 + 0 – 10 + 4 + 0 + 6 = 9
4 Matemática 2M2
det A Logo: det B = 9
4/16
MENU PRINCIPAL
Teorema de Laplace
1
2 5 1
5 Calcule o determinante da matriz.
b) B = det B = 2 1 1
= . −5.
2
2 1 2 1 2 6 3
3 1 −2 1
3 6 3 6
1 10 5 2 2 3
det B =
12
−
3
A=
7 4 −5 0
−13
det B =
4 1 −1 11 2
−13
Logo det B =
4 Para facilitar essa resolução, escolhe-se a linha ou
coluna que possua a maior quantidade de zeros. No
caso, a coluna 4.
2. Aplique a regra de Sarrus e calcule o valor dos de- Aplicando o teorema de Laplace:
terminantes. det A = 1 . c14 + 3 . c24 + 0 . c34 + 2 . c44
2 3 −1
det A = c14 + 3 . c24 + 2 . c44
a) 5 2 0
1 4 −3 Calculando:
5 2 2 5 2
2 3 −1 2 3
c14 = (–1)1+4 . 7 4 −5 7 4 =
5 2 0 5 2 = –12 + 0 – 20 + 2 + 0 + 45 = 15
1 4 −3 1 4 1 −1 11 1 −1
−2 1 3 −2 1 3 1 −2 3 1
−5 2 1 −5 2 = –24 + 30 – 18 – 4 + 30 = 17 c24 = (–1)2+4 . 7 4 −5 7 4 =
3 −2 6 3 −2 1 −1 11 1 −1
Escolhendo qualquer linha ou coluna (no caso foi escolhida a coluna 3) e apli- 0 0 0
cando Laplace:
1 . c13 + (–5) . c23 + 4 . c33, isto é, c13 –5 . c23 + 4 . c33 b) 1 2 4 =0
2 1 4 3 1
c13 = (–1)1+3 . =
7 −3
= 1 . [2 . (–3) – 1 . 7] = 1 . [–6 – 7] = 1 . (–13) = –13 2ª propriedade
Se A é uma matriz quadrada, então det A = det At
3 −1
c23 = (–1)2+3 . =
7 −3
1 2
= (–1) . [ 3 . (–3) – (–1) . 7] = (–1) . [–9 + 7] = (–1) . (–2) = 2 a) A=
3 4
3 −1
c33 = (–1)3+3 . = 1 3
2 1
At =
= 1 . [3 . 1 – (–1) . 2] = 1 . [3 + 2] = 1 . 5 = 5 2 4
x + y = 2
é sistema linear que admite como única solução o par ordenado (3, –1).
x − y = 4
b) Sistema possível e indeterminado (SPI) é todo sistema que admite mais de uma solução. Se o sistema ad-
mite mais de uma solução, então admite infinitas soluções.
2 x + y = 5 é um sistema linear que admite mais de uma solução: (2, 1), (0, 5), ..., etc.
4 x − 2 y = 10
c) Sistema impossível (SI) é todo sistema linear que não admite solução.
x + y = 1
é um sistema que não tem solução, pois não existem dois números x e y cuja soma seja igual a
x + y = 2
1 e, ao mesmo tempo, igual a 2.
D x = −2 −2 1 −2 −2 = Dx =
11 −3
= 55 – 3 = 52
−1 5
0 0 1 0 0
4 11
= –10 + 0 + 0 + 0 + 0 + 2 = –8 Dy =
2 −1
= –4 – 22 = –26
Dx 52
2 5 −1 2 5 Logo: x = = =2
D 26
D y = 3 −2 1 3 −2 = –4 + 5 + 0 – 2 – 15 = –16 Dy −26
1 0 1 1 0 Y= = = –1
D 26
Portanto: S = {(2, –1)}
2 1 5 2 1
Dz = 3 −2 −2 3 −2 = 0 – 2 + 0 + 10 + 0 + 0 = 8
1 0 0 1 0 x + y − z = −5
b)
2 x + y + z = −1
Segue, então, que: 4 x + 2 y − z = −11
Dx −8
x= = =1 1 1 −1
D −8 D= 2 1 1 =3
Dy −16 4 2 −1
y= = =2
D −8 −5 1 −1 −5 1
D 8 D x = −1 1 1 −1 1 = − 6
z= z = = −1
D −8 −11 2 −1 −11 2
1 −5 −1 1 −5
Logo: S = {(1, 2, –1)}
D y = 2 −1 1 2 −1 = 0
kx + y = 1 − k 4 −11 −1 4 −11
2. Determine k para que o sistema seja
x + ky = 0 1 1 −5 1 1
possível e determinado. D z = 2 1 −1 2 1 = 9
Para que o sistema seja possível e determinado, é ne- 4 2 −11 4 2
1 1 1 1 1
D = 2 −3 5 2 −3 = 9 + 20 + 14 + 12 – 35 +
4 7 −3 4 7 + 6 = 26
da trivial, deve ser possível e indeterminado (SPI). Para Como D ≠ 0, o sistema é SPD.
que o sistema homogêneo S seja possível e indetermi-
nado, é preciso ter D = 0, em que D é o determinante
dos coeficientes de D.
a2 1 3 x + y + 5 z = 0
D= =0
1 1 c) x − y − z = 0
2 x + y + 4 z = 0
a2 1
D= ⇒ a2 – 1 = 0
1 1 3 1 5 3 1
⇒ a2 = 1 1 −1 −1 1 −1 = –12 – 2 + 5 + 10 + 3 – 4 = 0
⇒ a = ±1 2 1 4 2 1
Matemática 2M2 9
9/16
MENU PRINCIPAL
Discussão de sistemas (teorema de Rouché-Capelli)
Sistemas de equações lineares e determinantes
Sistemas lineares
Considerando o sistema com m equações e n in- Em caso de sistema possível, ele pode ser ainda:
cógnitas: a) determinado, se p = n, significando que o siste-
a11x1 + a12 x 2 + ... + a1n x n = b1 ma apresenta uma única solução;
b) indeterminado, se p < n, significando que o sis-
a 21x1 + a 22 x 2 + ... + a 2 n x n = b2
S= tema tem infinitas soluções.
............ .....................................
a m1x1 + a m 2 x 2 + ... + a mn x n = bm
Forma-se por S a matriz incompleta dos coeficien-
tes das incógnitas. 1. Discuta os sistemas a seguir.
a11 a12 ... a1n 2 x + y + z = 3
a 21 a 22 ... a 2 n a) 4 x − 2 y + z = 5
MI = x − y = 2
... ... ... ...
a m1 a m 2 ... a mn Inicialmente, monta a matriz incompleta formada pe-
Suprimindo linhas e colunas, obtêm-se vários de- los coeficientes das incógnitas, em que m = 3 e n = 3
terminantes. 2 1 1
Determinante principal (Dp) é aquele não-nulo de maior
MI = 4 −2 1
ordem obtido da matriz MI. Se houver mais de um determi- 1 −1 0
nante satisfazendo essas condições, escolhe-se arbitraria-
mente um deles para determinante principal. Sendo p a or- A seguir, obtém-se o determinante principal Dp
dem do determinante principal, então p m ou p n Como a matriz é quadrada de ordem 3, então o de-
Como é sempre possível alterar a ordem das equa- terminante de maior ordem que se extrai da MI é
ções e das incógnitas, escreve-se o sistema S de tal 2 1 1
modo que os elementos do determinante principal Dp Dp = 4 −2 1 = 1
sejam coeficientes das p primeiras incógnitas e p pri-
1 −1 0
meiras equações.
Como o determinante não é nulo, isto é, D p ≠ 0, en-
a11 a12 ... a1p
tão não existem determinantes característicos. Portanto
a 21 a 22 ... a 2 p o sistema é possível e, com p = n = 3, o sistema é de-
Dp =
... ... ... ... terminado.
a p 1 a p 2 ... a pp Logo o sistema é SPD.
As incógnitas cujos coeficientes figuram no determi-
nante são as incógnitas principais, e as equações que 5 x + 8 y − 6 z = 14
possuem tais coeficientes, equações principais. As de- b)
2 x + 3 y − 2 z = 6
mais equações denominam-se secundárias. x + y = 4
Determinante característico (Dc) é aquele obtido pelo
determinante principal Dp, ao qual se acrescentam: Sendo m = 3 e n = 3, forma-se a matriz dos coefi-
— uma linha formada pelos coeficientes de uma equa- cientes das incógnitas:
ção secundária; 5 8 −6
— uma coluna formada pelos termos independentes. MI = 2 3 −2
A ordem do Dc será sempre p + 1 1 1 0
Existem tantos determinantes característicos quantas
Como a matriz MI é quadrada de ordem 3, então o
são as equações secundárias.
determinante de maior ordem é
Se o número de equações é igual à ordem do deter-
minante principal, ou seja, se m = p (m n), não haverá 5 8 −6
determinantes característicos. Dp = 2 3 −2 = 0
1 1 0
Teorema de Rouché-Capelli
Como Dp deve ser diferente de zero, não se consi-
Dado um sistema de m equações lineares com n incóg-
dera esse determinante como principal. Portanto, se ob-
nitas, em que p é a ordem do determinante principal:
tém outro determinante de 2ª ordem, visto não haver ou-
— o sistema é possível, se todos os determinantes ca-
10 Matemática 2M2 tro de 3ª.
racterísticos forem nulos ou se não existir Dc;
10/16 — o sistema é impossível, se pelo menos um dos Dc Assim: Dp =
5 8
= −1
2 3
for diferente de zero.
MENU PRINCIPAL
Como esse determinante difere de zero, então é o Dp Obtém-se a solução do sistema considerando as
5 −2 2
Dc = 3 1 −1 = 15 + 8 − 18 − 8 − 15 + 18 = 0
4 −3 3
1. Discuta e resolva os sistemas.
x − y − 2 z = 1 Como Dc = 0, o sistema é possível e, p < n, indeterminado. SPI.
a) Resolução:
− x + y + z = 2 A incógnita arbitrada é z, logo:
x − 2 y + z = −2
5 x − 2 y = 2 − 3 z
Discussão: 3 x + y = − 1 − 4 z
1 −1 −2 5 −2
D= = 11
MI = −1 1 1 3 1
1 −2 1
2 − 3 z −2
Dx = = 2 − 3 z − 2 − 8 z = − 11z
−1 − 4 z 1
1 −1 −2
5 2 − 3z
Dp = −1 1 1 = 1 − 1 − 4 = 2 + 2 − 1 = − 1 Dy = = − 5 − 20 z − 6 + 9 z = − 11 − 11z
3 −1 − 4 z
1 −2 1
Dx −11z
Dp ≠ 0 ⇒ p = 3 x= = ∴ x = −z
D 11
∃ Dc ⇒ SP Dy − 11 − 11z
y= = ∴ y = −1 − z
Como p = n = 3, o sistema é determinado, portanto SPD. D 11
Logo S = {(–z, –1, –z, z)}
Resolução:
1 −1 −2
Dp = −1 1 1 = − 1
1 −1 1
2. Discuta o sistema a seguir nas incógnitas x e y, em
função do parâmetro real m.
1 −1 −2 2 x + 3 y = 2
mx + 6 y = 1
Dx = 2 1 1 = 1 + 2 + 8 − 4 + 2 + 2 = 11
−2 −2 1
2 3
MI =
1 1 −2 m 6
D y = −1 2 1 = 2 + 1− 4 + 4+ 2 + 1= 6 2 3
Dp = = 12 − 3 m
1 −2 1 m 6
Se Dp ≠ 0 ⇒ 12 − 3 m ≠ 0 ∴ m ≠ 4
1 −1 1 ∃ Dc ⇒ SP
D z = −1 1 2 = − 2 − 2 + 2 − 1 + 4 + 2 = 3
Sendo p = n = 2, então é determinado.
1 −2 −2 Logo SPD para m ≠ 4
Dx 11 Se Dp = 0 ⇒ 12 – 3m = 0 ⇒ m = 4
x= = ∴ x = − 11 Dp = |2| = 2 ⇒ p = 1
D −1
Dy 2 2
6 Dc = = 2 – 8 = –6
y= = ∴ y = −6 4 1
D −1
D 3 Como Dc ≠ 0, então o sistema é imposível.
z= z = ∴ z = −3 Resumindo:
D −1
∀m, m ∈ R, deduz-se que:
Logo, S = {(–11, –6, –3)}
Se m ≠ 4 ⇒ SPD
12 Matemática 2M2 Se m = 4 ⇒ SI
12/16
MENU PRINCIPAL
5.
(Cescem—SP) Sendo x ≠ 0 e y, respectiva- Calculando o determinante:
a b −2 a 2 c 2x 8x 0 2x 8x
mente, os determinantes das matrizes e
log2 x log2 x 2 0 log2 x log2 x 2 ⇒ 3 . 2x . log2x2 – 3 . 8x . log2x = 0
c d −3 b 3 d
y 1 2 3 1 2
Então vale: Resolvendo os determinantes das matrizes x e y:
x a b Dividindo toda a equação por 3: 2xlog2x2 – 8xlog2x = 0
a) 36 x= = ad – bc
c d Colocando log2x em evidência:
b) 12 log2x(2x+1 – 23x) = 0
c) –6 −2 a 2 c
y= = –6ad + 6bc log2x = 0 ∴ x = 1 ou
d) –12 − 3b 3 d 2x+1 – 23x = 0
e) –36 y −6 ad + 6 bc 6( ad − bc ) 2x+1 = 23x
= = = −6 x + 1 = 3x
x ad − bc ad − bc
x – 3x = –1
1
–2x = –1 ∴ x =
2
6. (Vunesp—SP) Se a e b são raízes da equação
1 3
Como a e b são raízes da equação, tem-se a + b = 1 + =
2x 8x 0 2 2
log2 x log2 x 2 0 , em que x > 0, então a + b é igual a:
1 2 3 7. (Mack—SP) O valor de um determinante é 42. Se dividirmos
a primeira linha por 7 e multiplicarmos a primeira coluna por 3,
2 4 o valor da nova determinante será:
a) d) a) 2
3 3
det A . 3 42 . 3
b) 14 det A = 42 ⇒ = = 18
3 4 7 7
b)
4
e)
5
c) 18 Matemática 2M2 13
d) 21 13/16
3 e) 42
c)
2
MENU PRINCIPAL
8. (Fatec—SP) Os valores reais de x que satisfazem à equa-
1
Como =xe 1 =y
u v
1 16. Classifique o sistema a seguir de incógnitas x, y e z, em
Então: = 1⇒ u = 1
u
função do parâmetro real m.
1 1
=2⇒v= 2 x − y + mz = 1
v 2
1 8 x − 4 y + 4 z = 7
Logo: S = 1,
2
m=2en=3
2 −1 m
MI =
2 x + 3 y − 5 z = 1 8 −4 4
13. (UFPI) Considere o sistema: x − 2 y + 3 z = 2 2 −1
−4 x − 6 y + 10 z = − 2 Dp = = –8 + 8 = 0
8 −4
2 m
Podemos afirmar corretamente que: Dp = = 8 – 8m
a) o sistema é incompatível. 8 4
b) o sistema é compatível e determinado. Se Dp ≠ 0 ⇒ 8 – 8m ≠ 0 ∴ m ≠ 1
c) x = (–1, 1, 0) é solução do sistema. ó Dc, portanto o sistema é possível. Como Dp ≠ 0 e p < n, então SPI
d) o sistema possui exatamente três soluções. Se Dp ≠ 0 ⇒ 8 – 8m = 0∴ m = 1
Dp = |2| = 2 (p = 1)
e) o sistema é compatível e indeterminado.
2 1
Dc = = 14 – 8 = 6
8 7
4 x + 3 y = 5
14. (PUC—SP) O sistema linear x + y = 0 Como Dc ≠ 0, então o sistema é impossível.
Resumindo:
x + by = b ∀m, m ∈ R, tem-se:
Se m ≠ 1 ⇒ SPI
a) tem solução para todo valor de b. Se m = 1 ⇒ SI
5
b) tem solução única se b =
6
c) não tem solução para nenhum valor de b. 17. (UFPR) Considere o sistema com incógnitas x e y:
d) tem infinitas soluções se b = –1 x + 2 y = − 2
e) só tem solução se b = 0
3 x − y = 8
x − 5 y = a
Determine a soma das afirmativas verdadeiras.
01) Se a = 12, os valores 2 e –2 de x e y, respectivamen-
te, formam uma solução do sistema.
02) Se a = 12, o sistema tem infinitas soluções.
04) Se a = 12, o sistema formado pelas duas primeiras Matemática 2M2 15
equações é equivalente ao sistema dado. 15/16
08) Sempre que a ≠ 12, o sistema não tem solução.
13 (01+04+08)
MENU PRINCIPAL
19. (ITA—SP) Qual a relação a que a, b, c devem satisfazer para ó Dc, p = n = 3, então SPD
que o sistema a seguir tenha pelo menos uma solução? 2 5 −1
x + 2 y − 3 z = a Dy = 3 −2 1 = –4 + 5 – 2 – 15 = –16
1 0 1
2 x + 6 y − 11z = b
x − 2 y + 7 z = c Dy
−16
y= = ∴y=2
D −8
a) 5a ≠ 2b + c
b) 5a = 2b + c
c) 5a = 2b – c 22. (Unicamp—SP) Determine o valor de a para que o sistema
d) 5a = b – 21c 2 x − y + 3 z = a
e) 5a = 2b – 21c
x + 2 y − z = 3 seja possível. Para o valor encontrado de a,
7 x + 4 y + 3 z = 13
3 z − 4 y = 1
ache a solução geral do sistema, isto é, determine expressões
20. Determine o valor de k para que o sistema 4 x − 2 z = 2
2 y − 3 x = 3 − k que representem todas as soluções do sistema. Explicite duas
dessas soluções.
seja indeterminado.
2 −1 3
−4 y + 3 y = 1 MI = 1 2 −1
7 4 3
4 x − 2 z = 2
−3 x + 2 y = 3 − k
2 −1 3
0 −4 3 Dp = 1 2 −1 = 12 + 7 + 12 − 42 + 8 + 3 = 0
7 4 3
MI = 4 0 −2
−3 2 0 2 −1
Dp = = 4 + 1= 5
1 2
0 −4 3
Dp = 4 0 −2 = –24 + 24 = 0 Dp ≠ 0, p = 2 e n = 3
−3 2 0 2 −1 a
0 −4 Dc = 1 2 3 = 52 − 21 + 4 a − 14 a − 24 + 13
Dp = = 16 7 4 13
4 0
Dp ≠ 0, p = 2 e n = 3 Dc = − 10 a + 20
0 −4 1 Dc = 0 ⇒ − 10 a + 20 = 0 ∴ a = 2
Dc = 4 0 2 = 24 + 8 + 16 (3 – k)
Re solução:
−3 2 3 − k
2 x − y = 2 − 3 z
Dc = 32 + 48 – 16k
Dc = 0 ⇒ 80 – 16k = 0 ∴ k = 5 x + 2 y = 3 + z
2 −1
D= =5
1 2
2 − 3 z −1
Dx = = 4 − 6z + 3 + z = 7 − 5z
3+z 2
2 2 − 3z
Dy = = 6 + 2z − 2 + 3z = 4 + 5z
1 3+z
Dx 7 − 5z
x= =
D 5
Dy 4 + 5zz
y= =
D 5
16 Matemática 2M2 SPI, ∀a , a ∈ R e a = 2
16/16 7 − 5z 4 + 5z
S = , , z
5 5
MENU PRINCIPAL
Matemática
Probabilidade — Teoria das probabilidades
6. 9 900; 2,8% 10. 16 12. I. e
1
8. II. c
8 5 5
7. 11. a) 120 b)
25 9 108
9.
190