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O pterígio se caracteriza por ser uma excessiva proliferação fibrovascular na área de exposição

ocular da conjuntiva, sendo provavelmente causada pelo aumento da exposição à luz


ultravioleta, agravada por microtraumas e inflamações crônicas, devido a fatores ambientais.

O pterígio acomete mais pacientes na faixa etária entre 20 e 50 anos, sem variabilidade
significativa entre os sexos, sendo mais prevalente em regiões do mundo onde há exposição a
altos níveis de radiação ultravioleta, que corresponde às regiões equatoriais do globo, onde
Manaus se localiza. Este pode comprometer a visão por obscurecimento direto do eixo visual
ou pelo astigmatismo irregular induzido pela distorção da córnea, além de causar sensação de
corpo estranho, hiperemia conjuntival, ardor, irritação, lacrimejamento e alterações estéticas.

E, apesar do pterígio apresentar uma patogênese multifatorial, a cirurgia é o método de


escolha para o tratamento dos casos que apresentam irritação constante, crescimento e
desconforto acentuado para o paciente.

A taxa de recorrência dos casos operados por uma cirurgia de exérese simples fica entre 32% e
89%, conforme a fonte, sendo que estudos mostram a maior recorrência entre indivíduos da
raça negra. Essas altas taxas levaram vários autores buscarem novas técnicas cirúrgicas e
terapias coadjuvantes que fossem eficientes no controle das recorrências. Uma dessas técnicas
foi a do transplante autólogo de conjuntiva.

A taxa de recorrência nos casos de transplante autólogo varia entre 2% e 35%, e esta técnica
está associada a um baixo índice de complicações, sendo que a mais encontrada foi à
formação de simbléfaro(7). Para Tan et al apud Samahá (2002), a taxa de recidiva com a
técnica de “esclera nua” foi de 61,0% contra 2,0% nos submetidos a transplante de conjuntiva,
no caso de pterígio primário e de 82,0% e zero, respectivamente nos portadores de pterígio
recorrente.

A técnica de transplante autólogo de conjuntiva não produz cicatriz ou perda de motilidade


conjuntival no local doador, onde a conjuntiva simplesmente se regenera.

De onde se conclui que a técnica de transplante autólogo de conjuntiva, além de oferecer


menor risco de complicações, diminui a chance de recorrência e possíveis novas cirurgias
reparadoras, diminuindo, portanto, custos a curto, médio e longo prazos. Desta forma, o auto-
transplante conjuntival deve sempre ser preferido à cirurgia de excisão simples de pterígio
primário, particularmente na raça negra.

Bibliografia

MACHADO, Marco Antônio de Campos. Comparação entre diferentes técnicas para o


tratamento do pterígio recidivado. Disponível em
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=2525

LUNARDELLI , Cristina da Rosa Mendes. Análise da técnica do retalho conjuntival superior no


tratamento do pterígio. Disponível em
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/112902/253019.pdf?sequence=1
SAMAHÁ, Jorge Taveira et al. Tratamento do pterígio recidivado por transplante autólogo de
conjuntiva. Disponivel em http://www.scielo.br/pdf/abo/v65n4/11566.pdf

PEDROSA, C et al. Excisão simples de pterígio: presente ou passado?. Disponível em


http://repositorio.hff.min-saude.pt/bitstream/10400.10/1115/1/Pterigio.pdf

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