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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

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Psicologia Geral - Sylvia Nunes

Luciana Calaça - 2016.1.21.024


Natália Costa - 2014.1.05.032
Maciel Vieira - 2015.1.42.091

No livro Jung: vida e obra, para a psiquiatra Nise da Silveira, é válida a analogia na
definição de psique, no qual a mesma é composta do oceano, representando o inconsciente, de
onde emerge a ilha da consciência.
Assim, é preciso separar as duas estruturas, já que essas realizarão funções diferentes
na psique do indivíduo. Enquanto o consciente não possui uma separação conceitual, o
inconsciente, por sua vez, é dividido entre inconsciente pessoal e inconsciente coletivo.
Bem como apontada na analogia da ilha, a estrutura do consciente é a que emerge
estabelecendo um somatório de conteúdos que permitirão a continuidade da identidade do
indivíduo. Conteúdos psíquicos presentes no oceano do inconsciente necessitam da relação com
o ego, estrutura central do consciente, para que se manifestem.
O inconsciente é dividido a nível pessoal e coletivo levando em característica a sua
profundidade para a definição. Admite-se que o inconsciente pessoal assume uma camada mais
superficial. Tal camada é composta de conteúdos vividos pelo indivíduo em sua história. Como
memórias boas e mesmo traumas, o inconsciente pessoal, por sua proximidade com a ilha da
analogia, influencia processos psíquicos conscientes e somáticos, mesmo que estes estejam fora
do oceano inconsciente.
O inconsciente coletivo, por sua vez, é definido como substrato psíquico inerente à
espécie humana, tal qual os órgãos anatômicos ou mesmo os tecidos presentes no corpo,
independente da sua região geográfica ou origem cultural. Devido a sua natureza intrínseca à
espécie, pode ser entendido como um inconsciente mais profundo, e, por conseguinte, também
um oceano de conteúdos mais profundos. Por possuir a característica de disseminação na
espécie, é o conceito chave para a compreensão de muitas das ideias de Jung, já que o estudo
da psicologia analítica é realizado de forma paralela e comparativa entre diferentes culturas e
épocas. Assim, é válido utilizar da analogia de que o inconsciente coletivo diz respeito ao
molde, enquanto o inconsciente pessoal diz respeito ao conteúdo.
De acordo com a psicologia analítica, no no centro do inconsciente coletivo, bem como
da psique como um todo, está presente o arquétipo do self. A imagem arquetípica do self, de
onde emanam todos os conteúdos da psique, está diretamente associada ao processo de
individuação descrito na obra de Jung, já que é considerada como orientação de tal processo.
Comparando o self com o superego da psicologia freudiana, eles coincidem quando a
renúncia aos desejos egoístas ocorre por temor da opinião pública, isto é, o self permanece
inconsciente e, nesta condição, projeta para o exterior, identificando-se à consciência moral
coletiva. Porém, eles divergem quando o self torna-se perceptível como fator psíquico
determinante, então a renúncia às exigências egoístas não será mais motivada pela pressão da
moral coletiva, mas pelas próprias leis internas inerentes.
Depois de definir os termos básicos para o entendimento do inconsciente coletivo, a
autora expõe a maneira como Jung conseguiu formular esta hipótese. Jung trabalhou com
pessoas tidas como normais, neuróticas e psicóticas. Alguns mecanismos e sintomas tinham
sidos desvendados, porém, ainda havia alguns problemas que se mostravam insolúveis que
acometiam principalmente os psicóticos. Delírios e alucinações ainda o deixava intrigado a
respeito de sua origem e significados. Na busca pelo entendimento desses eventos, ele
registrava absolutamente tudo, por mais absurdo que fosse. Paralelo ao trabalho como
psiquiatra, Jung se dedicava aos estudos da mitologia e antropologia. A partir disso, ele
encontrou descrições de manuscritos antigos que coincidiam, em alguns pontos, com os delírios
que acometiam os psicóticos.
Para Jung os sonhos também eram muito importantes, pois descrevem a vida psíquica.
Sendo assim, ele interpretava os próprios sonhos e isso o ajudava a desenvolver a formulação
das suas hipóteses. Assim, da união dos dados das observações clínicas com a própria
experiência interna, foi formulada a hipótese do inconsciente coletivo.
De modo geral então, o inconsciente pessoal é composto de conteúdos que vêm da
experiência individual enquanto que o inconsciente coletivo é impessoal, comum em toda a
humanidade e é transmitido por hereditariedade.
Dentro do inconsciente coletivo é importante também definir o que são os arquétipos e
os símbolos.
Os arquétipos, segundo Jung, são as possibilidades herdadas para representar imagens
similares, ou seja, são matrizes primitivas onde configurações análogas ou semelhantes
tomam forma. Os arquétipos se originariam de impressões de vivências fundamentais, comuns
a todos os humanos, repetidas através dos milênios, ou de características intrínsecas do
sistema nervoso que conduziriam à produção de representações sempre análogas ou
similares. Independente da origem do arquétipo, ele concentra uma energia psíquica, que
quando em estado potencial, geral uma imagem arquétipa, já que o arquétipo em si é apenas
uma virtualidade. Não se sabe como exatamente tudo isso ocorre, mas uma prova da
transformação da energia psíquica em imagens é dada pelos sonhos, quando personagens
surgem e formam tramas diversas. A noção do arquétipo como base psíquica comum a
humanidade permite entender porque em lugares e épocas diferentes surgem temas idênticos
que se refletem em mitos, contos, dogma, ritos, na arte e na filosofia. Ou seja, em manifestações
do inconsciente de um modo geral, tanto em pessoas tidas como normais, tanto em delírios de
psicóticos.
Já os símbolos não se tratam apenas de uma imagem arquetípica. Em todo símbolo está
presente a imagem arquetípica como fator essencial, mas para a construção do símbolo a
imagem deve se juntar de outros elementos sob uma forma muito complexa, além das
capacidades atuais de compreensão. Os símbolos são, para Jung, a expressão de coisas
significativas para a qual não há, no momento, uma formulação perfeita. Os símbolos alcançam
dimensões que o conhecimento racional não atinge, mas quando compreendido pelo
pensamento lógico, ele deixa de existir. Neste sentido, o símbolo é uma linguagem universal
capaz de exprimir por meio de imagens coisas que vão além das problemáticas especificamente
individuais.
Jung ao longo de seus anos de estudos e de experiência clínica pôde perceber que o
inconsciente não se mantinha o mesmo sempre, ele era suscetível a mudanças e que era possível
acompanhar essas transformações através dos sonhos nos casos individuais e no âmbito social
através das transformações dos símbolos religiosos. Assim, o inconsciente sempre muda e
produz mudanças, influencia o ego e pode ser influenciado pelo ego.
Por fim, a autora coloca que é útil para a saúde psíquica estabelecer um diálogo entre o
inconsciente e o consciente, com especial atenção às imagens arquetípicas, para que se possa
elaborá-las a fim de atingi-las e modificá-las para adaptação de acordo com as necessidades
atuais.

REFERÊNCIAS:
SILVEIRA, Nise. Estrutura da Psique – Inconsciente Coletivo. Jung vida e obra. 14ª. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1994. p. 64-81.

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