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Notas de Aula - Prof Luiz A. C.

Moniz de Aragão Filho 2

II – CÁLCULO DAS VARIAÇÕES

Seja a função f (x ) . Se em x = a temos um mínimo local, ou mínimo relativo, pois

para qualquer valor de x ≠ a , numa vizinhança de a , temos f (x ) > f (a ) .


Os valores de x , numa vizinhança de a , são os valores admissíveis de x , em
relação aos quais x = a é posição de mínimo.
Analogamente poder-se-ia estabelecer o conceito de máximo local.
Sabe-se que a condição necessária para mínimo (ou máximo) em x = a é
f ' (a ) = 0 .
Em todas estas situações caracterizadas por f ' (a ) = 0 , os valores f (a ) são
genericamente denominados valores estacionários ou extremos da função f , e na sua
determinação consiste o problema da extremização da função f .

II.1 – Definição de Funcional

É uma grandeza escalar, função de funções, que assume um valor particular


dependente da função nele utilizada.
Para os fins deste curso, se escreve sob a forma de uma equação integral definida,
contendo uma certa função geneérica, como por exemplo:

x2

I=
∫ F (x, y , y' ) ⋅ dx
x1

dy
onde x é a variável independente, y = y (x ) , e y' = .
dx
Dados x1 e x 2 , o valor de I depende da função y (x ) utilizada.

As funções devem ser contínuas pelo menos até a ordem (m − 1) , isto é, funções
de classe Cm-1, para que existam as derivadas até a ordem m e a integral da equação
acima possa ser calculada. Além disto, estas funções devem atender às condições
geométricas de contorno. Tais funções são ditas admissíveis e constituem o espaço do
domínio do funcional.
Diz-se que o funcional é um operador que mapeia as funções admissíveis no
espaço dos números reais.
O Cálculo Variacional estabelece que, entre todas as funções admissíveis, a que
estacionariza o funcional (fornecendo um valor mínimo ou máximo) é a solução do
problema regido por este funcional.
Introdução ao Cálculo Variacional 3

• O Problema da Braquistócrona (tempo mais curto)

Uma partícula, partindo do repouso, cai do ponto 1 ao ponto 2, escorregando sem


atrito sobre a curva 1-2. Queremos determinar qual é a curva que corresponde ao mínimo
tempo de queda:

O funcional a ser extremizado é:


(2 )


I = dt
(1)

Sendo a velocidade v = ds/dt , então dt = ds/v .

2
 dy 
ds 2 = dx 2 + dy 2 ⇒ ds = dx 2 + dy 2 = 1 +   dx
 dx 

⇒ ds = 1 + (y' )2 dx

A velocidade pode ser determinada pelo princípio da conservação de energia:

1
m ⋅ g ⋅ y2 = m ⋅ v 2 + m ⋅ g ⋅ (y 2 − y )
2
⇒ v = 2 gy
Portanto, o tempo de queda é:
x2
1 + (y' )2
I=

x1
2 gy
dx

Temos a extremizar um funcional com uma variável independente (x ) , uma função


(y ) e sua derivada primeira.
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II.2 – Operador Variação

Consideremos o funcional básico:


x2

I=
∫ F (x, y , y' ) ⋅ dx
x1

O valor assumido por I depende do caminho escolhido entre os pontos 1 e 2 (ou


seja, da função y escolhida).

Admitamos a existência de um caminho y (x ) , que extremiza I com relação aos

outros caminhos vizinhos y~ (x ) . Adotamos então a notação:

y (x ) → caminho extremizante
y~(x ) → caminhos variados

Podemos apresentar a variação da função y na forma:

y~ (x ) − y (x ) = δy

O operador δ representa então uma pequena variação arbitrária na função y , para


um valor fixado da variável independente x . Tem, portanto, conceituação distinta da
diferencial dy , que é o incremento da variável dependente y associado a um incremento
na variável independente x .
Introdução ao Cálculo Variacional 5

dy ~ as
Calculemos a variação da função g = . Usemos como funções variadas g
dx
~
~ = d (y~ ) = dy
derivadas dos caminhos variados y~ , ou seja, g
dx dx
 dy  ~ dy~ dy d ~
⇒ δg = δ  = g −g = − = (y − y ) = d (δy )
 dx  dx dx dx dx

 dy  d
⇒ δ  = (δy )
 dx  dx

• O operador variação (δ ) é comutativo com o operador diferencial.

Calculemos agora a variação da função h =


∫ y ⋅ dx . Usemos como funções
~ ~

variadas h as integrais dos caminhos variados y~ , ou seja, h = y~ ⋅ dx .

~

⇒ δh = δ y ⋅ dx = h − h =
∫ y~ ⋅ dx − ∫ y ⋅ dx = ∫ (y~ − y ) ⋅ dx = ∫ δy ⋅ dx
∫ ∫
⇒ δ y ⋅ dx = δy ⋅ dx

• O operador variação (δ ) é comutativo com o operador integral.


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II.3 – Variação de um Funcional

Os caminhos variados, na vizinhança de y, podem ser escritos na forma:

y~ (x ) = y (x ) + ε ⋅ η(x )

onde ε é um parâmetro pequeno e η(x ) é uma função derivável arbitrariamente

escolhida, que se anula em x1 e x 2 : η(x1 ) = 0 , η(x 2 ) = 0 .

Uma vez fixada η(x ) , temos, variando o parâmetro ε , uma infinidade de caminhos

variados y~ (x ) . Todos esses caminhos passam em 1 e 2; e, para qualquer η(x ) , o

caminho variado y~ (x ) se torna coincidente com y (x ) quando fazemos ε = 0 .

Pode-se então escrever:

δy = y~ − y = ε ⋅ η
δy' = y~' − y' = ε ⋅ η'
Então o caminho variado coincide com o extremizante em x1 e x 2 . Para um
caminho variado, a função F se escreve:

F (x , y~, y~ ') = F (x , y + ε ⋅ η , y '+ε ⋅ η ') = F (x , y + δy , y '+δy ')


Introdução ao Cálculo Variacional 7

Expansão em série de Taylor do valor de uma


função f na posição x , numa vizinhança de a :
f ' ' (a )(x − a )2
f (x ) = f (a ) + f ' (a )(x − a ) + + ...
2!

Desenvolvendo F em série de Taylor, em relação a y e y' :

 ∂F
F (x , y + δy , y' +δy' ) = F (x , y , y' ) +  δy +
∂F 
δy'  + O δ 2 ( )
 ∂y ∂y' 

onde O δ 2 ( ) engloba os termos de ordem superior à primeira em δy e δy' .

Integrando entre x1 e x 2 :
x2 x2 x2 x2

∫ O(δ )⋅ dx
 ∂F ∂F 

~

F (x , y + δy , y' +δy' ) ⋅ dx = F (x , y , y' ) ⋅ dx +  δy +

2
I = δy'  ⋅ dx +
 ∂y ∂y' 
x1 x1 x1 x1
1 444424444 3
(1 )
δ I

⇒ I = I + δ (T ) I
~

onde δ (1) I = 1ª variação de I

δ (T ) I = variação total de I ⇒ δ (T ) I = I - I
~

Integrando por partes a 1ª variação de I :


x2
δ (1) I =
∫ F (x , y + δy , y' +δy' ) ⋅ dx =
x1

x2 x2
∂F ∂F
=

x1
∂y
δy ⋅ dx +
∫ ∂y' δy' ⋅ dx =
x1

x2 x2 x2
∂F ∂F ∂  ∂F 
=

x1
∂y
δy ⋅ dx +
∂y'
δy
x1

∫ δy ∂x  ∂y'  ⋅ dx =
x1

 y (x1 ) = y~ (x1 ) = y1
Uma vez que  (cond. contorno cinemáticas ou geométricas)
 y ( x 2 ) = y (x 2 ) = y 2
~

x2
∂F
⇒ δy (x1 ) = δy (x 2 ) = 0 ⇒ δy =0
∂y' x1
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x2
 ∂F d  ∂F 
⇒ δ (1) I =
∫  ∂y − dx  ∂y'  ⋅ δy ⋅ dx
x1

Para que I seja extremo (onde I = I + δ (T ) I ), δ (T ) I deve manter o mesmo sinal


~

para qualquer variação δy no intervalo estipulado. Assim, δy , em qualquer posição x


poderia ser igual a ± k , sendo k um número pequeno. Para que isso seja possível, a
expressão dentro dos colchetes tem de ser nula. Por outro lado, isso acarreta, como

condição necessária à extremização, que δ (1) I = 0 ( δy arbitrário) :

x2
 ∂F d  ∂F 
⇒ δ (1) I =

x1

 ∂y

dx

 ∂y '
 ⋅ δy ⋅ dx = 0


∂F d  ∂F 
⇒ −  =0 Equação de Euler-Lagrange
∂y dx  ∂y' 

x2

Se uma integral
∫ f (x ) ⋅ η(x ) ⋅ dx for nula para qualquer η(x ) (contínua e anulando-se em
x1
x1 e x 2 ), então f (x ) = 0 no intervalo ⇒ Lema Fundamental do Cálculo das Variações.

 y (x1 ) ≠ y~ (x1 )
No caso em que admite-se  , tem-se δy (x1 ) ≠ δy (x 2 ) ≠ 0
y (x 2 ) ≠ y~ (x 2 )
x2
∂F ∂F ∂F
⇒ δy = δy − δy = 0 (condição necessária à extremização)
∂y' x1
∂y' x2
∂y' x1

∂F ∂F
⇒ = =0 (condições de contorno naturais)
∂y' x2
∂y' x1

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