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5. CONCLUSÃO. ............................................................................................................................. 13
6. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 14
INTRODUÇÃO
Como já dissemos antes, na tentativa de remoção dos antigos limites preconceituosos, surgiram
várias correntes africanas que culminaram com a elevação da raça negra. Neste contexto, uma
das várias tentativas foi exposta por intelectuais francófonos de África, ainda que esta teria se
originado fora da África, a qual buscou de forma rigorosa e radical renunciar a perspectiva
eurocêntrica.
Fala-se da maior reviravolta para África, quando este movimento veio superar tudo o que de si
se tachava. Avançando, Makumba vai afirmar categoricamente que no poema cadern de um
regresso ao país natal, do original Cahier d’un retour ai pays natale, surge o vocábulo negritude,
registado por Aimé Cesairé, e não somente isto como também testifica que houve um enorme
contributo de Leon Gontram Danas e Senghor, para o aperfeiçoamento do movimento negro. O
vocábulo por si só, foi proposto inicialmente para indicar a dignidade ou humanidade do povo
negro. (MAKUMBA 2014:160)
Em volta do dito acima, pode-se audaciosamente acrescentar que este movimento de todas
maneiras tentou alcançar a independência do negro, em oposição ao fardo eurocêntrico. A
negritude cognominada New Negro ou Negro renaissance é um movimento africano, literário
e artístico, que ganhou coragem através do iluminismo, pan-africanismo (com maior influência
para o seu despertamento), renascimento de Harlen, etc.
Há um destaque a Senghor, pois este ganha uma enfatização como quem trouxe as primeiras
tentativas da definição do movimento negro: “é um conjunto de valores do negro”; continua
descrevendo, “é uma qualidade douradora do ser, constitutiva da raça negra”. (MAKUMBA
2014: 161). Isso faz nos entender que com a tentativa de engradecer a negritude, houve por
mister o respeito pela cultura.
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1. CAPITULO I. QUADRO TEÓRICO
Começamos a nossa reflexão com um olhar histórico com o intuito de descobrir o positivo
dentro da objetividade negativa impregnado no pensamento errado e vão dos etnólogos
europeus sobre o sentimento de pertença e dignidade africana. Hoje em dia além de sentirmos
marchetados por tais tratos, reunimos razões suficientes para definir e justificar o nosso sentido
de comunhão. Porque de tudo aquilo que serviu para nos desvirgar brutalmente a nossa inocente
e transparente paz, surgiu o compacto pelo choro e derramamento de sangue dos seus; assim
vimos que, a invasão das suas terras, as duras condições de trabalho, as injustas leis dos
colonizadores, o seu sistema social discriminatório e seus abusivos impostos nutriram entre os
nativos um logico ressentimento perante os europeus e fizeram crescer a semente do
Nacionalismo Africano.
A compreensão que fazemos desta afirmação desemboca num referente histórico, racial,
cultural e religioso com os quais se busca afiançar a identidade africana e depois parar as
politicas das potências, organizando movimentos dirigidos pelos lideres locais.
1. O Panafricanismo. - Que pretende pela defesa da raça negra, a luta contra a discriminação racial,
a promoção da solidariedade e da unidade negra no mundo inteiro, a luta contra o colonialismo,
a busca da autodeterminação, e a reafirmação da cultura e da identidade africana.
Muitas tribos e povos preferiram construir outro destino e não se misturar com aquele dos
estrangeiros, retirando-se do lugar; mas outros, permaneceram junto às suas antigas terras
ocupadas forçosamente e foram explorados como fonte básica de mão de obra. Estudaram logo
em universidades europeias e conheceram bem por perto o que é a liberdade, a igualdade, a
fraternidade, os costumes e a cultura.
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2. A Negritude. - É a segunda corrente do nacionalismo africano. Trata-se duma reação frente à
politica colonial francesa, que procurou recuperar a dignidade e a autenticidade dos homens e
das mulheres africanas (Senghor. L, 1964)
Normalmente, nasceu em Senegal, com Leopold Sedar Shengor. Aquilo foi o inicio de vários
movimentos sociais, culturais e religiosos.
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1. CAPITULO II. A NEGRITUDE, AFRICANISMO E PANAFRICANISMO: O
NACIONALISMO AFRICANO.
Nos primórdios do seculo XX Africa representa para a maior parte do mundo, uma terra
esquisita, desconhecida e até perigosa, mas não menos enigmática, desejada, ambicionada, pelo
qual as maiores potências europeias tratam de manter o controlo que apenas iniciava-se a sua
execução de maneira direta, sobre este continente após o chamado pacto de Berlin de 1884-
1885 no qual, o tal continente foi dividido entre as hegemonias europeias.
Mas alem disso e trás a ideia de que no “continente negro não havia acontecido nada
extraordinário, digno de recordar tanto no âmbito cultural como no politico, social e económico,
os colonizadores introduziram a sua própria cultura e foi imposta aos africanos.
Em palavras de Jean- Paul Sartre, “com o ferro candente na frente” para que as mesmas não
fossem ignoradas pelos nativos. (Jean-Paul Sartre, “La Pensée politique de Patrice Lumumba”,
Situations, V, Colonialisme et Néo-colonialisme, Éditions Gallimard, 1964, p. 243)
Quer dizer, a colonização cultural foi um procedimento muito mais efetivo que os colonizadores
aplicaram em Africa, colonização que fez que, pelo menos por certo tempo, Africa esquecesse
as suas origens, a sua própria cultura, o seu papel de grande continente que ate certo ponto, e
pelo próprio desejo dos colonizadores, buscava parecer-se cada vez mais à Europa dominante.
O domínio politico foi acompanhado, portanto de um domínio cultural.
Porém e como em todo, sempre há exceções uma vez que desde o momento mesmo do fim e
decisiva introdução de Europa em Africa, deram-se movimentos que pregavam pelo resgate dos
valores africanos, pela autodeterminação de cada um dos seus países e inclusive pela união de
todos eles em um bloco continental.
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o renascimento africano, todas têm origens distintos; e se bem buscavam um fim comum: a
revalorização da cultura africana em todas as suas expressões, cada uma o faz de uma maneira
distinta, mas, no entanto, apoiando-se umas às outras.
É assim que nesta exposição se parte da hipótese de que a povoação negra em geral (africanos,
afro-americanos, etc.), ao precatar-se de que a cultura ocidental havia afogado a normal
evolução da negritude no seculo XIX, unido à grande explotação da que tinham sido objeto à
mãos dos europeus, tomam consciência da enorme riqueza cultural com que contam que podem
e devem dar a conhecer ao mundo, pelo que conformam movimentos ou ideologias que lhes
permitam lograr o seu cometido, alem de que lhes proporcione os recursos necessários para
aliviar, no possível, a aculturação europeia que muitos africanos têm sofrido e que lhes impede
reconhecer e retomar os seus valores originais e conformar-se como uma unidade tanto cultural
como continental. Todo esto como um ataque ao exacerbado eurocentrismo que domina o
mundo e que trata de empequenecer às demais culturas por considera-las inferiores, atrasadas
culturalmente, quando a verdade é que são diferentes e em muitos casos, com uma raiz cultural
maior daquela presumida pela mesma cultura acidental (ou europeia).
Sem duvida nenhuma, o colonialismo causou grves danos colaterais e enganadoras aos
povoadores africanos. Nas zonas de maior contacto com os europeus foi onde isto fez-se mais
notável, mesmo que há que reconhecer que muitas das tradições autóctones se salvaram e serão
as que mais adiante darão sustento aos movimentos reivindicadores e independentistas.
A alienação foi a arma mais poderosa que utilizaram os europeus para dominar à povoação
africana. Porem, e tanto em América como em Asia, o Imperio britânico recorreu à pratica do
Indirect Rule (governo indireto) mediante o qual davam às colonias uma espécie de
oportunidade de autogoverno, mesmo sujeito ao algum órgão representativo inglês na colonia.
É por certo que as regiões africanas que experimentaram este tipo de governo, a alienação foi
menor. Porem, e se como entende Ngoenha (na conferência sobre O Papel do filosofo: Ismma
2016), a alienação pode interpretar-se como assimilação, então esta foi maior nos povos sob o
domínio francês.
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formação dos africanos nos postulados propriamente africanos e não ocidentais que os
distanciam das suas raízes e se baseia nos ideais da Negritude e o Panafricanismo.
1.3. A Negritude
A palavra Negritude ouve-se por primeira vez no 1933 num discurso pronunciado por Aimé
Césaire, e anos mais tarde, tendo como antecedente a publicação de L´Etudiant Noir no 1931,
começa formalmente o movimento literário da Negritude.
Leópold Sedar (Senghor, 1967) deu os elementos que formularam este movimento:
- Uma valoração dos elementos naturais, reclamando para África o privilegio de conservar a
sua natureza não manilhada.
- A Negritude, segundo os seus criadores (Aimé Césaire e Léopold Sedar Senghor) pode definir-
se como os valores culturais da civilização negro-africana. É em primeiro lugar a reação às
humilhações que sofreram os intelectuais da pele negra e sus compatriotas em Paris, é a protesta
contra a politica imperialista de assimilação e aniquilamento da cultura africana. É o património
cultural, valores, e sobretudo, o espirito da civilização negro-africana. (Ignace-Marcel Apud,
Alexandre Mbandi, p. 30.)
Em fim, a Negritude representa em primeiro lugar a aceitação de ser negro, para depois passar
à valoração do passado cultural.
Finalmente chegamos a compreender que unicamente a Negritude deveria falar e pode falar em
nome de todos os negros, independentemente de que os problemas da gente de cor sejam
diferentes em Africa ou em América, pois a Negritude significa a liberdade de cultura, como
parte da civilização universal. Neste sentido, não unicamente os africanos sozinhos lograram a
liberação, mas também que os seus irmãos de raça norte-americanos, brasileiros, e até
intelectuais africano-franceses ingleses ou portugueses os apoiaram em suma.
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2. CAPITULO III. CRÍTICA A NEGRITUDE
A negritude é meramente um movimento racial: quando o grupo expõe o fator ser racial,
é tentar explicar que havia uma parcialidade racial, exaltava somente uma raça, a raça
negra; buscava colocá-la acima de todas as outras raças; não se trata somente de ser
reconhecida, como também ocupar a posição que a raça branca ocupava.
A negritude sofreu maior influência da tradição negra: aqui o grupo pretende dizer que
existe uma hipótese de considerar a explicação da civilização como efeito da cultura,
porem não deveria resumir-se em alicerces como por exemplo folclore; sustentando o
anterior, preconiza-se a mudança daquilo que faz o africano ser aquilo que ele é, a sua
definição. (MAKUMBA 2014: 165 p)
Em conclusão, sem contradição alguma, pode-se enaltecer o movimento pelo fato central da
exposição dos valores do homem negro, sem nenhuma peculiaridade, tanto para como o
africano em comparação ao não africano, naquilo que anteriormente estavam submersos, como
o caso do colonialismo.
Personalidade Africana.
A personalidade africana deseja que os povos africanos experimentam o extremo de ser e seguir
sendo eles mesmos em lugar de ser movimento nacionalista africano, que é a manifestação
máxima do desejo que têm os africanos de controlar eles mesmos o seu destino. A personalidade
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africana, igual que o Panafricanismo e o Nacionalismo não se rebelam em contra dos povos
brancos, mas sim, em contra do colonialismo e não o povo europeu. A tal efeito podemos
afirmar que a personalidade africana está contemplada na Negritude; igualmente, ela permitiu
a reafirmação do Nacionalismo negro-africano inspirado no ideal panafricano.
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3. CAPITULO IV. PANAFRICANISMO
A teses central do Panafricanismo é: “existe uma personalidade africana que é comum a todos
os homens, a todas as mulheres de raça negra; tal personalidade oculta valores específicos de
sabedoria, de inteligência, de sensibilidade. Os povos negros são os povos mais antigos da terra.
Estão consagrados à unidade e a um porvir comum de poder e gloria”. (Simon Obanda, 2002)
Para alguns autores, a ideia panafricana é tão velha como a deportação mesma dos africanos a
ultramar. Quer dizer, que desde o momento mesmo da comercialização e escravidão dos
africanos, neles nasceu a ideia de regressar às suas terras e unir-se numa luta comum para acabar
com o sistema opressor dos europeus.
Não só, N´krumah (1964) afirmava que a unidade do continente era necessária para levar o
desenvolvimento para si mesmo. Ou seja, que tanto a liberdade politica como o
desenvolvimento económico estavam supeditados à união continental em Africa.
Na visão de Obanda (2002: 22p), o Panafricanismo é uma arma de luta ideológica e politica, e
basea-se em quatro princípios fundamentais.
1. Todos os povos do continente africano têm um destino comum e, portanto, necessitam unir
esforços ao máximo a fim de resolver os seus problemas.
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2. Africa tem que ser governada por africanos e haverá que acabar com todas as formas e
manifestações do colonialismo;
3. Para lograr a unidade e destruir o colonialismo, os povos africanos têm que restabelecer a sua
própria historia, fazer renascer a memoria dos seus heróis e as suas lutas pela liberdade, reviver
a chama das seus idiomas e sua cultura, reafirmar a sua própria dignidade e reconhecer que eles
têm um aporte ao congresso da humanidade; estas ideias são as que conformam a concepção de
“personalidade africana”;
4. Imediatamente depois de pôr fim ao domínio colonial direto, a sociedade africana tem que ser
reorganizada radicalmente.
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5. CONCLUSÃO.
Por tudo o exposto, observamos que tanto a Negritude, como a Personalidade africana, o
Nacionalismo e o Panafricanismo, são ideologias, movimentos que se complementam e se
influenciam e se ajudam entre si.
Atuam em conjunto coma ajuda, reforço influencia e apoio comum, já que todas perseguem um
mesmo fim comum, que é a revalorização da cultura negra, de demostrar a grandeza do
continente africano, acabar com a ideia euro-centrista de que este tem sido um continente a-
histórico, estático, selvagem, atrasado, etc., e que pelo contrario, a cultura negra, surgida deste
continente, é a mais antiga do mundo universal, por ser Africa o berço do berço da humanidade
e onde manifestaram-se as primeiras grandes civilizações daquelas que, de maneira direta ou
indireta, Europa e o mundo acidental em geral, receberam influencia ao momento de conformar
as suas próprias civilizações e manifestações culturais.
Em fim, a negritude no seu desejo de resgatar os valores e valia da cultura negra em geral, a
personalidade africana ao retomar esta ideia mas aplicando-a no âmbito completamente
africano e Panafricanismo, retomando a sua vez às duas baseando-se nos seus ideais, busca
fortalece-los ao dar-lhe a Africa uma unidade tanto politica como social, cultural e económica,
que a reforce e impeça que de nova conta volte a cair nas mãos de um colonialismo que a afogue
e subordine à um nível inferior que não merece.
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6. BIBLIOGRAFIA
Césaire, A, (1956) - “Cahier d'un retour au pays natal” - Paris, Présence Africaine,
Cheikh Anta Diop, (1967) - “Antériorité des Civilisations Nègres” - Éditions Présence
Africaine, Planches des Groupes II, III et IV: - (1979), - “Nations Nègres et culture” - , I,
Présence Africaine, , pp. 74-111
Senghor, L.S., (1967) - "Fondaments de I' Africanité ou negritude et Arabite”,- Paris, Présence
Africaine,
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