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PROCURA-SE

O SORRISO DE JOÃO
“Eu sei que eu tenho os dentes feios e
tenho vergonha disso. Só que me
adaptei, já estou acostumado com meus
dentes assim”(João Mateus De Oliveira
da Silva, 2017).
Esse é o depoimento de João Mateus de
Oliveira da Silva, estudante, 15 anos,
residente na comunidade José Sarney da cidade
de Natal/RN. Local conhecido pelo abandono do
poder público nas áreas da segurança, saúde,
educação e saneamento básico.

RECOMPENSA: TORNAR UMA VIDA FELIZ!


A Organização Mundial de Saúde - OMS define a saúde como “um estado de completo bem-
estar físico, mental e social”. Diante dessa afirmação, João não encontra-se saudável:
fisicamente apresenta uma saúde bucal debilitada e como consequência sofre bullying na
escola, um fator de exclusão social, favorecendo a torná-lo um menino triste, envergonhado
e acanhado. Em depoimento ele expôs que:
“Os colegas da escola me apelidam de boca podre, eu fico apelidando eles também,
para não ficar querendo chorar. Queria mudar meus dentes, deixar branco”.“Não tem
como mudar, só com um dentista. Eu nunca fui a um dentista”(João Mateus De Oliveira
da Silva, 2017).

Acometido por diversas cáries em distintos estágios e doença periodontal, João faz parte
das 27,9 milhões de pessoas que nunca foram ao dentista(IBGE, 2005). Segundo pesquisa do
Conselho Federal de odontologia - CFO e Data folha (2014), 20% dos brasileiros não vão ao
dentista por falta de condições financeiras (sobretudo as classes mais baixas), ainda, 46%
consideram difícil o acesso ao atendimento de um dentista, além disso, o Ministério da
Saúde (2008) relata que 58% da população brasileira não tem acesso adequado a escovas de
dentes.

João é o irmão mais velho dos quatro filhos da


Maria de Oliveira da Silva, mãe solteira que
sustenta sua família por meio da assistência do
governo (bolsa família), num valor de R$ 351,00 ao
mês. Para auxiliar na renda a mãe lava roupas.
A família mora numa casa alugada de três cômodos.
Verificou-se apenas uma cama de solteiro, onde dorme
a mãe e uma criança, os outros filhos, assim como o
João dormem em redes.
Maria, afirma que busca tratamento para João na
USF mais próxima (USF da Pompéia), porém não
consegue marcar, pois sempre há algum impedimento
como: greve dos profissionais, falta de material ou
manutenção de algum equipamento. No momento em que
fui visitar a USF, a mesma encontrava-se fechada.
Deste modo, João é mais uma vítima da ineficiência da gestão pública de seu município, que
não oferece os serviços de saúde bucal adequadamente. Contudo, João tem sorte. Em breve, será
agraciado por um dentista voluntário da Turma do Bem e irá encontrar seu sorriso novamente.

RELATO DE CASO - NATAL/RN


Bruno José Alves Linhares
Estudante do curso de Odontologia da Universidade Potiguar - UnP.
Adriana Costa de Souza Martins
Docente do Curso de Odontologia da Universidade Potiguar– UnP.

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