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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Disciplina: Tópicos Especiais em Educação: Políticas Públicas e Educação.

Nome: Tatiane Cimara dos Santos Medeiros


Turma: X

TÍTULO

RESUMO

PALAVRAS CHAVES

INTRODUÇÃO.
Destaca-se que o processo de escolarização das pessoas em situação de deficiência se
desenvolveu, em grande parte, em instituições privadas de caráter assistencial e a
educação para o trabalho, por sua vez, consistia basicamente em treinamento para tarefas
específicas sem a possibilidade de habilitações mais complexas
EDUCAÇÃO TRABALHO E CIDADANIA

Nesse tópico, buscaremos lançar o olhar para o acesso da pessoa em situação de


deficiência1 à educação para além da inclusão social. A perspectiva é que o acesso à
educação garante a essas pessoas a oportunidade exercerem sua cidadania. Para
compreendermos esse processo é preciso refletir sobre o papel da escola na formação
para cidadania e na construção de uma sociedade que respeite as diferenças.

Para tanto, partiremos do contexto atual no qual se configuram as relações que permeiam
a educação, fortemente influenciado pelas políticas neoliberais. Essas políticas
caracterizam-se por defender a absoluta liberdade de mercado e pela alta restrição à
intervenção estatal sobre a economia. Esses processos resultam diversos em ajustes
estruturais, tais como as privatizações, a fragmentação das políticas estatais.

Essas políticas trazem sérias consequências para os países em desenvolvimento como os


da América Latina. Severino (2010) aponta que nos países latino-americano a
organização econômica capitalista determinada pelas elites nacionais e pela pressão de
grupos internacionais, “impõe uma configuração socioeconômica na qual as condições de
vida da imensa maioria da população continuam extremamente precárias” (SEVERINO,
2010, p. 66).

No mesmo sentido, Chaui (20XX) ao analisar a sociedade brasileira afirma que as


diferenças sociais são transformadas em relações assimétricas de poder. De um lado,
existem aqueles que exercem a cidadania como privilégio de classe, e do outro lado estão
aqueles cujos direitos são considerados concessão ou favor.

É uma sociedade na qual as leis sempre foram armas para preservar privilégios
e o melhor instrumento para a repressão e a opressão, jamais definindo direitos

1 O público-alvo da Educação Especial são estudantes com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento, altas habilidades e superdotação (BRASIL, 1996). Porém, optou-se nesse trabalho por
utilizar a expressão pessoa em situação de deficiência, pois assim como Carvalho (2010) acredita-se que o
conceito de deficiência deve ser compreendido como uma condição social que se estrutura histórica e
socialmente e sua definição é condicionada pela interação das características individuais das pessoas com o
ambiente educacional e social em que vivem.
e deveres. No caso das camadas populares, os direitos são sempre apresentados
como concessão e outorga feitas pelo Estado, dependendo da vontade pessoal
ou do arbítrio do governante. Situação (CHAUÍ, 20XX).

Complementando a ideia de Chauí (20XX), pode-se citar a análise que Paulo Freire faz
do assistencialismo. Segundo o autor, o assistencialismo “faz de quem recebe a
assistência um objeto passivo, sem possibilidade de participar do processo de sua própria
recuperação”. (FREIRE, 1999, p. 56). Em outras palavras, é retirada do homem a
possibilidade de tomar decisões, de lutar pelos seus direitos.

Daí decorre a importância de uma educação que propicie a “reflexão sobre si mesmo,
sobre seu tempo, sobre suas responsabilidades” indispensáveis a sua humanização.
(FREIRE, 1999, P. 56).

Nessa linha de pensamento, Rordrigues (2001) afirma que a educação tem papel
fundamental nesse processo de humanização do indivíduo, pois o homem não se constitui
como homem ao nascer. É necessário um processo educativo intencional e externo que o
transforme de homem biológico para Ser Humano. A formação humana deve capacitar
intelectual e materialmente para atuar de forma consciente na transformação e
conservação do mundo humano e dessa forma tornar-se cidadão. O exercício da
cidadania, por sua vez, “pressupõe a liberdade, a autonomia e a responsabilidade”
(RODRIGUES 2001, p. 236).

Nessa perspectiva, a forma de organização social em que os seres humanos, de forma


coletiva, se articulam para construir um “um modo de viver que lhes permita o mais alto
grau possível de exercício de sua liberdade em um espaço público” denomina-se
Democracia (RODRIGUES, p. 238).

O exercício da cidadania pressupõe o envolvimento consciente de todos nos assuntos do


Estado. Com relação a isso Bauman afirma que

[...] democracia é sobre cuidar não só da opinião da maioria, mas


também ajudar as minorias a terem suas vozes ouvidas. Ter algo a dizer,
em primeiro lugar, e tornar-se interessante de ser envolvido, ser
engajado. (BAUMAN, XXXX, p. 04).

Tendo em vista que a educação das pessoas em situação de deficiência se insere no


contexto geral da sociedade, apesar de suas especificidades, é de extrema importância
lutar por uma educação comprometida com a transformação da sociedade, através da
socialização do saber construído historicamente pelo ser humano nos níveis mais
elevados, apartando do homem a alienação trazida pelo sistema capitalista.

Dessa forma, a Educação é o meio privilegiado para que ocorra a preparação e a


integração plena. O homem é o único ser que não nasce dotado das capacidades para
orientar-se no processo de sua própria existência. Ao nascer, criatura biológica, é
necessário que ele, através da educação adquira os atributos necessários para se tornarem
cidadãos.

Considerando o papel da educação escolar na formação para cidadania

No que diz respeito ao tema da Educação, o artigo 26 da Declaração dos Direitos


Humanos afirma que “Toda a pessoa tem direito à educação” e que esta “deve visar à
plena expansão da personalidade humana” (ONU, 1948). Nesse sentido, a educação passa
a ser reconhecida como tendo um papel importante para a efetivação dos direito
assegurados nessa declaração.

Segundo Bobbio (1992) os direitos humanos são direitos históricos que nasceram com os
jusnaturalistas e após, foi estendido para as constituições dos Estados Liberais. Todavia, o
autor afirma que o desenvolvimento que somente a após a Segunda Guerra Mundial é que
direitos humanos se tornaram um problema internacional passando a ser tratados por
todos os povos.

Esses direitos, formalizado na Declaração dos Direitos Humanos de 1948, são


inalienáveis e estendidos a todos os indivíduos, independente de raça, cor, religião, etnia
ou qualquer outra diferença. Estes direitos são aceitos por vários países os direitos civis,
tais como a liberdade, direito a vida e a propriedade (CURY, 2009).

Em seguida apresentaremos o processo histórico de configuração da Educação Especial e


da Educação Inclusiva.

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL À EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

Educação Especial e Educação Inclusiva são expressões que têm sido empregadas
indistintamente para se referir à educação de estudantes em situação de deficiência. No
entanto cabe distinção entre os dois termos.

A Educação Especial é uma modalidade da educação educacional brasileira prevista na


Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) lei nº 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, transversal a todos os níveis, modalidades e etapas de ensino e é
destinada ao atendimento de um público-alvo específico, a saber, estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação.

O conceito de inclusão educacional começou a ganhar força no final do século XX e está


relacionado às práticas que se fundamentam na ideia de que a sociedade deve eliminar as
barreiras que impeçam a plena participação das pessoas socialmente excluídas. Dessa
forma, a educação Inclusiva se baseia no reconhecimento e na valorização das diferenças
humanas e para que ela se efetive na educação é necessário que as escolas adaptem os
ambientes e especialmente as metodologias de ensino e aprendizagem para garantir a
participação, interação e autonomia de seus alunos.

A Educação Especial
As primeiras iniciativas oficiais de institucionalização da Educação Especial no Brasil
datam da segunda metade do século XIX e se deu dentro de um contexto de pouca
atenção à educação pública em geral. Nesse sentido, o Brasil imperial, de mão de obra
escrava, apoiada no setor rural e iletrada, a educação popular só passou a ser preocupação
das elites dominantes tardiamente quando foi considerada necessária para
instrumentalizar de forma adequada a mão de obra (KASSAR, 2011, JANNUZZI, 2004).

A história mostra que até meados da metade do século XX, a educação das pessoas em
situação de deficiência era tratada como um problema de doença ou de marginalidade.
Segundo Kassar (2012, p. 835), na década de 1930 era possível perceber na legislação de
vários estados brasileiros uma “tênue distinção entre marginalidade, pobreza e
deficiência”. A autora afirma ainda, que nesse período os serviços de higienes de
diferentes estados, tendo como base a visão médica e psicopedagógico, passaram a
classificar os alunos em “normais” e “anormais” o que consistia em um verdadeiro
“processo de patologização escolar” (KASSAR, 2012, 836).

Após a segunda metade do século XX, a Educação Especial passa a se configurar nas
políticas públicas nacionais como reflexo de movimentos ligados às pessoas com
deficiência e também pela formalização dos direitos humanos e sociais através da
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. (KASSAR, 2012).

Embora a Educação Especial passe a configurar na legislação educacional como


“educação dos excepcionais” por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei 4.024/61, o Estado não assumiu integralmente a educação das pessoas com
deficiência, pois a lei admitia a matrícula preferencialmente no ensino regular. Dessa
forma, a educação, principalmente daquelas pessoas em situação de deficiência mais
severa, continuavam acontecendo em instituições especializadas. (MAZZOTTA, 2005).

Em um esforço de expansão da educação pública no Brasil, durante a década de 1970,


houve a implantação de classes especiais em todo Brasil. Porém, o setor público assumiu
o atendimento aos alunos com deficiências consideradas leves e repetentes, enquanto os
alunos “que demandaram atendimento mais especializado”, permaneceram atendidos
setor privado (KASSAR, 2011, p. 46).

A partir da década de 1970, o Brasil passa por mudanças políticas e ideológicas para se
adaptar às novas exigências do capitalismo internacional. Nesse contexto, a concepção de
educação passa a se vincular ao desenvolvimento econômico do país ao constituir-se
como importante formadora da força de trabalho. Com relação à educação das pessoas em
situação de deficiência, as políticas enfatizam a necessidade de capacitar essas pessoas
para torna-las útil para a sociedade (JANNUZZI, 2004).

Nesse mesmo período, começa a penetrar no Brasil o princípio da Integração ou


Normalização. Segundo tal teoria, nascida na Dinamarca, por volta da década de 1960,
tem como base a ideia de que é preciso adaptar as pessoas com deficiência a viver em
sociedade. A integração não satisfaz completamente os direitos das pessoas em situação
de deficiência, pois “pouco exige da sociedade em termos de modificação de atitude, de
espaços, de objetos e de práticas sociais” (SASSAKI, 2005, p. 21).

Embora, a educação configure como um direito na Declaração dos Direitos Humanos a


partir de 1948, só a partir do final do século XX é que o tema da Educação Inclusiva
passa a se destacar nos campos políticos e acadêmicos, tornando-se assunto em
conferências internacionais que resultaram em acordos dos quais o Brasil é signatário.
Entre esses acordos, destacam-se a Conferência Mundial de Educação para Todos
realizada em Jomtien, Tailândia, no ano de 1990, cujo Brasil coube assumir a
responsabilidade de assegurar a universalização do direito à Educação; e a Conferência
Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais realizadas Documentos como a
Declaração de Salamanca (1994) cuja proposta estabelece que incluir os alunos com
necessidades educacionais especiais na escola regular seria a melhor forma para se
combater a discriminação e o preconceito.

A Constituição Federal de 1988 consolida um sistema de proteção social e incorpora em


seu texto os a proposta de uma educação destinada a todos.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988).

A partir da década de 1990 a proposta de educação inclusiva vai se ampliando e sendo


incluída na legislação nacional de educação através da LDBEN.

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de


liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

É possível observar nos artigos citados que a educação escolar é um direito de todos e
deve preparar para o exercício da cidadania e a preparação para o mundo do trabalho,
além de vincular-se às práticas sociais visando o pleno desenvolvimento da pessoa
humana.

No que diz respeito ao tema da Educação, o artigo 26 da Declaração dos Direitos


Humanos afirma que “Toda a pessoa tem direito à educação” e que esta “deve visar à
plena expansão da personalidade humana” (ONU, 1948). Nesse sentido, a educação passa
a ser reconhecida como tendo um papel importante para a efetivação dos direito
assegurados nessa declaração.

Segundo Bobbio (1992) os direitos humanos são direitos históricos que nasceram com os
jusnaturalistas e após, foi estendido para as constituições dos Estados Liberais. Todavia, o
autor afirma que o desenvolvimento que somente a após a Segunda Guerra Mundial é que
direitos humanos se tornaram um problema internacional passando a ser tratados por
todos os povos.

Esses direitos, formalizado na Declaração dos Direitos Humanos de 1948, são


inalienáveis e estendidos a todos os indivíduos, independente de raça, cor, religião, etnia
ou qualquer outra diferença. Estes direitos são aceitos por vários países os direitos civis,
tais como a liberdade, direito a vida e a propriedade (CURY, 2009).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por outro lado, ao conceber o trabalho como via de inclusão social e de satisfação para a
vida das pessoas com deficiência, a educação profissional pode significar uma via de
formação e humanização, ainda que imersa em um cenário de contradições sociais
(FOGLI, 2010), pois, além da aprendizagem de habilidades técnicas e operacionais
específicas para o desempenho de determinada função, pode propiciar a essas pessoas o
acesso ao conhecimento sobre seus direitos e deveres. Através dessa concepção, a
educação profissional pode ser uma via potencializadora da autonomia do sujeito com
deficiência, tomando em consideração as possibilidades e limitações para o exercício de
sua autonomia, em uma sociedade capitalista.

Tendo em vista o pressuposto de que o trabalho é uma atividade humanizadora, pela qual
o homem constrói relações sociais e satisfaz suas necessidades (econômicas, sociais,
psicológicas etc.), a educação profissional não deve ser reduzida ao ensino de habilidade
ou técnicas específicas, ou mesmo ao ensino de comportamentos adequados e menos
desviantes para as pessoas com deficiência, mas, principalmente, deve visar à formação
do homem para o mundo do trabalho, com as diversas relações que se travam nele, para
que tenha conhecimento de seus direitos e deveres e possa se mobilizar e atuar por
mudanças.

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