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Economia e sociedade no

Brasil Império
Considerações a partir do texto de João Fragoso, “O Império escravista e a República dos plantadores”

- Entre 1819 e 1872 verifica-se a transferência definitiva do eixo


econômico do nordeste para o sudeste do Brasil.

- Se em 1819, o nordeste açucareiro detinha 51,2% da população


escravizada do país, em 1872, o sudeste cafeeiro concentrava 59% dessa
mesma população.

- Na década de 1830, as rendas das exportações do café ultrapassam,


pela primeira vez, as do açúcar
- “Assim sendo, segundo aquela visão tradicional, temos, no decorrer do século XIX,
apenas uma mudança de produto. Ou melhor, a uma modificação na pauta de
exportação corresponderia um deslocamento do eixo econômico, e com ele a
transferência da concentração de escravos”.

Assim sendo, a economia continuaria dependente das flutuações externas. Contudo,


“este tipo de interpretação, apesar de conter boa parcela de razão, pode esconder outras
informações presentes em outros dados globais”.

Com relação à distribuição da mão de obra cativa, das atividades econômicas e da


estratificação social, o Brasil era muito mais que uma gigante plantation governada por
senhores de engenho e cafeicultores
- Em 1819, a maior província escravista do Brasil era Minas Gerais, cuja economia
estava mais conectada ao mercado interno do que ao mercado externo.

- Em 1874, nas três províncias cafeeiras (SP, RJ e MG) 60% da população cativa total
encontrava-se em municípios não-cafeeiros.

- Em uma conjuntura de queda geral de preços no mercado internacional (1815-1850),


as exportações de açúcar e café aumentam. Além disso, a importação de africanos
escravizados aumentam e são distribuídos para várias regiões do Brasil. As exportações
de gêneros alimentícios para o mercado interno também crescem, como charque,
farinha, toucinho e trigo.

- Portanto, as flutuações econômicas internas tinham relativa autonomia e não eram


somente dependentes dos estímulos vindos de fora.
Historiografia tradicional
*Caio Prado Jr., Celso Furtado, Fernando Novais e outros

- Não existe mercado interno significativo

- A elite econômica do Brasil era formada pelos grandes fazendeiros e senhores de engenho

- Como o mercado interno é frágil, não existe espaço para enriquecimento fora da
agroexportação

- João Fragoso – Sociedade e economia no Brasil (século XIX)


* Seguindo linha de Jacob Gorender, Ciro Cardoso, Maria Yedda Linhares

- Existência de um mercado interno

- Hegemonia do capital mercantil no sistema econômico

- Acumulações endógenas no interior do sistema econômico


- Os sistema econômico consistia em uma contínua recriação de novos
sistemas agrários regionais, com seus respectivos mercados locais e regionais,
nas fronteiras agrícolas do Império.

- Tal processo era dependente do capital mercantil e, no centro-sul, em


especial dos comerciantes de grosso trato do Rio de Janeiro.

- As novas sociedades criadas eram essencialmente escravistas, com um


grande grau de concentração de riqueza nas mãos de uma pequena elite e
reproduziam nas localidades as hierarquias internas que caracterizavam a
sociedade brasileira da época.
Comerciantes de grosso trato no RJ

- Tráfico transatlânticos de africanos


escravizados
- Emprestavam dinheiro
- Atuavam no comércio de abastecimento de
gêneros
- Exportavam açúcar e café
- Abasteciam de mercadorias outras regiões

- Maior parte dos senhores escravistas era


formada por pequenos e médios produtores
(menos de 10 cativos). Entretanto, a
concentração ficava nas mãos dos grandes
senhores.

- Produção agropecuária para a bastecer o


mercado interno (plantations, vilas e cidades)
era predominantemente realizada pelos
pequenos e médios produtores escravistas.

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