Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Há ausência de clareza quanto a formação que o cidadão deveria receber para adaptar-
se as transformações em curso (exemplo a substituição do trabalho realizado por máquinas, do
trabalhador braçal, para aquele que opere a máquina), confundem-se com o modelo taylorista-
fordista (Esses dois sistemas visavam à racionalização extrema da produção e,
consequentemente, à maximização da produção e do lucro), a ressignificação está no sentido
de ressignificar os processos de formações produtivas.
A autora traz a problema da falta de consenso para o termo de formação profissional, e
traz alguns autores para debater o tema, iniciando por:
MACHADO (1996) critica a maioria dos autores por utilizarem “qualificação” sem explicar o
conceito na teoria, e quando o faz, faz dentro da visão Taylorista-fordista, que evidencia uma
visão reduzida e essencialista, não considerando o processo como um todo, dessa forma a noção
de qualificação, desqualificação e requalificação não dão conta das diferenças nos processos
produtivos por serem tratadas de formas parecidas (como se fossem a mesma coisa, formação
inicial para uma formação especifica).
BRAVERMAN (1981) A intensificação do trabalho como substituição da qualificação, a forma
que os trabalhadores mais qualificados são os que fazem com que a empresa lucre mais, ou seja
o trabalhador “sem formação profissional”, mas que execute o trabalho pois está diretamente
vinculado a ele gera lucro para empresa e está apto ao trabalho.
FREISSENT (1992), ZARAFIAN (1992), CORIAT (1994) HIRATA (1994), criticam o “modelo de
competência” , segundo o qual haveria um esquecimento da própria noção de qualificação, e
seria levado em “conta” o saber, carreira salário e a partir desses valores qualitativos há
mobilidade e engajamento , nesse modelo ganha importância a distinção entre a qualificação
profissional e a qualificação não adquirida mas percebida pelo empregador.
FRIGOTTO (1995): Conduz questão do ponto de vista da relação entre as exigências de novas
qualificações e escola básica, buscando superar a ideia de que economia está vinculada ao
conhecimento e que está ao alcance de todos através da educação, pois tal crença traz conduz
a defesa do trabalhador polivalente que apresenta múltiplos valores ou oferece várias
possibilidades de emprego, de função; multifuncional.
DELUIZ (1995) Detém-se na análise de qualificações profissionais e suas implicações para
formação profissional, para ela uma perspectiva de formação para o trabalho que pretende
ultrapassar a visão pragmatísta de adequação da força do trabalho às necessidades modernas
econômicas, deve-se apontar para as dimensões profissionais e políticas, ou seja, superar a
divisão entre o trabalho e a cultura.
A secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional do Ministério do Trabalho
Brasil, elaborou um projeto de “Educação profissional’ que tinha como objetivo resgatar a
qualificação compreendida como não apenas o desempenho técnico, mas também a cidadania.
A autora traz a ideia de que a educação é uma necessidade da empresa e interesse os
trabalhadores, mas a formação técnica profissional tem sido decidida no mercado de trabalho,
assim se reduz a educação as necessidades do mercado de trabalho o qual passa por diversas
mudanças.
MEXICO:
A entrada do México no TLC causou graves danos aos trabalhadores. Muitas demissões
ocorreram decorrentes deste tratado, queda dos salários e etc.
O país, para adequar-se aos moldes estrangeiros e para sua efetiva entrada no TLC teve de abrir
portas para o mercado estrangeiro, fazendo com que os mesmos gozassem dos mesmos direitos
dos investidores locais.
A formação técnica e profissional do México segue a mesma linha dos demais países latinos. Se
viram impulsionados pela industrialização, crescente e a ascensão do capitalismo, assim como
pelas diretrizes da OIT.
OBS: o sistema visava permitir a formação dos trabalhadores dentro ou fora do local, do posto
de trabalho ou da empresa, e aproveitar os sistemas de educação técnica das instituições de
formação públicas e privadas.
As políticas que são elaboradas geralmente ocorrem entre trabalhador e empresa, sem
fiscalização. E que não dão conta de uma formação voltada para atual economia. Não levando
o indivíduo a se enxergar como categoria.
Sendo assim, no México, a formação é para colocar o indivíduo no mercado de trabalho, sem a
preocupação de uma formação global, somente empregar quem está ingressando. Cujo objetivo
é formar para trabalhar dentro da empresa, o que faz com que ele só se qualifique para aquele
trabalho.
ITÁLIA
Neste período dos anos 90, a Itália, mesmo com sendo um pais desenvolvido se comparado ao
Brasil no que diz respeito a educação básica e profissional, passa por um momento de crise.
Crise esta, que pode ter como razoes algumas questões tais como: Redução da taxa de
sindicalizados devido ao desemprego. (o que diminui a capacidade deles de se mobilizarem); os
currículos engessados não dão conta de atender a formação considerando o desenvolvimento
industrial; falta de profissionais para promover as formações; e o fato dos empresário exigirem
que as formações sejam restritas.
Porém muitas foram a conquista dos trabalhadores organizados na Itália. O que evidencia que
quando uma organização sindical detém algum conhecimento sobreo trabalho, pode alcançar
muitos avanços.
Houve também na Itália o programa das 150 horas. Que assegurava ao trabalhador, em
contrato, uma redução na carga horária para se dedicar aos estudos e melhorar sua cultura.
Porém nem a Europa consegue acompanhar a globalização. Com uma crise, a Itália passa por
uma situação seria de desemprego de jovens e adultos.
Com um incentivo a uma escolarização cada vez mais prolongada, que causa insatisfação aos
jovens que anseiam entrar o mais rápido no mercado de trabalho.
Neste contexto, a formação profissional parece tornar-se uma estratégia de interesse comum
dos trabalhadores, das empresas e da sociedade. No entanto, há um intenso processo de
ideologização em torno dos seus benefícios. Não há dúvidas que as transformações econômicas
e culturais em curso exigem novos conhecimento e novas atitudes. Mas esse ajuste supera a
racionalidade econômica que o exige. Ele se confronta com a cultura, com os benefícios sociais
já conquistados, com direitos da cidadania.
Considerações Finais
A formação profissional nos anos 90 não é vista de forma geral, devido a incerteza do
trabalho e dos aspectos políticos envolvidos. Pois parte da visão empresarial e das
políticas governamentais;
No Brasil e no México a formação profissional está voltada para atender as exigências
da preparação de mão de obra para os novos processos produtivos;
Na Itália é uma estratégia político-social que visa amenizar os efeitos perversos de
desemprego, mediante das diretrizes do Fundo Social Europeu;
Para os trabalhadores no Brasil e no México, mesmo sendo países dependentes de
países ricos, a formação ainda é uma questão complexa: restrição dos recursos
destinados a redução dos efeitos de globalização e dos processos de reestruturação
produtiva; trabalhadores com níveis insuficientes de escolarização dificultando a
reflexão das transformações em curso e para a tomada de decisão sobre as exigências
do mercado excludente; reprodução de democracia nestes países tornam a ação
sindical mais difícil; as organizações sindicais não disponibilizam com clareza estratégias
de formação adequadas aos objetivos de emancipação dos trabalhadores e ás formas
de negociação, envolvendo cooperação com as empresas;
A questão da formação profissional, ainda se encontra com sérios problemas par se
chegar a solução mesmo sendo concebida nas linhas gerais do modelo japonês;
Na Itália já houve evoluções como conquistas laborais significativa, de nível médio de
escolarização generalizado, de níveis altos de qualificação profissional e de bem-estar
social, diminuindo significativamente a visão da situação de classe e as lutas e
reinvindicações buscam encaminhamento nas comissões bilaterais;
Na Itália teve-se a preocupação de aproximar trabalhadores e patrões, sindicatos e
empresas. Nesse sentido, nos anos 70 e 80, com o novo sistema de produção e o da
especialização flexível, opondo-se ao sistema de produção de massa, mudando o papel
dos sindicatos: os sindicatos passam a operar através da “participação nas decisões” e
não impondo condições de trabalho e salários como no sindicalismo de produção de
massa; em um período de continua inovação tecnológica e organizativa, “ o sindicato
exercita sua influencia modelando e controlando a infra estrutura que torna a inovação
possível”; o sucesso dessas iniciativas “depende da centralidade de um trabalho
altamente qualificado nos sistemas de especialização flexível”;
Para que haja transformações das relações de trabalho, é necessário mudanças nas
condições laborais e nas condições de vida; ( ideologização)
No caso do Brasil e do México, há um grande risco de ideologização. Pois esses países
sofrem influências de ideias gerados em outros países desenvolvidos. Sendo difícil
pensar numa nova filosofia de relações de trabalho e de relações sindicais;
No Brasil, o “sindicato de oposição” como parte de uma cultura política, também como
modelo econômico excludente;
Na Itália, voltado para o “sindicato de cooperação”, no qual visa as transformações das
relações de trabalho e da política de retribuição de renda.