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Paulo Quileili

COLEÇÃO PROVAS COMENTADAS


Raciocínio Lógico ESAF
3a edição

& £ d ito m ^ e i r a

Rio de Janeiro
2009
Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2005-2009

1.ed. 2005; 2. ed. 2008; 3. ed. 2009

Capa
Bruno Barrozo Luciano

Diagramação
Bruno Barrozo Luciano e Diniz Comes dos Santos

Revisão
Fiávia Bozzi Costa

Esta edição foi produzida em abri! de 2009, no Rio de Janeiro,


com as famílias tipográficas Syntax (9/10,8) e Minion Pro (12/14), e impressa nos papéis
Chambril 70g/m2 e Caroiina 240g/m2 na gráfica Sermograf.

CIP-BRASJL, CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE UVROS, RJ.

Q58r
3.ed.
Quilelli, Paulo, 1946-
Raciocínio lógico ESAF / Paulo Quilelli. - 3.ed. - Rjo de Janeiro : Ed. Ferreira, 2009.
184p.-(Provas comentadas / da ESAF)
ISBN 978-85-7842-068-0
1. Lógica simbólica e matemática - Problemas, questões, exercidos. 2. Matemática - Problemas, questões,
exercidos .3. Serviço público - Brasil - Concursos. I. Escola de Administração Fazendária (Brasil). II. Titulo. III. Série.
09-1556.
CDD: 511.3
CDU: 510.6
06.04.09 09.04.09 011957

Editora Ferreira
contato@editoraferreira.com.br
www.editoraferreira.com.br

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou


pardal, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor
(Lei n° 9.610/98) é crime estabelecido peío artigo 184 do Código Penal.

Depósito legal na Bibíioteca Nacional conforme Decreto n° 1.825,


de 20 de dezembro de 1907.

impresso no BrasiUPrinted in Brazii


Sumário

Parte 1 - Resumo teórico


C onjunto............................................................................................................... 1

Pertinência............................................................................................................. 1
Representação do conjunto.................................................................................... 1
Igualdade........... ;.................................................................................................. 1
Conjunto vazio.....................................................-................................................. 2
Conjunto unitário.................................................................................................... 2
Conjuntos N um éricos.......................................................................................... 2
Relação de In c lu s ã o .......................................................................................... 3
Interseção de conjuntos...........................................................................................4
União de conjuntos..................................................................................................4
Diferença de conjuntos........................................................................................ 5
Conjuntos U niverso...............................................................................................5
Conjunto C o m p lem en tar................................................................................... 5
Conjunto das P artes.............................................................................................. 6
Lógica............................................... *.................................................................... 6
Operações L ógicas................................................................................................ 8
Tautologia ..................................................................................:....................... 11
C ontradição..................................................... i......... ........................................ 11
Contingência...................................................................................................... 12

Implicação L ógica............... .....l................. ..................................................... 12


Equivalência L ógica......... ..............I....... ............................................ .......... 13
Proposição Contrapositiva......... ...................... .............................................. 13
Regras de N egação..................................... ..................................................... 14
Argumentação L ó g ica............................................. ....................................... 15
Quantificadores ............................................................................................... 16
Diagramas L ó g ico s.......................................................................................... 16
Negação de Sentenças com Quantificadores................................................. 17

lll
M atriz ................................„......... ................................................................... 18
Operações ........................................................................................................ 20

D eterm in an te.......................... .........................................................................2 2


Sistema L in e a r..................................................................................................25
Análise C o m b in ató ria ....................................................................................30
Probabilidade.......................................................................................................34

Parte 2 - Provas resolvidas '

Prova 01 - Agência Nacional de Águas-ANA/2009 ...................................... 37


Prova 02 - Controladoria Geral da União/TFC/2008 .................................. 45
Prova 03 - Vários cargos/MPOG/ENAP/SPU/2006 ...................................... 51
Prova 04 - Analista de Finanças e Controle/AFC/2006................................... 63
Prova 05 - Técnico administrativo/Aneel/2006 ............... *........................... 73
Prova 06 - Auditor-íiscal do Trabalho/AFT/2006 .......................................... 79
Prova 07 ~ Auditor-fiscal da Receita Estadual/AFRE-MG/2005 .................. 83
Prova 08 ~ Gestor fazendário/Gefaz-MG/2005 ............................................. 87
Prova 09 - Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG/2005 ............... 91
Prova 10 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.2 ............................... 101
Prova 11 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.1 ................................. 111
Prova 12 - Analista/Área administrativa/MPÜ/2004 ................................ 121
Prova 13 - Analista de Finanças e Controle/CGU/2003-2004 .............. 133
Prova 14 ~ Auditor-fiscal do Trabalho/MTE/2003 ..................................... 143
Prova 15 - Auditor do Tesouro Municipal/Prefeitura do Recife/2003 ...... 151
Prova 16 - Analista de Finanças e Controle/AFC / 2 0 0 2 ............................... 155
Prova 17 ~ Analista/Serpro/2001 ..................................................................... 161
Prova 18 - Técnico de Finanças e Controle/SFC/2000 ................................ 171

IV
Resumo Teórico

Conjunto

Uma ideia intuitiva de conjunto pode ser: conjunto é uma coleção de obje­
tos. Entendem-se objetos como números, pessoas, animais, pontos, etc., que são
os elementos do conjunto.
É usual o emprego de letra maiúscula para representar conjunto, e de le­
tra minúscula para representar um elemento desse conjunto.

Pertinência
Se a é elemento do conjunto A: j a e Ã| lê-se “a pertence a A”

Se a não é elemento do conjunto A:|a g Aj lê-se “a não pertence a A”.

Representação do conjunto

a) Através de seus elementos colocados entre chaves e separados por


vírgula:
A = {1 , 2 , 3,4}
b) Através de uma propriedade de seus elementos:
B - {x | x é primo menor que 10}, onde “j” lê-se “tal que”
c) Através de diagrama (diagrama de Venn)

Igualdade

Dois conjuntos A e B são iguais se todos os elementos de A forem elemen­


tos de B e todos os elementos de B forem elementos de A.
A- B
Nota: A = {2,5,7}
B = {2,2, 5,7,7,7}
C = {7, 5 , 2 }
A=B=C

1
Provas Comentadas da Esaf

Conjunto vazio

A ~ {x e N | x 2 - -9}

O conjunto A não tem nenhum elemento, logo, A é vazio.

A = {} ou A = 0

Conjunto unitário

A = {x | x é a capital do Brasil}
A é um conjunto que possui um só elemento:
A - {Brasília}, logo, A é conjunto unitário.

Conjuntos numéricos

Conjunto dos Números Naturais:


N - {0,1,2, 3,4, 5, 6 ,...}

Conjunto dos Números Naturais Não Nulos:


N* - {1,2,3,4,5,6,...}

Conjunto dos Números Inteiros:


Z = {..., -4, -3, -2,-1,0,1,2,3,4,...}

Conjunto dos Números Inteiros Não Nulos:


Z* = {..., -4, -3, -2,-1,1,2,3,4,...}

Conjunto dos Números Inteiros Não Negativos:


Z, = {0, +1,4-2, +3, +4,,..}

Conjunto dos Números Inteiros Não Positivos:


Z_= {..., -4, -3, -2,-1,0}

Conjunto dos Números Inteiros Estritamente Negativos:


Z > {..., -4, -3, -2, - 1 }

Conjunto dos Números Inteiros Estritamente Positivos:


Z+—{+1, +2, -f-3,4-4,...}

Paulo Quilelli 2
Resumo Teórico

Conjunto dos Números Racionais:


Q = {xj x = , p e Z e qeZ*}

“São todos os números que podem ser colocados sob forma de fração com o
numerador sendo um inteiro e o denominador sendo um número inteiro não nulo”

Conjunto dos Números Racionais Não Nulos:


Q* = {x | x = —, p e Z* e q e Z*}
___________ ^______ __________
Conjunto dos Irracionais:
1 = 1 /2 , y5,e,7T,...}

“São todos os números que não podem ser obtidos pela divisão de dois
números inteiros”

Conjunto dos Números Reais:


8t = Q u I
"Todos os números racionais e todos os números irracionais são núme­
ros reais”.

Notas:
1 ) N c Z c Q c R (todo número natural é inteiro, é racional e é real)
2) Z+ - N
3) Diagrama dos Conjuntos Numéricos

Relação de inclusão

Se todos os elementos de A são também elementos de B, dizemos que "A


está contido em B” ou que "A é subconjunto de B”
A cB

Ou, então, que “B contém A”.


B A

3 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

A negativa se faz:
í A £ Bl A não é subconjunto de B ou A não está contido em B.
B í> AJ B não contém A.

Notas:
1) Todo conjunto é subconjunto de si mesmo: ÍM c M 1
Ou todo conjunto contém a si mesmo: ÍM 3 MÍ

2) O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto:


I 0 c P L qualquer que seja P.

Interseção de conjuntos

A interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elemen


tos que pertencem a A e pertencem a B.
Ex.: A = {1,2 , 3,4} e B = {2 , 3, 5, 6 }
A n B = {2,3}
Logo A n B = {x [ x e A A x e B}
Onde A = e

União de conjuntos

A união de dois conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os ele


mentos de A e todos os elementos de B.

Ex.: A = {1 , 2 , 3,4} e B = {2,3,5,6}


A u B = {1,2, 3 ,4 ,5 , 6 }
Logo | A u B = {x x e A v x e B}
OndeV = o u

Propriedades
A u A =A
A n A —A
Au 0 = A
An 0 = 0
Au B= Bu A
AnB=BnA

Paulo Quilelli 4
Resumo Teórico

(AuB)uC =Au(BuC)
(AnB)nC = An(BnC)
Au(BnC) = (AuB)n(AuC)
An(BuC) = (AnB)u(AnC)

Diferença de conjuntos
A diferença entre um conjunto A e um conjunto B é o conjunto formado
por todos os elementos de A que não são elementos de B.
Ex.: A - {1,2,3,4} e B = {2,3, 5,6}
A - B = {1,4}
Logo A - B = { x | x e A A x ^ B }

Conjunto universo
Quando definimos um conjunto para fazermos uma operação matemáti­
ca qualquer, a esse conjunto denominamos Conjunto Universo (U).
Ex.: A solução da equação x + 5 = 3, sendo U = Z,
é -2, mas, se U = N, a equação não tem solução.

Conjunto complementar
A condição para que exista o complementar de A em relação a B é que A
seja subconjunto de B. Então, determina-se o complementar de A em relação a
B pela diferença B - A.
Se A C B , então C* = B —A

Ex.: 1) A = (1,2, 5} e B = {1,2,4, 5} .


A diferença B - A = {4} pode ser chamada de complementar de A em re­
lação a B, porque A C B .

<={4}

2) A = {1,2, 3,4} e B = {1,2,4,6,7}


A diferença B - A = {6, 7} não pode ser chamada de complementar de A
em relação a B, porque A ÇZ B. Neste caso, não existe o complementar de A em
relação a B.

5 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

5) Complementar de A em relação ao conjunto universo U

A C _
Qy ” A ~ A .

Propriedades
*A ~ A = 0
* A -0 =A
*0 - A = 0
*A u  = U
*AnA = 0
*Sendo n (A) o número de elementos de A,n(AuB) = n(A)-f n(B)-n(AnB)
*n(AuBuC) = n(A) + n(B) + n(C) - n(AnB) - n(AnÇ) - n(BnQ + n(AnBnQ

Conjunto das partes


O Conjunto das Partes de A é o conjunto formado por todos os subcon­
juntos de A:
~ P (Ã 7

Ex.: A = {1,2, 3}
P (A) - { 0 , {1}, {2}> {3}, {1,2}, {1,3}, (2}3}, {1,2,3}}

Nota: O número de elementos do Conjunto das Partes ou o número de


subconjuntos de um conjunto de n elementos é 2Q.

n (A) = n => n [P(A)j = 2a

Ex.: A = {1, 2,3}


n (A) = 3 => n [P(A)j = 23 = 8

LÓGICA

Proposição: É uma sentença fechada declarativa que exprime um pensa­


mento que pode ser verdadeiro ou falso e que normalmente é designada pelas
letras p, q, r ,...
Ex.: p: China é um país asiático

Paulo Quilelli 6
Resumo Teórico

Não são proposições as interrogativas, as imperativas e as exclamativas,


pois não podem ser classificadas de verdadeira ou falsa.
Ex.: Quem está aí?
Feche o olho.
Feliz aniversário!
Valores Lógicos: Os valores lógicos de uma proposição são a verdade (V), se a
proposição for verdadeira, e a.falsidade (F), se a proposição for falsa.

Princípios básicos da lógica


Io) Princípio do terceiro excluído: Toda proposição só pode ser falsa ou
verdadeira, exduindo-se qualquer outra hipótese.
2o) Princípio da não-contradição: Uma proposição não pode ser verdadei­
ra e falsa ao mesmo tempo.

Exercício
Determinar o valor lógico das proposições abaixo:
1) O 2 é o único número natural par que é primo (V )
2) Manaus é a capital do Pará (F )
3) -2 < -9 (F )
4) D. Pedro II foi o último Imperador do Brasil (V )
As sentenças declarativas (proposições) possuem valor lógico verdadeiro (V)
ou falso (F). As sentenças interrogativas, imperativas ou exclamativas não são pro­
posições e, por conseguinte, não possuem valor lógico.
São proposições:
a) Fernanda Montenegro é artista premiada.
b) Uma tonelada tem 1.000 gramas. ,
Não são proposições: .\
a) Obina é craque? (interrogativa)
b) Feliz aniversário! (exdamativa)
c) Vá embora, (imperativa)
Conectivos: São expressões utilizadas para, a partir de proposições simples,
formar proposições compostas. Essas expressões são representadas por sinais lógi­
cos. São eles:
A., e
V., ou
-¥ s e ... então
O . se, e somente se

7 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Exemplos:
Manuela foi nadar e Rafaela foi ao cinema.
Curitiba é a capital do Paraná ou o rio Amazonas está na Região Norte.
Se João é médico, então sabe biologia.
„ Um triângulo é equilátero se, e somente se, os três lados forem congruentes.

Proposições Compostas: São proposições formadas por duas ou mais propo­


sições simples, utilizando-se os conectivos e, ou> então ou se, e somente se.

Tàbélas-verãade: São tabelas que representam todas as possibilidades dos


valores lógicos (V ou F) das proposições simples ou compostas.

OPERAÇÕES LÓGICAS

Negação (~ ou ~0
A negação de p é não p (~p) ou (-»p).
Se p é verdade, então ~p é falsa, e, se p é falsa, então ~p é verdade.

Tabela-verdade

Ex.: Se “Maria vai à praia” for uma proposição verdadeira, então “Maria
não vai à praia” é uma proposição falsa.

Sendo p: A questão não é difícil, então:


~p: A questão é difícil.
~p: Não é verdade que a questão não é difícil.
~p: É falso que a questão não é difícil.

Conjunção (A)

“p e q” (pAq) será verdadeira, se p for verdadeira e q for verdadeira, e será


falsa nos casos restantes.

Paulo Quilelli 8
Resumo Teórico

Tabela-verdade

p q pA q
V V V
V F F
F V F
F F F

Ex.: A Terra gira em torno do Sol e a Lua gira em torno da Terra (V).
A Terra gira em torno de Plutão e a Lua gira em tomo da Terra (F).

Disjunção (ou)
Na língua portuguesa não temos outra palavra para distinguir os dois sen­
tidos da palavra “ou” Exemplo:
P: Paulo é professor ou engenheiro.
Q: Paulo é carioca ou cearense.
Na proposição P, o “ou” é inclusivo , pois aceita a interseção: engenheiro
ou professor, podendo ser engenheiro e professor. Desta forma, o símbolo lógi­
co é “v”.
Na proposição Q, o “ou” é exclusivo, não aceita a interseção: carioca ou cea­
rense, mas não ambos, carioca e cearense. Assim, o símbolo lógico é “V”

Disjunção indusiva (V)


“A princesa é bonita ou formosã”
Entende-se que “a princesa é bonita” pode ser verdade, “a princesa é formo­
sa” também pode ser verdade, assim como “bonita e formosa” também. Isso ca­
racteriza a disjunção indusiva.
“p ou q” (p V q) será falsa sempre que p for falsa e q for falsa, e será ver­
dadeira nos casos restantes.
Tabela-verdade
P- q pV q
V v V
V F V
F V V
F F F

Ex.: Suíça é um país africano ou 5 + 9 = 21. (F)


Paris é a capital da França ou 5 > 8. (V)
31 é um número primo ou 10 é um número par. (V)

9 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Disjunção exclusiva (V)

“José nasceu em Pernambuco ou em São Paulo.”


Entende-se que não pode ser verdade nascer em Pernambuco e em São
Paulo. Aqui a interseção não existe, é falsa.
“p ou q, mas não ambos” (p V q) será falsa sempre que os valores lógicos
de p e q forem ambos verdadeiros ou ambos falsos, e verdadeira quando os va­
lores lógicos forem contrários.
Tabela-verdade

p q pV q
V ' V F
V F V
F V V
F F F

Condicional (—>)
“se p, então q” (p —> q) é sempre verdadeira, exceto quando p é verda­
deira e q é falsa.
Tabela-verdade

P q
V v v
V F F
F V V
F p v

Ex.: Se a bola de futebol é cúbica, então a borboleta é peixe. (V)


Se o Brasil é campeão, então 4-1-3 = 9. (F )
Se 4 é ímpar, então 3 é menor que 9. (V)

Nota: Chamando de p a proposição ”6 é número inteiro” ede q % é nú­


mero real”, a proposição composta "se 6 é número inteiro, então 6 é real” enten­
de-se como p —>q.
“6 ser núm ero inteiro” (p) é condição suficiente para “6 ser real” (q),
enquanto que “6 ser real” (q) é condição necessária para "6 ser núm ero in­
teiro” (p).

Paulo Quilelli 10
Resumo Teórico

Bicondicional (<->)
“p se, e somente se, q” (p <-» q) só será verdadeira se ambas forem verdadei­
ras ou ambas forem falsas, e será falsa quando tiverem valores lógicos contrários.
Tabela-verdade
p <í p > <j
V V v
V F F
F V F
F F V

Ex.: Paris fica na França se, e somente se, a baleia é mamífero. ( V )


Tiradentes foi inconfidente se, e somente se, 8 < 2. (F)
A Terra é plana se, e somente se, 3 é um número irracional. ( V )
Notas:
1) p é condição necessária e suficiente para q, ou ainda, q é condição ne­
cessária e suficiente para p, na bicondicional p(v) «->q(v).
2) Chamando de p “Flamengo é campeão” e de q “Flamengo somou mais
pontos”, a proposição composta “Flamengo é campeão se, e somente se, somou
mais pontos” entende-se como p<~~>q. “Flamengo é campeão” é condição neces­
sária e suficiente para “Flamengo somou mais pontos”, assim como “Flamengo
somou mais pontos” é condição necessária e suficiente para “Flamengo é campeão”.

Tautologia
Ê toda proposição verdadeira sempre, independente dos valores lógicos
das proposições que a compõem.
Ex.: p V ~p ,

P ~P ...: 'P v ~P
V F- V
F • V ' V

“Chove ou não chove” é uma proposição tautológica por ser sempre


verdadeira.

Contradição
É toda proposição sempre falsa, independente dos valores lógicos das
proposições que a compõem.
Ex,: p A ~p

11 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

p ~P p A~p
V F F
F V F

“Chove e não chove” é uma contradição por ser sempre falsa.

Contingência

É toda proposição composta que não é tautológica nem contraditória, isto


é, a sua tabela-verdade possui os valores lógicos V e F.
Ex.: A proposição composta (pA~q) (~pvr) é uma contingência.

P q r ~q ' P A~q ~P ~pVr (pA~q) (~pvr)


V V V F F F V F
V v F F F F F V
V F V V V F V V
V F F V V F F F
F V V F F V V F
F V F F F V V F
F F V V F V V F
F F F V F V V F

Implicação lógica
p => Q (P implica Q) lê-se “P implica Q”.
P só implicará Q se a condicional P => Q for tautológica, isto é, for sem­
pre verdadeira.
Ex.: p A q => p V q

Vamos verificar pela tabela verdade se a condicional (p A q) *» (p v q) é


tautológica.

P q p-> q "ip ->pVq (p^q)< -^(-> pV q)


V V V F V V
V F F F F V
F V V V V V
F F V V V V

A condicional é tautológica, p Aq implica p v q.


Caso uma proposição não implicar outra denotamos por =£.
Ex.: (p A q) =£ (p v q)

Paulo Quiielli 12
Resumo Teórico

Equivalência lógica

P <=> Q (P eqüivale a Q ou P é equivalente a Q).


P só será equivalente à Q se a bicondicional P -o Q for tautológica, isto
é, for sempre verdade.
Exemplo: Vamos verificar se a proposição “se faz sol vou à praia” é equiva­
lente a “não faz sol ou vou à praia”, expressas logicamente por:
(p -* q) <=> (“>p Vq).
Façamos a tabela-verdade para verificar se a bicondicional:
(p q) (ip Vq) é tautológica.

p q P —^ •np ->p V q (p -> q) <-> (-.p V q)


V V V F V V
V F F F F V
F V V V V V
F F V V V V

A bicondicional é tautológica, portanto são equivalentes as duas


proposições.
Conclusão: para que a bicondicional seja tautológica é necessário que a
tabela-verdade de p q seja ordenadamente igual à tabela-verdade de -ip v q.
Podemos, então, definir que duas proposições são equivalentes quando têm a
mesma tabela-verdade.

Proposição contrapositiva
'<
~q —» ~p é chamada de proposição contrapositiva de p —> q. São propo­
sições equivalentes: ‘
(p —»q) <=> (-rq —> ~p)

P q p q “P ..~q ...~q.-»~p
V V ' ’V F F V
V F F F V F
F V V V F v
F F V V V v

Sendo verdadeira a proposição “Se x2 é ímpar, então x é ímpar” (p —> q), será
verdadeira também a proposição “Se x é par, então x2 é par*((_q_> ~p). Caso uma
seja falsa, a outra também será.

13 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

REGRAS DE NEGAÇÃO

Regras de Morgan

~(p A q) <=> ~p v ~q

p q pAq ~{pAq) ~p ~<1 ~pV~<5


V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V

Ex.: A negação de “Lilian é bonita e Rodrigo estuda” é “Lilian não é boni­


ta ou Rodrigo não estuda”.

~(p v q) <=> ~p a ~q

P q pVq ~(pVq) ~P ~q ~pA~q


V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V

Ex.: A negação de “Manuela é nadadora ou 2 + 2 = 5” é “Manuela não é


nadadora e 2 + 2 * 5”

Negação da condicional
~ (p —>q ) <í=>p A ~q

P q p~4q ~(pH>q) ~q . pA~q ..


V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F

Ex.: A negação de “Se faz sol vou à praia” é “Faz sol e não vou à praia”

Negação da bicondicional
~(p B q ) « ( p A ~q) V (~P A q)

P q pO q ~ (p ^ q ) ~P ~q pA~q ~pAq (pA~q)V(~pAq)


V V V F F F F F F
V F F V F V V F V
F V F V V F F V V
F F V F V V F F F

Paulo Quilelli 14
Resumo Teórico

Ex.: A negação de “Dois lados de um triângulo são congruentes se, e somente se,
os seus ângulos opostos são congruentes” é “Dois lados de um triângulo são congruen­
tes e seus ângulos opostos não são congruentes” ou “Dois lados de um triângulo não são
congruentes e seus ângulos opostos são congruentes”

Argumentação lógica

Sejam P1, P2> P3, Pn e Q proposições quaisquer simples ou compostas.


Chama-se argumento uma seqüência finita de proposições Pj, P2, ...., Pn
que infere uma proposição Q.

P j, P2, ..., Pn são as premissas e Q a conclusão. Representamos por:

»^2 »^3 ’ *** ’


Lê-se: P}>P2, ..., Pn acarretam Q ou inferem Q ou Q decorre de Px, P2,...»Pn

Um argumento P1, P2, P ai- Qé válido (legítimo) se, e somente se, a con­
dicional (Pxa P2A P3 ..., Pn) -» Q for tautológica, o que se conclui que é válido o
argumento quando a conclusão Q é verdadeira sempre que todas as premissas
forem verdadeiras.

Quando um argumento não é válido, diz-se que é um SOFISMA ou


FALÁCIA ou ILEGÍTIMO.

Exemplos:
1) Se chove, Paulo vai ao cinema.
Paulo não foi ao cinema. ,

Logo, não choveu. >


Representação simbólica: p '“-> q>~q! — p

V Q
P q p -» q ~P
V V V F F
V F F V F
F V V F V
F F V V V

15 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

A quarta linha é a única em que se tem as duas premissas verdadeiras.


Verificamos aí que a conclusão também é verdadeira. Logo, o argumento é
válido.
2) Pt: Se chove, a rua se molha.
P2: A rua está molhada.

Q: Choveu.

Representação simbólica: p —> q , q b p

Q P2 P.
P q p ^q
V V V
v F F
F y V
F F V

Se houver alguma linha em que as premissas sejam verdadeiras e a con­


clusão seja falsa, o argumento não é válido (é sofisma). Na linha 3, isso é verifi­
cado; logo, esse argumento é um sofisma.

Quantificadores

Para se representar expressões do tipo:


♦ todo elemento do conjunto dos naturais não é negativo;
♦ existe gente que é honesta nas favelas;
Todo e existe são os quantificadores.
V (lê-se para todo, qualquer que seja) é quantificador universal.
3 (lê-se existe, existe pelo menos um) é o quantificador existencial, de
seleção.

Diagramas lógicos

Utilizamos o diagrama de Venn para analisar algumas proposições.

Paulo Quilelli 16
Resumo Teórico

Io) P —» Q pode ser entendido como P c Q (todo P é Q)

3o) A n B = 0 (conjuntos disjuntos) é nenhum A é B

4o) P Q pode ser entendido como P <=Q e Q c P (todo P é Q e todo Q é P)

Negação de sentenças com quantificadores

~(vx)(p) (3x)(~p)

Ex.: A negação de “Todos os alunos desta turma são estudiosos” é “Existe


algum aluno desta turm a que não é çstudioso”

~(3x)(p) <=» (vx)(~p)

Ex.: A negação de “Existe algum atleta preguiçoso” é “Todos os atletas


não são preguiçosos”.

17 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

MATRIZ

É uma tabela de elementos dispostos, ordenadamente, em linhas e colunas.

1. M atriz Genérica

onde* í * ^ a °rá em d° elemento


' [ j é a ordem da coluna do elemento
| m é o número de linhas da matriz
{ n é o número de colunas da matriz

Exemplo:
/I 2 3\
(1) M = L q g é a matriz do tipo 2 x 3 (2 linhas por 3 colunas); é uma
matriz retangular.
(2) Na matriz anterior, o elemento 2 é o aJ2>pois é da primeira linha e se­
gunda coluna. O elemento 5 é o a21>segunda linha e primeira coluna.

2. M atriz Linha (m = 1)

B = (l 4 -3 7)m

3. Matriz Coluna (n = 1)

4. M atriz Nula

as Todos os seus elem entos (a..) são nulos (a. = 0)


_ 0 0 01 paj-a qualquer i ou j.
” 0 0 0
2x3

Paulo Quilelli 18
Resumo Teórico

5. M atriz Q uadrada (m = n)
'4 1 -3
A= 2 0 5 Os elementos da diagonal principal são: 4,0 e 9 e
6 -2 9 os da diagonal secundária são: -3, 0 e 6.

Obs.: A soma dos elementos da diagonal principal chama-se traço da matriz.


T(A) —a15 + a22 + a33 —4 + 0 + 9 = 13

6. M atriz Diagonal: é uma matriz quadrada na qual os elementos que não


pertencem à diagonal principal são nulos.
4 0 0
D 0-8 0
0 0 0

7. M atriz Triangular: é toda matriz quadrada em que todos os elementos


de um mesmo lado da diagonal principal são nulos.
6 2 —3 4
1 0 0'
0 5 1 2
Ex.: A 4 3 0 ou D =
0 0 -3 7
5 -2 7
0 0 0 8

8. M atriz Identidade ou Unidade: é uma matriz diagonal na qual os ele­


mentos da diagonal principal são iguais a 1.

1 0] 1 0 0
|3 _ 0 1 0
0 lj
0 0 1

9. M atriz Transposta: dada úma matriz A, a sua transposta A1terá suas


colunas, respectivamente, iguais às linhas de A e, consequentemente, terá suas
linhas, respectivamente, iguais às colunas de A.
'4 7 '
4 -1 9
-1 8 » » Á* = 7 8 —2
9 -2

Propriedades da matriz transposta

I a) (A O ^A
2a)(A + B)t = At + Bt
3a) (K.A)1= JLA\ K constante
4a) (A.B)1= B*. A1

19 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

10. Matrizes Iguais: terão seus elementos, respectivamente, iguais. Se


A = B, então a..i) = b...
i}
'2 1‘ a b
Ex.: 4 6 logo: a = 2, b = 1, c - 4, d - 6 .
c d

11. Matriz Oposta: se A e B são opostas então A = -B


1 4 -1 -4 1
Ex.: A B—
0 -3 2 0 3 - 2

12. Matriz Simétrica: uma matriz A, quadrada, é dita simétrica se A = A*.


2 ~4 2 -4
Ex.: A = - 4 -4 5
5

13. Matriz Anti-simétrica: uma matriz A, quadrada, é dita anti-simétri­


ca se A = -A1.
0 1 -5 ãij = 0 se i —)
- 1 0 6 a« ——a;; se i# j
5 -6 0

OPERAÇÕES
Adição e Subtração: só podemos somar ou subtrair matrizes de mesma
ordem.
Ex.:

/ 4 1\ 3 - 1\ / 4 + 3 1 - 1 \ 17 0 \
(1) - 5 7 + 4 7 — _5 4. 4 7 + 7 = - 1 14
\ 0 ~ 6
8 2 I ^0 + 8 —6 + 21 \ 8 ~ 4

(2)
~6 8 - 5 ) 17 - 4 5 \ _ / - 6 - 7 8 - (-4 ) - 5 - 5 13 12 - 10
0 1 3) \1 2 1-2 3 - ( ~ 6 ) j " \ - l -1 9

Propriedades:
( 1 ) (A + B) + C = A + (B + C)
(2 ) A + B = B + A

Multiplicação de Matriz por Constante: multiplica-se cada elemento da


matriz pela constante.

Paulo Quilelli 20
Resumo Teórico

1 ~3 4 x 1 4 x (— 3)' 4 -1 2 '
0 5 4x0 4x5 0 20

M ultiplicação de M atriz p o r Matriz: só podemos multiplicar matrizes


em que o número de colunas da primeira é igual ao número de linhas da
segunda. A matriz produto terá o número de linhas da primeira e o número
de colunas da segunda.

Ex.:
A YB = P
' ' 2x4 A 4x3 2x3

(2)A 3s4 x B3x4 = não existe o produto


(3)
/I —3\ (~ 2 1\ /I x (-2 ) + (-3 ) x 4 1x1 + (—3) x 6 \ /—14 -17\
\2 0 j x ^ 4 6y ^ 2 x (—2) + 0 x 4 2xl + 0 x 6 j ~ \ - 4 2)

Obs.: Em geral, o produto de matrizes não tem a propriedade comutativa


A x B # B x A (verifiqueos exemplos anteriores).
Sendo In matriz unitária de ordem n, tem-se que
*
An .1n - An .

14. M atriz Inversa (A_I)


Dizemos que A”1é a matriz inversa de A se:

A xA "1 = A4 x A =1 a
2 51 A-i r § - 5 ' 1 0
3 8j Í A ~ [ - 3 2 ; AxA“l = 0 L

Propriedades da matriz inversa:


I a) (A'1)'1- A
2a) (A.B)"1- B^.A'1
3a) (Ac)'1- (A’1)*

Exercício resolvido: Determinar X na equação A.X.B = C.


A_1.A.X.B = A'KC
IX B = A 1.C
X.B = A~\C
X.B.B1= A^.C.B'1
X.I = A^.C.B'1

Logo: X - A'l.C.B'1

21 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

DETERMINANTE

É uma função que associa matrizes quadradas a números reais.

1) Matriz l x l => A - [ aH ] => det. A —} a } = au


Ex.: A = [ -3 ] = > det A = j - 3 1 = -3

2) Matriz 2 x 2
Calcula-se o determinante fazendo a diferença entre o produto dos elemen­
tos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
1 2 1 2
Ex.: A = => det. A = 1 x 4 ~~2 x 3
3 4 3 4

3) Matriz 3 x 3 (Regra de Sarrus)


10 3
Ex.: A = 4 5 - 1
7 8 2

det A = = 10 + 96 + 0 -(1 0 5 - 8 + 0) = 106 - 97 = 9

XX
105
/xx\J

1
8

0 3

/ 4
/ w
5 - 1

/ \

• Repetem-se as duas primeiras linhas (ou as duas primeiras colunas);


• Faz-se uma seta para a direita pegando a diagonal principal;
• Fazem-se mais duas setas para a direita, paralelas à diagonal principal
(toda as setas com três elementos);
• Faz-se uma seta para a esquerda pegando a diagonal secundária;
• Fazem-se mais duas setas para a esquerda, paralelas à diagonal secundária;
• Faz-se o produto dos três elementos de cada seta;
• Finalmente, faz-se a diferença entre a soma dos produtos das principais
e a soma dos produtos das secundárias.

Paulo Quilelli 22
Resumo Teórico

Menor complementar de um elemento de uma matriz quadrada de ordem


n > 2 (M.)

0 2 4
Ex.: A = 1 3 - 1
5 6 0
Escolhe-se um elemento, por exemplo 5, que é o a31. Retira-se a linha e a
coluna do elemento escolhido:
2 4
3 -1

2 4
Ao determinante da matriz que resta,
3 ~ 1 , chamamos de menor com-
plementar do elemento escolhido.

Ms. = - 2 - 12 = - 14.

Co-fator de um elem ento de uma matriz quadrada de ordem n > 2 (C„)

Ê o produto do fator (~l)í+j pelo menor complementar do elemento.


0 2 4
Ex.: A = 1 3 - 1
5 6 0

Escolhemos o elemento a = 6 para calcular o seu co-fator:

Teorema de Binet <

O determinante do produto de matrizes é igual ao produto dos determinan­


tes das matrizes.
d e t (A x B) = det. A x d et B

Ex.: Se o det. A = a eo det. B = b , então,


d e t (A x B) = a . b

23 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Determinante da matriz inversa


É o inverso do determinante da matriz dada.
A x A"1= Ia
det. (A x A-1) = det. (IJ
det. A x det. A"1= 1
d e t A"1 1
det. A
Se det. A = 0, então, A não é inversível (A não tem inversa)
2 4 1
Ex.: A = d e t. A = 6 - 20 = -14, logo det A']
5 3 14 14

Determinante da matriz transposta


Dada uma matriz A, o determinante da matriz transposta de A (A1) é
igual ao determinante de A.
d e t At = d e t A
1 2
Ex.: A ; ==> det. A = 4 + 6 - 10
-3 4
1 -3
A* => det. At = 4 + 6 = 10
2 4

Determinante de uma matriz com uma fila multiplicada por uma constante

Ex- * ^ => ^ ^=4-6 = -2


* x ’ 3 4 ^ 3 4
K5 xv1i 5 x 2 ç5 10
ín
= 20 - 30 = -10
3 4 3 4

5 10 1 2
logo 5x 3 4 5 x (—2) = —10
3 4

Ka Kb Kc a b c
d e f K . d e f
8 h i g h i

Conseqüência:

a b Ka Kb a bj
Dado A = K:
Kc Kd c d

De uma maneira geral, se Aa, então, det. (K.An) - Kn . d e t An

Paulo Quilelli 24
Resumo Teórico

Propriedades

1) Determinante que possui uma fila toda nula é igual a zero.

1 0 5
Ex.: 3 0 - 2 = 0
4 0 0

2) Determinante de uma matriz que possui duas filas paralelas (duas li­
nhas ou duas colunas) proporcionais (ou iguais) é igual a zero.

l 1
1 0 3 —*> 2 5 3
Fx • - 3 2 - 9 = 0 6 0 -1 = 0
5 - 2 15 2 5 3

3) Determinante de uma matriz diagonal é igual ao produto dos elemen­


tos da diagonal principal.

2 0 0
Ex.: A : 0 5 0 det. A = 2 x 5 x 3 = 30
0 0 3

4) Determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elemen­


tos da diagonal principal.

ip ,
3 1 2'
Ex.: A = 0 4 - 5 det. A = 3 x 4 x 2 = 24
0 0 2

5) Se uma fila for uma combinação linçar de outras filas paralelas a ela, en­
tão o determinante será nulo.

-1 2 0
Ex.: 2 1 1 =0 (L2 = 2 x L l + L 3 )

4 -3 1

SISTEMA LINEAR
Equação linear

aiXl + aA + a3*5 + •••- + W =b


Onde: ax>a2, a3, ..., an são os coeficientes reais, Xj, x ^ ,..., xn são as in­
cógnitas e b é o termo independente, real.

25 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

2xl - x2 + 4x3 = 7 0x: + 0 X2 + 0 X3 = 0


Exemplo de equação linear: x^ + x2 + 3 X3 = 0 x +4y- 2z= 8
0xa + 0 X2 + 0 X3 = 4

Solução de uma equação linear

Ex.: Dada a equação 3x - 4y + z = -1


a) (2,10, -9) é solução da equação linear porque 3 . 2 - 4 . 1 - 9 = -7
b) (3,2, -1) não é solução, porque 3 . 3 - 4 . 2 - 1 - 2 * -7
A equação linear cujo termo independente é zero chama-se HOMO-
GÊNEA.
Ex.: 3xr + 4x2 - x3 = 0
Ela possui a solução (0,0,0), que é chamada TRIVIAL.
Nota: A equação linear 0x}+ 0x2 + 0 x ^ -6 não possui solução (é impossível).

Sistema linear é um conjunto de m ( m > 2 ) equações lineares a n


incógnitas.

Pode ser representado como um produto de matrizes:

&ml am2 âm3 3-mn1 i


Xn

a*iXi 4- a*2X2 H------h a^x* = 0

Pauio Quilelti 26
Resumo Teórico

Solução de um sistema linear de 2 equações a 2 incógnitas

Ex J 4 x + y = 1 (D
|x + y = - 2 (2)

1° método: Adição
|4x 4- y = 1
-x - y = 2
x= 1 (2) 1 + y = -2 .*. y = -3
3x =3
Solução: (1,-3)
2o método: Substituição
Í4x + y = 1 (1)
jy = —X— 2 (2)
(2 ) —» (1 ) => 4x - x~ 2 = 1 3x = 3 x= 1
(2 ) 1 + y ~ -2 | y = -3
Solução: (1 , -3 )

3o método: Comparação
jy = - 4 x + 1 (1)
y = —X — 2 (2)
( 1 ) = ( 2 ) => 1 ~ 4 x - - 2 - x
- 3x = - 3 x= 1
(2) y - - 2 - 1 y=-3
Solução: (1, -3 )

Sistemas equivalentes: são sistemas que têm a mesma solução.

Ex.: Sistema (jP ) Solução: (1,-3)

Sistema
©i x —y = 4
2x + y ——1 Solução: (1, -3)

Matriz de um sistema

Í3x + 2y —z —2
Ex.: | x —5y + 3z = / 5
—l l x + lOy 4- 9z = 0

27 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Matriz Incompleta: é formada pelos coeficientes das incógnitas.


3 2-1]
1 -5 3
- 1 1 10 9
M atriz Completa: é formada pelos coeficientes das incógnitas e pelos termos
independentes.
3 2 - 1 2
1 - 5 3 / 5
- 1 1 10 9 0

Solução de um sistema

Um sistema pode ser:


a) possível e determinado se possuir uma única solução;
b) possível e indeterminado se possuir mais de uma solução;
c) impossível se não possuir nenhuma solução.

Regra de Cram er

Esta regra serve para resolução de sistemas lineares de n equações a


n incógnitas.
auX! + a)2x 2 + ... + al0xn - bi
a2iX! + a^Xz + ... + a2oxn = b 2
S:
aalXi + an2x 2 + ... + a^x,, = ba

Determinante principal ou da matriz incompleta:

au al2 ... ain


Ad a2i a22 ... a^
r—
aai a^ ... am

Determinante das variáveis é o determinante que se obtém trocando a coluna


dos coeficientes da variável designada pelos termos independentes:
b[ aj2 ■ *3ln au h - ' ain
h &K *‘‘ &2n <Í21 b. • ■â2a
Ax, àx2 =
ba 3n2 " i v *âfln

Paulo Quilelli 28
Resumo Teórico

Cálculo da solução:

X1 = Xo = _ÍL
Ap Ap Ap

(
2x + 2y -f- z = 5
2x —y —z = 2
x —2y + z = 7
2 2 1 2 5 1
Ap = 2 - 1 - 1 = —15 Ay = 2 2 - 1 = 15
1 -2 1 1 7 1
5 2 1 2 2 5
Ax = 2 - 1 - 1 ——30 Az —2 - 1 2 = —45
7 -2 1 1 -2 y

-30 15 = -1 -45 .
x = "E-15 = 2 z -15 “ 0

Discussão de Sistemas Lineares


Se Ap # 0, o sistema é possível e determinado.
Se Ap = 0, o sistema poderá ser possível e indeterminado ou impossível
Caso Particular: Discussão de sistemas de duas equações a duas incógnitas

jaix + biy = ci
|a 2x + b2y = c2

Io) Sistema Possível e Determinado

ai bi
a2 b2

2o) Sistema Possível e Indeterminado

Si Çl
a2 C2

3o) Sistema Impossível

at _ bi ^ C;
a2 b2 c2

29 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Sistemas homogêneos

Sistema linear homogêneo é o sistema formado por equações lineares que


possuem o termo independente igual a zero.
fx + 4y = 0
J3x —y —0

Todo sistema homogêneo possui pelo menos uma solução, chamada solu­
ção trivial ( x = 0 e y = 0 ). Observe:
J1.0 + 4.0 = 0
|3.0 - 1.0 = 0

Daí o sistema homogêneo ser sempre possível. Se determinado (Àp #0),


só admite a solução trivial (0, 0, 0, 0,..., 0); se indeterminado, admite outras so­
luções além da trivial (Ap = 0).
Exemplo de sistema homogêneo indeterminado:
Jx -j- 3y —0
|2 x + 6y = 0

Além da solução trivial (x = 0 e y = 0), existem outras soluções como


x = ~ 3 e y = l ou x = 6 e y = ~2.

ANÁLISE COMBINATÓRIA
Princípio Fundamental da Contagem

Exemplo: De quantas maneiras uma pessoa que tem 2 calças diferentes e


3 blusas diferentes pode se vestir?
Solução:
I o acontecimento 2° acontecimento maneiras diferentes
Resumo Teórico

Ex.: Quantas placas para identificação de veículos podem ser confeccio­


nadas com três letras e três algarismos? (Considere 26 letras, supondo que não
há nenhuma restrição).

Solução:

2 6 .2 6 . 26 . 10 . 10 . 10 = 17.576.000 placas

Fatorial

Notação: 6!
Leitura: seis fatorial ou fatorial de seis
Operação: 6! - 6.5.4.3.2.1 - 720
Atenção: Sendo n um número natural qualquer maior que 1: n! =
n.(n-l).(n-2)...l
Casos particulares: l! = 1 0! = 1
Observação: 6! = 6.5! = 6.5.4! = 6.5.4.3!
n! = n.(n-l)! = n.(n-l).(n-2)!

Caracterização dos agrupam entos *

I o tipo de agrupam ento:

Quantos números de dois algarismos diferentes podemos formar com os


algarismos 1,3 e 8? ' *
13 ; 31 ; 18 ; 81 ; 38 ; 83, logo seis-números.

2o tipo de agrupam ento:

Quantos subconjuntos de dois elementos têm o conjunto A = {1,3,8}?


{1,3}; {1,8}; {3,8}, logo há três conjuntos.

Observe que no Io tipo de agrupamento, quando se troca a ordem dos ele­


mentos, cria-se novo grupo (13 * 31) e que, no 2o tipo de agrupamento, a troca
da ordem dos elementos não forma novo grupo ({1, 3} = {3,1}). Toda vez que
ocorrer o Io tipo de agrupamento, chamaremos de ARRANJO e quando ocorrer
o 2° tipo, chamaremos de COMBINAÇÃO.

31 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Arranjo simples

Chamaremos arranjo simples de n elementos distintos, tomados p a p, aos


grupos formados por p elementos escolhidos dos n elementos, de tal forma que
a natureza e a ordem dos elementos determinem grupos diferentes.
p i*. J
Formulário: A = An = 7 —— - r
(n - p)!

An>p = n (n - l)( n - 2 ).....(n - p + 1 )


p fetores

Exemplos: Aw = 5.4 = 20 ou A 5 = ^ .~ = 5.4 = 20

A „ = 4 ou Al = ^ ^ j = ^ = 4,logoA M = n

A3J = 3.2.1 = 6 ou A , = 3); = f = = 6. logo AM = n!

Permutações simples

Todo arranjo de n elementos, tomados em grupos de n elementos, chama-


mos de permutações de n elementos. Logo:

Pn
n = Anji = (n _ n)J
- ~ 0! ^1 - n! então P» = n!

Exemplos: P3 = 3! = 3.2.1 = 6
Pj =1! = 1

Combinações simples

Chamaremos combinações simples de n elementos distintos tomados p


a p aos grupos formados por p elementos tomados dos n elementos, de tal for­
ma que apenas a natureza dos elementos determinem grupos diferentes, com a
mesma quantidade de elementos.
p
Formulário: c[ — Cn,p = —- ou CP= ----- —
" P . ” (» -p )!p !

C2- 5! „ 5.4.3! _ 5.4 , n


(5 — 2)! 2! ~~ 312! “ 2 .1 “ 1U

Pauio Quiielli 32
Resumo Teórico

Exemplos

1) Quantos números naturais de três algarismos distintos são formados


pelos algarismos 2, 3,5, 7 e 8?

Solução: A5 3 - 5 .4 . 3 - 60 números

2) Quantas comissões podemos formar de quatro alunos numa turma de


20 alunos?

6! _ 20.19.18.17 4.845 comissões


61 ~ 4.3.2.1

3) Quantos anagramas podemos formar com as letras da palavra MARCOS?


Solução: Pé = 6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 720 anagramas

Arranjo com repetição —» (AR) n = n p

Permutação com repetição (PR)* ^ = p^f^Tp^í—

Exemplos ,

1) De quantas formas podermos responder a 40 questões de um simulado


com cinco alternativas diferentes para çada questão?
Solução: (AR)5i40 = 540 -

2) Quantos anagramas podemos formar com a palavra MATEMÁTICA?

Solução: (PR&” = jjW L = 151.200

33 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

PROBABILIDADE

Experimentos Aleatórios: São experiências repetidas várias vezes, po­


dendo ter resultados diferentes.
Exemplos:
1) Lançar um dado e observar o número da face superior.
2) Lançar uma moeda e verificar se a face de cima é cara ou coroa.

Espaço Amostrai (O): É o conjunto de todos os resultados possíveis de


um experimento aleatório.
Exemplos:
1) No lançamento de um dado, o espaço amostrai é {1,2, 3,4, 5,6}.
2) No lançamento de uma moeda, o espaço amostrai é {C, K}, onde C é
cara e K é coroa.

Evento (E): É todo subconjunto do espaço amostrai.


Exemplos:
1) A ocorrência de um número par na face de cima de um dado lançado:
{2,4,6}.
2) A ocorrência de pelo menos uma cara quando uma moeda é lançada
duas vezes:
{ (C,K), (K,C), (C,C)}.

Probabilidade de ocorrência do evento (E): É a razão entre o número de


casos favoráveis à ocorrência do evento (E) e o número de casos possíveis (nú­
mero de resultados do espaço amostrai (O))
casos favoráveis

casos possíveis

Notas:

1) p (E) - 1 —> é a certeza de ocorrência: E = O


2) p (E) = 0 —» é o evento impossível: E = 0
3) 0 < p (E) < 1 —>a probabilidade do evento E estará sempre compre­
endida entre 0 e 1

Paulo Quilelli 34
Resumo Teórico

Propriedades:
1) A probabilidade que ocorra A ou B: p(A uB )= p(A )+p(B)~p(A nB )

2) A probabilidade que ocorra A ou B, onde A n B - 0 ( A e B mutuamente


exclusivos): p (A u B) = p (A) + p(B)

3) A probabilidade que ocorra A e B (A e B independentes): p (A n B) =


p (A) x p(B)

4) A probabilidade condicional do evento B, dado que o evento A já ocorreu:


P (B|A) = p (A n B) h- p (A)

5) A probabilidade do evento complementar de A(Ã): p(Ã) - 1 - p(A)

Exemplos

1) De um baralho de 52 cartas, uma é extraída ao acaso. Qual a probabilida­


de de sair uma dama?

Solução:
Número de casos possíveis = 52
Número de casos favoráveis a ocorrência do evento “sair dama” - 4
Probabilidade de ocorrência do evento “sair dama” = -Á = i
52 13

2) Lançando-se, simultaneamente, dois dados não viciados, a probabilida­


de de que suas faces superiores exibam soma igual a 7 ou produto igual a 6 é:

Solução: Casos possíveis = 6 x 6 = 36 Tesultados


p (soma igual a 7 ou produto igual a 6);= p (soma igual a 7) + p (produto
igual a 6) - p (soma igual a 7 e produto igual a6) = - ^ + ^ — =^

3) Numa um a existem duas bolas vermelhas e seis brancas. Retiram-se


duas bolas ao acaso, sem reposição. Qual a probabilidade de que as duas sejam
brancas?
Soluçãop = | x f = | a = l |

35 Radodnio Lógico
Prova 01
Agência Nacional de Águas-ANA/2009

21) Um rio principal tem, ao passar em determinado ponto, 20% de águas


turvas e 80% de águas claras, que não se misturam. Logo abaixo desse
ponto desemboca um afluente, que tem um volume d’água 30% menor
que o rio principal e que, por sua vez, tem 70% de águas turvas e 30%
de águas claras, que não se misturam nem entre si nem com as do rio
principal. Obtenha o valor mais próximo da porcentagem de águas
turvas que os dois rios terão logo após se encontrarem.
a) 41%
b) 35%
c) 45%
d) 49%
e) 55%
20% turvas = 0,20v
80% claras

70% turvas = 0,70x0,70 v = 0,49v


Afluente tem volume 70% v:
30% claras
n° de casos favoráveis = 0,20 v + 0,49 v = 0,69 v
n° de casos possíveis = v + 0,70 v = 1,70 v '
0,69v
= - -----= 0,405 p s 41%
l,70v

22) Em um ponto de um canal, passam em média 25 barcos por hora quando


está chovendo e 35 barcos por hora quando não está chovendo, exceto
nos domingos, quando a frequência' dos barcos cai em 20%. Qual o
valor mais próximo do número médio de barcos que passaram por hora
neste ponto, em um fim de semana, se choveu durante 2/3 das horas do
sábado e durante 1/3 das horas do domingo?
a) 24,33
b) 26,83
c) 25,67
d) 27,00
e) 30,00

37
Provas Comentadas da Esaf

Média quando chove = 25 barcos/hora


Média quando não chove - 35 barcos/hora
Fim de semana é composto de um sábado e um domingo.

Sábado choveu 2/3 e não choveu 1/3 das 24 horas:


♦ com chuva: 2/3 x 24h x 25 barcos/hora = 400 barcos
♦ sem chuva: 1/3 x 24h x 35 barcos/hora = 280 barcos
♦ to tal: 400 + 280 = 680 barcos

Domingo choveu 1/3 ^e não choveu 2/3 das 24 horas:


♦ domingo a frequência cai em 20%
♦ quando chove passam : 0,80 x 25 = 20 barcos
♦ quando não chove passam : 0,80 x 35= 28 barcos

Portanto no dom ingo:


♦ com chuva: 1/3 x 24 x 20 = 160 barcos
♦ sem chuva: 2/3 x 24 x 28 = 448 barcos
♦ to ta l: 160 + 448 = 608
No final de semana passaram : 680 + 608 = 1.288 barcos
Logo, por hora : 1288 :48 = 26,83 barcos

23) Alguns amigos apostam uma corrida num percurso em linha reta
delimitado com 20 bandeirinhas igualmente espaçadas. Á largada é na
primeira bandeirinha e a chegada na últim a. O corredor que está na
frente leva exatamente 13 segundos para passar pela 13a bandeirinha. Se
ele mantiver a mesma velocidade durante o restante do trajeto, o valor
mais próximo do tempo em que ele correrá o percurso todo será de:
a) 17,54 segundos.
b) 19 segundos.
c) 20,58 segundos.
d) 20 segundos.
e) 21,67 segundos.

13s

1 13 20

Da bandeirinha 1 à bandeirinha 13 são 12 intervalos entre as bandeirinhas,


que o corredor fez em 13”.

Paulo Quiielli 38
Prova 01 - Agência NacionaJ de Águas-ANA/2009

Da bandeirinha 1 à bandeirinha 20 são 19 intervalos entre as bandeirinhas.


Portanto, uma regra de três:
12 i n t --------- 13 s
19 i n t --------- x

19*13
x --------- x —20,58$
12

24) Determinado rio passa pelas cidades A, B e C. Se chove em A, o rio


transborda. Se chove em B, o rio transborda e, se chove em C» o rio não
transborda. Se o rio transbordou, pode-se afirmar que:
a) choveu em A e choveu em B.
b) não choveu em C.
c) choveu em A ou choveu em B.
d) choveu em C.
e) choveu em A.

Chove em A -> rio transborda


Chove em B rio transborda
Chove em C ->■ rio não transborda
A única equivalente a essas proposições é a contrapositiva da terceira, que
é: se o rio transborda, então não choveu em C. .

25) Três esferas rígidas estão im óveis em uma superfície plana horizontal,
sendo que cada esfera está encostada nas outras duas. Dado que a
m aior delas tem um raio de 4cm e as outras duas têm raios de lcm ,
os pontos em que as esferas tocam o chão formam um triângulo cuja
área é: . ^

^ yll5,75 2 . '
—------- cm
2
b) >/l5,75 cm2

c) 2\/6 cm2

d) >Jl5 cm2

e) v6 cm2

39 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Consequentemente, o outro cateto é 4 (Triângulo Pitagórico 3,4, 5),

A distância o’o” se projeta na superfície em verdadeira grandeza*

oo” = BC = 2

4+ 4+ 2
Semiperímetro: p = — ----- -- 5

Fórmula de Herão para área de triângulo: S = ^Jp(p ~ a)(p ~b)(p~c)

Logo, S = > /5.(5-2).(5-4).(5~ 4) = a/5.3.1.1 S= VÜ

Paulo Quiielli 40
Prova 01 - Agência Nadonal de Águas-ANA/2009

26) O determinante da matriz

2 1 0
B= a b c
4+a 2+b c
a) 2bc + c - a
b) 2b - c
c)a + b + c
d )6 + a + b + c
e) 0

Calculemos o determinante pela Regra da Estrela (Regra do Octógono)

det. B = 2.b.c + l.c. (4+a) + o.a (2+b) - o.b. (4+a) - a.l.c- c.(2 + b).2
detB - 2.b.c + 4c + ac + 0 -- 0 -ac - 4 c - 2.b.c
det.B = 0 \
Podemos também aplicar a propriedade,que diz que quando uma matriz
possui uma fila igual a uma combinação linear de outras paralelas seu
determinante é igual a 0.
Observe que a 3a linha é igual ao dobro da Ia linha somado à 2a linha.

27) Uma um a possui 5 bolas azuis, 4 vermelhas, 4 amarelas e 2 verdes.


Tirando-se simultaneamente 3 bolas, qual o valor mais próximo da
probabilidade de que as 3 bolas sejam da mesma cor?
a) 11,53%
b) 4,24%
c) 4,50%
d) 5,15%
e) 3,96%

41 Radocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

5 az
4 vm
4 am
2 vd

15 bolas

Dois casos a considerar: retirar uma bola de um a cor e a segunda da


mesma cor e a terceira da mesma cor, isto é multiplicação - e corresponde
a multiplicação ( x ).
As três bolas podem ser de cor azul ou de cor vermelha ou de cor amarela.
Isto é soma - ou corresponde a soma (+}.

1° caso) as três azuis =>p = — x — %— = ^


15 14 13 7x13
4 3 2 4
2o caso) as três vermelhas =>p = — x — x — = -------
r 15 14 13 35x13
4
3o caso) as três amarelas => p = — ^ (mesma quantidade das vermelhas)

Não há três bolas verdes, então não consideramos. Logo, a probabilidade é:

4 4 4 10 + 4 + 4 18
p —------- 1---------- !---------- 1------------- = ----- —0,03956
7x13 35x13 35x13 35x13 455
/. p = 3,96%

28) Na população brasileira verificou-se que a probabilidade de ocorrer


determ inada variação genética é de 1%. Ao se exam inar ao acaso três
pessoas desta população, qual o valor mais próxim o da probabilidade
de exatamente um a pessoa examinada possuir esta variação genética?
a) 0,98%
b) 1%
c) 2,94%
d) 1,30%
e) 3,96%

Probabilidade de ocorrer variação genética: p(V) = 1% = —

Paulo Quiieili 42
Prova 01 - Agência Nacional de Águas-ANA/2009

Probabilidade de não ocorrer a variação genética (eventos complementares):


_ 99
p(v) = 99% = ■—
r 100
Pessoa com a variação genética: V
Pessoa sem a variação genética: v
Os grupos que podem ser formados: VVV ou VVV ou VVV

1 99 99 , 29.403
Logo: p = ---- x -----x -----x3 --------------- = 0,029403
& r 100 100 100 1.000.000
p = 2,94 %

43 Raciocínio Lógico
Gabarito:
22. B
23. C
24. B
25. D
26. E
27. E
28. C
Prova 02
Controladoria Geral da União/TFC/2008

26) Um renomado economista afirma que “A inflação não baixa ou a taxa


de juros aumenta” Do ponto de vista lógico, a afirmação do renomado
economista eqüivale a dizer que:
a) se a inflação baixa, então a taxa de juros não aumenta.
b) se a taxa de juros aumenta, então a inflação baixa.
c) se a inflação não baixa, então a taxa de juros aumenta.
d) se a inflação baixa, então a taxa de juros aumenta.
e) se a inflação não baixa, então a taxa de juros não aumenta.

Uma equivalência da condicionalp ->■ q é ~ p v q .


(p q) <=> ( ~p v q )

A proposição “A inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta” é da forma


~p V q, logo, p q será “se a inflação baixa, então a taxa de juros aumenta”.

27) Cinco moças, Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda, estão vestindo
blusas vermelhas ou amarelas. Sabe-se que as moças que vestem blusas
vermelhas sempre contam a verdade e as que vestem blusas amarelas
sempre mentem. Ana diz que Beatriz veste blusa vermelha. Beatriz diz
que Carolina veste blusa amarela. Carolina, por sua vez, diz que Denise
veste blusa amarela. Por fim , Denise diz que Beatriz e Eduarda vestem
blusas de cores diferentes. Por fim* Eduarda diz que Ana veste blusa
vermelha. Desse m odo, as cores das blusas de Ana, Beatriz, Carolina,
Denise e Eduarda são, respectivamente:
a) amarela, amarela, vermelha, vermelha e amarela.
b) vermelha, vermelha, vermelha, amarela e amarela.
c) vermelha, amarela, amarela, amarela e amarela.
d) vermelha, amarela, vermelha, amarela e amarela.
e) amarela, amarela, vermelha, amarela e amarela.

45
Provas Comentadas da Esaf

A ----------- B vm
B ------------C am
C ----------- D am
D ................B E
E ................A vm

Com esse esquema, não temos de voltar ao enunciado para extrair


os dados relevantes. Essa é um a questão de erro e acerto. Ao atribuir
verdade (V) ou m entira (M) a uma das proposições, verifica-se se vai
dar certo; se não der, trocamos a atribuição e refazemos o esquema.
Io) atribuir M a Ana; logo, Beatriz veste amarelo, então Beatriz mente;
2o) se Beatriz mente, então Carolina veste vermelho e, portanto, fala a
verdade;
3o) se Carolina fala a verdade, Denise veste amarelo e, consequentemente,
fala mentira;
4o) se Denise mente, então Beatriz e Eduarda vestem blusas iguais, Se
Beatriz veste amarelo, Eduarda veste amarelo e, por conseguinte, mente.
5o) se Eduarda mente, então Ana veste amarelo e mente.

Fechou o argumento: A (am), B (am), C (vm), D (am) e E (am).

28) Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar. Sou amiga de Nara ou não
sou amiga de Abel. Sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar. Ora,
não sou amiga de Clara. Assim,
a) não sou amiga de Nara e sou amiga de Abel.
b) não sou amiga de Clara e não sou amiga de Nara.
c) sou amiga de Nara e amiga de Abel.
d) sou amiga de Oscar e amiga de Nara.
e) sou amiga de Oscar e não sou amiga de Gára.

P j: sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar (p v q)


P2 : sou amiga de Nara ou não sou amiga de Abel (r v ~p)
P3: sou amiga de Clara ou não sou amiga de Oscar (s v ~q)
P4: Ora, não sou amiga de Clara (~s).

Pauío Quilelli 46
Prova 02 - Controladoria Geral da União/TFC/2008

O argumento acima é formado por quatro premissas e pode ser apresentado


da seguinte forma:
Pt : p v q
P2: r ^ ~P
P3: s v ~ q
P„:~s
Fazendo P4(V)> então ~s(V), logo, em P3, s(V), o que obriga ~q(V). Em Pj>
q (F)> obrigando a p(V). Em P2>~p(F), então r(V)
Conclusão: Sou amiga de Abel.
Não sou amiga de Oscar.
Sou amiga de Nara.
Sou amiga de Clara.

29) Genericamente, qualquer elemento de uma matriz Z pode ser


representado por z.., onde “i” representa a Unha e “j” a coluna em que
esse elemento se localiza. Uma matriz A = (a..), de terceira ordem, é
a matriz resultante da soma das matrizes X = (x..) e Y-(y..). Sabendo-
se que (x..) = \m e que y.. = (i~j)2, então a potência dada por (a22)au e o
determinante da matriz X são, respectivamente, iguais a:
a) 2 e 2
b) 2 eO
c) -2 e 1
d) 2 e 0 ,
e) -2 e 0

A —(a. )3x3
X = (xj)3lS = i1'2 . v " ’ :-
Y=(y,J)M = 0 - i ) 2 , • ■ •
A=X+Y
Se A é de terceira ordem e é igual à soma de X + Y, obriga a que X e Y sejam
de terceira ordem.

a22= X22+ y22 = 21'2 + 0 = ^


*11 = *12 + y.2 = ^ + U - ^ = 1+1 = 2
Logo, (a22)an - (V5)2= 2

47 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

1 1 1
X= ^ V2 4 i
“J3 yÍ3

Toda matriz quadrada que possui duas filas paralelas proporcionais tem
determinante nulo (det. X = 0)

{
x —x = 2
1 2 , pode-se
2xx + px2 = q

a) se p = -2 e q * 4, então o sistema é impossível.


b) se p s* -2 e q = 4, então o sistema é possível e indeterminado.
c) se p = -2, então o sistema é possível e determinado.
d) se p = -2 e q * 4» então o sistema é possível e indeterminado.
e) se p = 2 e q - 4, então o sistema é impossível.
Temos que testar as opções.

Letra (a) p = -2 e q ^ 4

j x 1 x2 2
O sistema fica, então:
|2Xj —2x2 - q

1 - 1 2
~ = — * ---- , logo, sistema impossível (vide teoria na página 29).
2 —2 * 4

31) Quando Paulo vai ao futebol, a probabilidade de ele encontrar Ricardo


é 0,40; a probabilidade de ele encontrar Fernando é igual a 0,10; a
probabilidade de ele encontrar ambos, Ricardo e Fernando, é igual a 0,05.
Assim, a probabilidade de Paulo encontrar Ricardo ou Fernando é igual a:
a) 0,04
b) 0,40
c) 0,50
d) 0,45
e) 0,95

Paulo Quiielli 48
Prova 02 - Controladoria Gerai da União/TFC/2008

p (encontrar Ricardo) = 0,40


p (encontrar Fernando) - 0,10
p (encontrar Ricardo e Fernando) = 0,05
p (A u B) = p (A) + p (B) - p (A n B)
p (encontrar Ricardo ou Fernando) = 0,40 + 0,10 - 0,05 = 0,45

32) Ana precisa fazer uma prova de matemática composta de 15 questões.


Contudo» para ser aprovada, Ana só precisa resolver 10 questões das 15
propostas. Assim» de quantas maneiras diferentes Ana pode escolher as
questões?
a) 3003
b) 2980
c) 2800
d) 3006
e) 3005

Como as 10 questões que Ana precisa resolver não têm ordem obrigatória,
faremos combinação de 15 questões, 10 a 10:

15x14x13x12x11
C“ - Cf, = = ----------------------= 3003
15 15 P5 5x4x3x2xl

33) Ágata é decoradora e precisa atender o pedido de um excêntrico cliente.


Ele - o cliente - exige que uma das paredes do quarto de sua filha seja
dividida em uma seqüência de 5 listras horizontais pintadas de cores
diferentes, ou seja, uma de cada cor. Sabendo-se que Ágata possui
apenas 8 cores disponíveis, então o'número de diferentes maneiras que
a parede pode ser pintada é igual a:t
a) 56
b) 5760
c) 6720
d) 3600
e) 4320

A arrumação das 5 listas é ordenada. Os grupos de 5 listas de cores


diferentes se diferenciam pela ordem das cores das listas. Portanto, temos
um arranjo de 8 cores 5 a 5:
A! =8.7.6.5.4 = 6720

49 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:
26. D
27. E
28. C
29. D
30. A
31. D
32. A
33. C

Paulo Quilelli
Prova 03
Vários cargos/MPOG/ENAP/SPU/2006

01) Sabe-se que x pertence ao conjunto dos números reais R. Sabe-se também
que 3 x + 2<-x + 3 < x +4. Então, pode-se afirmar que
a) -0,5 < x < 0,25.
b) -0,5 < x < 0,25.
c) 0,5 < x < - 0,25.
d) 0,5 < x< 0,25.
e) -0,5 < x < 0,25.

Desmembra-se a desigualdade 3x + 2 < - x + 3 < x + 4 e m duas desigualdades:


I a) 3x + 2 < - x + 3 4x < 1 .*. x < -£

2a) - x +3 < x + 4 - 2x< 1 - 1 < 2x - ^ <x

Colocando-se as duas desigualdades numa só sentença:

Jj-<X<~£ ou - 0,5 < x < 0,25

02) A média aritmética entre as idades de Ana, Amanda, Clara e Carlos é igual
a 16 anos. As idades de Ana e Amanda são, respectivamente, iguais a seis
e oito anos. Paulo, primo de Aná, é quatro anos mais novo do que Carlos.
Jorge, irmão de Amanda, é oito anos mais velho do que Clara. Assim, a
média aritmética entre as idades de Jorge e Paulo é, em anos, igual a
a) 20.
b) 13. '
c) 24.
d) 27.
e) 38.

Sendo An + A n v h O ± Ç r = 16 j0go, An + Am + Cl + Cr = 64.

Como An = 6 e Am ~ 8, então 6 + 8 + Cl + Cr = 64. Logo, Cl + Cr = 50.

51
Provas Comentadas da Esaf

Sendo P, Paulo, e J, Jorge, temos:


P = Cr - 4 e J = Cl + 8.
p _i_ r
A média aritmética entre Paulo e Jorge é —

Substituindo P e J pelas suas expressões, temos:


P 2~f~ J - Cr —4 2-j~ Cl H~ 8 - Cr -f- 2Cl ~)~4 _ 50 2~{~4 _ 54
2 „_ z*)<
/->

03) Uma função g(x) composta com f(x) - representada por (g o f) (x) - é dada
por g(f(x)).
Se g(x) - 3 x - 2 e
(f o g) (x) = 9x2 - 3x + 1, então f(x) é igual a
a) x2 - 3x + 3.
b) x2 + 3x - 3.
c) x2 + x + 3.
d) x2 + 3x + 2.
e) x2 + 2x + 6.

Se fog(x) é do 2o grau e g(x) do Io grau, então, f(x) terá de ser do 2o grau:


f(x) = ax2 + bx + c

fog(x) = fíg(x)j, isto é, substitui-se o x de f(x) pela fanção g(x) = 3x - 2, logo,


fog(x) = f[g(x)] = a(3x - 2)2 + b(3x -2) + c = 9X2 ~ 3x + 1
a(9x2 - 12x + 4) + 3bx - 2b + c = 9x2 - 3x + 1
9ax2 - 12ax + 4a + 3bx - 2b + c = 9x2 - 3x + 1

Reduzindo os termos semelhantes no primeiro membro, temos:


9ax2 + (3b - 12a)x + (4a - 2b + c) = 9X2 ~ 3x + 1

Os polinômios do primeiro e do segundo membros da igualdade são idênticos


e, como tal, os coeficientes dos termos de mesmo grau terão de ser iguais:
9a = 9 a= 1
3b - 12a = - 3 3b - 12 = - 3 3b = 9 b=3
4a ~ 2b + c - 1 4- 6+c= 1 c=3
Logo, f(x) = x2 + 3x + 3
Como verificamos, não há opção. Por este motivo, a questão foi anulada.

Paulo Quiielli 52
Prova 03 - Vários cargos/MPOG/ENAP/SPU/2006

04) A base de um triângulo isósceles é 2 metros menor do que a altura relativa


à base. Sabendo-se que o perímetro deste triângulo é igual a 36 metros,
então a altura e a base medem, respectivamente,
a) 8 m e 10 m.
b) 12 m e 10 m.
c) 6 m e 8 m.
d) 14 m e 12 m.
e) 16 m e 14 m.

B M C
*“ 1 — ................ v ................... J
X

Triângulo isósceles possui dois lados iguais (AB = AC = y) e o terceiro lado


(BC = x) é chamado de base.
O perímetro do triângulo (2p) é a soma das medidas dos três lados:
2p™x + y + y = 3 ó /. x + 2y = 36
A altura relativa à base é também mediana, isto é, passa pelo ponto médio
da base (M), quer dizer, BM = MC =
A resolução algébrica dessa questão será muito trabalhosa. É mais fácil ana­
lisarmos as opções de resposta. Todas elas vêm na ordem altura e base.
a) Não serve, pois a altura 8 não é maior que a base 10.
b) h - 12 e x = 10 * \

53 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Pelo Teorema de Pitágoras (o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos catetos).
Temos: y2 = 122 + 52 y2= 144 + 25 y2 = 169 y = 13
Ou, para quem já sabe ser esse um triângulo egípcio, 5,12,13.

y = 13 faz com que o perímetro seja 13 + 13 + 10 = 36


Portanto, a base é 2 metros menor que a altura e o perímetro do triângulo
é 36m. As condições do problema foram atendidas.

05) Considere um triângulo ABC cujos lados, AB, AC e BC medem, em


m etros, c, b e a, respectivam ente. Uma circunferência inscrita neste
triângulo é tangenciada pelos lados BC, AC e AB nos pontos P, Q e R,
respectivamente. Sabe-se que os segmentos AR, BP e CQ medem x, y e z
metros, respectivamente. Sabe-se, também, que o perímetro do triângulo
ABC é igual a 36 metros. Assim, a medida do segmento CQ, em metros,
é igual a
a) 18 - c.
b) 1 8 - x .
c) 36 - a.
d) 3 6 - c .

Quando de um ponto exterior a um círculo traça-se duas tangentes à cir­


cunferência, as distâncias desse ponto aos pontos de tangência são iguais:
Logo, AR = AQ = x
BR = BP = y
CP = CQ = z

Paulo Quiielli 54
Prova 03 - Vários cargos/MPOG/ENAP/SPU/2006

O perímetro será, então, 2x + 2y + 2z = 36, que dividido por 2 resulta:


x + y + z - 18

Como CQ é z, então; z = 18 - (x + y)
0 lado AB = c - x + y, logo, z = 18 - c

06) Uma loja de doces trabalha apenas com dois tipos de balas» a saber: balas
de chocolate e balas de café. Cada bala de chocolate custa R$ 0,50 e cada
bala de café custa R$ 0,20. Sabe-se que um quilograma (kg) de balas de
chocolate eqüivale, em reais, a dois quilogramas debalas de café. Sabe-se
também que uma bala de café pesa 8 gramas. Assim, o peso, em gramas,
de uma bala de chocolate é igual a
a) 5.
b) 8.
c) 15.
d) 6.
e) 10.

1 bala chocolate = R$ 0,50


1 bala café - R$ 0,20
1 bala café - 8g

Logo,
8g — 0,20
l.OOOg— x x = ^ = 25, •

1 kg de bala de café custa R$25,00.


1 kg de bala de chocolate = 2 x 25 = R$ 50,00.

Daí que:
1.000 g — 50
y — 0,50 y = - ^ = 10g

Logo, uma bala de chocolate pesa lOg.

55 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

07) Quatro carros de cores diferentes, amarelo, verde, azul e preto, não-ne-
cessariamente nessa ordem, formam uma fila. O carro que está imediata­
mente antes do carro azul é menos veloz do que o que está imediatamente
depois do carro azul. O carro verde é o menos veloz de todos e está depois
do carro azul. O carro amarelo está depois do carro preto. As cores do
primeiro e do segundo carro da fila são, respectivamente,
a) amarelo e verde.
b) preto e azul.
c) azul e verde.
d) verde e preto.
e) preto e amarelo.

Io 2o 3o 4o
O carro azul possui um carro imediatamente antes e um imediatamente
depois.

az

O carro verde, se está depois do azul, só poderá ser o 4o carro, porque não
pode ser imediatamente após o azul.
az vd
Io 2o 3o 4o
Se o carro amarelo está depois do carro preto, então, ele será o 3o e o preto o Io.
pt az am vd
Io 2o 3o 4o

08) Sete m eninos, Armando, Bernardo, Cláudio, Délcio, Eduardo, Fábio e


Gelson, estudam no mesmo colégio e na mesma turma de aula. A dire­
ção da escola acredita que se esses m eninos forem distribuídos em duas
diferentes turmas de aula haverá um aumento em suas respectivas notas.
A direção propõe, então, a formação de duas diferentes turmas: a turma
Tj com 4 alunos e a turma X2 com 3 alunos. Dadas as características dos
alunos, na formação das novas turmas, Bernardo e Délcio devem estar
na mesma turma. Armando não pode estar na mesma turma nem com
Bernardo, nem com Cláudio. Sabe-se que, na formação das turmas, Ar­

Paulo Quilelli 56
Prova 03 - Vários cargos/MPOG/ENAP/SPU/2006

mando e Fábio foram colocados na turma Tr Então, necessariamente,


na turma T2, foram colocados os seguintes alunos:
a) Cláudio, Délcio e Gelson.
b) Bernardo, Cláudio e Gelson.
c) Cláudio, Délcio e Eduardo.
d) Bernardo, Cláudio e Délcio.
e) Bernardo, Cláudio e Eduardo.

Tj 4 alunos
T2 3 alunos

I a informação: Bernardo e Décio na mesma turma.

2a informação: Armando não pode estar na mesma turm a de Bernardo,


nem com Cláudio.

3a informação: Armando e Fábio na turm a T r Logo, a outra turm a é T2.

09) Nas férias, Carmem não foi ao cinema. Sabe-se que, sempre que Denis viaja,
Denis fica feliz. Sabe-se também que, nas férias, ou Dante vai à praia ou
vai à piscina. Sempre que Dante vai à piscina, Carmem vai ao cinema, e,
sempre que Dante vai à praia, Denis viaja. Então, nas férias,
a) Denis não viajou e Denis íicou feliz.
b) Denis não ficou feliz, e Dante não foi à piscina.
c) Dante foi à praia e Denis ficou feliz.
d) Denis viajou e Carmem foi ao cinema.
e) Dante não foi à praia e Denis não ficou feliz.

57 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Essa questão é um argumento em que ele fornece as premissas e a conclusão


está na resposta.
Pjí Carmem não foi ao cinema.
P2: Denis viaja Denis fica feliz.
P3: ou Dante vai á praia ou vai à piscina.
P4: Dante vai à piscina Carmem vai ao cinema.
P5: Dante vai á praia Denis viaja.

Faz-se Pj verdade e em P4, “Carmem vai o cinema” (F), obrigando “Dante


vai à piscina” a ser falso.
Em P3>“Dante vai à piscina” (F) obriga “Dante vai à praia” a ser verdade.
Em P5, o antecedente é verdade, logo, “Denis viaja” tem de ser verdade.
Em P2, o antecedente é (V), logo, “Denis fica feliz” tem de ser (V).

Conclusão:
Carmem não foi ao cinema.
Denis viaja.
Denis fica feliz.
Dante vai à praia.
Dante não vai à piscina.

10) Ana, Beatriz e Carla desempenham diferentes papéis em uma peça de


teatro. Uma delas faz o papel de bruxa, a outra o de fada, e a outra o de
princesa. Sabe-se que: ou Ana é bruxa, ou Carla é bruxa; ou Ana é fada, ou
Beatriz é princesa; ou Carla é princesa, ou Beatriz é princesa; ou Beatriz
é fada, ou Carla é fada. Com essas informações, conclui-se que os papéis
desempenhados por Ana e Carla são, respectivamente,
a) bruxa e fada.
b) bruxa e princesa.
c) fada e bruxa.
d) princesa e feda.
e) fada e princesa.

Pj: Ana é bruxa V Carla é bruxa.


P2: Ana é fada V Beatriz é princesa.

Pauío Quilelli 58
Prova 03 - Vários cargos/MPOG/ENAP/SPU/2006

P3: Carla é princesa V Beatriz é princesa.


P4 • Beatriz é fada V Carla é fada.

Pelo processo das tentativas, vamos iniciar atribuindo a “Carla é fada” valor
lógico (V), o que faz: P4 ser verdadeiro. Daí, “Carla é princesa” e “Carla é
bruxa” têm valor lógico (F).

Em Pp se a 2 a proposição é (F), então “Ana é bruxa” é (V)


Então, “Ana é fada” é (F), o que obriga em P2 “Beatriz é princesa” ser (V).

Em P 3 (F) v (V) é verdadeiro.

Conclusão:
Ana é bruxa.
Beatriz é princesa.
Carla é fada.

11) Dizer que “Ana não é alegre ou Beatriz é feliz” é, do ponto de vista lógico,
o mesmo que dizer:
a) se Ana não é alegre, então Beatriz é feliz.
b) se Beatriz é feliz, então Ana é alegre.
c) se Ana é alegre, então Beatriz é feliz.
d) se Ana é alegre, então Beatriz não é feliz.
e) se Ana não é alegre, então Beatriz não e feliz.
\
“Ana não é alegre ou Beatriz é feliz” é um modelo ~ p v q, equivalente, então,
a p -> q.
Então, será equivalente a “Se Ana é alegre, então Beatriz é feliz”

12) A razão de semelhança entre dóis triângulos, T1} e T2, é igual a 8. Sabe-se
que a área do triângulo è igual a 128 m2. Assim, a área do triângulo
X2 é igual a
a) 4 m 2.
b) 16 m 2.
c) 32 m2.
d) 64 m2.
e) 2 m 2.

59 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

A razão entre as áreas de duas figuras semelhantes é igual ao quadrado da


razão linear de semelhança.
S, = K2 /. ^ = 64 S, = 2 m 2
S2 S2

13) Três amigos Lucas, Mário e Nelson moram em Teresina, Rio de Janeiro
e São Paulo - não necessariamente nesta ordem. Todos eles vão ao ani­
versário de Maria que há tempos não os encontrava. Tomada de surpresa
e felicidade, Maria os questiona onde cada um deles mora, obtendo as
seguintes declarações:

Nelson: “Mário mora em Teresina”.


Lucas: “Nelson está m entindo, pois Mário mora em São Paulo”.
Mário: “Nelson e Lucas mentiram, pois eu moro em São Paulo”.

Sabendo que o que mora em São Paulo mentiu e que o que mora em Te­
resina disse a verdade, segue-se que Maria concluiu que Lucas e Nelson
moram, respectivamente, em

a) Rio de Janeiro e Teresina.


b) Teresina e Rio de Janeiro.
c) São Paulo e Teresina.
d) Teresina e São Paulo.
e) São Paulo e Rio de Janeiro.

Não se tem a informação de que quem mora no Rio de Janeiro mente ou


fala a verdade.
Mário não pode estar falando a verdade, pois se estiver, ele mora em São
Paulo. No entanto, ao mesmo tempo, ele diz que Lucas está mentindo, e
Lucas está dizendo que ele, Mário, mora em São Paulo.
Primeira conclusão: Mário está mentindo, logo, não mora em Teresina. Lucas
ou Nelson moram em Teresina, Lucas ou Nelson moram em Teresina; letra
(e) descartada.
Se Mário mente e não mora em São Paulo, ele só poderá m orar no Rio de
Janeiro, pois em Teresina mora quem fala a verdade.
Como verificamos, a questão foi anulada por falta de solução.

Pauio Quiielli 60
Prova 03 - Vários cargos/MPOG/ENAP/SPU/2006

14) Carmem, Gerusa e Maribel são suspeitas de um crime. Sabe-se que o


crime foi com etido por uma ou mais de uma delas, já que podem ter
agido individualm ente ou não. Sabe-se que, se Carmem é inocente, então
Gerusa é culpada. Sabe-se também que ou Maribel é culpada ou Gerusa
é culpada, mas não as duas. Maribel não é inocente. Logo,
a) Gerusa e Maribel são as culpadas.
b) Carmem e M aribel são culpadas.
c) somente Carmem é inocente.
d) somente Gerusa é culpada.
e) somente Maribel é culpada.

Montemos as premissas do argumento:

P : se Carmem é inocente Gerusa é culpada.


P2: ou Maribel é culpada ou Gerusa é culpada.
P„: Maribel não é inocente.

P3 será verdadeira fazendo “Maribel não é inocente” verdadeira.


Em P 2 “Maribel é culpada” é verdade. Então, “Gerusa é culpada” tem de
ser falso (ou exclusivo) para P2 ser verdade. Em P j5 “Gerusa é culpada” (F)
obriga “Carmem é inocente” ser falso para Pt ser verdadeira.

Conclusão:
São culpadas Carmem e Maribel.
Gerusa é inocente.

15) Ana possui tem três irmãs: uma gremista, uma corintiana e outra flum i­
nense. Uma das irmãs é loira, a outra; morena, e a outra ruiva. Sabe-se
que: 1) ou a gremista é loira, ou a flum inense é loira; 2) ou a gremista é
morena, ou a corintiana é ruiva; 3) ou a fluminense é ruiva, ou a corintiana
é ruiva; 4) ou a corintiana é morena, ou a fluminense é morena. Portanto,
a gremista, a corintiana e a flum inense, são, respectivamente,
a) loira, ruiva, morena.
b) ruiva, morena, loira.
c) ruiva, loira, morena.
d) loira, morena, ruiva.
e) morena, loira, ruiva.

61 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Nesta questão, todas as afirmativas são disjunções exclusivas. O melhor


caminho é você iniciar pelas afirmações em que a qualidade é a mesma nas
duas proposições.
1 ) “ou a gremista é loira, ou a fluminense é loira” obriga que a corintiana
não seja loira.
2) “ou a gremista é morena, ou a corintiana é ruiva” obriga que a corintiana
seia ruiva, pois a gremista não é morena.
3) “ou a fluminense é ruiva, ou a corintiana é ruiva” obriga que a gremista
não seia ruiva.
4) “ou a corintiana é morena, ou a fluminense é morena” obriga que a gre­
mista não seja morena.
Primeira conclusão: se a gremista não é ruiva nem é morena, ela é loira.
Então, sobrou para a fluminense ser morena.

Gabarito:

01. A
02. D
03. Anulado
04. B
05. A
06. E
07. B
08. D
09. C
10. A
11. C
12. E
13. Anulado
14. B
15. A

Paulo Quilelli 62
Prova 04
Analista de Finanças e Controle/AFC/2006

01) Márcia não é magra ou Renata é ruiva. Beatriz é bailarina ou Renata não
é ruiva. Renata não é ruiva ou Beatriz não é bailarina. Se Beatriz não é
bailarina então Márcia é magra. Assim,
a) Márcia não é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
b) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
c) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz não é bailarina.
d) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz é bailarina.
e) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz não é bailarina.
Px: Márcia não é magra ou Renata é ruiva.
P2: Beatriz é bailarina ou Renata não é ruiva.
P3: Renata não é ruiva ou Beatriz não é bailarina.
P4: Se Beatriz não é bailarina então Márcia é magra.
Nesta argumentação, não temos nenhum a premissa formada por uma
proposição simples e nenhuma premissa formada por uma proposição
composta que possua o e (A). Em qualquer um a destas duas situações,
atribuiríamos uma valor lógico verdade (V).
A premissa P 4 é um a condicional. Vamos arbitrar para o conseqüente
(Márcia é magra) valor lógico (F), pois obriga que se atribua ao antece­
dente (Beatriz não é bailarina) valor lógico (F), para que a premissa P 4
seja verdadeira.
Na P3, o conseqüente (Beatriz não é bailarina), então, é (F), logo, o ante­
cedente (Renata não é ruiva) deverá ser verdadeiro, para a premissa ser
verdadeira. . v
A P 2 já é então verdadeira (V otf V). -
A Pj é verdadeira também (V ou F).

Conclusão:
Márcia não é magra.
Renata não é ruiva.
Beatriz é bailarina.

63
Provas Comentadas da Esaf

02) Pedro encontra-se à frente de três caixas, numeradas de 1 a 3. Cada uma


das três caixas contém um e somente um objeto. Uma delas contém um
livro; outra, uma caneta; outra, um diamante. Em cada uma das caixas
existe uma inscrição, a saber:
Caixa 1: “O livro está na caixa 3.”
Caixa 2: WA caneta está na caixa 1.”
Caixa 3: "O livro está aqui.”
Pedro sabe que a inscrição da caixa que contém o livro pode ser verda­
deira ou falsa. Sabe, ainda, que a inscrição da caixa que contém a caneta
é falsa, e que a inscrição da caixa que contém o diamante é verdadeira.
Com tais inform ações, Pedro conclui corretamente que nas caixas 1,2 e
3 estão, respectivamente,
a) a caneta, o diamante, o livro.
b) o livro, o diamante, a caneta.
c) o diamante, a caneta, o livro.
d) o diamante, o livro, a caneta.
e) o livro, a caneta, o diamante.

É uma questão de tentativa.


Vamos optar pelo diamante na caixa 1 , conseqüentemente o livro obrigato­
riamente estará na caixa 3 e a caneta estará na caixa 2, pois a inscrição nesta
caixa será falsa.

03) Se X está contido em Y, então X está contido em Z. Se X está contido em


P, então X está contido em T. Se X não está contido em Y, então X está
contido em P. Ora, X não está contido em T. Logo:
a) Z está contido em T e Y está contido em X.
b) X está contido em Y e X não está contido em Z.
c) X está contido em Z e X não está contido em Y.
d) Y está contido em T e X está contido em Z.
e) X não está contido em P e X está contido em Y.

P,:XcY4XcZ
P2: X c P - > X c T
P3:Xjzf Y 4 X c P
P4: X j / T

Paulo Quilelli 64
Prova 04 - Analista de Finanças e ControIe/AFC/2006

P4 é uma proposição simples, logo, vamos atribuir (V).


Na P2, então, o conseqüente (X c T) será (F) o que obriga o antecedente
(X c P )se r(F ).
Na P3, o conseqüente (Xc P) é (F), logo, o antecedente (X Y) terá que
ser (F).
Na P., o antecedente (X cY ) é (V) obrigando o conseqüente (Xc Z)
ser (V).
Conclusão
X cy
X cZ
X ^P
X ^T

04) Ana é artista ou Carlos é compositor. Se Mauro gosta de m úsica, então


Flávia não é fotógrafa. Se Flávia não é fotógrafa, então Carlos não é com­
positor. Ana não é artista e Daniela não fuma. Pode-se, então, concluir
corretamente que
a) Ana não é artista e Carlos não é compositor.
b) Carlos é com positor e Flávia é fotógrafa.
c) Mauro gosta de m úsica e Daniela não fuma.
d) Ana não é artista e Mauro gosta de música.
e) Mauro não gosta de música e Flávia não é fotógrafa.

P,: Ana é artista ou Carlos é compositor.


P2: Se Mauro gosta de música, então Fláviá não é fotógrafa.
P3: Se Flávia não é fotógrafa, então Carlos não é compositor.
P4 • Ana não é artista e Daniela não' fuma'.
A premissa P 4 tem uma conjunção “e” logo, para ela ser verdadeira, as duas
proposições deverão ser verdadeiras:
Ana não é artista (V).
Daniela não fuma (V).
Na premissa PjS “Ana é artista”, então, será (F) e, para a disjunção (ou) ser
verdadeira, deverá “Carlos é compositor” ser verdadeiro (V).
Iremos para a P3, em que “Carlos não é compositor” é (F) e, como estamos
numa condicional, “Flávia não é fotógrafa” deverá ser (F).

65 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Na P2, o conseqüente é (F) obrigando o antecedente “Mauro gosta de músi­


ca” ser (F).

Conclusão:
Ana não é artista.
Carlos é compositor.
Mauro não gosta de música.
Flávia é fotógrafa.
Daniela não fuma. ,

05) Amigas desde a infância, Beatriz» Dalva e Valna seguiram diferentes


profissões e hoje uma delas é arquiteta» outra é psicóloga, e outra é
economista. Sabe-se que ou Beatriz é a arquiteta ou Dalva é a arquiteta.
Sabe-se, ainda, que ou Dalva é a psicóloga ou Valna é a econom ista.
Sabe-se, também, que ou Beatriz é a economista ou Valna é a economista*
Finalmente, sabe-se que ou Beatriz é a psicóloga ou Valna é a psicóloga.
As profissões de Beatriz, Dalva e Valna são, pois, respectivamente,
a) psicóloga» economista» arquiteta.
b) arquiteta, economista» psicóloga.
c) arquiteta» psicóloga» economista.
d) psicóloga, arquiteta, economista.
e) economista» arquiteta, psicóloga.

Quando se afirma que “Sabe-se que ou Beatriz é a arquiteta ou Dalva é a ar­


quiteta”, conclui-se que Valna não é arquiteta.
Quando se afirma que "Sabe-se, também, ou Beatriz é a economista ou
Valna é a economista” também se conclui que Dalva não é a economista.
Da mesma forma, quando o enunciado fala que “sabe-se que ou Beatriz é
a psicóloga ou Valna é a psicóloga”, conclui-se que Dalva não é a psicóloga.
Então, Dalva é a arquiteta.
A afirmação do enunciado de que “ou Dalva é a psicóloga ou Valna é a eco­
nomista” obriga que seja verdade Valna é a economista e, por fim, Beatriz é
a psicóloga.

Paulo Quilelli 66
Prova 04 - Analista de Finanças e Controle/AFC/2006

06) Uma escola de idiom as oferece apenas três cursos: um curso de Alemão,
um curso de Francês e um curso de Inglês. A escola possui 200 alunos e
cada aluno pode m atricular-se em quantos cursos desejar. No corrente
ano, 50% dos alunos estão m atriculados no curso de Alemão, 30% no
curso de Francês e 40% no de Inglês. Sabendo-se que 5% dos alunos estão
m atriculados em todos os três cursos, o número de alunos matriculados
em mais de um curso é igual a
a) 30.
b) 10.
c) 15.
d) 5.
e) 20.

Pelos dados do problema:


F=60

1=80
n(A) - 50% de 200 = 100
n(F) - 30% de 2 0 0 - 60
n(í) = 40% de 200 - 80
n (A H F n l ) = 5% de200 = 10
Sabe-se que: \
n(A U F U I)=n(A)+n(F)+n(í)-n(A h F)-n(A n í)-n(F n T)+n(A D F n í)
Logo:200 = 100 + 60 + 8 0 - n(A O F ) - ri(A H I ) - n(F n i ) + 10
Daí: n(A f iF ) + n(A D I) + q(F H I) = 50
O número de alunos matriculados em mais de um curso é dado por:

n(A H F) + n(A f i l ) + n(F H I) - 2 x n(A n F H I ) =


= 50 - 2 x 10 = 30

67 Radodnio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

07) Três m eninos estão andando de bicicleta. A bicicleta de um deles é azul,


a do outro é preta, a do outro é branca. Eles vestem bermudas destas
mesmas três cores, mas somente Artur está com bermuda de mesma cor
que sua bicicleta. Nem a bermuda nem a bicicleta de Júlio são brancas.
Marcos está com bermuda azul. Desse m odo,
a) a bicicleta de Júlio é azul e a de Artur é preta*
b) a bicicleta de Marcos é branca e sua bermuda é preta.
c) a bermuda de Júlio é preta e a bicicleta de Artur é branca.
d) a bermuda de Artur é preta e a bicicleta de Marcos é branca.
e) a bicicleta de Artur é preta e a bermuda de Marcos é azul.

Se Marcos está com a bermuda azul, e nem a bermuda nem a bicideta de


Júlio são brancas, logo, a bermuda de Júlio é preta, sobrando para o Artur a
bermuda branca. Como este tem a bicideta da mesma cor da bermuda, sua
bicideta é também branca. Como Júlio e Marcos não têm bicideta e berm u­
da de mesma cor, resta para a bicicleta de Júlio a cor azul e para a bicicleta
de Marcos a cor preta.
Sugestão: faça um quadro assim e preencha com o nome das pessoas

Bic Ber Bic Ber


AZ A2 J M
Pt p, M J
Br Br A A

08) Um professor de lógica encontra-se em viagem em um país distante, habi­


tado pelos verdamanos e pelos mentimanos. O que os distingue é que os
verdamanos sempre dizem a verdade, enquanto os mentimanos sempre
mentem. Certo dia, o professor depara-se com um grupo de cinco habitan­
tes locais. Chamemo-los de Alfa, Beta, Gama, Delta e Êpsilon. O professor
sabe que um e apenas um no grupo é verdamano, mas não sabe qual deles
o é. Pergunta, então, a cada um do grupo quem entre des é verdamano e
obtém as seguintes respostas:
Alfa: “Beta é mentimano”.
Beta: “Gama é mentimano”
Gama: “Delta é verdamano”
Delta: “Êpsilon é verdamano”
Êpsilon, afônico, fala tão baixo que o professor não consegue ouvir sua res­
posta. Mesmo assim, o professor de lógica condui corretamente que o ver­
damano é:

Pauio Quiielli 68
Prova 04 - Analista de Finanças e Controle/AFC/2006

a) Delta,
b) Alfa.
c) Gama.
d) Beta.
e) Épsilon.

O processo é o das tentativas. Chamemos os verdamanos de (V) e mentima-


nos de (M).
Como apenas um é (V), vamos atribuir a Alfa (V), logo, Beta é (M) e,
como Beta afirma que Gama é mentimano, então, Gama será (V), o que
não pode, pois somente um é (V).
Vamos atribuir a Beta (V), logo, Alfa é (M) e Gama é (M). Pela afirmação
de Gama, deduz-se que Delta é (M). Sendo assim, pela afirmação de Delta,
Épsilon é (M).

09) Perguntado sobre as notas de cinco alunas (Alice, Beatriz, Cláudia, De-
nise e Elenise), um professor de Matemática respondeu com as seguintes
afirmações:
lo “A nota de A lice é maior do que a de Beatriz e menor do que a de
Cláudm”;
2. “A nota de Alice é maior do que a de Denise e a nota de Denise é maior
do que a de Beatriz, se e somente se a nota de Beatriz é menor do que a de
Cláudia”;
3. “Elenise e Denise não têm a mesma nota, se e somente se a nota de
Beatriz é igual à de Alice” '•
Sabendo-se que todas as afirmações do professor são verdadeiras, con-
clui-se corretamente que a nota de:
a) Alice é m aior do que a de Elenise, ínènor do que a de Cláudia e igual
à de Beatriz. <
b) Elenise é m aior do que a de Beatriz, menor do que a de Cláudia e
igual à de Denise.
c) Beatriz é m aior do que a de Cláudia, menor do que a de Denise e
menor do que a de Alice.
d) Beatriz é menor do que a de Denise, menor do que a de Elenise e
igual à de Cláudia.
e) D enise é m aior do que a de Cláudia, m aior do que a de A lice e
igual à de E lenise.

69 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Fica mais fácil colocarmos as informações na reta dos reais.

B Á C
2. Como a nota de Beatriz (B) é menor que a de Cláudia (C) conclui-se que
é verdade que a nota de Alice (A) é maior do que a de Denise (D) e a
nota de Denise (D) é maior do que a de Beatriz (B).

B D \ A C

3. Como a nota de Beatriz (B) não é igual à de Alice (A), então Elenise (E)
e Denise (D) têm a mesma nota.

B D=E A C

10) Cinco irmãs nasceram, cada uma, em um Estado diferente do Brasil. Lúcia
é morena como a cearense, é mais moça do que a gaúcha e mais velha do
que Maria. A cearense, a paulista e Helena gostam de teatro tanto quanto
Norma. A paulista, a mineira e Lúda são, todas, psicólogas. A mineira
costuma ir ao cinema com Helena e Paula. A paulista é mais moça do que
a goiana, mas é mais velha do que a mineira; esta, por sua vez, ém ais velha
do que Paula. Logo:
a) Norma é gaúcha, a goiana é m ais velha do que a m ineira, e H dena é
mais moça do que a paulista.
b) Paula é gaúcha, Lúcia é mais velha do que Helena, e a mineira é mais
velha do que Maria.
c) Norma é m ineira, a goiana é m ais velha do que a gaúcha, e Maria é
mais moça do que a cearense.
d) Lúcia é goiana, a gaúcha é mais moça do que a cearense, e Norma é
mais velha do que a mineira.
e) Paula é cearense, Lúda é mais velha do que a paulista, e Norma é mais
m oça do que a gaúcha.

Se Lúda é morena como a cearense, Lúcia não é cearense, e, se é mais moça


que a gaúcha, Lúcia não é gaúcha.
Quando se afirma “A cearense, a paulista e Helena gostam de teatro tanto
quanto Norma’’ conclui-se que Helena e Norma não são cearenses, e nem
paulistas.

Paulo Quilelli 70
Prova 04 - Anaiista de Finanças e Controle/AFC/2006

A afirmação “A paulista, a mineira e Lúcia são, todas, psicólogas” nos per­


mite deduzir que Lúcia não é paulista nem mineira e, como anteriormen­
te vimos que Lúcia não é cearense nem gaúcha, Lúcia é goiana e nenhuma
das outras poderá mais ser goiana.
Se a mineira costuma ir ao cinema com Helena e Paula, então, Helena e
Paula não são mineiras. Diante das conclusões anteriores sobra, então,
para Helena ser gaúcha e nenhuma mais poderá ser gaúcha. Daí, também
por eliminação, resta para Norma ser mineira, não podendo mais ninguém
ser mineira.
Na afirmação “A paulista é mais moça que a goiana, mas é mais velha do
que a mineira” diante da afirmação anterior de que “Maria era mais moça
do que Lúcia”, sendo Lúcia a goiana, logo, Maria é a paulista e só resta para
Paula ser cearense.
Colocando-as em ordem crescente de idade:

- Lúcia é mais moça que a gaúcha (Helena) e mais velha que Maria.
- A paulista (Maria) é mais moça que do que a goiana (Lúcia), mas é mais
velha que do que a mineira (Norma) e esta (Norma), por sua vez, é mais
velha que Paula.
------ 1--------- 1---------j--------- 1---------1--------- ►
P N M L H

71 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:

01. A
02. C
03. E
04. B
05. D
06. A
07. C
08. D
09. B
10.E

Paulo Quiielli
Prova 05
Técnico administrativo/Aneel/2006

01) Em um plano são marcados 25 pontos» dos quais 10 e somente 10 desses


pontos são marcados em linha reta. O número de diferentes triângulos
que podem ser formados com vértices em quaisquer dos 25 pontos é
iguala
a) 2180.
b) 1180.
c) 2350.
d) 2250.
e) 3280.

Três pontos colineares (sobre a mesma reta) não determinam um triân­


gulo, somente três pontos não-colineares (não pertencentes a uma mes­
m a reta) determinam triângulo.
Três pontos A> B e C não-coiineares determinam um triângulo, indepen­
dente da ordem (ABC, BCA, CAB,...).
Esse tipo de agrupamento caracteriza combinação. Se fizermos C2S>estamos
incluindo os dez pontos colineares que não determinam triângulos. Temos
de subtrair Q 0-

— Q 0 = 2S^ y ~T ff = 2300 ~ 120 = 2180


\

02) Se X j , então» é necessariamente verdade que

a )x 2 + 2 x * 2 0 0 e y = 200. ^
b )x 2 + 2 x - 2 0 0 e y = 200. ■'
c) x2 + 2x = 200 e y ^ 200.
d) x = 0 e y * 0 .
e) x * 0 e y = 200.

Para um a fração ser igual a zero (0) é necessário que o numerador seja
zero e o denominador seja diferente de zero. Logo,
x2 + 2 x - 2 0 0 = 0 x2 + 2 x = 2 0 0
y -200 * 0 y* 200

73
Provas Comentadas da Esaf

03) Sabe-se que Beto beber é condição necessária para Carmem cantar e
condição suficiente para Denise dançar. Sabe-se, também, que D enise
dançar é condição necessária e suficiente para Ana chorar. Assim, quando
Carmem canta,
a) Beto não bebe ou Ana não chora.
b) Denise dança e Beto não bebe.
c) Denise não dança ou Ana não chora.
d) nem Beto bebe nem D enise dança.
e) Beto bebe e Ana chora.

Na condicional p q
p é condicional suficiente para q e q é condição necessária para p.

Na bicondicional p <-> q
p é condição necessária e suficiente para q e q é condição necessária e su­
ficiente para p.

Visto isso:
P : Carmem canta Beto beber
P2: Beto beber Denise dançar
P3: Denise dançar <-» Ana chorar

Carmem canta é (V), logo, em Pt, Beto beber é (V).


Em P2, Beto beber é (V), obrigando Denise dançar ser (V).
Em P3, Denise dançar é (V) faz com que Ana chorar seja (V).
Conclusão: Beto bebe, Denise dança e Ana chora.

04) Em uma prova de natação, um dos participantes desiste de com petir ao


completar apenas 1/5 do percurso total da prova. No entanto, se tivesse
percorrido mais 300 m etros, teria percorrido 4/5 do percurso total da
prova. Com essas inform ações, o percurso total da prova, em quilôm e­
tros, era igual a
a) 0,75.
b) 0,25.
c) 0,15.
d) 0,5.
e) 1.

Paulo Quilelli 74
Prova 05 - Técnico administrativo/Aneel/2006

Percurso total da prova = x

-j=-x + 300 = ^ x

300 = | x - | x

300 = | x -3Q03 x 5 x x = 500m = 0,5 km

05) X e Y são dois conjuntos não vazios. O conjunto X possui 64 subconjuntos.


O conjunto Y, por sua vez, possui 256 subconjuntos. Sabe-se, também,
que o conjunto 2 = X n Y possui 2 elem entos. Desse m odo, conclui-se
que o número de elem entos do conjunto P = Y - X é igual a
a) 4.
b) 6.
c) 8.

Se um conjunto tem n elementos, esse conjunto possui, então, 2a subconjuntos.

Se X possui 64 subconjuntos 2n - 64 n=6 n(X) = 6

Se Y possui 256 subconjuntos -> 2a~ 256 n=8 n(Y) = 8

n(X n Y) = 2

c
X=6 Y=8

n (Y - X) = 6

75 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

06) Em um campeonato de tênis participam 30 duplas, com a mesma proba­


bilidade de vencer. O número de diferentes maneiras para a classificação
dos 3 primeiros lugares é igual a
a) 24.360.
b) 25.240.
c) 24.460.
d) 4.060.
e) 4.650.

Quando a modificação da ordem dos elementos em um grupo gera um


novo grupo, fica caracterizado arranjo.
Neste caso, então, temos üm arranjo simples de 30 elementos em grupos
de três.

a L= 30.29.28 = 24.360

07) Uma empresa possui 200 funcionários dos quais 40% possuem plano de
saúde» e 60 %são hom ens. Sabe-se que 25% das mulheres que trabalham
nesta empresa possuem planos de saúde. Selecionando-se, aleatoriamen­
te, um funcionário desta empresa, a probabilidade de que seja mulher e
possua plano de saúde é igual a
a) 1/10.
b) 2/5.
c) 3/10.
d) 4/5.
e) 4/7.

Monte uma tabela, como sugestão:


tem plano não tem plano total
homem 120
mulher 20 80
total 80 200

tem plano - x 200 = 80

homens - x 200 = 120

Paulo Quilelli 76
Prova 05 - Técnico administrativo/Aneel/2006

mulheres = 2 0 0 - 120 - 80

mulher com plano - x 80 = 20

probabilidade de m ulher com plano é = ^

08) Três rapazes - Alaor, Marcelo e Celso - chegam a um estacionamento


dirigindo carros de cores diferentes. Um dirigindo um carro amarelo, o
outro um carro bege e o terceiro um carro verde. Chegando ao estaciona­
mento, o manobrista perguntou quem era cada um deles. O que dirigia o
carro amarelo respondeu: “Alaor é o que estava dirigindo o carro bege”.
O que estava dirigindo o carro bege falou: “eu sou Marcelo”. E o que
estava dirigindo o carro verde disse: “Celso é quem estava dirigindo o
carro bege”. Como o manobrista sabia que Alaor sempre diz a verdade,
que Marcelo às vezes diz a verdade e que Celso nunca diz a verdade, ele
foi capaz de identificar quem era cada pessoa. As cores dos carros que
Alaor e Celso dirigiam eram, respectivamente, iguais a
a) amarelo e bege.
b) verde e amarelo.
c) verde e bege.
d) bege e amarelo.
e) amarelo e verde.

Nesta questão, o importante é saber quem fala a verdade e se reportar sem­


pre a ele.
O Alaor fala sempre a verdade.
Se o Alaor estivesse dirigindo o carro 'amarelo, ele responderia "Alaor é que
estava dirigindo o carro bege”? Não,,porque ele só fala a verdade. Então,
Alaor não estava dirigindo o carro amarelo.
Se o Alaor estivesse dirigindo o carrb bege falaria "eu sou Marcelo”? Não,
porque ele só fala a verdade; Então, Alaor não estava dirigindo o carro
bege, então sobra para o Alaor o carro verde.
Quando quem estava dirigindo o carro verde, que era o Alaor, que só fala a
verdade, disse “Celso é quem estava dirigindo o carro bege”, então, é verda­
de que Celso estava dirigindo o carro bege, sobrando para Marcelo o carro
amarelo.

77 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

09) Se Elaine não ensaia, Elisa não estuda. Logo>


a) Elaine ensaiar é condição necessária para Elisa não estudar.
b) Elaine ensaiar é condição suficiente para Elisa estudar.
c) Elaine não ensaiar é condição necessária para Elisa não estudar.
d) Elaine não ensaiar é condição suficiente para Elisa estudar.
e) Elaine ensaiar é condição necessária para Elisa estudar.

A condicional p q tem duas equivalências clássicas:


p -> q <=> ~ q ~ p (contrapositiva)
p -> q <=> ~ p v q (negação da negação)
Elaine não ensaia -> Elisa não estuda

“Elaine não ensaia” é condição suficiente para “Elisa não estuda”, e “Elisa
não estuda” é condição necessária para “Elaine não ensaia”.
Com isso, não encontramos nenhuma opção.
Vamos verificar a contrapositiva:
Elisa estuda -» Elaine ensaia
“Elisa estuda” é condição suficiente para “Elaine ensaia” e “Elaine ensaia” é
condição necessária para “Elisa estuda”.

10) Uma sentença logicam ente equivalente a “Se Ana é bela, então, Carina
é feia” é:
a) Se Ana não é bela, então, Carina não é feia.
b) Ana é bela ou Carina não é feia.
c) Se Carina é feia, Ana é bela.
d) Ana é bela ou Carina é feia.
e) Se Carina não é feia, então, Ana não é bela.

A condicional “Se Ana é bela, então Carina é feia” tem equivalente na


contrapositiva:
“Se Carina não é feia, então, Ana não é bela”

Gabarito:

01. A 05. B 09. E


02. C 06. A 10.E
03. E 07. A
04. D 08. C

Pauío Quilelli 78
Prova 06
Auditor-fiscal do Trabalho/AFT/2006

01) Quer-se formar um grupo de dança com 9 bailarinas, de modo que 5 de­
las tenham menos de 23 anos, que uma delas tenha exatamente 23 anos,
e que as demais tenham idade superior a 23 anos. Apresentaram-se, para
a seleção» quinze candidatas» com idades de 15 a 29 anos» sendo a idade»
em anos» de cada candidata» diferente das demais. O número de diferentes
grupos de dança que podem ser selecionados a partir deste conjunto de
candidatas é igual a
a) 120.
b) 1220.
c) 870.
d) 760.
e) 1120.
5 bailarinas < 23 anos
1 bailarina = 23 anos
3 bailarinas > 23 anos

8 (de 15 a 22) < 23 anos

15 candidatas (15 a 29 anos) • 1 bailarina = 23 anos


6 (de 24 a 29) > 23 anos

C5 y C* x C3— 6.5.4 y l y 6.5.4 56 x 20 = 1120


a —321 3 2 1

02) Beatriz* que é muito rica, possui cinco sobrinhos: Pedro, Sérgio, Teodoro,
Carlos e Quintino. Preocupada com a herança que deixará para seus fa­
miliares, Beatriz resolveu sortear» entre seus cinco sobrinhos, três casas. A
probabilidade de que Pedro e Sérgio, ambos, estejam entre os sorteados,
ou que Teodoro e Quintino, ambos, estejam entre os sorteados é igual a
a) 0,8.
b) 0,375.
c) 0,05.
d) 0,6.
e) 0,75.

79
Provas Comentadas da Esaf

Casos possíveis são todos os agrupamentos de três sobrinhos,

casos possíveis (CP) = Ç* = C* = =10

Se Pedro e Sérgio estão sorteados sobra 1 casa sortear entre os outros três
sobrinhos. O mesmo acontecendo quando Teodoro e Quitino estiverem
sorteados.
casos favoráveis (CF) = Cj + C* = 3 + 3 = 6

probabilidade - ~ = 0 ,6

03) Ana encontra-se à frente de três salas cujas portas estão pintadas de verde»
azul e rosa. Em cada uma das três salas encontra-se uma e som ente uma
pessoa - em uma delas encontra-se Luís; em outra, encontra-se Carla;
em outra, encontra-se Diana. Na porta de cada uma das salas existe uma
inscrição, a saber:
Sala verde: “Luís está na sala de porta rosa”
Sala azul: “Carla está na sala de porta verde”
Sala rosa: “Luís está aqui”.
Ana sabe que a inscrição na porta da sala onde Luís se encontra pode
ser verdadeira ou falsa. Sabe, ainda» que a inscrição na porta da sala
onde Carla se encontra é falsa, e que a inscrição na porta da sala em
que Diana se encontra é verdadeira. Com tais inform ações, Ana con­
clui corretamente que nas salas de portas verde, azul e rosa encontram-
se, respectivamente,
a) Diana, Luís, Carla.
b) Luís, Diana» Carla.
c) Diana, Carla» Luís.
d) Carla, Diana, Luís.
e) Luís, Carla, Diana.

Por tentativa, colocando Diana na sala de porta verde, como a inscrição


deverá ser verdadeira, então, Luís estará na sala de porta rosa. Carla terá,
então, de ficar na sala de porta azul. A inscrição “Carla está na sala verde”
é falsa, logo, confere: Diana está na sala de porta verde, Carla na de porta
azul e Luís na de porta rosa.

Paulo Quilelli 80
Prova 06 - Auditor-fiscal do Trabalho/AFT/2006

04) Em um polígono de n lados, o número de diagonais determinadas a par­


tir de um de seus vértices é igual ao número de diagonais de um hexágo­
no. Desse modo, n é igual a
a) 11.
b) 12.
c) 10.
d) 15.
e) 18.

A fórmula do número de diagonais de um polígono é:


n(n — 3 ) onc^e S é o número de lados,
d = -

{.(f. _ 2 ^
Número de diagonais de um hexágono: d = — — - = 9
A fórmula do número de diagonais que partem de um vértice de um po­
lígono é:

dV- n - 3

Logo: 9 = n - 3 n = 12 (dodecágono)

05) Sabendo-se que 3 cos x + sen x = -1, então um dos possíveis valores para
a tangente de x é igual a
a) -4/3.
b) 4/3.
c) 5/3.
d) -5/3.
e) 1/7.
- 'í
3 cosx + s e n x = -1 sen x = -1 - 3 cosx (1)
sen 3 x + cos2 x = 1 (2 )

(1) -» (2) (-1 - 3 cos x ) 2 + cos2 x = 1


1+ 6cos x + 9 cos2 x + cos2 x = 1
10 cos2 x + 6 cos x = 0 2

5 cos2 x + 3 cos x = 0
cos x . ( 5 . cos x + 3) = 0

81 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

cos x = 0 => sen x = - 1 => tg x = sen x = =zÁ


& cos x 0 /
3 4 r 4
5 cosx + 3 = 0 cosx = ~ — => s e n x = — tg x = = ——

Gabarito:

OLE
02. D
03. C
04. B
05. A

Paulo Quilelli 82
Prova 07
Auditor-fiscal da Receita Estadual/AFRE-MG/2005

01) A, B e C são matrizes quadradas de mesma ordem, não singulares e dife­


rentes da matriz identidade. A matriz C é igual ao produto A Z B, onde
Z é também uma matriz quadrada. A matriz Z, portanto, é igual a
a) A 1B C.
b) A C l B 1.
c )A -l CB-K
d) A B C 1.
e) C 1B’1A'1.

A .Z .B= C
1) multiplicar a equação por A' 1 pela esquerda
A-1 . A . Z . B = A-1.C
2) A 1. A = I (identidade) e
I . Z = Z (elemento neutro da multiplicação)
Logo: Z . B = A-1. C
3) multiplicar a equação por B 1pela direita
Z .B .B -1= A*1.C .B -1
4) como B . B' 1 = I e Z . I = Z, então:
Z = A 1. C . B' 1

02) Sete m odelos, entre elas Ana, Beatriz, Carla e Denise, vão participar de
um desfile de modas. A promotora do "desfile determinou que as modelos
não desfilarão sozinhas, mas sempre em filas formadas por exatamente
quatro das m odelos. A lém disso, a últim a de cada fila só poderá ser ou
Ana, ou Beatriz, ou Carla ou Denise. Finalmente, Denise não poderá ser
a primeira da fila. Assim, o número de diferentes filas que podem ser
formadas é igual a
a) 420.
b) 480.
c) 360.
d) 240.
e) 60.

83
Provas Comentadas da Esaf

1) Fixando a Denise como última da fila, para primeira da fila tem-se seis
opções, que são todas menos a Denise:
JD_ __ __ __
•l
6
A segunda da fila poderá ser qualquer um a das outras cinco e a terceira da
fila, qualquer uma das 4 restantes:
_D_ _ _ _

'i' X vi- 4*
1 x 4 x 5 x 6 - 120 diferentes filas
2) Deixando como opção para última da fila Ana ou Beatriz ou Carla, a pri­
meira da fila não poderá sei Denise nem repetir ou Ana ou Beatriz ou Carla:
C
B
A _ _ _ _ _ _
i í
3 5
A segunda da fila poderá ser qualquer uma das cinco restantes e a terceira
qualquer uma das quatro restantes
C
B
A. _ _
J' 4' 'i- ■>1'
3 x 4 x 5 x 5 - 300 diferentes filas
Total = 120 + 300 = 420

03) Ana precisa chegar ao aeroporto para buscar uma amiga. Ela pode es­
colher dois trajetos, A ou B. Devido ao intenso tráfego, se Ana escolher
o trajeto A, existe uma probabilidade de 0,4 de ela se atrasar. Se Ana
escolher o trajeto B, essa probabilidade passa para 0,30. As probabili­
dades de Ana escolher os trajetos A ou B são, respectivamente, 0,6 e 0,4.
Sabendo-se que Ana não se atrasou, então a probabilidade de ela ter
escolhido o trajeto B é igual a
a) 6/25.
b) 6/13.
c) 7/13.
d) 7/25.
e) 7/16.

Paulo Quilelli 84
Prova 07 - Auditor-fisca! da Receita Estadual/AFRE-MG/2005

escoiher A e se
atrasar -

probab. escolher A

escolher
■eso° « )w è ;
probab.~êscõiheí^~
e nao se atrasar = 0,4 x 0,7 = 0,28

No universo “não se atrasar”: 0,36 4- 0,28 = 0,64 (CP)


o evento “escolher o trajeto B e não se atrasar”: 0,28 (CF)
„ __ Q0>28
p 6 4
_

7
16

04) O reino está sendo atormentado por um terrível dragão. O mago diz ao
rei: “O dragão desaparecerá amanhã se e somente se Aladim beijou a
princesa ontem”. O rei, tentando compreender melhor as palavras do
mago, faz as seguintes perguntas ao lógico da corte:
1. Se a afirmação do mago é falsa e se o dragão desaparecer amanhã,
posso concluir corretamente que Aladim beijou a princesa ontem?
2. Se a afirmação do mago é verdadeira e se o dragão desaparecer ama­
nhã, posso concluir corretamente que Aladim beijou a princesa ontem?
3. Se a afirmação do mago é falsa e se Aladim não beijou a princesa on­
tem , posso concluir corretamente que o dragão desaparecerá amanhã?
O lógico da corte, então, diz acextadamente que as respostas logicamente
corretas para as três perguntas são, respectivamente,
a) Não, sim , não.
b) Não, não, sim . , •>
c) Sim, sim , sim.
d) Não, sim , sim.
e) Sim, não, sim.

A proposição composta
“O dragão desaparecerá amanhã se, e somente se, Aladim beijou a prince­
sa ontem.”
é uma bicondicional do tipo p <-» q que será verdadeira se p e q forem am­
bos verdadeiros ou ambos falsos, caso contrário, será uma proposição falsa.

85 Raciodnio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

1 - Se p <-> q for falsa. Isso só ocorrerá se p e q tiverem valores lógicos dife­


rentes. Neste caso, p(V) e q(V), faz a condicional ser verdadeira.
Resposta: Não.
2- Se p <-> q for verdade. Isso só ocorrerá se p e q tiverem os mesmos valo­
res lógicos. Neste caso, p(V) e q(V), faz a condicional ser verdadeira.
Resposta: Sim.
3- Se p <-» q é falsa, obriga p e q terem valores lógicos diferentes.
Neste item, q(F) e p(V), então a resposta é sim.

05) Se André é culpado» então Bruno é inocente. Se André é inocente, então


Bruno é culpado. Se André é culpado» Leo é inocente. Se André é inocente,
então Leo é culpado. Se Bruno é inocente, então Leo é culpado. Logo,
André, Bruno e Leo são, respectivamente,
a) culpado, culpado, culpado.
b) inocente, culpado, culpado.
c) inocente, culpado, inocente.
d) inocente, inocente, culpado.
e) culpado, culpado, inocente.
Pt: André culpado Bruno é inocente
P2: André é inocente -> Bruno é culpado
P3: André é culpado Leo é inocente
P4: André é inocente -> Leo é culpado
Na premissa P4, atribuindo aleatoriamente (V) a “Léo é culpado”, toma-se
P 4 verdadeira. Teremos na P3, “Léo é inocente”, valor (F), o que obriga o an­
tecedente “André é culpado” a ter valor (F).
Na P2, "Bruno é culpado”, tem de ser (V), porque “André é inocente” é (V).
Na Pt temos (F) -> (F).
Todas as premissas ficaram verdadeiras.
Conclusão:
André é inocente
Bruno é culpado
Léo é culpado

Gabarito:

01. C 03. E 05. B


02. A 04. D

Paulo Quilelli 86
Prova 08
Gestor fazendário/Gefaz-MG/2005

01) C on sidere duas m atrizes de segunda ordem , A e B, sen d o que


B = 21/4A. Sabendo que o determinante de A é igual a 2"1/2, então, o de­
terminante da matriz B é igual a
a) 2m.
b) 2.
c) 2 "1'4.
d) 2~m.
e )l.
A matriz A é de 2a ordem, então ao se multiplicar a matriz A por K (K.A),
o determinante de K.A, K real, é igual a K2 . det. A.
B - 2m A
det. A = T m
det. B = (2I/4)2. d e t A = 2m . 2'm = 2o = 1

02) Em uma caixa há oito bolas brancas e duas azuis. Retira-se, ao acaso, uma
bola da caixa. Após, sem haver recolocado a primeira bola na caixa, reti-
ra-se, também ao acaso, uma segunda bola. Verifica-se que essa segunda
bola é azul. Dado que essa segunda bola é azul, a probabilidade de que
a primeira bola extraída seja também azul é ,
a) 1/3.
b) 2/9.
c) 1/9. ^ , >•
d) 2/10.
e) 3/10. '

Numerando as oito bolas brancas como Bx, B2, ..., Bg e as duas bolas azuis
como Axe A2, temos:
espaço amostrai reduzido (todos os pares onde a 2 a bola é azul) =
= {(Bj, A,), (B2, A,),... (B8, At), (Bj, A,), (B2, A2) ... (Bg, A 2), (Al5 A,), (A,, A )}
evento (I a e 2a bolas azuis) = {(A1}A2), (A2, A })}

87
Provas Comentadas da Esaf

, , n° de elementos do evento
probabilidade =
n° de elementos do espaço amostrai

p 18 9

03) Marcela e Mário fazem parte de uma turma de quinze formandos, onde
dez são rapazes e cinco são m oças. A turma reúne-se para formar uma
com issão de formatura com posta por seis form andos. O núm ero de
diferentes com issões que podem ser formadas de m odo que Marcela
participe e que Mário não participe é igual a
a) 504.
b) 252.
c) 284.
d) 90.
e) 84.

Na formação de uma comissão, a ordem dos elementos não determina um


novo grupo. O problema trata de uma combinação.
Se a comissão é de seis formandos, em que Marcela já é um dos elementos,
restam cinco vagas para serem preenchidas, escolhendo-se de um grupo de
13 formandos (Marcela e Márcio estão fora). Logo, é um a combinação de
13 formandos em grupos de cinco.

r 5 - 13.12.11.10.9 _ 1 0 o7
■»“ 5.4.3.2.1 "

04) A afirmação “Não é verdade que, se Pedro está em Roma, então Paulo
está em Paris” é logicam ente equivalente à afirmação:
a) É verdade que ‘Pedro está em Roma e Paulo está em Paris’.
b) Não é verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo não está em Paris’.
c) Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou Paulo não está em
Paris’.
d) Não é verdade que ‘Pedro não está em Roma ou Paulo está em Paris’.
e) É verdade que ‘Pedro está em Roma ou Paulo está em Paris5.

Pauío Quilelli 88
Prova 08 - Gestor fazendário/Gefaz-MG/2005

Chamemos de:
p: Pedro está em Roma.
q: Paulo está em Paris.

“Não é verdade que, se Pedro está em Roma, então Paulo está em Paris” na
representação lógica fica assim:
~(p-»q)
Essa negação da condicional é uma conjuntiva:
~(p -> q) ^ p a ~q
Temos de verificar em cada uma das opções qual delas é equivalente a
p a ~ q (Pedro está em Roma e Paulo não está em Paris).
A única opção afirmativa é a letra (e), que não é equivalente. Todas as ou­
tras opções são negativas. Façamos, então, a negativa: Pedro não está em
Roma ou Paulo está em Paris. A letra (d) satisfaz.

05) Considere a afirmação P:


P :“A o u B w
onde A e B , por sua vez, são as seguintes afirmações:
A: “Carlos é dentista”
B: “Se Enio é econom ista, então Juca é arquiteto”
Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo:
a) Carlos não é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.
b) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.
c) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca é arquiteto.
d) Carlos é dentista; Enio não é economista; Juca não é arquiteto.
e) Carlos é dentista; Enio é economista; Juca não é arquiteto.

Sendo P: A v B e sendo P falsa, então: -


~ (A v B) ~ A A ~B '
Logo, ~ A é “Carlos não é dentista”
B é uma condicional p q
~Bé~(p^-q)'í=>pA~q
Logo, “Enio é economista” e “Juca não é arquiteto”.

89 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:

OLE
02.C
03. Anulado
04. D
05. B

Paulo Quilelli
Prova 09
Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG/2005

01) Um grupo de estudantes encontra-se reunido em uma sala para escolher


aleatoriamente» por sorteio» quem entre eles irá ao Simpósio de Matemá­
tica do próximo ano. O grupo é com posto de 15 rapazes e de um certo
número de m oças. Os rapazes cumprimentam-se, todos e apenas entre
si» uma única vez; as moças cumprimentam-se» todas e apenas entre si»
uma única vez. Há um total de 150 cumprimentos. O número de moças
é» portanto, igual a
a) 10.
b) 14.
c) 20.
d) 25.
e) 45.
Grupo de 15 rapazes e x moças.
Cumprimento de mão caracteriza combinação, pois a ordem não determi­
na um novo aperto de mão.
C Í + C*= 150
15.14 , x(x - 1 ) _ , ,-n
2.1 + 2.1 “

210 + x2- x = 300


x2— x — 90 = 0 ••• Xi— 10 e x2—— 9 (não serve)
O número de moças é 1 0 .

02) Mauro, José e Lauro são três irmãos. Cada um deles nasceu em um estado
diferente: um é m ineiro, out^o é carioca, e outro é paulista (não necessa­
riamente nessa ordem). Os três têm, também, profissões diferentes: um é
engenheiro, outro éveterinário, e outró é psicólogo (não necessariamente
nessa ordem). Sabendo que José é m ineiro, que o engenheiro é paulista,
e que Lauro é veterinário, conclui-se corretamente que
a) Lauro é paulista e José é psicólogo.
b) Mauro é carioca e José é psicólogo.
c) Lauro é carioca e Mauro é psicólogo.
d) Mauro é paulista e José é psicólogo.
e) Lauro é carioca e Mauro é engenheiro.

91
Provas Comentadas da Esaf

Tosé é mineiro
Se o engenheiro é paulista, então, José não é engenheiro.
Lauro é veterinário, então, José não é veterinário nem engenheiro logo, Tosé
é psicólogo e sobra para Mauro, engenheiro, e por conseguinte paulista.
Resta para Lauro ser carioca.
Há duas opções corretas a (D) e a (E).

03) Pedro e Paulo estão em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em
uma fila. O número de diferentes formas pelas quais Pedro e Paulo po­
dem escolher seus lugares para sentar, de m odo que fique ao menos uma
cadeira vazia entre eles, é igual a
a) 80.
b) 72.
c) 90.
d) 18.
e) 56.

Pedro sentado na cadeira 1 => Paulo poder sentar da 3 à 10 => 8 formas


Pedro sentado na cadeira 2 => Paulo poder sentar da 4 à 10 ^ 7 formas
Pedro sentado na cadeira 3=> Paulo poder sentar na 1 ou de 5 a 10 =>7 formas

Pedro sentado na cadeira 8 =» Paulo de 1 a 6 ou na 10 => 7 formas


Pedro sentado na cadeira 9 => Paulo de 1 a 7 => 7 formas
Pedro sentado na cadeira 10 => Paulo de l a 8 => 8 formas
N° de formas de sentarem = 2 x 8 + 8 x 7 = 16 + 56 = 72
Pode-se resolver de uma forma mais simples, como segue:
Pedro e Paulo sentados em qualquer cadeira: A^0= 10.9 = 90
Pedro e Paulo juntos em qualquer ordem: 2 x 9 = 18
Pedro e Paulo separados: 90 - 18 = 72

04) Carlos não ir ao Canadá é condição necessária para Alexandre ir à Ale­


manha. Helena não ir à Holanda é condição suficiente para Carlos ir
ao Canadá. Alexandre não ir à Alemanha é condição necessária para
Carlos não ir ao Canadá. Helena ir à Holanda é condição suficiente para
Alexandre ir à Alemanha. Portanto:

Paulo Quiielli 92
Prova 09 - Anaíista de Planejamento e Orçamento/MPOG/2005

a) Helena não vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá, Alexandre não
vai à Alemanha.
b) Helena vai à Holanda, Carlos vai ao Canadá, Alexandre não vai à
Alemanha.
c) Helena não vai à Holanda, Carlos vai ao Canadá, Alexandre não vai
à Alemanha.
d) Helena vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá, Alexandre vai à
Alemanha.
e) Helena vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá, Alexandre não vai
à Alemanha.

Na condicional p q, p é condição suficiente para q e q é condição neces­


sária para p. Então:

Alexandre ir à Alemanha -> Carlos não ir ao Canadá.


P2: Helena não ir à Holanda -> Carlos ir ao Canadá.
P3: Carlos não ir ao Canadá -> Alexandre não ir à Alemanha.
P.:4 Helena ir à Holanda -> Alexandre ir à Alemanha.

Podemos representar:
P:: p q
P2: r ~q
p ,:q -> ~ p
P4: ~r-»p

Como nesse argumento não encontramos nenhuma premissa fornecida


por uma proposição simples nem por uma conjunção atribuiremos, alea­
toriamente, a p o valor lógico .(F). !
Então para P4 ser verdadeira ~r tem de ser (F).
Pj já é verdadeira por p ser (£)
P3 é verdadeira por ~p ser (F)
p 2 é verdadeira pois r (V) e ~q (V)

Conclusão:
Alexandre não vai à Alemanha.
Carlos vai ao Canadá.
Helena não vai à Holanda.

93 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

05) O sultão prendeu Aiadim em uma sala. Na sala há três portas. Delas,
uma e apenas uma conduz à liberdade; as duas outras escondem terrí­
veis dragões. Uma porta é vermelha, outra é azul e a outra branca. Em
cada porta há uma inscrição. Na porta vermelha está escrito: “esta porta
conduz à liberdade” Na porta azul está escrito: “esta porta não conduz
à liberdade”. Finalmente, na porta branca está escrito: “a porta azul não
conduz à liberdade” Ora, a princesa - que sempre diz a verdade e que
sabe o que há detrás de cada porta - disse a Aiadim que pelo m enos uma
das inscrições é verdadeira, mas não disse nem quantas, nem quais. E
disse mais a princesa: que pelo menos uma das inscrições é falsa, mas não
disse nem quantas nem quais. Com tais informações, Aiadim concluiu
corretamente que
a) a inscrição na porta branca é verdadeira e a porta vermelha conduz
à liberdade.
b) a inscrição na porta vermelha é falsa e a porta azul conduz à liberdade.
c) a inscrição na porta azul é verdadeira e a porta vermelha conduz à
liberdade.
d) a inscrição na porta branca é falsa e a porta azul conduz à liberdade.
e) a inscrição na porta vermelha é falsa e a porta branca conduz à liberdade,

Pela fala da Princesa, conclui-se que não existe a hipótese de as três inscri­
ções serem verdadeiras nem as três serem falsas.

Vermelha Azul Branca


esta porta esta porta a porta azul
conduz à não conduz à não conduz à
liberdade liberdade liberdade

Temos de combinar uma falsa com duas verdadeiras ou um a verdadeira


com duas falsas.
Se atribuirmos à inscrição da porta vermelha valor lógico falso (F), logo, a
porta vermelha esconde um dragão.
Se à inscrição da porta azul for verdadeira, a porta azul esconde um
dragão.
A inscrição da porta branca será, obrigatoriamente, verdadeira e, por con­
seguinte, a porta branca conduzirá à liberdade.

Paulo Quiieili 94
Prova 09 - Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG/2005

06) Há três moedas em um saco. Apenas uma delas é uma moeda normal» com
“cara” em uma face e “coroa” na outra. As demais são moedas defeituosas.
Uma delas tem “cara” em ambas as faces. A outra tem “coroa” em ambas
as faces. Uma m oeda é retirada do saco, ao acaso» e é colocada sobre a
mesa sem que se veja qual a face que ficou voltada para baixo. Vê-se que
a face voltada para cima é “cara” Considerando todas estas informações,
a probabilidade de que a face voltada para baixo seja “coroa” é igual a
a) 1/2.
b) 1/3.
c) 1/4.
d) 2/3.
e) 3/4.

Três moedas A (C, K), B (C, C) e C (K,K)> onde C é cara e K é coroa.


Quando a face de cima é cara e pede-se a probabilidade da face de baixo
ser coroa, obriga-se que a moeda na mesa seja a A e a probabilidade de ser
A em três moedas é -j.

07) Você está à frente de três umas, cada uma delas contendo duas bolas. Você
não podever o interior das umas, mas sabe que em uma delas há duas bolas
azuis. Sabe, ainda, que em uma outra um a há duas bolas vermelhas. E sabe,
finalmente, que na outra um a há uma bola azule uma vermelha. Cada uma
possui uma etiqueta indicando seu conteúdo, “AA”, “W ”, “AV” (sendo “A”
para bola azul, e “V” para bola vermelha). Ocorre que - e isto você também
sabe- alguém trocou as etiquetas de tal forma que todas as umas estão, agora,
etiquetadas erradamente. Você pode retirar uma bola de cada vez, da um a
que bem entender, olhar a sua còr, e recolocá-la novamente na uma.
E você pode fazer isto quantas vezes quiser. O seu desafio é determinar,
por m eio desse procedimento, o conteúdo exato de cada um a, fazendo o
menor número de retiradas logicamente possível. O número mínimo de
retiradas necessárias para você determinar logicamente o conteúdo exato
de cada uma das três um as é
a) 1.
b) 2.
c)3.
d) 4.
e) 5.

95 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

(I) (II) m
AA VV AV

insc.: A V insc.: A A insc.: V V

Nesta situação, ao sair bola azul na um a I, como a inscrição é falsa, só res­


ta, então, a urna ser A A.
Na um a II, ao sair bola vermelha, fica a dúvida se é A V ou V V.
Na urna III, se sair bola A, garante esta urna ser A V, o que obriga a urna
II ser V V.
Existe a possibilidade de a bola retirada da urna III ser V, mas, como a ins­
crição é falsa, só resta ela ser A V, o que obrigará a urna II ser V V.
Existe mais uma arrumação de inscrições falsas que será a inscrição da
um a I ser V V, da urna II ser A V e da urna III ser A A. Também aqui você
precisará fazer um a retirada apenas em cada uma das três urnas para des­
cobrir as cores das duas bolas que lá estão.

08) Se de um ponto P qualquer forem traçados dois segmentos tangentes a uma


circunferência, então as medidas dos segmentos determinados pelo ponto
P e os respectivos pontos de tangência serão iguais. Sabe-se que o raio de
um círculo inscrito em um triângulo retângulo mede 1 cm. Seahipotenusa
desse triângulo for igual a 20 cm, então seu perímetro será igual a
a) 40 cm.
b) 35 cm.
c) 23 cm.
d) 42 cm.
e) 45 cm.

De um ponto exterior a uma circunferência traçam-se tangentes iguais.

Paulo Quilelii 96
Prova 09 - Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG/2005

ÃP = ÃQ
BQ = BK
CP = CR
20 = b — 1 - f c — 1

20 — b -{- c — 2
22 = b 4- c

perímetro = 20 + b + c = 20 + 22 = 42cm

09) O raio do círculo A é 30% menor do que o raio do círculo B. Desse modo»
em termos percentuais, a área do círculo A é menor do que a área do
círculo B em
a) 51%.
b) 49%.
c) 30%.
d) 70%.
e) 90%.

Área do círculo B de raio R: SB= 7tR2


Área do círculo A de raio 0,7R: SA= rt(0,7R)2 = 0,497iR2
Diferença de área: SB- SA- tcR2 - 0,49rrR2 = 0,5l7tR2 - 51% SB

10) O menor complem entar de um elem ento genérico x.. de uma m atriz X
é o determ inante que se obtém suprim indo a linha e a coluna em que
esse elem ento se localiza. Uma m âtriz Y = y^, de terceira ordem, é a
m atriz resultante da som ay das m atrizes * A = (a.*r) e B = (b..). Sabendo-se
que (a..) = (i + j)2 e que b.. ~ i2, então o menor complementar do elemento
y ^ éig u a la

a) 0.
b) -8.
c) -80.
d) 8.
e) 80.

97 Raciocínio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Y=A + B
V 0 +j)2
ail- ( l + l)2= 4
ai2~ (1 + 2)2- 9
a13= (1 + 3)2~ 16
a 21 = (2 + 1)2= 9 e assim por diante.

4 9 16
Logo, A = 9 16 25
16 25 36

b.. = i2
b’, = i 2= i
b„-l> -4
b 31 = l 2 - 9 e assim por diante.

1 1 1

Logo, B = 4 4 4
9 9 9

'4 9 16 1 1 1 '5 10 17
Y = 9 16 25 + 4 4 4 13” " 2 0 29
16 25 36 9 9 9 25 45

5 10
5 x 34 - 1 0 x 25 = 170 - 250 = -8 0
25 34

ou, mais simplesmente, sabendo que a matriz genérica de y é

y» y,2 y o menor complementar do elemento y23 é o determinante da


y» yy* matriz resultante da retirada da 2a linha e da 3a coluna.

y» 32 y y

Paulo Quiielli 98
Prova 09 - Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG/2005

Yn
l^3i y*

tu + bu = (l + l)2 + l 2 = 4 + l =5
i12+ b12 = (1 + 2 f + l 2 = 9 + 1 = 10
3i + K ~ (3 + l)2+ 32 = 16 + 9 = 25
L
32 + b32= (3 •+2)2 + 32 - 25 + 9 = 34

99 Raciodnio Lógico
Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:

01. A
02. Anulado
03. B
04. C
05. E
06. B
07. A
08. D
09. A
10. C

Paulo Quilelli 100


Prova 10
Técnico/Área administrativa/MPU/2004.2

01) Um avião XIS decola às 13:00 horas e voa a uma velocidade constante
de x quilôm etros por hora. Um avião YPS decola às 13:30 horas e voa na
mesma rota de XIS, mas a uma velocidade constante de y quilômetros
por hora. Sabendo que y > x, o tempo, em horas, que o avião YPS, após
sua decolagem, levará para alcançar o avião XIS é igual a
a) 2 / (x+y) horas.
b) x / (y-x) horas.
c) l / 2 x horas.
d) 1 /2 y horas.
e) x / 2 (y-x) horas.
d
A -
B

A - ponto de partida
B - ponto em que YPS alcança XIS
d - distância de A a B
t - tempo que YPS leva de A até B, em horas
t + j ~ tempo que XIS leva de A até B, em horas

distância percorrida
tempo que levou para percorrer a distância

d = yt
d = xt +

Duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si, logo:

yt = xt 4 - J

101
Provas Comentadas da Esaf

____ x
t=
2 (y - x)

02) Maria ganhou de João nove pulseiras, quatro delas de prata e cinco delas
de ouro. Maria ganhou de Pedro onze pulseiras, oito delas de prata e três
delas de ouro. Maria guarda todas essas pulseiras - e apenas essas - em sua
pequena caixa de jóias. Uma noite, arrumando-se apressadamente para ir
ao cinema com João, Maria retira, ao acaso, uma pulseira de sua pequena
caixa de jóias. Ela vê, então, que retirou uma pulseira de prata. Levando
em conta tais informações, a probabilidade de que a pulseira de prata que
Maria retirou seja uma das pulseiras que ganhou de João é igual a
a) 1/3.
b) 1/5.
c) 9/20.
d) 4/5.
e) 3/5.

Maria ganhou de João Maria ganhou de Pedro


4 prata 8 prata

5 ouro 3 ouro
9 pulseiras 11 pulseiras

Total de pulseiras ganhas: 9 + 11 - 20 pulseiras


, , , , , casos favoráveis
probabilidade = --------------- ;——
r casos possíveis

Neste caso, retirar uma pulseira da caixa de jóias é um evento com número
de casos possíveis igual a 2 0 .
A probabilidade de a pulseira retirada ser de João, já sabendo que é de prata,
é uma probabilidade condicional.
p( J | pt) probabilidade da pulseira ter sido dada por João, já sabendo que
é de prata
p( J n pt) probabilidade da interseção de ter sido dada por João e ser de prata

Paulo Quilelli 102


Prova 10 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.2

p(pt) -> probabilidade da pulseira ser de prata


i a\ p (a o b )
p(BiA)= hãt
A fórmula da probabilidade condicional é:

Neste caso: p (j | pt) =

Podemos também entender que foi criado um espaço amostrai reduzido, que
são as pulseiras de prata (número de casos possíveis igual a 1 2 ). As pulseiras
de prata que Maria ganhou de João é o número de casos favoráveis (4). Logo,

03) Paulo possui três quadros de Gotuzo e três de Portinari e quer expô-los
em uma mesma parede, lado a lado. Todos os seis quadros são assinados
e datados. Para Paulo, os quadros podem ser dispostos em qualquer
ordem, desde que os de Gotuzo apareçam ordenados entre si em ordem
cronológica, da esquerda para a direita. O número de diferentes maneiras
que os seis quadros podem ser expostos é igual a
a) 20.
b) 30.
c) 24.
d) 120.
e) 360.

Chamando de G l? G 2 e G 3 os três quadros de Gotuzo, ordenando-se


as seis posições dos quadros na parede da esquerda para a direita e
considerando-se, então, G xò 2 G 3 como um a mesma arrum ação G 3G2Gj,
tem os que o núm ero de m aneiras de se arrum ar os três quadros nas seis
posições na parede é um a combinação das seis posições em grupos de
três quadros:

Para cada arrumação de G ^ G j sobram três posições na parede para se


arrumar os três quadros de Portinari, sendo que a ordem dos quadros de­

103 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

terminam uma arrumação diferente. Temos, então, que perm utar as três
posições dos quadros:
P 3 = 3 .2 .1 = 6
Logo, para cada uma das 2 0 arrumações dos quadros de Gotuzo, há seis ar­
rumações dos quadros de Portinari. Então: 20 x 6 = 120 maneiras diferentes
como os seis quadros podem ser expostos.
Ou, ainda, há outra interpretação. Como a troca dos quadros de Gatuzo não
será contada, pois só pode ser na ordem G f j f i # chamemos todos os três
quadros de G, ficando, então, uma arrumação da forma GGGP1P2P3. Com
isso, temos uma permutação de seis livros com uma repetição de três livros:
(Pr ); = | = ^ = 6.5.4 = 120

04) Marcelo Augusto tem cinco filhos: Primus, Secundus, Tertius, Quartus e
Quintus. Ele sorteará, entre seus cinco filhos, três entradas para a peça Júlio
César, de Sheafcespeare. A probabilidade de que Primus e Secundus, ambos,
estejam entre os sorteados, ou que Tertius e Quintus, ambos, estejam entre os
sorteados, ou que sejam sorteados Secundus, Tertius e Quartus, é igual a
a) 0,500.
b) 0,375.
c) 0,700.
d) 0,072.
e) 1,000.
Casos possíveis: número de agrupamentos de três pessoas que podem ser
feitos com os cinco filhos.
Neste caso, como os agrupamentos não se diferem pela ordem, por exemplo,
Primus, Secundus e Tertius é o mesmo agrupamento de Secundus, Tertius e
Primus. Então, calcula-se combinação de 5,3 a 3: C|
A3 d. 3
Por definição Cs = -p5- = j = 10 (casos possíveis)

Caso A): Probabilidade de Primus e Secundus estarem entre os sorteados:


P S

casos favoráveis = 3, logo: p = ^

Caso B): Probabilidade de Tertius e Quintus estarem entre os sorteados:


T Q
* ,
casos favoráveis = 3, logo: p = ^

Paulo Quilelli 104


Prova 10 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.2

Caso C): A probabilidade de Secundus, Tertius e Quartus serem sorteados,


os três, é 1 caso em 1 0 : p = i
Como a interseção dos três casos, dois a dois, é vazia, então:
p(A u B u C) = p(A) + p(B) + p(C), logo:

p= + W + À * Ã =Ezõõ

05) Uma empresa produz andróides de dois tipos: os de tipo V, que sempre
dizem a verdade, e os de tipo M, que sempre mentem. Dr. Turing, um es­
pecialista em Inteligência Artificial, está examinando um grupo de cinco
andróides - rotulados de Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon fabricados
por essa empresa, para determinar quantos entre os cinco são do tipo V.
Ele pergunta a Alfa: “Você é do tipo M?” Alfa responde mas Dr. Turing,
distraído, não ouve a resposta. Os andróides restantes fazem, então, as
seguintes declarações:
Beta: “Alfa respondeu que sim”
Gama: “Beta está mentindo”
Delta: "Gama está mentindo”
Épsilon: “Alfa é do tipo M”
Mesmo sem ter prestado atenção à resposta de Alfa, Dr. Turing pôde,
então, concluir corretamente que o número de andróides do tipo V,
naquele grupo, era igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

Pergunta feita a alfa: você e do tipo M (sempre mente)?


Se Alfa for do tipo M, responderá quê não, pois sempre mente.
Se Alfa for do tipo V, responderá também que não, pois fala sempre a
verdade.
Verifique, então, que a resposta de Alfa é não, qualquer que seja o tipo dele.
Portanto:
Beta está mentindo - tipo M
Gama está falando a verdade - tipo V
Delta está mentindo - tipo M

105 Raciodnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

No caso de Êpsilon, se Alfa é o tipo V, Êpsilon é do tipo M. Nesse caso,


temos dois andróides do tipo V (Alfa e Gama).
Se Alfa é do tipo M, Êpsilon é do tipo V. Nesse caso, também temos dois
andróides do tipo V {Gama e Êpsilon).
Então, o Dr. Turing pôde concluir corretamente que, naquele grupo de
andróides, existiam dois do tipo V.

06) Luís é prisioneiro do temível imperador Ivan. Ivan coloca Luís à frente
de três portas e lhe diz: “Atrás de uma destas portas encontra-se uma
barra de ouro, atrás de cada uma das outras, um tigre feroz. Eu sei onde
cada um deles está. Podes escolher uma porta qualquer. Feita tua escolha,
abrirei uma das portas, entre as que não escolheste, atrás da qual sei que
se encontra um dos tigres, para que tu mesmo vejas uma das feras. Aí, se
quiseres, poderás mudar a tua escolha”. Luís, então, escolhe uma porta e o
imperador abre uma das portas não-escolhidas por Luís e lhe mostra um
tigre. Luís, após ver a fera, e aproveitando-se do que dissera o imperador,
muda sua escolha e diz: “Temível imperador, não quero mais a porta que
escolhi; quero, entre as duas portas que eu não havia escolhido, aquela
que não abriste”. A probabilidade de que, agora, nessa nova escolha, Luís
tenha escolhido a porta que conduz à barra de ouro é igual a
a) 1/2.
b) 1/3.
c) 2/3.
d) 2/5.
e) 1.

porta Pj = barra de ouro


porta P2 = tigre
porta P3 - tigre

I o Caso) Luís escolheu a porta Px primeiro.


Neste caso, quando ele trocar de porta, estará um tigre ( P2 ou P3) e não a
barra de ouro.

2o Caso) Luís escolheu a porta P2 primeiro.


Neste caso, o imperador terá de abrir a porta P 3 para mostrar o tigre e Luís,
então, escolherá a porta P^ obrigatoriamente, a da barra de ouro.

Paulo Quiielli 106


Prova 10 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.2

3o Caso) Luís escolheu a porta P 3 primeiro.


Caso idêntico ao 2o. Luís trocará para porta P , da barra de ouro.
Número de casos possíveis (CP) = 3
Número de casos favoráveis (CF) = 2
probabilidade =

07) Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um deles é médico, outro é profes­
sor, e o outro é m úsico. Sabe-se que: X) on Ricardo é médico, ou Renato
é médico, 2) ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico; 3) ou Renato
é músico, ou Rogério é m úsico, 4) ou Rogério é professor, ou Renato
é professor. Portanto, as profissões de Ricardo, Rogério e Renato são,
respectivamente,
a) professor, m édico, músico.
b) médico, professor, m úsico.
c) professor, m úsico, m édico.
d) m úsico, m édico, professor.
e) m édico, m úsico, professor.

1) Se ou Ricardo é médico ou Renato é médico é proposição verdadeira,


então, um dos dois é médico, logo:
Rogério não é médico

2) Se ou Renato é músico ou Rogério é músico, então:


Ricardo não é músico

3) Se ou Rogério é professor òu Renato é professor, então:


Ricardo não é professor

Se Ricardo não é músico nem professor, então:


Ricardo é médico

4) Para ou Ricardo é professor ou Rogério é músico ser verdadeiro, já que


Ricardo professor é falso, é necessário que Rogério é músico seja ver­
dadeiro.
5) Por conclusão, se Ricardo é médico e Rogério é músico, então:
Renato é professor.

107 Racíocfnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

08) Ana e Júlia, ambas filhas de Márcia, fazem aniversário no mesmo dia, Ana,
a mais velha, tem olhos azuis; Júlia, a mais nova, tem olhos castanhos.
Tanto o produto como a soma das idades de Ana e Júlia, consideradas as
idades em número de anos completados, são iguais a números primos.
Segue-se que a idade de Ana - a filha de olhos azuis em número de anos
completados, é igual
a) à idade de Júlia mais 7 anos.
b) ao triplo da idade de Júlia.
c) à idade de Júlia mais 5 anos.
d) ao dobro da idade de Júlia.
e) à idade de Júlia mais 11 anos.

Para ser um número primo; o produto de dois números só é possível se um


dos fatores for um número primo e o outro a unidade.
Sendo isso verdade, a soma de um número primo com a unidade só será
um número primo, no caso de dois números primos consecutivos.
Os únicos dois números primos consecutivos são o 2 e o 3 .
Logo, os dois números são 1 e 2 (o produto é 2 e a soma é 3).
Ana tem 2 anos e Júlia 1 ano. A idade de Ana é igual ao dobro da idade de
Júlia.

09) Se Pedro é pintor ou Carlos é cantor» Mário não é m édico e Sílvio não é
sociólogo. Dessa premissa pode-se corretamente concluir que,
a) se Pedro é pintor e Carlos não é cantor, Mário é m édico ou Sílvio é
sociólogo.
b) se Pedro é pintor e Carlos não é cantor, Mário é m édico ou Süvio não
é sociólogo.
c) se Pedro é pintor e Carlos é cantor, Mário é m édico e Sílvio não é so­
ciólogo.
d) se Pedro é pintor e Carlos é cantor» Mário é m édico ou Sílvio é soció­
logo.
e) se Pedro não é pintor ou Carlos é cantor, Mário não é m édico e Sílvio
é sociólogo.
Se Pedro é pintor ou Carlos é cantor

então, Mário não é médico e Sílvio não é sociólogo

p : Pedro é pintor ou Carlos é cantor,


q : Mário não é médico e Sílvio não é sociólogo.

Paulo Quilelli 108


Prova 10 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.2

“s e ... então” ( ) só será falso quando V F


“ou” ( v ) só será falso quando F v F
V ’ ( a ) só será verdade quando V a V
Considerando a condicional da premissa verdadeira (V -» V), temos:
Mário não é médico (verdade) e Sílvio não é sociólogo (verdade), para que
q seja verdadeiro.
Nas letras (a), (c), (d) e (e) os conseqüentes são falsos e os antecedentes
poderão ser ou não falsos, o que não permite afirmar que a condicional seja
verdadeira.
Na letra (b) o conseqüente é verdadeiro, então, o antecedente poderá ser
verdadeiro ou falso que a condicional será verdadeira.

10) O determ inante da m atriz

2 2 b 0
0 —a a —a
X=
0 0 5 b
0 0 0 6
onde a e b são inteiros positivos tais que a > l e b > l , é igual a;
a) -60a.
b )0 .
c) 60a.
d) 2 0 ba2.
e) a (b-60).

Essa matriz X é uma matriz triangular'(todos os elementos abaixo da dia­


gonal principal são iguais a 0 ). O determinante de uma matriz triangular
reduz-se ao produto dos elertientos da diagonal principal:
det. X - 2 . (-a) . 5 . 6 = | -60a I

109 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:

OLE
02. A
03. D
04. C
05. B
06. C
07. E
08. D
09. B
10. A

Paulo Quilelli 110


Prova 11
Técnico/Área administrativa/MPU/2004.1

01) Em tom o de uma mesa quadrada, encontram-se sentados quatro sin­


dicalistas. Oliveira, o m ais antigo entre eles, é m ineiro. Há também um
paulista, um carioca e um baiano. Paulo está sentado à direita de Oliveira,
Norton, à direita do paulista. Por sua vez, Vasconcelos, que não é carioca,
encontra-se à frente de Paulo. Assim,
a) Paulo é baiano e Vasconcelos é paulista.
b) Paulo é paulista e Vasconcelos é baiano.
c) Norton é baiano e Vasconcelos é paulista.
d) Norton é carioca e Vasconcelos é paulista.
e) Paulo é carioca e Vasconcelos é baiano.

O P V N
mineiro V X X X
paulista X V X X
carioca X X X
baiano .À* X v X

- Coloquemos Oliveira na mesa e, no quadro, marca-se (V) na interseção


da linha mineiro com a coluna O. Assinala-se com X o restante da coluna
O, pois Oliveira não pode ser mais paulista, carioca ou baiano, e também
com X a linha mineiro.
- Coloquemos agora Paulo à direira de Òíiveira, na mesa.
- No quadro, marca-se X.emVasconcelos carioca.
- Coloca-se, na mesa, Vasconcelos em frente a Paulo e, por conseguinte,
Norton à direita de Paulo. Como Norton está à direita do paulista, Paulo
é paulista.
- Coloca-se no quadro V em Paulo paulista e assinala-se com X o restante
da coluna de Paulo e o restante da linha de paulista.
- Verifica-se, então, que no quadro só sobrou baiano para Vasconcelos e
que Norton é carioca.

111
Provas Comentadas da Esaf

02) Quando não vejo Carlos, não passeio ou fico deprimida. Quando chove,
não passeio e fico deprimida. Quando não faz calor e passeio, não vejo
Carlos. Quando não chove e estou deprimida, não passeio. Hoje, passeio.
Portanto, hoje
a) vejo Carlos, e não estou deprimida, e chove, e faz calor.
b) não vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, e não fez calor.
c) não vejo Carlos, e estou deprimida, e chove, e faz calor.
d) vejo Carlos, e não estou deprimida, e não chove, e faz calor.
e) vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, e faz calor.
P : Se não vejo Carlos, então, não passeio ou fico deprimida.
P2: Se chove, então, não passeio e fico deprimida.
P3: Se não faz calor e passeio, então, não vejo Carlos.
P4: Se não chove e estou deprimida, então, não passeio.
P5: Passeio.
O argumento é válido, quando a conclusão for verdadeira, sempre que as
premissas forem verdadeiras. Então, iniciemos pela premissa que é uma
proposição simples (P5).
Atribuímos a “passeio” valor lógico verdade (V). Daí, em P4 “não passeio” é (F),
em P3 “passeio” é (V), em P2 “não passeio” é (F) e em P: “não passeio” é (F).
Em P2, a conjunção “e” já é falsa, porque “não passeio” é (F). Então, a con­
dicional em que o conseqüente é falso, para ser verdadeira, o antecedente
tem de ser falso. Logo, “chove” é (F).
Em P4, o conseqüente é (F), logo, o antecedente tem que ser (F). O antece­
dente é uma conjunção onde “não chove” é (V), então, “estou deprimida”
tem de ser (F).
Em P , o conseqüente da condicional é (F), porque as duas proposições
da disjunção são falsas (F). Logo, o antecedente tem que ser (F), “não vejo
Carlos” é (F).
Em P3, o conseqüente é (F), então, o antecedente tem de ser (F). Como é
uma conjunção e uma das proposições é (V), a outra, “não faz calor”, tem
de ser (F).
Conclusão: As proposições verdadeiras são:
- vejo Carlos,
- passeio,
- não fico deprimida,
- não chove,
- faz calor.

Paulo Quilelli 112


Prova 11 -Técnico/Área administrativa/MPU/2004.1

03) Se Fulano é culpado, então Beltrano é culpado. Se Fulano é inocente,


então, ou Beltrano é culpado, ou Sicrano é culpado, ou ambos, Beltrano
e Sicrano, são culpados. Se Sicrano é inocente, então, Beltrano é inocente.
Se Sicrano é culpado, então, Fulano é culpado. Logo,
a) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, e Sicrano é culpado.
b) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, e Sicrano é inocente.
c) Fulano é culpado, e Beltrano é inocente, e Sicrano é inocente.
d) Fulano é inocente, e Beltrano é inocente, e Sicrano é inocente.
e) Fulano é inocente, e Beltrano é culpado, e Sicrano é culpado.

P j : Se Fulano é culpado, então, Beltrano é culpado.


P2: Se Fulano é inocente, então, Beltrano é culpado
ou Sicrano é culpado, ou ambos, Beltrano e Sicrano, são culpados.
P3: Se Sicrano é inocente, então, Beltrano é inocente.
P4 : Se Sicrano é culpado, então, Fulano é culpado.
Na falta de uma premissa formada por uma proposição simples, escolhemos
uma proposição simples qualquer de uma das proposições compostas e
atribuímos um valor lógico (V) ou (F). Se não conseguirmos fechar todas
as premissas verdadeiras, retornamos à inicial, trocamos o valor lógico
atribuído e refazemos o problema.
Vamos atribuir a “Fulano é culpado” valor lógico (V).
Em P:, o conseqüente, então, não pode ser (F). Logo, “Beltrano é culpado” é (V).
Em P3, o conseqüente é (F). Logo, "Sicrano é inocente” é (F).
Conclusão: Fulano, Beltrano e Sicrano são culpados. '

04) Uma curiosa máquina tem duas teclas, A e B, e um visor no qual aparece
um número inteiro x. Quando se apertá a tecla A, o número do visor é
substituído por 2x + 1. Quando sé aperta a tecla B, o número do visor é
substituído por 3x - 1. Se no yisor está o número 5, o maior número de
dois algarismos que se pode obter, apertando-se qualquer seqüência das
teclas A e B, é
a) 92.
b) 87.
c) 95.
d) 85.
e) 96.

113 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

A B
2x + 1 3x- 1

l A- »2 . 5 + 1 = 11 l B - » 3 . 5 - 1 = 14
2 A ->2.11 + 1 = 23 2B->3.14-1=41
3A 2 .23 + 1 = 47
4A -> 2 .47 + 1 = 95

Você pode fazer a seqüência que quiser. Se apertarmos a tecla A quatro vezes
seguidas, encontraremos 95. Se apertarmos a tecla B duas vezes seguidas,
encontraremos o maior número de dois algarismos, 41.
Podemos adotar qualquer combinação de A com B, por exemplo:
Io toque em A: 2 .5 + 1 - 1 1
2 o toqueem B: 3. 11 —1 —32
3o toque em B: 3 . 32 - 1 = 95
Verificamos, com esses experimentos, que o maior número possível de dois
algarismos que se pode obter é 95.

05) Você está à frente de duas portas. Uma delas conduz a um tesouro; a ou­
tra, a uma sala vazia. Cosme guarda uma das portas, enquanto Damião
guarda a outra. Cada um dos guardas sempre diz a verdade ou sempre
mente, ou seja, ambos os guardas podem sempre mentir, ambos podem
sempre dizer a verdade, ou um sempre dizer a verdade e o outro sempre
mentir. Você não sabe se ambos são m entirosos, se ambos são verazes,
ou se um é veraz e o outro é m entiroso. Mas, para descobrir qual das
portas conduz ao tesouro, você pode fazer três (e apenas três) perguntas
aos guardas, escolhendo-as da seguinte relação:
Pjí O outro guarda é da mesma natureza que você (isto é, se você é
m entiroso ele também o é, e se você é veraz ele também o é)?
P2: Você é o guarda da porta que leva ao tesouro?
P3: O outro guarda é mentiroso?
P,: Você é veraz?
Então, uma possível seqüência de três perguntas que é logicamente suficiente
para assegurar, seja qual for a natureza dos guardas, que você identifique
corretamente a porta que leva ao tesouro, é
a) P2 a Cosme, P2 a Damião, P3 a Damião.

Paulo Quilelli 114


Prova 1 1 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.1

b) P3 a Damião, P2 a Cosme, P3 a Cosme.


c) P4 a Cosme, Pj a Cosme, P2 a Damião.
d) P3 a Cosme, P2 a Damião, P4 a Cosme.
e) P, a Cosme, P, a Damião, P2 a Cosme.

A escolha deverá ser uma pergunta que se faça a um guarda sobre o outro,
repeti-la ao outro sobre o primeiro.
A Pj se presta ao que queremos.
Temos quatro situações: os dois falando a verdade, os dois mentindo e um
falando a verdade e o outro mentindo.
Ia situação: os dois falando a verdade.
Fazendo Pxa Cosme: como os dois são da mesma natureza e ele fala a ver­
dade, vai responder que SIM.
Repetindo P 2 a Damião: idem, vai responder que SIM.
Como os dois deram a mesma resposta, são da mesma natureza, e a res­
posta foi SIM, pode-se concluir que os dois falam a verdade, e aí a terceira
pergunta será P2, que o levará ao tesouro.
2 a situação:
os dois mentindo.
Fazendo P: a Cosme: como os dois são da mesma natureza e ele mente, vai
responder NÃO.
Repetindo Pt a Damião: pelo mesmo motivo a resposta será NÃO.
Como os dois deram a mesma resposta, são da mesma natureza, e como
a resposta foi NÃO, conclui-se que os dois mentem. Sabendo que os dois
mentem você fará a pergunta P2 a qualquer um dos dois e chçgará ao tesouro,
pois você sabe que os dois mentem.
3a situação: Cosme fala a verdade e Damião mente.
Faz-se Pj a Cosme e ele responderá NÃQ, pois fala a verdade. Repete-se
a Damião e ele responderá SIM, pois mente.
Com essas duas respostas diferentes, concluímos que um fala a verdade e o
outro mente, são de naturezas diferentes. Quem respondeu SIM à pergunta,
“se são da mesma natureza?”, está mentindo (Damião) e quem respondeu
NÃO está falando a verdade (Cosme). Então pode-se fazer a P2 a qualquer
um dos dois que chegará ao tesouro.
A 4a situação é a mesma dessa, com os nomes trocados.
Uma seqüência possível de três perguntas, então, para levá-lo ao tesouro
é Pxa Cosme, Pl a Damião e P 2a Cosme.

115 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

06) Carlos sabe que Ana e Beatriz estão viajando pela Europa. Com as infor­
mações que dispõe, ele estim a corretamente que a probabilidade de Ana
estar hoje em Paris é 3/7, que a probabilidade de Beatriz estar hoje em
Paris é 2/7, e que a probabilidade de ambas, Ana e Beatriz, estarem hoje
em Paris é 1/7. Carlos, então, recebe um telefonem a de Ana informando
que ela está hoje em Paris. Com a informação recebida pelo telefonema
de Ana, Carlos agora estim a corretamente que a probabilidade de Beatriz
também estar hoje em Paris é igual a

a) 2/3.
b) 1/7.
c) 1/3.
d) 5/7.
e) 4/7.

O problema retrata um caso típico de probabilidade condicional: probabi­


lidade de Bia estar em Paris, sabendo que Ana já está em Paris.

A fórmula da probabilidade condicional é: p

™ -A rs - 1
Pa ” 7 Pb ~ 7

Vn 1
Logo: p (B | A) = = -j
/l

07) A operação V x é definida como o triplo do cubo de x, e a operação O x


é definida como o inverso de x. Assim, o valor da expressão

e igual a

Paulo Quiielli 116


Prova 11 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.1

a) 15.
b) 45.
c) 20.
d) 25.
e) 30.

Pelo enunciado: V x = 3 . x 3

Logo: V 3 = 3 . 3 .3 =3.3=2

í 2 = ^ = -~~ = l X y = 2
2
Levando para a expressão:
2

V 3 Í - ( ^ ) OÍ = 2 7 - ( / 7 ) ! = 2 7 -2 = 25
27

OS) Sejam as matrizes

1 4
13 4 5
A 2 6 e B=
1 2 3 4
3 3

e seja x.. o elem ento genérico de uma matriz X tal que X =(A.B)t, isto
é, a matriz X é a matriz transposta do produto entre as matrizes A e B.
Assim, a razão entre x31 e x12é igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 1/3.
e) 1/2.

X = (A . B)‘
Se A . B = C , então X = C

117 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

lXjl = Cl3 = 1 x 4 + 4 x 3 = 4 + 12 = 16
x ij~ Sj = * | X u _ Cai = 2 x 1 4 - 6 x 1 = 2 + 6 = 8

c é a soma dos produtos dos elementos da primeira linha de A com os


elementos da terceira coluna de B.

c é a soma dos produtos da segunda linha de A pela primeira coluna de B.

X s, _ 16 _
X 21 8

09) A matriz S - s.., de terceira ordem, é a matriz resultante da soma das ma­
trizes A = (a.*) e B = (b..). Sabendo-se que (a..) = i2 + f e que b.. = \\ então
a razão entre os elem entos s22 e s12 determinante da matriz S é igual a
a) 1.
b) 3.
c) 6.
d) 4.
e) 2.

S =A+B

s.. = a.. + b..


») *j u

s22 = a22 + bJJ a ^ - 2 j+ 2 - 8 1 =» ^ = 8 + 4 = 12


2 =4

12 ‘ ^ 1 2 1 2 Y 22
bn = 1 = 1

S22 12 o
S12 6

Pauío Quilelli 118


Prova 11 - Técnico/Área administrativa/MPU/2004.1

10) Um sistem a de equações lineares é chamado “possível” ou “compatível”


quando adm ite pelo m enos uma solução; é chamado de “determ inado”
quando a solução for única, e é chamado de “indeterm inado” quan­
do houver in fin itas soluções. Assim , sobre o sistem a form ado pelas
equações:
fraa + 3mb = 0
1 2a + mb = 4

em que a e b são as incógnitas, é correto afirmar que


a) sem ^ 0 em ^ 6 ,o sistem a ép o ssív eled eterm in a d o .
b) se m " 0, o sistem a é im possível.
c) se m - 6, o sistem a é indeterm inado.
d) se m * 0 e a = 2, qualquer valor de b satisfaz o sistema.
e) se m * 0 e a ^ 2, qualquer valor de b satisfaz o sistema.

Para ser possível e determinado, o determinante dos coeficientes das in­


cógnitas tem que ser diferente de zero. Para os demais casos, tem que ser
igual a zero.
Vamos verificar, então, o primeiro caso Ap * 0:

O produto dos elementos da diag&nal principal menos o produto dos ele­


mentos da diagonal secundária tem de ser diferente de zero
m 2- 6 m ^ o
m . (m - 6) & 0
Para esse produto ser diferente de zero^ o fator m ^ O e o fator m - 6 * 0,
logo m * 6 . . , \
O sistema será possível e determinado para m ^ 0 e m ^ 6.

119 Raciodnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:

01. B
02. D
03. A
04. C
05. E
06. C
07. D
08. B
09. E
10. A

Paulo Quilelli 120


Prova 12
Analista/Área administrativa/MPU/2004

01) Quatro casais compram ingressos para oito lugares contíguos em uma
mesma fila no teatro. O número de diferentes maneiras em que podem
sentar-se de m odo a que a) homens e mulheres sentem-se em lugares alter­
nados; e que b) todos os homens sentem-se juntos e que todas as mulheres
sentem-se juntas são, respectivamente,
a) 1112 e 1152.
b) 1152 e 1100.
c) 1152 e 1152.
d) 384 e 1112.
e) 112 e 384.

a) Pode acontecer da seguinte forma:


H M H M H M H M e então os homens vão permutar entre si (P4) e
para cada arrumação dos homens há todas as permutações das mulheres
entre si (P4).
Então, tem-se P,4 x P4(.
No entanto, como os homens também podem trocar com as mulheres:
MHMHMHMH
vai ocorrer novamente P4x P4. Logo, o número de diferentes maneiras será:
2 x P 4, x P ,4 - 2 x 4 ! x 4 ! = 2 x 4 x 3 x 2 x l x 4 x 3 x 2 x l = 1152

b) Essa arrumação pode ser assim:


IJHHHMMMM
Novamente os homens vão permutar entre si, enquanto as mulheres
permutam entre si: s•-
P4, x P ,4
Aqui também os homens podem trocar de lugar com as mulheres:

MMMMHHHH

Logo, 2 x P4x P4 = 1152

121
Provas Comentadas da Esaf

02) Carlos diariamente almoça um prato de sopa no mesmo restaurante. A


sopa é feita de forma aleatória por um dos três cozinheiros que lá traba­
lham: 40% das vezes a sopa é feita por João; 40% das vezes por José, e 20%
das vezes por Mana. João salga demais a sopa 10% das vezes, José o faz em
5% das vezes e Maria 20% das vezes. Como de costume, um dia qualquer
Carlos pede ã sopa e, ao experimentá-la, verifica que está salgada demais.
A probabilidade de que essa sopa tenha sido feita por José é igual a
a) 0,15.
b) 0,25.
c) 0,30.
d) 0,20.
e) 0,40.

Autoria das sopas


João - 40
José - 40
Maria ~ 20

Sopas salgadas demais por:


João - 10% x 40 = 4
José - 5% x 40 = 2 = CF
Maria - 20% x 20 - 4
Total de sopas salgadas = 4 + 2 + 4 = 1 0 = CP

probabilidade = £ £ = ^ = 0,20

03) Fernanda atrasou-se e chega ao estádio da Ulbra quando o jogo de vôlei


já está em andamento. Ela pergunta às suas amigas, que estão assistindo
à partida, desde o inicio, qual o resultado até o m omento. Suas amigas
dizem-lhe:
Amanda: “Neste set, o escore está 13 a 12”.
Berenice: “O escore não está 13 a 12, e a Ulbra já ganhou o primeiro set”.
Camila: “Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra”.
Denise: “O escore não está 13 a 12, a Ulbra está perdendo este set, e quem
vai sacar é a equipe visitante”.

Paulo Quiielli 122


Prova 12 - Analista/Área administrativa/MPU/2004

Eunice: “Quem vai sacar é a equipe visitante, e a Ulbra está ganhando


este set”
Conhecendo suas amigas, Fernanda sabe que duas delas estão mentindo e
que as demais estão dizendo a verdade. Conclui, então, corretamente, que
a) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está perdendo este set, e quem vai
sacar é a equipe visitante.
b) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem vai
sacar é a equipe visitante.
c) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra está vencendo este set, e quem
vai sacar é a equipe visitante.
d) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra não está vencendo este set, e a
Ulbra venceu o primeiro set.
e) o escore está 13 a 12, e a Ulbra vai sacar, e a Ulbra venceu o primeiro set

Duas amigas mentem e três falam a verdade.


O processo é de tentativa (erro e acento)
Amanda (V)
Berenice (M)
Camila (V)
Denise (M)
Eunice (V)
A proposição dita por Amanda é simples. Vamos atribuir valor verdade a ela.
A proposição dita por Berenice é uma conjunção “e” ( a ). Sendo a primeira
proposição falsa, então, Berenice mente.
A proposição de Camila é a mesma de Amanda, acrescentando “a favor de
Ulbra”. Vamos considerar verdadeira porque não nega a de Amanda.
A proposição de Denise é uma conjunção “e” ( a ) e a primeira parte é falsa,
logo, Denise mente. ■>
Por fim, Eunice. São três que falam a verdade, a proposição composta dita
por Eunice é uma conjunção e a segunda parte “a Ulbra está ganhando o
set” é verdadeira (valor atribuído à Camila). A primeira parte, "quem vai
sacar é a equipe visitante”, pode ser verdadeira, porque não altera o valor
lógico, falso, atribuído a Denise.
Conclusão:
O escore está 13 a 12.
Quem vai sacar é a equipe visitante.
A Ulbra está ganhando o set.

123 Raciodnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

04) Sócrates encontra-se em viagem por um distante e estranho país, formado por
apenas duas aldeias, uma grande e outra pequena. Os habitantes entendem
perfeitamente o português, mas falam apenas no idioma local, desconhecido
por Sócrates. Ele sabe, contudo, que os habitantes da aldeia menor sempre
dizem a verdade, e os da aldeia maior sempre mentem, Sabe, também, que
“Milango” e “Nabungo” são as palavras no idiomalocal que significam “sim” e
“não”, mas não sabe qual delas significa “sim” e nem, consequentemente, qual
significa “não” Um dia, Sócrates encontra um casal acompanhado de um jovem.
Dirigindo-se a de, e apontando para o casal, Sócrates pergunta:
- Meu bom jovem, é a aldeia desse homem maior do que a dessa mulher?
- Milango - responde o jovem.
- E a tua aldeia é maior do que a desse homem? - voltou Sócrates a per­
guntar.
- Milango - tornou o jovem a responder.
- E, dize-me ainda, és tu da aldeia maior? - perguntou Sócrates.
- Nabungo - disse o jovem.
Sócrates, sorrindo, concluiu corretamente que
a) o jovem diz a verdade, e o homem é da aldeia grande e a mulher da
grande.
b) o jovem mente, e o homem é da aldeia grande e a mulher da pequena.
c) o jovem mente, e o homem é da aldeia pequena e a mulher da pequena.
d) o jovem diz a verdade, e o homem é da aldeia pequena e a mulher da
pequena.
e) o jovem mente, e o homem é da aldeia grande e a mulher da grande.
É uma questão de erro e acerto, de tentativas.
Vamos, inicialmente, ordenar as perguntas:
Ia) Meu bom jovem, é a aldeia desse homem maior do que a dessa mulher?
2a) E a tua aldeia é maior do que a desse homem?
3a) E, dize-me ainda, és tu da aldeia maior?
Vamos iniciar pela 3a pergunta. Temos duas opções: o jovem é da aldeia
maior, e aí ele sempre mente; ou o jovem é da aldeia menor, e aí ele sempre
fala a verdade. Vamos optar pela primeira:
Q jovem é da aldeia maior. Logo, sempre mente.
Resposta da 3a pergunta: Nabungo
Como ele sempre mente, negará, logo, Nabungo = Não
Por conseguinte Milango = Sim

Paulo Quiielli 124


Prova 12 - Analista/Área administrativa/MPU/2004

À 2a pergunta ele respondeu Milango (Sim). Como ele mente, então, a al­
deia dele não é maior que a aldeia do homem. O homem, então, é da aldeia
maior também.
À I apergunta, respondeu Milango (Sim). Como ele mente, então, a aldeia do
homem não é maior que a da mulher. A mulher também é da aldeia maior.
Não havendo contradição nas respostas, é certo, então, que:
O jovem é da aldeia maior.
O homem é da aldeia maior.
A mulher é da aldeia maior e todos mentem.

05) Um colégio oferece a seus alunos a prática de um ou mais dos seguintes


esportes: futebol, basquete e vôlei. Sabe-se que, no atual semestre,
• 20 alunos praticam vôlei e basquete;
• 60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete;
• 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei;
• o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao número dos
alunos que praticam só vôlei;
• 17 alunos praticam futebol e vôlei;
• 45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45, não praticam vôlei
O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é igual a

a) 93.
b) 110.
c) 103.
d) 99.
e) 114.

Iniciemos pelo diagrama, colocando os valores fornecidos pelo problema.

125 Radodnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

A informação de que 21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei quer
dizer que podem existir alunos que praticam somente basquete e/ou não
praticam nenhum dos três.
30 entre os 45 não praticam vôlei, então, praticam somente futebol e bas­
quete, logo, 15 praticam os três. Então, 2 praticam apenas futebol e vôlei e
5 apenas basquete e vôlei. Podemos calcular agora o X:

x = 60 - (30 + 15 + 2) = 60 - 47 = 13

E também calcular os que jogam somente basquete:

60 - (30 + 15 + 5) = 65 - 50 = 15
Os que não praticam nem futebol, nem vôlei são 21.
Destes, 15 praticam apenas basquete e 6, então, não praticam nenhum dos três.
O número total de alunos será: 60 + 15 + 5 + 13 + 6 = 99.

06) Cinco irmãos exercem, cada um, uma profissão diferente. Luís é paulista,
como o agrônomo, e é mais m oço do que o engenheiro e m ais velho do
que Oscar. O agrônomo, o economista e Mário residem no mesmo bairro.
O econom ista, o matemático e Luís são, todos, torcedores do Flamengo.
O matemático costuma ir ao cinema com Mário e Nédio. O econom ista
é mais velho do que Nédio e mais m oço do que Pedro; este, por sua vez,
é mais moço do que o arquiteto.
Logo,

a) Mário é engenheiro, e o matemático é mais velho do que o agrônomo,


e o economista é mais novo do que Luís.
b) Oscar é engenheiro, e o matemático é mais velho do que o agrônomo,
e Luís é mais velho do que o matemático.
c) Pedro é matemático, e o arquiteto é mais velho do que o engenheiro,
e Oscar é mais velho do que o agrônomo.
d) Luís é arquiteto, e o engenheiro é mais velho do que o agrônomo, e
Pedro é mais velho do que o matemático.
e) Nédio é engenheiro, e o arquiteto é mais velho do que o matemático,
e Mário é mais velho do que o economista.

Faz-se a tabela a seguir, assinalando-se as deduções e as eliminações. A vi­


sualização da tabela facilita as conclusões.

Paulo Quilelli 126


Prova 12 - Anafista/Área administrativa/MPU/2004

Luís Oscar Mário Nédio Pedro


Agrônomo X X X V X
Engenheiro X X V X X
Economista X V X X X
Matemático X X X X V
Arquiteto V X X X X

- Luís é paulista como o agrônomo, logo, Luís não é agrônomo. Marque X


- Luís é mais moço que o engenheiro, logo, Luís não é engenheiro. Marque X.
- Luís é mais velho que Oscar, logo: Oscar < Luís < engenheiro.
- Mesmo bairro: agrônomo, economista e Mário, logo, Mário não é agrô­
nomo nem economista. Marque X
- Torcem pelo Flamengo: economista, matemático e Luís, logo, Luís não é
economista nem matemático. Marque X.
- Luís é, então, arquiteto, por eliminação. Marque V. Marque X em toda
linha do arquiteto. Ninguém mais é arquiteto.
- Matemático vai ao cinema com Mário e Nédio, logo, Mário e Nédio não
são matemáticos. Marque X. Condui-se, por eliminação, que Mário é en­
genheiro. Marque um V. Marque X em toda linha do engenheiro. Ninguém
mais é engenheiro.
- O economista é mais velho do que Nédio e mais moço do que Pedro. Logo,
Nédio e Pedro não são economistas. Marque X Para economista sobrou
o Oscar. Marque V e na coluna do Ósçar marque X Oscar não tem mais
outra profissão.
- Na linha do matemático sobrou um só espaço na coluna do Pedro. Marque V
- Na coluna do Nédio só sobrou o espaço do agrônomo. Nédio é agrônomo.
Marque V.

Se o economista (Oscar) é mais velho que Nédio (agrônomo) e mais moço


que Pedro (matemático), então, Pedro é mais velho do que Nédio.

127 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

07) Caio, Décio, Éder, Felipe e Gil compraram, cada um, um barco. Combi­
naram, então, dar aos barcos os nomes de suas filhas. Cada um tem uma
única filha, e todas têm nom es diferentes. Ficou acertado que nenhum
deles poderia dar a seu barco o nom e da própria filha e que a cada nom e
das filhas corresponderia um e apenas um barco. D écio e Éder deseja­
vam, ambos, dar a seus barcos o nome de Laís, mas acabaram entrando
em um acordo: o nom e de Laís ficou para o barco de Décio e Éder deu
a seu barco o nom e de Mara. Gil convenceu o pai de Olga a pôr o nome
de Paula em seu barco (isto é, no barco dele, pai de Olga). Ao barco de
Caio, coube o nome de Nair, e ao barco do pai de Nair, coube o nom e de
Olga. As filhas de Caio, Décio, Éder, Felipe e Gil são, respectivamente,
a) Mara, Nair, Paula, Olga, Laís.
b) Laís, Mara, Olga, Nair, Paula.
c) Nair, Laís, Mara, Paula, Olga.
d) Paula, Olga, Laís, Nair, Mara.
e) Laís, Mara, Paula, Olga, Nair.

Do enunciado destacamos o seguinte:


- os barcos têm o nome da filha do dono,
- cada um tem uma única filha, cada uma com um nome diferente,
- o barco de cada um não pode ter o nome de sua filha,
- cada nome de filha só pode ser de um barco.
Vamos montar duas tabelas onde poremos inicialmente somente o nome
dos donos (e pais):

Paulo Quiielli 128


Prova 12 - AnaJista/Área administrativa/MPU/2004

Nesses quadros, coloquemos (X) nas relações descartadas e(V)nas relações


válidas.
'\p a i
Caio Dédo Éder Felipe Gil
barco\
Laís X ® X X X

Mara X X ® X X

Olga X X X X ®
Paula X X X ® X

Nair ® X X X X

Caio Décio Éder Felipe GÜ


filha
Laís ® X X X X

Mara X ® X X X

Olga X X X ® X

Paula X X ® X X

Nair X X X X ®
I a informação: Décio e Éder queriam batizar seus barcos de Laís, logo, Laís
não é filha de nenhum dos dois. Marque X na segunda tabela.
2a informação: Laís ficoupara o barco de Décio e Mara para o de Éder. Mar­
que na primeira tabela © para Laís - Décio, e também para Mara - Éder.
Na primeira tabela, nas caluàas de Décio e Éder, preencha com X e também
nas linhas de Laís e Mara. Outravcohdusão é que Mara não é filha de Éder.
Marque X na 2a tabela em Mara - Éder.
3ainformação: Gil convenceu o pai de Olga a por o nome de Paula no seu barco.
Com isso, Olga não é filha de GiL Marque X na segunda tabela em Olga - Gil Se
o barco do pai de Olga é Paula, então, o barco de Gil não é Paula Marque um X
na primeira tabela em Paula - Gil Por eliminação o pai de Olga é Caio ou Felipe,
que são os únicos que poderão ter barco com nome de Paula. Na segunda tabela,
marque X em Olga - Dédo, e Olga - Éder.

129 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

4a informação: Ao barco de Caio, coube o nome Nair. Coloque © na


primeira tabela em Nair - Caio. Marque com X o restante da coluna de
Caio e da linha de Nair, na primeira tabela. Com isso, na primeira tabela,
verificamos que na coluna de Gil só sobrou a linha de Olga, então, o barco
de Gil chama-se Olga. Marque um ® em Olga - Gil, na primeira tabela,
e, ainda lá, complete com X a linha de Olga. Sobrou, então, para Felipe, o
nome Paula para seu barco. Marque © .
Nesta altura, já temos os nomes dos barcos de todos os cinco.
5a informação: Ao barco do pai de Nair, coube o nom e Olga. O pai de
Nair é Gil. Coloque © em Nair - Gil na segunda tabela e m arque X na
linha da Nair e na coluna do Gil.
Por eliminação Éder só pode ser pai de Paula. Marque © em Paula ~ Éder,
e marque X na linha de Paula. Sobrou para filha de Décio, Mara. Marque
® em Mara - Décio, e X na linha de Mara.
Lembremos que o nome do barco do pai de Olga é Paula, logo, o pai de
Olga é Felipe e resta Caio para ser pai de Laís. Marque © nas duas Olga
- Felipe, e Laís - Caio.

08) Ana, Bia, Clô, Déa e Ema estão sentadas» nessa ordem e em sentido horário»
em tom o de uma mesa redonda. Elas estão reunidas para eleger aquela que»
entre elas, passará a ser a representante do grupo. Feita a votação, verificou-
se que nenhuma fora eleita, pois cada uma delas havia recebido exatamente
um voto. Após conversarem sobre tão inusitado resultado, concluíram que
cada uma havia votado naquela que votou na sua vizinha da esquerda (isto
é, Ana votou naquela que votou na vizinha da esquerda de Ana, Bia votou
naquela que votou na vizinha da esquerda de Bia» e assim por diante). Os
votos de Ana, Bia, Clô, Déa e Ema foram, respectivamente, para
a) Ema, Ana, Bia, Clô» Déa.
b) Déa, Ema, Ana» Bia, Clô.
c) Clô, Bia, Ana, Ema, Déa.
d) Déa, Ana, Bia, Ema, Clô.
e) Clô, Déa, Ema, Ana, Bia.

Façamos a mesa redonda com elas sentadas e


chamemos Ana de A, Bia de B, Clô de C, Déa
de D e Ema de E.

Paulo Quileiii 130


Prova 12 - AnaJista/Área administrativa/MPU/2004

Cada uma recebeu um voto e cada uma votou naquela que votou na sua
vizinha da esquerda.
Ninguém pode ter votado na sua vizinha da esquerda porque ela não votou
nela mesma. Então, A só pode ter votado em C, D ou E. O processo é de
tentativa, erro e acerto.
Se A votou em D, então, D votou em B, que está à esquerda de A.
Se D votou em B, então, B votou em E, que está à esquerda de D.
Se B votou em E, então, E votou em C.
Se E votou em C, então, C votou em A e aí fechou o ciclo corretamente.

Conclusão:
Ana votou em Déa.
Bia votou em Ema.
Clô votou em Ana.
Déa votou em Bia.
Ema votou em Clô.

09) Com relação ao sistema j ^ ^ a == 0 k^ógnitas xey, é correto afirmar


que o sistema ^
a) tem solução não trivial para um a infinidade de valores de a.
b) tem solução não trivial para dois e somente dois valores distintos de a,
c) tem solução não trivial p ara um único valor real de a.
d) tem som ente a solução trivial para todo valor de a. •
e) é impossível para qualquer valor real de a.

Da segunda equação x + 2a = 0 temos que


Substituindo o valor de x na primeira equação ax - y - 0, temos a.
(-2a) - y = 0 '
-2a2 = y

Para cada valor diferente atribuído a a, o sistema terá uma solução diferente
(x, y). Logo, o sistema tem solução não trivial para uma infinidade de valo­
res de a.

131 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

1 1
10) Sabendo-se que a m atriz A = e que n e N e n >1 então o determ i­
0 1
nante da m atriz Aa- Aa 1é igual a
a)l.
b ) ~ l.
c) 0.
d) n.
e) n-1.

1 1
A
0 1
1 í í 1 \ 1 2
A x A = A2 = X
0 1 0 1 0 1

1 2 1 1 1 3
A x A x A = A2x A = A3 =
0 1 0 1 0 1

Observe que na matriz A = A1o elemento a12 é X; que na matriz A2, o ele­
mento a12 é 2; que na matriz A3, o elemento ai2 é 3 e que todos os outros
três elementos permaneceram constantes: au = 1, a21 = 0 e a22 = 1. Então,
podemos concluir que:
1 II
An - ^ , onde o elemento a12 é n (expoente de A)
0 1
1 n -1
A**‘l =
0 1
Logo:
1 n 1 n —1 1 - 1 n ~~ (n — 1) 0 n-n+1 0 1
A“ - A"'1=
0 1 0 1 0_ o 1- 1 0 0 0 0

Cálculo do determinante:
\

det (An - A"'1) - Y


A
i
=

k
0- 0=0

0 0

Gabarito:

01. C 03. B 05. D 07. E 09. A


02. D 04. E 06. A 08. B 10. C

Paulo Quiielli 132


Prova 13
Analista de Finanças e Controle/CGU/2003-2004

01) Ana é prim a de Bia, ou Carlos é filho de Pedro. Se Jorge é irm ão de Maria,
então Breno não é neto de Beto. Se Carlos é filho de Pedro, então Breno
é neto de Beto. Ora» Jorge é irm ão de Maria. Logo:
a) Carlos é filho de Pedro ou Breno é neto de Beto.
b) Breno é neto de Beto e Ana é prim a de Bia.
c) Ana não é prim a de Bia e Carlos é filho de Pedro.
d) Jorge é irm ão de M aria e Breno é neto de Beto.
e) Ana é prim a de Bia e Carlos não é filho de Pedro.
Atribuem-se letras às proposições:
p : Ana é prima de Bia.
q : Carlos é filho de Pedro,
r : Jorge é irmão de Maria,
s : Breno é neto de Beto.
Monta-se o argumento:
ÍV pV q
* 1* •.•.•.•.•.•■•■•A
P2 • * o
P3 : q ^ s

P<:r
Observe que a premissa P4é uma proposição simples. Vamos atribuir
valor lógico (V). Com isso, ò antecedente da premissa P2 é (V), logo,
“não s” tem de ser (V).
Na premissa P3, o consequènte s é (F), èntão q tem de ser (F).
Em PJ} se q é (F), p tem de ser (V) para que a disjunção seja verda­
deira.
Conclusão:
Ana é prima de Bia.
Carlos não é filho de Pedro.
Jorge é irmão de Maria.
Breno não é neto de Beto.

133
Provas Comentadas da Esaf

02) Três homens são levados à presença de um jovem lógico. Sabe-se que
um deles é um honesto marceneiro, que sempre diz a verdade. Sabe-se
também que um outro é um pedreiro, igualmente honesto e trabalhador,
mas que tem o estranho costum e de sempre mentir, de jam ais dizer a
verdade. Sabe-se, ainda, que o restante é um vulgar ladrão que ora mente,
ora diz a verdade. O problema é que não se sabe quem, entre eles, é quem.
À frente do jovem lógico, esses três hom ens fazem, ordenadamente, as
seguintes declarações:
O primeiro diz: “Eu sou o ladrão”.
O segundo diz: “É verdade; ele, o que acabou de fator, é o ladrão”
O terceiro diz: “Eu sou o ladrão”.
Com base nestas inform ações, o jovem lógico pode, então, concluir
corretamente que

a) o ladrão é o primeiro e o marceneiro é o terceiro.


b) o ladrão é o primeiro e o marceneiro é o segundo.
c) o pedreiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.
d) o pedreiro é o primeiro e o ladrão é o terceiro.
e) o marceneiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.
Afirmações tiradas do enunciado:
- O marceneiro é honesto e sempre diz a verdade.
- O pedreiro é honesto e trabalhador e sempre mente.
- O vulgar ladrão ora mente, ora diz a verdade.
Vamos fazer uma análise, eliminando o que não pode ser:
Se o primeiro diz "Eu sou o ladrão”, este não pode ser o marceneiro,
que sempre diz a verdade e é honesto. Também o marceneiro não
pode ser o terceiro, já que fez a mesma afirmativa do primeiro. Então,
o marceneiro é o segundo.
Já que o marceneiro é o segundo, este afirmou:
“É verdade, o que acabou de falar (o primeiro), é o ladrão”. Como ele
fala a verdade, o primeiro é o ladrão e, por conseqüência, o terceiro
é o pedreiro.

03) Uma professora de matemática faz as três seguintes afirmações:


“X > Q e Z < Y”;
“X > Y e Q > Y , se e somente se Y > Z”;
“R Q , se e somente se Y = X” .

Paulo Quilelli 134


Prova 13 - Analista de Finanças e Controle/CGU/2003-2004

Sabendo-se que todas as afirmações da professora são verdadeiras, con­


clui-se corretamente que
a) X > Y > Q > Z.
b) X > R > Y > Z.
c) Z < Y < X < R.
d) X > Q > Z > R.
e) Q < X < Z < Y.
O problema trata de uma argumentação; vamos enunciar:
P j : (X > Q) A (Z < Y)
P2: (X > Y) a (Q > Y) Y>Z
P3:ÍU Q< ~> Y = X
Na premissa P , temos uma conjunção ( a), que só será verdadeira quando as
duas proposições forem verdadeiras, então, X > Q (V) e Z < Y (V).
Se Z < Y é verdade, então, Y > Z é verdade. Na premissa P2, temos Y > Z
(V). Logo, a conjunção do primeiro termo da bicondicional terá de ser
verdadeira e esta, como é uma conjunção ( a), só será verdadeira se X > Y
<V) eQ >Y (V ).
Como X > Y (V), então, Y = X (F). Para a bicondicional (P3) ser verdadeira,
é preciso, então, que R * Q (F).
Ordenando, temos: X > Q > Y > Z. Como R = Q, então X > R > Y > Z.

04) Marco e Mauro costumam treinar natação na mesma piscina e no mes­


mo horário. Eles iniciam os treinos simultaneamente, a partir de lados
opostos da piscina, nadando um em direção ao outro. Marco vai de um
lado a outro da piscina em 45 segundos, enquanto Mauro vai de um lado
ao outro em 30 segundos. Durante 12 m inutos, eles nadam de um lado
para outro, sem perder qualquer tempo nas viradas. Durante esses 12
minutos, eles podem encónfrar-se quer quando estão nadando no mesmo
sentido, quer quando estão nadando em sentidos opostos, assim como
podem encontrar-se quando ambos estão fazendo a virada no mesmo
extremo da piscina. Dessa forma, o número de vezes que Marco e Mauro
se encontram durante esses 12 m inutos é
a) 10.
b) 12.
c) 15.
d) 18.
e) 20.

135 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

mmc (30,45} = 90s


De 90 em 90s os dois estarão num a borda - na mesma ou em bordas se­
paradas.
Vejamos a seqüência de gráficos, que fala melhor que as palavras, onde Io,
2o, 3o, 4o e 5o são os pontos de encontro, sem que haja uma preocupação
geométrica com esses pontos.

Mc Mr
(45 s) . r (30 s)

Mc Mr
,______________ , 2°________________ |
Mr Mc
3o
90 s— h——--------------------------------------------------- i
Mc
Mr
,________________ £ _______________ (
Mc Mr
,________________ 5!_______________ f
Mr Mc
180 s— ► •--------------------------------------------------- ' voltaram à posição
Mc Mr inicial

O intervalo de 180s se repete 4 vezes em 720s (12 min). Como em cada


intervalo de 180s eles se encontraram 5 vezes, em 720s irão se encontrar
5 x 4 = 20 vezes.

05) Lúcio faz o trajeto entre sua casa e seu local de trabalho caminhando, sempre
a uma velocidade igual e constante. Neste percurso, ele gasta exatamente 20
minutos. Em um determinado dia, em que haveria uma reunião importante,
ele saiu de sua casa no preciso tempo para chegar ao trabalho 8 minutos antes
do início da reunião. Ao passar em frente ao Cine Bristol, Lúcio deu-se conta
de que se, daquele ponte, caminhasse de volta à sua casa e imediatamente rei­
niciasse a caminhada para o trabalho, sempre à mesma velocidade, chegaria
atrasado à reunião em exatos 10 minutos. Sabendo que a distância entre o
Cine Bristol e a casa de Lúdo é de 540 metros, a distância da casa de Lúcio a
seu local de trabalho é igual a

Paulo Quiielli 136


Prova 13 - Anaíista de Finanças e Controfe/CGU/2003-2004

a) 1.200m.
b) 1.500m.
c) 1.080m.
d) 760m.
e) 1.128m.

casa cine trabalho

540m

20 m in.
O tem po que ele perdeu, que foram os 8 m inutos que chegaria adianta­
do mais os 10 m inutos que ele chegou atrasado, foi de 18 m inutos. Esse
tem po foi relativo ao percurso até o cine e à volta para casa. Logo, no
percurso até o cine, ele gastou 9 m inutos.
Regra de três
9 m in ........... - ................. 540m
20 m in ............................. ............ x

logo d - 3P-_^ 5 4Q ... d = i200m

06) Durante uma viagem para visitar familiares com diferentes hábitos ali-
raentares, Alice apresentou sucessivas mudanças em seu peso. Primeiro,
ao visitar uma tia vegetariana, Alice perdeu 20% de seu peso. A seguir,
passou alguns dias na casa de um tio, dono de uma pizzaria, o que fez
Alice ganhar 20% de peso. Após, ela visitou uma sobrinha que estava
fazendo um rígido regim e dé emagrecimento. Acompanhando a sobri­
nha em seu regim e, Alice também emagreceu, perdendo 25% de peso.
Finalmente, visitou um sobrinho, dono de uma renomada confeitaria,
visita que acarretou, para Alice, um ganho de peso de 25%. O peso final
de Alice, após essas visitas a esses quatro familiares, com relação ao peso
imediatamente anterior ao início dessa seqüência de visitas, ficou
a) exatamente igual.
b) 5% maior.
c) 5% menor.
d) 10% menor.
e) 10% maior.

137 Ractotínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Peso de Alice = x
Se ela perdeu 20% de seu peso, ficou, então, com 80% (0,80) do seu peso:
x . 0,80

Se ganhou 20% do peso anterior ficou, então, com 120% (1,20):


x . 0,80 . 1,20

Perdeu, agora, 25% do peso, ficando com 75% (0,75) do peso anterior:
x . 0,80 .1,20. 0,75

Depois ganhou 25% do peso anterior, ficando com 125% (1,25) do mesmo,
x . 0,80 .1,20 . 0,75 .1,25 = 0,90x - 90%x

Se ficou com 90% do seu peso inicial, então, perdeu 10%.

07) G enericam ente, qualquer elem ento de um a m atriz M pode ser re­
presentado por m.., onde “i” representa a linha e “j” a coluna em que
esse elem ento se localiza. Uma m atriz X - x.. de terceira ordem , é a
m atriz resultante da som a das m atrizes A = (a.' %y) e B - (b..).
v xy Sabendo-
se que (a..) = i2 e que b.. - (i-j)2>então o produto dos elem entos x31 e
x13 é igual a
a) 16.
b) 18.
c) 26.
d) 65.
e) 169.

Se X é uma matriz de 3a ordem e X é a soma de A com B, então, A e B têm


de ser de 3a ordem para existir a soma.

Como a. = i2 e b.. = (i - i)2:

X 3I == S l + b 3i = 3 2 + ^3 ' 1 ) 2 - 9 + 4 - 1 3

x13= a13+ b13= l 2 + (1-3)2 = 1 + 4 = 5

Então: x3I. x13= 13 x 5 = 65

Paulo Quilelli 138


Prova 13 - Analista de Finanças e Controle/CGU/2003-2004

08) Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou Júlio é


justo, ou Beto é bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não
é bondoso, ou Homero é honesto. Logo,
a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
b) Beto não é bondoso, Homero é honesto» Júlio não é justo.
c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
d) Beto não é bondoso, Homem não é honesto, Júlio não é justo.
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.

Nomeando as proposições simples


p : Homero é honesto,
q : Júlio é justo,
r : Beto é bondoso.

vamos arrumar as premissas da argumentação:


P I:~ p Vq
P 2 : p V q Vr
P3:r V ~ q
P 4 : ~r V p

Não havendo premissa com proposição simples, escolhemos uma e, por


tentativa, atribuímos um valor lógico (V). Vamos atribuir a p o valor lógico
(V). \ ;
Na premissa P1? ~p é (F), logo q tem que ser (V).
Na premissa P3, ~q é (F), logo r tem que ser (V).
Na premissa P4, como p é (V), ela é verdadeira e, na premissa P2, todas são
verdadeiras.

Conclusão:
Homero é honesto.
Júlio é justo.
Beto é bondoso.

139 Radodnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

09) Foi feita uma pesquisa de opinião para detenninar o nível de aprovação
popular a três diferentes propostas de políticas governam entais para
redução da crim inalidade. As propostas (referidas com o “A” “B” e
“C”) não eram m utuam ente excludentes, de m odo que o entrevistado
poderia se declarar ou contra todas elas, ou a favor de apenas uma, ou
a favor de apenas duas, ou a favor de todas as três. D os entrevistados,
78% declararam-se favoráveis a pelo m enos uma delas. Ainda do total
dos entrevistados, 50% declararam-se favoráveis à proposta A, 30%
à proposta B e 20% à proposta C. Sabe-se, ainda, que 5% do total dos
entrevistados se declararam favoráveis a todas as três propostas. Assim,
a percentagem dos entrevistados que se declararam favoráveis a m ais
de uma das três propostas foi igual a
a) 17%.
b) 5%.
c) 10 %.
d) 12%.
e) 22%.

Diagrama inicial:

100% - 78% = 22% se declararam não favoráveis a qualquer das três pro­
postas.

Completando o diagrama, temos:

Paulo Quiielli 140


Prova 13 —Analista de Finanças e Controle/CGU/2003-2004

Logo:
4 5 ~ x - y + 2 5 - x - z + 1 5 - y - z + x + y + z + 5 = 78
90 - x ~ y - z = 78 90 - 78 = x + y + z
Como x + y + z = 12, então x + y + z + 5 = 17%

10) Os ângulos de um triângulo encontram-se na razão 2:3:4.0 ângulo maior


do triângulo, portanto, é igual a
a) 40°.
b) 70°.
c) 75°.
d) 80°.
e) 90°.

Se os ângulos são proporcionais a 2,3 e 4, chamemos o valor de cada ân­


gulo de 2K, 3K e 4K.
Pela lei angular de Tales, a soma dos ângulos de um triângulo vale 180°,
então:
2K + 3K + 4K = 180°
9K = 180°
K = 20°

O maior ângulo é 4K = 4 x 20° - 80°

141 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:

OLE
02. B
03. B
04. E
05. A
06. D
07. D
08. C
09. A
10. D

Paulo Quiielli 142


Prova 14
Auditor-íiscal do Trabalho/MTE/2003

01) Três amigas encontram-se em uma festa. O vestido de uma delas é azul,
o de outra é preto, e o da outra é branco. Elas calçam pares de sapatos
destas mesmas três cores, mas somente Ana está com vestido e sapatos de
mesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júlia são brancos. Marisa
está com sapatos azuis. Desse m odo,
a) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto.
b) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos são pretos.
c) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana são brancos.
d) os sapatos de Ana são pretos e o vestido de Marisa é branco.
e) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Marisa são azuis.

Ana Júlia Marisa


azul S
preto S
branco S,V X

Codificação: sapato (S) e vestido (V)


Se nem o vestido e nem os sapatos de Júlia são brancos, marca-se com X
no quadro (Júlia - branco)
Se Marisa está com sapatos azuis, marca-se com S (Marisa - azul). Sobrou,
então, para Júlia, sapato preto. Marca-se com S (Júlia - preto).
Então, os sapatos de Ana são brancos. Como o vestido de Ana tem a mesma
cor dos sapatos, o vestido também é branco.

143
Provas Comentadas da Esaf

02) Pedro e Paulo saíram de suas respectivas casas no mesmo instante, cada
um com a intenção de visitar o outro. Ambos caminharam pelo mesmo
percurso, mas o fizeram tão distraidamente que não perceberam quan­
do se cruzaram. Dez m inutos após haverem se cruzado, Pedro chegou
à casa de Paulo. Já Paulo chegou à casa de Pedro m eia hora mais tarde
(isto é, meia hora após Pedro ter chegado à casa de Paulo). Sabendo que
cada um deles caminhou a uma velocidade constante, o tem po total de
caminhada de Paulo, de sua casa até a casa de Pedro, foi de
a) 60 minutos.
b) 50 minutos.
c) 80 minutos.
d) 90 minutos.
e) 120 m inutos.
t
Pauio x E d -x Pedro
i----------------- j--------------------- )
^ ..... ..... ►
10 min 40 min
d

Eles se cruzaram em E e, evidentemente, levaram o mesmo tempo (t) até E,


pois saíram de casa na mesma hora.
A distância da casa de Paulo à casa de Pedro é d.
Pedro leva 10 min de E até a casa de Paulo e Paulo leva 40 min de E até a
casa de Pedro.
A distância de E à casa de Paulo é x e a distância de E à casa de Pedro é d - x .
velocidade = variação da distância
variação do tempo

v - x - á ■ r - 10d m
10 ~ t+io ■' x “ t + 10 w

vPlul0= - 40x ~ t / 40 ®

Substituindo a expressão do x na equação (1) em x na equação (2), teremos:


d- lOd
t + 10 Dividindo a equação por d
40 ” t +

Paulo Quiielli 144


Prova 14 —Auditor-fiscal do Trabalho/MTE/2003

1___ KL_
t+ 10 _ 1 t + 1 0 - 1 0 _ ___ 1
40 t + 40 " 40 (t + 10) t H- 40 "

t2 + 40t = 40t + 400 --- t2 = 400

= -20 (não serve)

Paulo levou, para ir à casa de Pedro, (t + 40) min, logo 20 + 40 = 60 min.

03) Três pessoas, Ana, Bia e Carla, têm idades (em número de anos) tais que
a soma de quaisquer duas delas é igual ao número obtido invertendo-se
os algarismos que formam a terceira. Sabe-se, ainda, que a idade de cada
uma delas é inferior a 100 anos (cada idade, portanto, sendo indicada
por um algarismo da dezena e um da unidade). Indicando o algarismo
da unidade das idades de Ana, Bia e Carla, respectivamente, por A l, BI
e C l; e indicando o algarismo da dezena das idades de Ana, Bia e Carla,
respectivamente, por A2, B2 e C2, a soma das idades destas três pessoas
éiguala
a) 3 (A2 + B2 + C2).
b) 10 (A2 + B2 + C2).
c) 99 - (A l + BI + Cl).
d) 11 (B2 + B1).
e) 3 (A l + BI + Cl).

idade de Ana A2A1


idade de Bia -» B2B1
idade de Carla C2C1 . \

A soma das idades de duas dá'a idade da terceira com os algarismos in­
vertidos.

A soma das três idades é:


S = A2A1 + B2B1 + C2C1 = 10 (A2 + B2 + C2) + (Al + BI + C l)

145 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Tomando a equação (*):

10A2 + A l + 10C2 + C l = 10B1 + B2

10 (A2 + C2 - B l) + (A l + C l - B2) = 0
ÍA2 + C 2 - B 1 = 0 A2 + C2 —Bl
|A1 + C 1 - B 2 = 0 ••• A l 4* Cl = B2

Retornando à equação da soma e substituindo A2 + C2 por B l e A l + Cl


por B2:
S = 10 (Bl + B2) + (Bl + B2) = 11 (Bl + B2)

04) Um professor de Lógica percorre uma estrada que liga, em linha reta, as
vilas Alfa, Beta e Gama. Em Alfa, ele avista dois sinais com as seguintes
indicações: “Beta a 5 km” e “Gama a 7 km” Depois, já em Beta, encontra
dois sinais com as indicações: “Alfa a 4 km” e “Gama a 6 km”. Ao chegar
a Gama, encontra mais dois sinais: “Alfa a 7 km” e “Beta a 3 km”. Soube,
então, que, em uma das três vilas, todos os sinais têm indicações erradas;
em outra, todos os sinais têm indicações corretas; e na outra um sinal
tem indicação correta e outro sinal tem indicação errada (não necessa­
riamente nesta ordem). O professor de Lógica pode concluir, portanto,
que as verdadeiras distancias, em quilôm etros, entre Alfa e Beta, e entre
Beta e Gama, são, respectivamente,
a) 5e3.
b) 5 e 6.
c) 4 e 6.
d) 4e3.
e) 5e2.

a P Y
i---------------------- ,-----------------------j

(JaSIcm 0E a 4 km CE a 7 km

Y a 7 km Ya6km (Ja3km

Façamos um quadro para facilitar a visualização, pois uma cidade tem as


duas indicações certas; outra, as duas indicações erradas e a terceira, uma
sinalização certa e outra errada.

Paulo Quilelli 146


Prova 14 - Auditor-fiscai do Trabalho/MTE/2003

a fi r
a X c c
fi F X
r C X

O processo é de tentativas. Observemos que a sinalização de a para y e de


y para a coincidem. Consideremos certa e marquemos C no quadro

(—>aTye —>yt a)
Vamos considerar, agora, como correta a sinalização de a para (3; marque­
mos C no quadro ( a T p). Com isso, a Vila a fica com as duas sinali­
zações corretas. Como a Vila y já tem uma correta, a outra tem que estar
errada e as sinalizações da Vila {$, as duas, erradas. Então, atendemos ao
problema e a distância da Vila a à Vila (3 é de 5km e da Vila |3 à Vila y é de
7 - 5 = 2 km.

05) Uma estranha clínica veterinária atende apenas cães e gatos. Dos cães
hospedados, 90% agem como cães e 10% agem como gatos. Do mesmo
m odo, dos gatos hospedados 90% agem como gatos e 10% agem como
cães. Observou-se que 20% de todos os animais hospedados nessa es­
tranha clínica agem como gatos e que os 80% restantes agem como cães.
Sabendo-se que na clínica veterinária estão hospedados 10 gatos, o nú­
mero de cães hospedados nessa estranha clínica é
\
a) 50.
b) 10. • " ♦
c) 20.
d) 40.
e) 70. 1

Façamos um quadro

cães gatos total


agem como cães 0,90 C 1
agem como gatos 0,10 C 9 0,10 C + 9
total C 10 C + 10

147 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Lendo todo o enunciado, observa-se que o único dado foi a quantidade de


gatos (10). Coloquemos no quadro.
O que o problema quer saber é a quantidade de cães. Chamemos de Ç
Temos, então, que 90% de C (0,90C) agem como cães e 10% de C (0,10C)
agem como gatos. Lancemos no quadro.
Agora, 90% de 10 = 9 agem como gatos e o restante age como cão:
10% de 10 = 1.
O total de animais hospedados é (C + 10) e o total de animais que agem
como gatos é (0,10C +9). Então:
0,20 (C + 10) - 0,10C + 9
0,20C + 2 = 0,10C + 9
0, 10C =:7 c = 7 C - 70 cães
0,10

06) Quatro casais reúnem-se para jogar xadrez. Como há apenas um tabu­
leiro, eles combinam que: a) nenhuma pessoa pode jogar duas partidas
seguidas; b) marido e esposa não jogam entre si. Na primeira partida,
Celina joga contra Alberto. Na segunda, Ana joga contra o marido de Júlia.
Na terceira, a esposa de Alberto joga contra o marido de Ana. Na quarta,
Celina joga contra Carlos. E na quinta» a esposa de Gustavo joga contra
Alberto. A esposa de Tiago e o marido de Helena são, respectivamente,
a) Celina e Alberto.
b) Ana e Carlos.
c) Júlia e Gustavo.
d) Ana e Alberto.
e) Celina e Gustavo.

Vamos m ontar um quadro.


Celina Ana Túlia Helena
Alberto X X X v
Carlos X X y X
Gustavo X V X X
Tiaso A X X

Regras criadas por eles:


a) nenhuma pessoa pode jogar duas partidas seguidas;
b) marido e esposa não jogam entre si.

Paulo Quiielli 148


Prova 14 - Auditor-fiscai do TrabaJho/MTE/2003

Iapartida:
Celina x Alberto. Logo, não são casados. Marca-se X no quadro (—>Alberto
T Celina)
2a partida:
Ana x marido de Júlia. Logo, Alberto não é marido de Júlia, pela regra (a).
Marca-se X no quadro (—> Alberto T Júlia)
3a partida:
Esposa de Alberto x marido de Ana, conclui-se que a esposa de Alberto
não é a Ana. Marca~se X no quadro (—>Alberto T Ana)
Primeira conclusão: a esposa de Alberto é Helena.
Marca-se V no quadro (—» Alberto T Helena) e marca-se X em toda a co­
luna de Helena.
4a partida: Celina x Carlos. Logo, Celina e Carlos não são casados.
Marca-se X (—»Carlos T Celina) e Carlos não é marido de Ana (regra (a)).
Marca-se X (—> Carlos T Ana)
Segunda conclusão: a esposa de Carlos é Júlia. M arca-se V (-> Carlos
T Júlia) e marca-se X na coluna de Júlia.
5apartida: esposa de Gustavo x Alberto, conclui-se que a esposa de Gustavo
não é Celina (regra (a)). Marca-se X (—> Gustavo T Celina)
Terceira conclusão: A esposa de Gustavo é Ana. Marca-se V (—» Gustavo
t A n a ) e X na coluna de Ana.
Por exclusão, a esposa de Tiago e Celina.

07) Investigando uma fraude bancária, um famoso detetive colheu evidências


que o convenceram da verdade das seguintes afirmações:
1) Se Homero é culpado, então João é culpado.
2) Se Homero é inocente, então João òu Adolfo são culpados.
3) Se Adolfo é inocente, então João é inocente.
4) Se Adolfo é culpado, então Homero é culpado.
As evidências colhidas pelo fam oso detetive indicam , portanto, que
a) Homero, João e Adolfo são inocentes.
b) Homero, João e Adolfo são culpados.
c) Homero é culpado, mas João e Adolfo são inocentes.
d) Homero e João são inocentes, mas Adolfo é culpado.
e) Homero e Adolfo são culpados, mas João é inocente.

149 Raciodnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Nas premissas 1,2, 3 e 4 não temos nenhuma proposição simples. Vamos,


por tentativa, atribuir a “Homero é culpado” o valor lógico V. A premissa (1)
é uma condicional, então “João é culpado” não pode ser F, tem de ser V.
Na premissa (3), “João é inocente” é F, logo, “Adolfo é inocente” não pode
ser V, tem que ser F.
Na premissa (4), o conseqüente da condicional é verdade (V), o que garante
a veracidade da premissa, e na premissa (2), o antecedente é F, o que também
garante a veracidade da premissa.
Conclusão: Homero é culpado, João é culpado e Adolfo é culpado.

08) Se não durmo, bebo. Se estou furioso, durmo. Se durmo, não estou furioso.
Se não estou furioso, não bebo. Logo,
a) não durmo, estou furioso e não bebo.
b) durmo, estou furioso e não bebo.
c) não durmo, estou furioso e bebo.
d) durmo, não estou furioso e não bebo.
e) não durmo, não estou furioso e bebo.

P{: Se não durmo, então bebo.


P2: Se estou furioso, então durmo.
P3: Se durmo, então não estou furioso.
P4.: Se não estou furioso, então não bebo.

Não temos premissa formada por uma proposição simples.


Por tentativa, vamos atribuir valor lógico V a “não bebo”.
Em Pj, o conseqüente é F, logo, “não durmo” só pode ser F.
Na premissa P3, o antecedente é V, então “não estou furioso” tem de ser V.
Em P2 tem-se V —> F, logo, é verdadeira e, em P4>tem-se V —> V, que tam ­
bém é verdadeira.
Conclusão: durmo, não bebo e não estou furioso.

Gabarito:
01. C 05. E
02. A 06. A
03. D 07. B
04. E 08. D

Paulo Quilelli 150


Prova 15
Auditor do Tesouro Municipal/Prefeitura do Recife/2003

01) Um jardineiro deve plantar cinco árvores em um terreno em que não


há qualquer árvore. As cinco árvores devem ser escolhidas entre sete
diferentes tipos» a saber: A, B, C, D, E, F» G, obedecidas as seguintes
condições:
1. não pode ser escolhida mais de uma árvore de um mesmo tipo;
2. deve ser escolhida uma árvore ou do tipo D ou do tipo G, mas não
podem ser escolhidas árvores de ambos os tipos;
3. se uma árvore do tipo B for escolhida» então não pode ser escolhida
uma árvore do tipo 0 . Ora, o jardineiro não escolheu nenhuma árvore
do tipo G.
Logo, d e também não escolheu nenhuma árvore do tipo:
a) D,
b) A.
c) C.
d) B.
e) E.

As condições do problema são:

• plantar 5 árvores das 7: A , B , Ç , D, E, F e G;


• não deve ser escolhida mais de uma árvore do mesmo tipo;
• escolher ou D ou G, mas não as duas;
• se escolher B, não pode escolher D;5
• o jardineiro não escolheu árvore do tipo G.

Conclusões:

Ia) se não escolheu G, então escolheu D


2a) se escolheu D, então não escolheu B

151
Provas Comentadas da Esaf

02) Pedro, após visitar uma aldeia distante, afirmou: “Não é verdade que todos
os aldeões daquela aldeia não dormem a sesta”. A condição necessária
e suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é que seja
verdadeira a seguinte proposição:
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta.
c) Pelo m enos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
Afirmação: “Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia não dor­
mem a sesta”
Esta proposição é a negação do quantitativo todos, e a negação de “todos não
são” é “existe pelo menos um que é” Logo, neste caso, a proposição equiva­
lente é “Existe pelo menos um aldeão daquela aldeia que dorme a sesta”.

03) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então Caio é


culpado. Caio é inocente se e som ente se Dênis é culpado. Ora, D enis é
culpado. Logo:
a) Caio e Beto são inocentes.
b) André e Caio são inocentes.
c) André e Beto são inocentes.
d) Caio e Dênis são culpados.
e) André e Dênis são culpados.
Vamos m ontar a argumentação:
P : André é inocente ou Beto é inocente.
P2: Se Beto é inocente, então Caio é culpado.
P3: Caio é inocente se, e somente se, Dênis é culpado.
P4: Dênis é culpado.
A premissa P4 é uma proposição simples. Logo, atribuímos valor (V).
Se “Dênis é culpado” em P3, a bicondicional “Caio é inocente” para ser
verdadeira deve ter valor (V).
Em P2, “Caio é culpado” tem valor (F). P2 é uma condicional na qual o
antecedente “Beto é inocente” tem valor (F).
Em P temos um a disjunção em que “Beto é inocente” tem valor (F), então
“André é inocente” tem de ser (V).

Paulo Quiielli 152


Prova 15 - Auditor do Tesouro Municipal/Prefeitura do Recífe/2003

Conclusão:
André é inocente.
Beto é culpado.
Caio é inocente.
Dênis é culpado.

04) Uma escola, que oferece apenas um curso diurno de Português e um curso
noturno de M atemática, possui quatrocentos alunos. D os quatrocentos
alunos, 60% estão m atriculados no curso de Português. D os que estão
matriculados no curso de Português, 50% estão m atriculados também
no curso de Matemática. D os m atriculados no curso de Matemática, 15%
são paulistas. Portanto, o número de estudantes m atriculados no curso
de Matemática e que são paulistas é
a) 42.
b) 24.
c) 18.
d) 84.
e) 36.

N° de alunos = 400

alunos de Português = 60% x 400 = x 400 = 240

alunos de Português e Matemática = 50% x 240 = x 240 = 120

x alunos matriculados somente em Matemática, logo:


120 + 1 2 0 + x = 400
x = 400 - 240
x - 160
alunos de Matemática = 120 + 160 = 280
1e
paulistas matriculados em Matemática = 15% x 280 = x 280 = 42

153 Raciocínio Lógico


Gabarito:

01. D
02. C
03. B
04. A

154
Prova 16
Analista de Finanças e Controle/AFC/2002

01) Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica. Por outro lado, se Ge­
ografia não é difícil, então Lógica é difícil. Dai segue-se que, se Artur
gosta de Lógica, então:
a) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil.
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil.
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil.
d) Lógica é difícil e Geografia é difícil.
e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil.

p : Lógica é fácil
q : Artur gosta de Lógica
r : Geografia é difícil

Instituímos letras para as proposições simples e agora vamos montar as


premissas da argumentação.
P.rpVÍ-q)

P2: (~r) —» (~p)

P3:<1

Façamos as premissas verdadeiras para concluir verdadeiro.


Nesta argum entação, tem os um a prem issa form ada por um a p ropo­
sição simples, q: Artur gosta, de Lógica; Atribuímos a ela valor lógico (V).
Se (q) é (V), então (~q) é (F).
Na premissa temos uma disjunção, onde (~q) é (F). Logo, (p) terá que
ser (V) para a disjunção ser verdadeira.
P2 é uma condicional onde o conseqüente (~p) é (F). Logo, (~r) terá de
ser (F).

Conclusão:
“Lógica é fácil”, “Artur gosta de Lógica” e “Geografia é difícil”

155
Provas Comentadas da Esaf

02) Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se Iara fala italiano,
então ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Se Débora fala
dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas Elton fala espanhol se, e somente
se, não for verdade que Francisco não fala francês. Ora, Francisco não
fala francês e Ching não fala chinês. Logo,
a) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarquês.
b) Ching não fala chinês e Débora fala dinamarquês.
c) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol.
d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano.
e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês.
Vamos atribuir a cada proposição simples uma letra:
p : Iara fala italiano,
q : Ana fala alemão,
r : Ching fala chinês,
s : Débora fala dinamarquês,
t : Elton fala espanhol,
u : Francisco fala francês.
Montemos a argumentação:
P : ~p —» q
P2: p ^ r v s
P3: s -> t
P4.: t ^ u
P5: ~u A ~r

Não há nenhuma premissa com proposição simples.


Na falta de uma premissa representada por uma proposição simples, inicia­
remos pela premissa que possui conjunção ( a ), pois este só será verdadeira
se ambas as proposições forem verdadeiras. Logo, ~u (v) e ~r (v). Portanto,
a premissa P fica verdadeira.
Na premissa P4, (u) é (F) e a bicondicional só é verdadeira seasduas pro­
posições concordarem, então, (t) é (F).
Em P3, (S) tem que ser (F).
Em P2, (r) é (F) e (s) é (F), logo, a disjunção “ou” (v) será falsa (F), oque
obriga (p) a ser (F).
Em Pj, (~p) é (V) e obriga (q) a ser (V).
Conclusão:
Iara não fala italiano.

Paulo Quiielli 156


Prova 1 6 - Analista de Finanças e Controle/AFC/2002

Ana fala alemão.


Ching não fala chinês.
Débora não fala dinamarquês.
Elton não fala espanhol.
Francisco não fala francês.

03) Um agente de viagens atende três amigas. Uma delas é loura» outra é
morena e a outra é ruiva. O agente sabe que uma delas se chama Bete»
outra se chama Elza e a outra se chama Sara. Sabe» ainda» que cada uma
delas fará uma viagem a um pais diferente da Europa: uma delas irá à
Alemanha» outra irá à França e a outra irá à Espanha. Ao agente de via­
gens, que queria identificar o nom e e o destino de cada uma, elas deram
as seguintes informações:
A loura: “Não vou à França nem à Espanha”
A morena: “Meu nom e não é Elza nem Sara”.
A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.
O agente de viagens concluiu, então» acertadamente» que:

a) A loura é Sara e vai à Espanha.


b) A ruiva é Sara e vai à França.
c) A ruiva é Bete e vai à Espanha.
d) A morena é Bete e vai à Espanha.
e) A loura é Elza e vai à Alemaliha.

Faça o seguinte quadro, por sugestão:

A lem anha . França E spanha

lo u ra m o ren a ruiva

. V
Bete X ■V X

Elza V' X

Sara X V

Coloque as informações e deduções, sem se preocupar em chegar à solução,


que surgirá por eliminação.
Ia informação: A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.
Conclusão: A loura irà à Alemanha. Escreva sobre a loura, Alemanha.

157 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

2a informação: A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”


Conclusão: A morena chama-se Bete. Coloque (V) em (—>Bete T morena)
e marque X na coluna da morena e na linha da Bete, eliminando as outras
opções.

3a informação: A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.


Conclusão: A ruiva não é Elza, portanto a ruiva é Sara. Marca-se (V) em
(—» Sara T ruiva). Sobrou Elza para a loura. Marca-se (V) em (—» Elza
t loura). Se nem a ruiva (Sara) nem a loura (Elza) vão à França, então, a
morena (Bete) vai à França e a ruiva (Sara) vai à Espanha.

04) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto é logicam ente
equivalente a dizer que é verdade que
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.

Nomeando as proposições:
p : Pedro é pobre
q : Alberto é alto
“Não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto” é negar a conjunção “e” ( a).
A negação do “e” é equivalente a: “transformar em “ou” (v) e negar as duas”

~ ( p A q ) « (~p) v (~q)

É equivalente, então, a: “Pedro não é pobre ou Alberto não é alto”

05) Se Carina é amiga de Carol, então Carmem é cunhada de Carol. Carmem


não é cunhada de Carol. Se Carina não é cunhada de Carol, então Carina
é amiga de Carol. Logo,
a) Carina é cunhada de Carmem e é amiga de Carol.
b) Carina não é amiga de Carol ou não é cunhada de Carmem.
c) Carina é amiga de Carol ou não é cunhada de Carol.
d) Carina é amiga de Carmem e é amiga de Carol.
e) Carina é amiga de Carol e não é cunhada de Carmem.

Paulo Quilelli 158


Prova 1 6 - Analista de Finanças e Controle/AFC/2002

Primeiro nomeando as proposições:


p : Carina é amiga de Carol
q : Carmem é cunhada de Carol
r : Carina é cunhada de Carol

Vamos arrum ar o argumento com suas premissas:


Px: p q
P2: ~<1
P3: ~r -> p

Nessa argumentação, temos uma premissa (P2) com uma proposição simples.
Vamos atribuir a ela, então, valor verdade (V).
A premissa P t ficou com o conseqüente (F), logo, (p) tem de ser (F).
Na premissa P3, o conseqüente (p) é (F), então o antecedente (~r) tem de
ser (F).
Conclusão: Carina não é amiga de Carol.
Carmem não é cunhada de Carol.
Carina é cunhada de Carol.
Essa questão exige, agora, uma análise das opções para se saber qual delas é
a verdadeira. Faremos uma análise começando pela opção (a).
(a) F A F é falso
(b) V v V é verdade.

159 Raciocínio Lógico


Gabarito:

01. B
02. A
03. E
04. A
05. B
Prova 17
Analista/Serpro/2001

01) Hermes guarda suas gravatas em uma única gaveta em seu quarto. Nela
se encontram sete gravatas azuis» nove amarelas» uma preta» três verdes
e três vermelhas. Uma noite» no escuro, Hermes abre a gaveta e pega al­
gumas gravatas. O número m ínim o de gravatas que Hermes deve pegar
para ter certeza de ter pegado ao menos duas gravatas da mesma cor é
a) 2.
b) 4.
c) 6.
d) 8.
e) 10.

7 azuis
9 amarelas
1 preta
3 verdes
3 vermelhas

Observe que são cinco cores diferentes de gravata.


Nesse tipo de questão, você tem que esgotar todas as possibilidades de não
ocorrer o evento “duas gravatas de mesma cor”.
'■V
Vamos supor que ele tire a primeira gravata azul. Quando éle for tirar a se­
gunda gravata, é lógico que ela poderá ser azul, mas não existe a possibili­
dade de ela ser amarela, por exemplo? Hntão ele não pode afirmar, sem ver,
que as duas gravatas têm a mesma cor.
Na retirada da terceira gravata, é lógico que ela poderá ser azul ou ama­
rela. No entanto, não existe à.possibilidade de ela ser preta, por exemplo?
Hermes não pode afirmar que retirou duas gravatas de mesma cor, porque
existe a possibilidade de as três serem de cores diferentes.
O mesmo se dará com a quarta gravata, que poderá ser verde, assim como
a quinta gravata poderá ser vermelha.
Agora, com seis gravatas retiradas, Hermes pode afirmar, com certeza, que
pegou» pelo menos, duas gravatas de mesma cor.

161
Provas Comentadas da Esaf

02) Considere o seguinte argumento: “Se Soninha sorri, Sílvia é miss simpatia.
Ora, Soninha não sorri. Logo, Sílvia não é miss simpatia*\ Este não é um
argumento logicam ente válido, uma vez que
a) a conclusão não é decorrência necessária das premissas,
b) a segunda premissa não é decorrência lógica da primeira.
c) a primeira premissa pode ser falsa, embora a segunda possa ser ver­
dadeira.
d) a segunda premissa pode ser falsa, embora a primeira possa ser ver­
dadeira.
e) o argumento só é válido se Soninha na realidade não sorri.
P j: Se Soninha sorri, entãó Sílvia é miss simpatia.
P2: Soninha não sorri.

Q : Sílvia não é miss simpatia.

A premissa P2 é uma proposição simples. Vamos atribuir a ela o valor ló­


gico V.
Em Pj, "Soninha sorri” terá, por conseguinte, valor lógico F, o que fará
com que a premissa seja verdadeira independente do valor lógico do
conseqüente.
Então nos deparamos com a seguinte situação: as premissas P: e P2 são
verdadeiras, o que não garante a veracidade da conclusão, pois se “Sílvia é
miss simpatia” for falsa, a premissa Pj será verdadeira e a conclusão tam ­
bém será verdadeira. No entanto, se “Sílvia é miss simpatia” for verdadeira,
a premissa Pj continuará verdadeira e a conclusão será falsa.
Logo, a conclusão não é decorrência necessária das premissas.

03) Todas as amigas de Aninha que foram à sua festa de aniversário estive­
ram, antes, na festa de aniversário de Betinha. Como nem todas amigas
de Aninha estiveram na festa de aniversário de Betinha, conclui-se que,
das amigas de Aninha,
a) todas foram à festa de Aninha e algumas não foram à festa de Betinha.
b) pelo m enos uma não foi à festa de Aninha.
c) todas foram à festa de Aninha e nenhuma foi à festa de Betinha*
d) algumas foram à festa de Aninha mas não foram à festa de Betinha.
e) algumas foram à festa de Ajünha e nenhuma foi à festa de Betinha.

Paulo Quilelli 162


Prova 17 - Anaiista/Serpro/2001

Entre as amigas de Aninha, as que foram à sua festa de aniversário estive­


ram, antes, na festa de aniversário de Betinha.
A afirmativa é: “nem todas as amigas de Aninha estiveram na festa de ani­
versário de Betinha”. Ora, então existe amiga de Aninha que não esteve no
aniversário de Betinha e, por isso, não esteve em seu aniversário.

04) Cícero quer ir ao circo, mas não tem certeza se o circo ainda está na cidade.
Suas amigas, Cecília, Célia e Cleusa, tem opiniões discordantes sobre se o
circo está na cidade. Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada.
Se Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada. Se Célia estiver
enganada, então o circo não está na cidade. Ora, ou o circo está na cidade,
ou Cícero não irá ao circo. Verificou-se que Cecília está certa. Logo,
a) o circo está na cidade.
b) Célia e Cleusa não estão enganadas.
c) Cleusa está enganada, mas não Célia.
d) Célia está enganada, m as não Cleusa.
e) Cícero não irá ao circo.

P: : Se Cecüia estiver certa, então Cleusa está enganada.


P2: Se Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada.
P3: Se Célia estiver enganada, então o circo não está na cidade.
P4: Ou o circo está na cidade, ou’Cícero não irá ao circo.
Ps : Cecília está certa.
Nesse argumento, a premissa P5é uma proposição' simples.Atribui-se a ela
valor lógico verdade (V).
Na premissa Pj, o antecedente é verdade, logo, “Cleusa está enganada” tem
de ser verdadeiro para a premissa ser verdadeira.
Na premissa P2, o antecedente é verdadeiro, então “Cecília está enganada”
não pode ser falso, tem de ser verdadeiro (V).
Na premissa P3, repete-se o fato de o antecedente ser verdadeiro, em con­
seqüência, “o circo não está na cidade” tem de ser verdadeiro (V).
Na premissa P4, “ou” só é falso se as duas proposições forem falsas. Como
a primeira, “o circo está na cidade”, é falsa, obriga que a segunda, “Cícero
não irá ao circo”, seja verdadeira.
Conclusão: Cecília está certa, Cleusa está enganada, Célia está enganada,
o circo não está na cidade e Cícero não irá ao circo.

163 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

05) No últim o domingo, Dorneles não saiu para ir à missa. Ora, sabe-se que
sempre que Denise dança, o grupo de Denise é aplaudido de pé. Sabe-se
também que, aos domingos, ou Paula vai ao parque ou vai pescar na praia.
Sempre que Paula vai pescar na praia, Dorneles sai para ir à missa, e sempre
que Paula vai ao parque, Denise dança. Então, no últim o domingo,
a) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
b) o grupo de Denise não foi aplaudido de pé e Paula não foi pescar na
praia.
c) Denise não dançou e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
d) Denise dançou e seu grupo foi aplaudido de pé.
e) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise não foi aplaudido de pé.

P j : Dorneles não saiu para ir à missa.


P2: Se Denise dança, então o grupo de Denise é aplaudido de pé.
P3: Ou Paula vai ao parque ou vai pescar na praia.
P4: Se Paula vai pescar na praia, então Dorneles sai para ir à missa.
Ps : Se Paula vai ao parque, então Denise dança.
Em uma argumentação válida, a conclusão é verdadeira sempre que as
premissas são verdadeiras.
Nesta argumentação, P2é uma proposição simples, então, vamos atribuir a
ela valor lógico verdade (V).
Na premissa P4, então, o conseqüente é falso (F), logo, “Paula vai pescar na
praia” tem de ser falso (F).
Em P5, o antecedente é verdadeiro (V). Logo, “Denise dança” tem de ser
verdadeiro (V).
Em P2, o antecedente é verdadeiro, então, “o grupo de Denise é aplaudido
de pé” tem de ser verdadeiro (V).
A P3 já ficou definida V ou F.
Conclusão: Dorneles não saiu, Denise dança, o grupo de Denise foi aplau­
dido de pé e Paula vai ao parque.

06) Três meninas, cada uma delas com algum dinheiro, redistribuem o que
possuem da seguinte maneira: Alice dá a Bela e a Cátia dinheiro suficiente
para duplicar a quantia que cada uma possui. A seguir, Bela dá a Alice
e a Cátia o suficiente para que cada uma duplique a quantia que possui.
Finalmente, Cátia faz o mesmo, isto é, dá a Alice e a Bela o suficiente

Paulo Quilelli 164


Prova 17 - Analista/Serpro/2001

para que cada um a duplique a quantia que possui. Se Cátia possuía


R$ 36,00 tanto no inicio quanto no final da distribuição, a quantia total
que as três m eninas possuem juntas é igual a
a) R$ 214,00.
b) R$ 252,00.
c) R$ 278,00.
d) R$ 282,00.
e) R$296,00.

Quantia inicial de cada menina:


Alice - x
Bela = y
Cátia = 36
Ia distribuição: o que Alice dá a cada uma das outras é subtraída da
dela
Alice = x - 3 6 - y = x ~ y - 3 6
Bela = y + y = 2y
Cátia = 36 + 36 - 72
2a distribuição: o mesmo acontece com Bela, o que é distribuído é subtraí­
do dela
Alice - (x - y - 36) + (x - y - 36) = 2 (x - y - 36)
Bela = 2y - 72 - ( x - y - 36) = -x.+ 3y - 36
Cátia - 72 + 72 = 144 ' ' *
3a distribuição: agora vamos nos preocupar apenas com o que vai ser sub­
traído da Cátia, pois nela.se m onta a equação, porque o problema infor­
ma que ela fica com os mesmos 36 reais iniciais.
Cátia: 144 - 2 (x - y - 36) - (~x + 3y - 36) = 36
144 - 2x + 2y + 72 + x - 3y + 36 = 36
252 ~ x - y = 36
252 = x + y + 36
Como x + y + 36 é a soma das quantias que as três meninas possuem antes da
distribuição, a resposta é 252.

165 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

07) Todos os alunos de matemática são também alunos de inglês, m as ne­


nhum aluno de inglês é aluno de história. Todos os alunos de portu­
guês são também alunos de informática» e alguns alunos de inform áti­
ca são também alunos de história. Como nenhum aluno de inform ática
é aluno de inglês, e como nenhum aluno de português é aluno de histó­
ria, então,
a) pelo menos um aluno de português é aluno de inglês.
b) pelo menos um aluno de matemática é aluno de história.
c) nenhum aluno de português é aluno de matemática,
d) todos os alunos de informática são alunos de matemática.
e) todos os alunos de inform ática são alunos de português.

“Todos os alunos de matemática são também alunos de inglês” pode ser re­
presentado através do diagrama

“Nenhum aluno de inglês é de história” pode ser assim representado:

“Alguns alunos de informática são também alunos de história” e “nenhum


aluno de informática é aluno de inglês” ficam assim:

“Todos os alunos de português são também de informática” e “nenhum alu­


no de português é de história” ficam representados como segue:

Pauío Quiielli 166


Prova 1 7 - Analista/Serpro/2001

Diante dessa representação, “nenhum aluno de português é aluno de


matemática”

08) Um triângulo tem lados que medem» respectivamente, 6m, 8m e XOm.


Um segundo triângulo, que é um triângulo semelhante ao primeiro, tem
perímetro igual a 12m. A área do segundo triângulo será igual a
a) 6 m2.
b) 12 m 2.
c) 24 m 2.
d) 48 m2.
e) 60 m2.
O triângulo de lados 3, 4 e 5 é um triângulo retângulo, pois o quadra­
do do maior lado (hipotenusa) é igual à soma dos quadrados dos outros
dois lados (catetos). Esse é o Teorema de Pitágoras para o triângulo re­
tângulo. Esse triângulo é a base de uma família de triângulos retângulos
semelhantes.

cateto 3 6 ? 30
cateto 4 8' 12 40
hipotenusa 5 10 \1 5 50

perímetro 12 24 36 120

Já vimos, então, que o triângulo do problema (6, 8,10) é retângulo e tem


perímetro 6 + 8 + 10 = 24m.

A razão entre os perímetros é a mesma razão entre os lados, então, o segun­


do triângulo de perímetro 12m (24 2) terá lados medindo 6 2 = 3,8-^2 =
= 4 e 10 4-2 = 5.

167 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

A área de um triângulo é calculada assim: metade do produto da base


pela altura. Como no triângulo retângulo os catetos são duas das três al­
turas, a área do triângulo retângulo pode ser calculada como o semi-pro-
duto dos catetos.

09) Genericam ente, qualquer elem ento de uma m atriz M pode ser repre­
sentado por m.., ondè i representa a linha e j a coluna em que esse
elem ento se localiza. Uma m atriz S = s.., de terceira ordem , é a m atriz
resultante da som a das m atrizes A= (a..) e B = (b..). Sabendo-se que
(a..) - i2+j2 e que b.. ~ (i+j)2, então, a razão entre os elem entos s31 e s13
é igual a

a) 1/5.
b) 2/5.
c) 3/5.
d) 4/5.
e) 1.

Sjj = 1 0 + 1 6 = 2 6
$ 3 i_2 6 __ i
Si3 — 1 0 -f-1 6 — 2 6 S13 “ 2 6

Paulo Quilelii 168


Prova 17 - Anaiista/Serpro/2001

------------ »crian-
______ r _________________ _r _________ 7... A probabilidade
>crianças escolhidas serem do mesmo sexo é
a) 0,10.
b) 0,12.
c) 0,15.
d) 0,20.
e) 0,24.

Na escolha de crianças para um grupo de dança, a ordenação das crianças


não determina grupo diferente. Isso caracteriza combinação simples.

Casos possíveis são todos os grupos de três crianças escolhidas entre as dez.

f *3 _ Aio _ 10.9.8 _i 'yn


P3 “ 3.2.1

Casos favoráveis de serem só meninas: Cl = C 4 = 4

Probabilidade de os grupos serem só de meninas: p = ^

Casos favoráveis de serem só meninos: Ce = ^ = T y f = ^

Probabilidade de os grupos serem só de meninos: P = ^

Probabilidade de serem meninas ou meninos: p = ^ - + ^- = ^ = 0,20

169 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Gabarito:

01. C
02. A
03. B
04. E
05. D
06. B
07. C
08. A
09. E
10. D

Pau/o Quilelli 170


Prova 18
Técnico de Finanças e Controle/SFC/2000

01) Ou Anais será professora» ou Anelise será cantora, ou Anamélia será


pianista. Se Ana for atleta, então Anamélia será pianista. Se Anelise for
cantora, então Ana será atleta. Ora, Anamélia não será pianista. Então,
a) Anais será professora e Anelise não será cantora.
b) Anais não será professora e Ana não será atleta.
c) Anelise não será cantora e Ana será atleta.
d) Anelise será cantora ou Ana será atleta.
e) Anelise será cantora e Anamélia não será pianista.

Vamos arrumar as premissas da argumentação:


P : Ou Anais é professora, ou Anelise será cantora, ou Anamélia será
pianista
P2: Se Ana for atleta, então Anamélia será pianista
P3: Se Anelise for cantora, então Ana será atleta
P4 : Anamélia não será pianista
Façamos todas as premissas verdadeiras para concluir verdadeiro.
A premissa P4 é uma proposição simples. Logo, "Anamélia não será pianis­
ta” tem valor (V).
Na premissa P2 o conseqüente da condicional tem valor (F). Logo, o ante­
cedente “Ana for atleta” tem valor (F): i
Com isso, em P3, o conseqüente da condicional tem valor (F), então, o an­
tecedente “Anelise for cantora” terá valor (F).
Em P1? “Anamélia será pianista” é (F), “Anelise será cantora” é (F), então,
“Anais é professora^ tem valor lógico (V).

Conclusão:
Anais é profesora.
Anelise não será cantora.
Anamélia não será pianista.
Ana não será atleta.

171
Provas Comentadas da Esaf

02) Se é verdade que “Nenhum artista é atleta” então também será verdade que
a) todos não-artistas são não-atletas.
b) nenhum atleta é não-artista.
c) nenhum artista é não-atleta.
d) pelo menos um não-atleta é artista.
e) nenhum não-atleta é artista.

“Nenhum artista é atleta” pode ser representado pelos conjuntos disjuntos:

Vamos analisar as opções:


a) todos não-artistas são não-atletas

Está errado porque pode haver não-artista atleta,


b) nenhum atleta é não-artista.
Ê a mesma questão anterior, errado.
c) nenhum artista é não-atleta.

A análise é a mesma das anteriores, mas com os conjuntos trocados. Errado


porque pode haver algum artista não-atleta.
d) pelo menos um não-atleta é artista.
Correto. A análise é a mesma da opção C.

Paulo Quileifi 172


Prova 18 - Técnico de Finanças e Controle/SFC/2000

03) Se W = {x e R | -3 < x < 3} e P = { x e R | 0 < x < 4 } e


Q - {x e R | 0 < x < 3}, então o conjunto (W n P) - Q é dado por
a) <p.
b)[0;3].
c ) ( l ,3 ) .
d) [0,3).
e) (0; 3],

Representando os intervalos em retas:

-O—---------- --- “O-


0 3

0 3

(w n p) -q = a -----------------------------------

A interseção de dois conjuntos é o conjunto formado pelos elementos que


são comuns aos dois conjuntos.
Zero (0) é elemento de W e é elemento de P (intervalo fechado), logo, é ele­
mento da interseção (W n P).
Três (3) é elemento de P, mas não é de W (intervalo aberto), então, 3 não é
elemento da interseção (intervalo aberto).
A diferença de um conjunto A menos um conjunto B é o conjunto formado
por todos os elementos de A que não são elementos de B. f ) conjunto W n
P não tem elemento que não seja também elemento de Q, logo, a diferença
será o conjunto vazio. ;

04) Em uma empresa de 50 profissionais, tòdos têm cursos de especialização


ou curso de mestrado. Pelo menos 30 desses profissionais têm curso de
mestrado» e no máximo 10 deles têm curso de especialização e curso
de mestrado. Se X é o número de profissionais que possuem curso de
especialização» então»
a) X < 30.
b) X > 10.
c) 0 < X < 30.
d) 20 < X < 35.
e) X < 30.

173 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

Vamos utilizar o diagrama de Verrn

a + b + c = 50
Pelo enunciado podemos escrever: b + c > 30
b<10

Vamos combinar os limites dos intervalos de b + c e b.


I o) b + c = 30 e b - 10
c = 20 e a = 20 X = 20 + 10 I X - 301
30 = x z " " " ------------ y = 30

2o) b + c = 30 e b = 0
c = 30 e a = 20 ••• X = 20 + 0 X = 20

30

3o) b •+*c - 50 e b = 1 0
• c = 40 e a = 0 /. X = 0 + 10 i X = 101

4o) b + c = 50 e b = 0
c = 50 e a = 0 X- 0+0 IX = 0

50

Então 0 < X < 30

Paulo Quilelli 174


Prova 18 - Técnico de Finanças e Controle/SFC/2000

05) Se X = 3 sen a e Y = 4 cos oc, então, para qualquer ângulo a , tem-se que
a) 16 X2 - 9 Y2 = -144.
b) 16 X2 + 9 Y2 = 144.
c) 16 X2 - 9 Y2 = 144.
d) -16 X2 + 9 Y2 - 144.
e) 16 X2 + 9 Y2= -144.

x = 3 sen a .\ sena - ^
y
y = 4 sen a /. cos a =

sen2 a + cos2 a = 1

16x2 + 9y2 = 144

06) Beraldo espera ansiosam ente o convite de um de seus três amigos, Adal-
ton, Cauan e Délius, p a ra participar de um jogo de futebol. A probabili­
dade de que Adalton convide Beraldo p ara participar do jogo é de 25%,
a de que Cauan o convide é de 40% e a de que Délius o faça é de 50%.
Sabendo que os convites são feitos de form a totalm ente independente
entre si, a probabilidade de que Beraldo não seja convidado por nenhum
dos três amigos p ara o jogo de futebol é
a) 12,5%. : .
b) 15,5%.
c) 22,5%.
d) 25,5%.
e) 30%.

Probabilidade de convidar Beraldo:


Adalton = 25% = 0,25
Cauan = 40% = 0,40
Délius = 50% = 0,50

Probabilidade de Beraldo não ser convidado:


p = (1 - 0,25) x (1 - 0,40) x (1 - 0,50) = 0,75 x 0,60 x 0,50 = 0,225 - 22,5%

175 Raciocínio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

07) Um sistema de equações lineares é chamado “possível” ou “compatível” quan­


do admite pelo menos uma solução, e é chamado de “determinado” quando a
solução for única e de “indeterminado” quando houver infinitas soluções. A
partir do sistema formado petos equações, X - Y = 2 e 2 X + W Y = Z, pode-se
afirmar que seW = - 2 e Z = 4, então o sistema é
a) im possível e determinado.
b) im possível ou determinado.
c) im possível e indeterminado.
d) possível e determinado.
e) possível e indeterminado.

X- Y= 2
2X + WY = Z
Sendo W = -2 e Z = 4, o sistema fica assim:
X —Y = 2
2X —2Y = 4

Observe qne a razão entre os coeficientes~ 3 * r = \ ) indica sistema


possível e indeterminado. De outra forma, observe que a 2a equação é a pri­
meira multiplicada por 2.
Logo, é a mesma equação. Portanto, só existe uma equação a duas in­
cógnitas X - Y = 2.
Esta possui uma infinidade de soluções.

08) Em uma circunferência são escolhidos 12 pontos distintos. Ligam-se


quatro quaisquer destes pontos, de m odo a formar um quadrilátero. O
número total de diferentes quadriláteros que podem ser formados é:
a) 128.
b) 495.
c) 545.
d) 1.485.
e) 11.880.
Como na união de dois pontos, tanto faz que seja o segmento AB ou o seg­
mento BA, que é o mesmo, temos um caso de combinação (a ordem dos ele­
mentos não determina um novo grupo).
c - A l - 12.11.10.9 „ 4Qc
~ P4 ~ 4-3*2*1

Paulo Quilelli 176


Prova 18 - Técnico de Finanças e Controle/SFC/2000

09) As rodas de um automóvel têm 40cm de raio. Sabendo-se que cada roda
deu 20.000 voltas, então a distância percorrida pelo automóvel, em qui­
lômetros (Km), foi de
a) 16km.
b) 16 n km.
c) 16 n z km.
d) 1,6.103n km.
e) 1 , 6 . 1037r2km.

A cada volta que uma roda dá ela percorre linearmente uma distância igual
à sua circunferência retificada.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é:

C=2n R

onde C é o comprimento da circunferência, R é o raio e n é uma constan­


te aproximadamente igual a 3,14.
Neste caso, R = 40 cm, logo, C - 2 x n x 40 = 80 n cm
1 volta corresponde a uma distância percorrida de 80 n cm.
20.000 voltas será igual a: 20.000 x 80 n = 1.600.000 n cm que é igual a 16
n km.

10) Um triângulo possui seus vértices localizados nos pontos P(l, 4), Q (4,1)
e R(0, y). Para que o triângulo tenha área iguál a 6, é suficiente que y
assuma o valor
a) 2,5. .. .
b) - 3,7.
c) - 4,2. ’
d) 7,5.
e) 9,0.

Um processo prático para se achar a área de um triângulo em geometria


analítica é utilizar o algoritmo a seguir. Coloque as coordenadas de P na
primeira linha, na segunda as coordenadas de Q, na terceira linha as coor­
denadas de R e repita a primeira na quarta linha.

177 Raciodnio Lógico


Provas Comentadas da Esaf

1 4

4 x 4 = 16

0x1=0
+

1 x y ~y 0x4 = 0
y +16 4y + 1

Subtraia da soma dos produtos para a direita (4y + 1) a soma dos produtos
para a esquerda (y + 16). Esse é o valor de À :
À = 4y + 1 - (y + 16) = 4y + 1 - y -16 = 3y -15

A fórmula da área será: S = —|ÃJ

~-| À | = 6 /. |A | = 12

É suficiente que y assuma o valor 1 ou o valor 9.

Gabarito:
01. A
02. D
03. A
04. C
05. B
06. C
07. E
08. B
09. B
10. E

Pauio Quiielli 178

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