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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí

Campus Picos
Curso de Licenciatura em Física

Aula: O Átomo Nuclear


Curso de Introdução à Física Moderna
1º semestre, 2018

Prof. Me. Emanuel Veras de Souza


O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica

• Por volta de 1910, acumularam-se muitas evidências experimentais de que os átomos


continham elétrons (partículas que compunham os raios catódicos e conduziam a
eletricidade). Por exemplo: espalhamento de raios X por átomos e o efeito fotoelétrico.
• Mas os átomos eram neutros. Portanto, deviam possuir uma quantidade igual de carga
positiva igual à carga negativa.

Modelo de J. J. Thomson (1910)


Modelo de Thomson: previa uma
Os átomos seriam compostos deflexão pequena das partículas a
por elétrons pontuais,
distribuídos numa massa de
carga positiva uniforme:
Modelo do “pudim de
passas”.
O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica
Modelo de J. J. Thomson (1910)
Características do modelo:
• Em um átomo que esteja no seu estado de menor energia possível, os elétrons
estariam fixos em suas posições de equilíbrio.

• Em átomos excitados (por exemplo, átomos em um material a alta temperatura), os


elétrons vibrariam em torno de suas posições de equilíbrio, assim de acordo com a teoria
eletromagnética, emitiam radiação.

• Devido ao fato que os elétrons possuíam uma massa muito pequena, se comparadas
coma as partículas alfa, a deflexão nessas partículas seriam muito pequenas.

• E com a distribuição uniforme da carga positiva sobre todo o volume do átomo, esse
também não poderia causar uma repulsão coulombiana intensa o suficiente para grandes
deflexões.
O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica

Arranjo de uma experiência


de espalhamento de partículas
alfa

Deflexão de uma partícula alfa após


atravessar um átomo segundo o modelo de J.
J. Thomson. O ângulo θ ( < 10−4 rad)
especifica a deflexão da partícula 𝛼.
O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica
Modelo de Rutherford:
• Ernest Rutherford (1911): Era ex-aluno de J.J. Thomson e descobriu a estrutura
nuclear do átomo. Primeiro experimento de colisão de partículas sub-atômicas.

Rutherford observou grandes deflexões,


sugerindo um núcleo duro e pequeno
Ernest Rutherford
(1871 -1937)
Nobel de Química: 1908
𝑟 = 10−10 𝑚 ⟶ 𝜃 ≅ 10−4 rad (Thomson)

𝜃 ≅ 1 rad ⟶ 10−14 m (Rutherford)


O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica
• Rutherford então propôs um modelo no qual toda a carga positiva dos átomos estaria
concentrada numa pequena região do seu centro: o núcleo.
Os elétrons, ficariam orbitando em torno deste núcleo: Modelo “planetário”.

Com isso, o espalhamento é então devido à força repulsiva coulombiana que age na
partícula alfa carregada positivamente e o núcleo também carregado positivamente.

• Entretanto, estes elétrons em órbita


estariam acelerados (aceleração centrípeta).
Assim, segundo o eletromagnetismo,
deveriam emitir energia na forma de
radiação eletromagnética, até colapsarem
para o núcleo!
Como fica a estabilidade do átomo?
O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica
Trajetória hiperbólica de Rutherford, Usando a mecânica clássica,
mostrando as coordenadas polares 𝑟, 𝜑 usando a força de Coulomb,
e os parâmetros b e D. Estes dois podemos obter a equação da
parâmetros determinam completamente trajetória da partícula alfa
a trajetória, em particular o ângulo de
espalhamento e a distância de maior
aproximação R.

Partícula alfa

Equação da hipérbole em coordenadas polares

𝜃 = ângulo de espalhamento

b = parâmetro de impacto Núcleo


O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica
Relação entre o parâmetro de impacto
b e o ângulo de espalhamento:

Número de partículas alfa espalhadas


entre Θ e Θ + 𝑑Θ

I = número de partículas alfa incidentes


t = espessura da folha
𝜌 = número de núcleos por cm³

Seção de choque diferencial de


espalhamento Rutherford
O Átomo na “Antiga” Mecânica Quântica

Ilustração da definição de
seção de choque diferencial
𝑑𝜎/𝑑Ω.
A estabilidade do átomo nuclear
Os resultados experimentais das previsões do modelo nuclear de Rutherford para o átomo
deixaram pouco espaço para dúvidas em relação à validade desse modelo.

Porem algumas questões a respeito da estabilidade de um átomo surgiram para esse


modelo.

• Ao supor os elétrons em um átomo são estacionários, não existe arranjo estável que os
impeça de cair no núcleo (atração coulombiana)
• Os elétrons carregados estariam constantemente acelerados em seu movimento em
torno do núcleo, com isso irradiando energia de acordo com a teoria eletromagnética
clássica.
• O espectro contínuo da radiação emitida durante esse processo não está de acordo com
o espectro discreto, que se saber ser emitido por átomos.
Espectros atômicos - átomo de hidrogênio
Estudo do espectro emitido por gases:
Espectros atômicos – átomo de hidrogênio
O espectro do átomo de hidrogênio
𝐻𝛼 𝐻𝛽 𝐻𝛾 Essa série foi capaz
n = 3 para 𝐻𝛼
de prever o
n = 4 para 𝐻𝛽
comprimento de onda
n = 5 para 𝐻𝛾
das nove primeiras
linhas da série.

4 linhas no visível
Johann Balmer - 1885

Posteriormente: mais séries (UV/IV): Lyman (1906-1914);


Paschen (1908); Brackett (1922), Pfund (1924), etc...
Espectros atômicos - átomo de hidrogênio
Curiosamente, todas as linhas observadas tinham um  satisfazendo:
Série para átomos de elementos alcalinos
(Li, Na, K, ...)
1  1 1 
 R 2  2  1 1 1
 m n  𝜆
=𝑅
(𝑚 − 𝑎) 2

(𝑛 − 𝑏)2

onde m é um número inteiro que é fixo para a série considerada, n é um inteiro


variável, a e b são constantes para a série considerada e R é denominada
constante de Rydberg para o elemento considerado, que vale R = 1,097373  107
m -1 (empírico).
Hoje: R é uma das constantes físicas conhecida com maior precisão:
R =1,0973731568525(73) 107 m-1 (7 partes em um trilhão!)
Espectros atômicos - átomo de hidrogênio
O Modelo Atômico de Bohr (1913)

Motivação experimental:
410 434 486 656
Experimentos de espectroscopia de
átomos de H apresentavam raias
(linhas) espectrais discretas: Série (nm)
de Balmer

1  1 1 
 RH  2  2 
 2 n 
n=3, 4, 5, ...
Niels H. D. Bohr
RH =109737,3 cm-1 (1885 -1962)
Nobel de Física: 1922
O Modelo Atômico de Bohr (1913)
Considerando o experimento de espalhamento de Rutherford e as ideias de
“quantização” e da existência dos fótons, Bohr introduziu o seu modelo para o
átomo de hidrogênio, baseado em quatro postulados:

a) Um elétron em um átomo se move em uma órbita circular em torno do núcleo sob


influência da atração coulombiana entre o elétron e o núcleo, (mecânica clássica).

b) Em vez da infinidade de órbitas que seriam possíveis segundo a mecânica clássica, o


elétron só pode se mover em órbitas que apresentem momentos angulares L
“quantizados”:

L  n n  1,2 ,3 ,....
O Modelo Atômico de Bohr (1913)

c) O elétron, apesar de estar constantemente acelerado, fica em órbitas “estacionárias” e


não emite radiação eletromagnética. Portanto, a sua energia total E permanece constante.

d) Radiação é emitida se um elétron, que se move inicialmente numa órbita de energia Ea ,


muda para uma órbita de energia menor Eb. A freqüência f da radiação emitida é dada por:

Ea  Eb
f 
h

Em outras palavras, na transição do estado a para o estado


b o átomo emite um fóton de frequência f.
O Modelo Atômico de Bohr (1913)
Considerando o núcleo em repouso, a força elétrica no v
elétron é dada por -e, m
e2
1
F 
40 r 2
+e

Para uma órbita circular:


2 2
e 1 v
m
40 r 2
r h 0 2
2
rn  n
Se L  rmv n  me 2

v
e L  n rm Quantização das órbitas!
O Modelo Atômico de Bohr (1913)
Portanto, Bohr prevê que as órbitas têm raios:
h 0 2
2
rn  n ou rn  r0 n 2
 me 2

h 0
2 v
com r0   0,5291 Å (raio de Bohr) -e, m
 me 2
+e

mv 2
 e 2
 e 2
Mas: E  K  U       
 40 r  80 r
2 e2 1 v2
m
40 r 2
r
Assim, a energia total das diferentes órbitas será dada por:
me 4 1 13,6
En   2 2 2   2 eV
8 0 h n n
O Modelo Atômico de Bohr (1913)
As freqüências emitidas nas transições seriam:

E n  E n´ me  1
4
1  me4 1
En   2 2 2
f nn'   2 3 2  2 8 0 h n
h 8 0 h  n n´ 
1 me 4  1 1   1 1 
  2 3  2  2   RH  2  2 
n  n ' 8 0 h c  n n´   n´ n 

Portanto, Bohr prevê que:

me4
RH  2 3  109737 cm 1 (constante de Rydberg)
8 0 h c
sendo um êxito para a sua teoria!
O Modelo Atômico de Bohr (1913)
• O modelo de Bohr explicou as raias
espectrais conhecidas para o átomo de
hidrogênio e mostrou que deveriam existir
outras, fora do espectro visível.

Balmer
 
Interpretação das regras de quantização
• O sucesso do modelo de Bohr, medido por sua concordância com as experiências, foi
certamente muito impressionante.

• Porém a questão da relação entre a quantização de Bohr do momento angular de um


elétron se movendo em uma órbita circular e a quantização de Planck da energia total
de um ente, ainda estava em aberto.

• Em 1916, obteve-se uma melhor compreensão sobre o tema quando Wilson e


Sommerfeld enunciaram um conjunto de regras para a quantização de qualquer sistema
físico para o qual as coordenadas fossem funções periódicas do tempo.

• Essas regras incluíam tanto a quantização de Bohr como a de Plack como casos
especiais.
Interpretação das regras de quantização
Para qualquer sistema físico no qual as coordenadas são funções periódicas do tempo,
existe uma condição quântica para cada coordenada. Estas condições quânticas são

𝑝𝑞 𝑑𝑞 = 𝑛𝑞 ℎ

onde 𝑞 é uma das coordenadas, 𝑝𝑞 é o momento associado a essa coordenada, 𝑛𝑞 é um


número quântico que toma apenas valores inteiros, e significa que a integração é
tomada sobre um período da coordenada 𝑞.
Interpretação das regras de quantização
Uma interpretação mais física da regra de quantização de Bohr foi dada em 1924 por de
Broglie.

A quantização de Bohr para o momento angular pode ser escrita como

𝑛ℎ
𝐿 = 𝑚𝑣𝑟 = 𝑝𝑟 =
2𝜋

onde p é o momento de um elétron em uma órbita possível de raio r.

Considerando o comprimento de onda de de Broglie

ℎ𝑟 𝑛ℎ
= ⟶ 2𝜋𝑟 = 𝑛𝜆
𝜆 2𝜋

com n =1, 2, 3,...


Interpretação das regras de quantização
As órbitas possíveis são aquelas nas quais a circunferência da órbita pode conter exatamente
um número inteiro de comprimentos de onda de de Broglie.

Modelo atômico de de Broglie


Ondas de de Broglie estacionárias
para as três primeiras órbitas de
Bohr.
O Modelo Atômico de Sommerfeld
• Uma das aplicações importantes das regras de quantização de Wilson-Sommerfeld é o
caso de um átomo de hidrogênio no qual se supõe que o elétron possa se mover em
órbitas elípticas.

• Sommerfeld fez esse estudo em uma tentativa de explicar a estrutura fina do espectro
do hidrogênio.

• A estrutura fina é uma separação das linhas espectrais em várias componentes


diferentes, que é encontrada em todos os espectros atômicos.

• Assim, o que pensávamos ser um único estado de energia no átomo de hidrogênio, pelo
modelo de Bohr, consiste na realidade de vários estados que têm energias muito
próximas.
O Modelo Atômico de Sommerfeld
Algumas órbitas elípticas de Bohr-Sommerfeld. O número quântico n é definido como
Número quântico principal
𝑛 = 𝑛𝜃 + 𝑛𝑟

Como 𝑛𝜃 = 1, 2, 3 … e 𝑛𝑟 = 1, 2, 3, …,
n pode tomar valores

𝑛 = 1, 2, 3, … .
Número quântico azimutal

A energia total do
elétron depende apenas
de n. As várias órbitas
caracterizadas por um
mesmo valor de n são
ditas degeneradas.
O Modelo Atômico de Sommerfeld
Sommerfeld mostrou que a energia total de um elétron em uma órbita caracterizada
pelos números quânticos n e 𝑛𝜃 é igual a

A quantidade 𝛼 é um número puro, chamado de constante de estrutura fina. Cujo


valor é
O Modelo Atômico de Sommerfeld

Regra de seleção para as


transições possíveis.
Transições observadas no
espectro do átomo de
hidrogênio

Transições não encontradas


no espectro do átomo de
hidrogênio.
Evolução dos modelos atômicos

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