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Lucio (Costa AR QUITETURA Jose OLympio EpDITORA et Evisho CONCEITUAGAO. A hist6ria da arte mostra que a arquitctura se patte integrante fundamental no processo da ctiagao artisti- ca como manifestagio normal de vida. Ela engloba, portan- \do-se, entio, manidade, E to,a propria historia da arquitetura, const por assim dizer, no “ através dela, atsavés das coisas belas que nos ficaram di sado, que podemos ref 05 itinerérios percorridos nessa apaixonante can na busca do tempo perdido, mas ao encontro do tempo que ficou vivo para sempre porque O que caracteriza a obra de eterna presenga na cise d a distingio entre essén e origem, porque nesta diferen sare. 6.6 BIALIQTECAY gio preliminar reside a chave do e verdadeiramente arte. UITETURA Se é indubitével que a origem da arte € inteessada, pois a sua ocorréncia depende sempre de fatores que Ihe sto alheios — o meio fisico ¢ econdmico-social, a época, a técnica utilizada, os recursos disponiveis € © programa escolhido ou imposto —, nfo é menos verdadleiro que na sua esdéncin, naquilo por que sc distingue de todas as de- mais atividades humanas, € manifestagfo isenta, porquan- to nos sucessivos processos de escolha.a que afinal se reduz a elaboragio da obra, escolha indefinidamente renovada entre duas cores, duas tonalidades, duas formas, dois partidos igualmente apropti escola ltima, ela tio-s6 — arte pela a ados 20 fim proposto, nessa ste — intervém € opta. Conquanto manifestagao natnral de vida e, come tal, parte integrante ¢ significativa da obre conjunta elabora- da pelo corpo social a que pertence, esse carter suiginris da criagio artistica dificulta a sua abordagem pelas siste- matizagies filocientificas, ea tomna, por vezes, reftatéria 208 enquadramentos filopartidérios. B que, enquanto @ criagio cientificaé parcela revelada de wma totalidade sem- CONCEITUAGAO Py pre maior que se furta as e balizas da delimitagio inteligé- |, ndo pas: ic passando portanto o cientista de uma espécie di intermediério credenciado do homem com os d fend lemais fend- menos naturais — donde o fundo de humildade, af id, lade, afctada ou verdadeit ra, peculiar & sua atitude — a criagh riagio artfsti- a, ou melhor, o conj © conjunto da obra criada por um deter crmi- nado artista, se consti todo auto- re, cele 'a, se constitui num sodo auto-suficiente, e el : —o proprio arti é legit préprio artista — é legitimo criador desse mundo parte e pessoal, pois nio e ia antes, ¢ idéntico na I ; a nao sc refarg jamais, Data vaidade inata, ap. ‘A personalidade de todo artista arente ou velada, inerente a autenticamente criador. Nio cabe indagat, com intengées discriminatéria gat, Ss S, ara quem o artista trabalha”, porq , a servigo de uma causa o u de alguém, por ideal ou por interesse, ele traba tha semy Pre apenas, no fundo — quando verdadeira mente artista —, para si mesmo, pois se alimenta da prépria cria. mi Ps » Pi propria cri $40, muito embora anse ee pelo estimulo da repercussio ¢ aplauso como pelo ar que respira, + ‘Amais tolhica das artes, a arquitetura é, antes de mais ~~ 5 nada, construgéo: , «io; mas construgio concebida com 0 propé ( r sRQUITETURA i is t ¢ ordenar o espago para de~ st primordial de ongnizare ndenar epago par nclo a deverminada intensa. E nesse proceso findamental de organizar, ordenat ¢ express ela se eel igulmente npr, porquanto nos inumesives problemas com ques defrontao arqui- teto desde a germinagio do projeto até a conclusio efeti- va da obra, hé sempre, para cada caso especifico, certa margem final de opgioente os limites — maim e mt 10 — determinados pelo célculo, preconizados pela i fun- técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela gio ou impostos pelo programa, cabendo entic 20 sa tment individual do arquteto — como anit, portanto — escolher, na escala dos valores contidos entre tais li- mites extremos, a forma plisticaaproprida a cada por menor em fungio da unidade dltima da obra idealizada, A inno plist que sermelhante escola subentende é precisamente © que distingue a arquitetura da simples construgio. it i S= Por outro lado a arquitetuea depende ainda, nece: i: cic ico € sariamenté, da épora da sua ocorréncia, do meio fisico 20 CONCEITUACAG social a que pertence, da vinica decorrente dos materiais empregados e, finalmente, dos objetivos visados ¢ dos ‘curses financeiros disponfveis para a realizasto da obra, 01 Se); do pregrama proposto, Pode-se entio definie 4 Atquitetura como construgio concebida com 0 Propésito de or- danizar e ordenar plasticamenteo espago¢ os volumes decorrentes, em funcio de uma determinada época, de unt determinado meio, de ma determina téeniea, de us determinada programa e de uma determinada intengao, Assim, portanto, se, por um lado, arquitetura nio é ‘ots suplementar usads para enriguear mais ou menos o edificio, nao € tampouco a simples satisfagio de imposi- Ses de ordem técnica ¢ funcional, Fruto de intuigz0 tnstantinea ou de procura paciente, para que seja ver- dadeiramente aruitetua & preciso que, além de satisfazer Tigorosamente — e 6 assim — a tais imperativos, « intengio de outra ordem e mais alta acompanhe pari pass @ trabalho de criagéo em todas as suas fases. Nfo set de sobrepor a precisfo de uma obra tecnicamente peefei- 4 a dose julgada convenience de gosto artistic, Aque ar L ARQUITETURA, tengio deve estar sempre presente desde o infcio, sele- cionando, nos menores detalhes, entre duas ¢ teés solu- ges posstveis ¢ tecnicamente corretas, aquela que mio desafine —-antes, pelo contririo, melhor contribua, com a sua parcela minima, para a intensidade expressiva da obra total. Enquante satisfaz apenas as exigencias técnicas € funcionais, nfo é ainda arquitetura; quando se perde em intengSes meramente decorativas, tudo nao passa de ce- nografia; mas quando — popular ou erudita — aquele que a ideou péra e hesita ante a simples escolha de um espagamento de pilares ou da relagio entre a altura e @ argura de um vio, e se detém na obstinada procura de uma justa medida entre cheios € vaios,na fixagio dos volu- mes ¢ subordinagao deles a uma lei, e se demora atento 0 jogo dos materiais ea seu valor expressivo, quando tudo isto se vai pouco a pouco somando em obediéncia aos mais severos preceitos técnicos € fancionais, mas, também, Aquela intengio superior que escolhe, coordena e orienta no sentido da idéia inicial toda essa massa confusa € concertuacao fF contradiréri: dlicéria de pormenores, teansmitindo assim 20 con junto, ritmo, expressio, unidade ¢ clareza —o 0 que cc fere A obra o seu caréter de permanéacia — isto sim, é — isto sim, Or “t, em outros termos, como lembrete: are ra € quitetura € coisa para ser exposta dintepéri rquivetuta € coisa para ser concebicla como um todo orgdnico e funcional; are ce é coi: quitetura é coisa para ser pensada, desde o inicio, estruturalmente; ; ‘quitetura € coisa para ser encarada na medida das ‘idéias © do corpo do bore arquitetura é iquitetura é coisa para ser sentida em termos de es ago © volune; arquitecura é coisa para ser vivids

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