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Plantas Medicinais
INFORMAÇÕES SOBRE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS
ITAPEVA-SP
2015
Organização/Projeto Pedagógico Agricultores
Instituto Giramundo Ana Júlia Domingues
Ana Marta Barbosa
Camila Fernandes Fortes
Texto Ezil Antunes de Moura
Beatriz Stamato Fabiana Aparecida Lara
Fátima Chechetto Geovano Batista
Helen Aparecida Delfino
Suelyn da Luz
Ivonete Fagundes
Jicelia Aparecida Divino Domingues
Joseneia Lourenço Domingues
Ilustração/Programação Visual/Arte Final Juliana Carvalho dos Santos
Joel Nogueira Luzimar Apolinário dos Santos
Luiz Ribeiro Madalena Barbosa Oliveira Melo
Maria Augusta Batista
Maria de Fátima Camargo
Comissão Gestora APL Fito Itapeva Maria de Lurdes Silva Dias
Luiz Fernando Tassinari Maria Lucia de Oliveira
Francine Campolim Moraes Maria Nazaré da Silva Carvalho
Patricia Apolinário Marilena Lopes de Oliveira
Jicélia Aparecida Divino Domingues Marli Donizete Delfino
Rodrigo Machado Moreira Neuci Martins da Costa
Beatriz Stamato Patrícia Apolinário
Glauco de Kruse Villas Boas Regiele Nunes Pereira
Thiago Monteiro Mendes Rodrigo Francisco Delfino
Angelita Ibanhez de Almeida Oliveira Lima Selma Aparecida Pereira
Sérgio Luis da Silva
Rosilene Martins Viel
Sheila Fabiana Batista
Sonia de Fátima da Silva Gomes
Tereza Mariano Pereira
Instituições colaboradoras Terezinha Silvério Pinto
Ministério da Saúde (DAF/SCTIES) Valdineia Aparecida Fernandes
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ITAPEVA Vandir Aparecido de Lima
COOPLANTAS Vani Fernandes Fortes
GIRAMUNDO MUTUANDO Vanilda Aparecida Camargo
FIOCRUZ Zilda Carolina da Silva
UNOESTE Ednylson Franzosi
Índice
Apresentação 05
1. O que é saúde? 08
8. Referências Bibliograficas 36
Apresentação
05
ancestrais, do cuidado com o próximo, da solidariedade, da oportunidade e do
valor social através do coletivo. Esses motivos me fizeram estudar e me
apaixonar pelas plantas medicinais e respeita-las.
Então, aprimorar os conhecimentos sobre as plantas medicinais,
utilizadas na cura das doenças muito tem a contribuir com o desenvolvimento
de novas pesquisas, na promoção da saúde e ainda na obtenção de novas
formas farmacêuticas.
Desse modo, entende-se que a saúde deva elencar, em suas referências,
a valorização aos conhecimentos e as práticas vivenciadas pelas comunidades,
construindo-se, um conceito subjetivo, particular e peculiar para cada pessoa e
grupo intimamente ligados com a qualidade de vida tão esmerada. Além disso,
tem sido referido que o planejamento das ações em saúde necessita considerar
as diferentes práticas de cuidado, valorizando as diferenças culturais.
Portanto, a presente cartilha tem como um dos objetivos, recrutar os
praticantes dessa medicina como aliados na organização e implementação de
medidas para melhorar a saúde da comunidade, bem como os profissionais da
saúde que vislumbram ampliar seus conhecimentos, assim, reafirmam a
necessidade da informação para os trabalhadores da saúde e também para os
usuários, enfocando o uso racional das plantas medicinais e fitoterápicos.
Espero que esta cartilha sirva, também, para integrar os conhecimentos
científicos ao conhecimento popular/tradicional, valorizar e legitimar o espaço
das comunidades, despertar para o cultivo das plantas medicinais gerando
renda, saúde, qualidade de vida, autonomia e sustentabilidade, estimulando o
cuidado e amor à vida e ao próximo.
Patrícia Apolinário
06 Plantas Medicinais
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Visão Holística
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Plantas medicinais, fitoterápicos e medicina caseira
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Na fitoterapia pode-se utilizar a planta medicinal e/ou o fitoterápico. As
plantas produzem substâncias responsáveis por uma ação farmacológica
ou terapêutica, que são chamados de princípios ativos. Quando falamos
“planta medicinal”, estamos nos referindo a uma espécie vegetal,
cultivada ou não, utilizada com o propósito terapêutico (RDC 26/2014).
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Plantas medicinais, fitoterápicos e medicina caseira
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A “ECOLOGIA DE SABERES” compartilha do pensamento de
que não existe um único saber válido para o cuidado da saúde
e o uso comunitário de plantas medicinais. O saber
comunitário e popular sobre plantas, baseado nas tradições
culturais, pode ser visto como uma possibilidade de
aproximação, inclusive de profissionais da saúde e usuários.
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2001 Para que novas políticas públicas neste setor fossem aprovadas,
muitas pessoas colaboraram, por meio de recomendações em Conferências
Nacionais de Saúde, de Assistência Farmacêutica e Fóruns Nacionais, como o Fórum
Nacional para a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que
aconteceu em Brasília, em 2001, e contou com a participação de aproximadamente
400 profissionais de diversos segmentos, e o Seminário Nacional de Plantas
Medicinais, Fitoterápicos e Assistência Farmacêutica, também em Brasília, em 2003,
com profissionais de diferentes áreas e representantes de comunidades.
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Mesmo tendo conquistado novas políticas públicas precisamos
fortalecer e ampliar a participação popular e o controle social, com medidas
que possam resgatar e valorizar o conhecimento tradicional e promover a troca
de informações entre grupos e usuários, pessoas com conhecimentos
tradicionais ou populares, técnicos, trabalhadores em saúde e representantes
da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, assim como a
preservar e conservar estes recursos naturais, criando hortos de espécies
medicinais, com o apoio do trabalho da população visando à geração de
emprego e renda.
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Plantas medicinais, fitoterápicos e medicina caseira
LATITUDE
SOLO
UNIDADE RELATIVA
DO AR
TEMPERATURA
ALTITUDE
COMPRIMENTO DISPONIBILIDADE DE
DO DIA ÁGUA E NUTRIENTES
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Como as plantas medicinais serão usadas para a promoção ou
recuperação da saúde, é fundamental que estejam livres de
agroquímicos, advindas de um sistema agroecológico, que contribua
para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, do ponto de
vista técnico, ambiental, social e econômico.
A produção e
beneficiamento das
plantas medicinais deve
seguir as normas para que
o produto tenha
qualidade!
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FORMAS DE PREPARO
Chás
Uso interno – Na prática, utiliza-se 5 (cinco) gramas de
planta seca ou de 10 a 15 (dez a quinze) gramas de planta
fresca para 500 ml (meio litro) de água.
Uso externo em compressas ou limpeza de ferimentos - Na
prática, utiliza-se 10 (dez) gramas da planta seca ou 20
(vinte) gramas de planta fresca para 200 ml de água.
Infusão (para flores, folhas tenras e frutos tenros)
• Colocar a planta em uma xícara.
• Despejar a água fervendo sobre o chá.
• Abafar por 15 minutos.
A infusão deve ser usada no mesmo dia da preparação
Decocção
(Chás à base de sementes, caules, raízes, folhas e frutos
mais duros)
•Colocar água fria em um recipiente.
• Despejar a planta.
•Ferver por 10 minutos com o recipiente tampado.
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Plantas medicinais, fitoterápicos e medicina caseira
Xarope
O xarope pode ser feito com calda de açúcar ou mel de abelha,
usando uma medida do chá para uma medida do mel ou
calda. Para que o xarope não fermente, guardar em recipiente
limpo, fechado e em geladeira, de preferência, ou em local
fresco. Usar este preparado por no máximo sete dias. Sempre
observar se aparecem grumos brancos no xarope (mofo), sinal
de coalhada ou cheiro azedo. Se isto acontecer, não usar.
Gargarejo e bochecho
Preparar o chá por infusão e decocção. Tampar e deixar
em repouso por 15 minutos. Coar e fazer o gargarejo ou
bochecho.
Cataplasma
Preparar o chá por decocção. Ainda quente, acrescentar
FARINHA farinha, fazendo uma papa. Colocar sobre um pano
limpo, observar se não está muito quente e aplicar sobre a
região afetada.
Compressa
Embeber um pano ou pedaço de algodão no chá ou sumo
da planta. Aplicar na área afetada. Pode ser quente ou fria.
Banho
Preparar o chá por infusão ou decocção. Depois de coado
colocar o chá em uma bacia e fazer o banho.
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a. ALCACHOFRA
Nome científico: Cynara cardunculus var. Scolymus
(L.) Fiori
Nomes populares: alcachofra
Família - Asteraceae
Origem e descrição botânica – originária da região do
Mediterrâneo. Planta herbácea que atinge até 1,50m de
altura. Folhas grandes, de cor verde claro, coberta por
penugem branca. Inflorescência em capítulo.
Indicações – dispepsia (alivia males gástricos).
Parte usada - folhas
Propriedades: colagoga (aumenta a contração da
vesícula biliar, ajuda o trabalho da bílis) colerética
(ativa a produção da bílis) depurativa.
Uso interno: 1 colher de sopa para 1 xícara de chá de água fervente. Tomar 1 xícara
após as refeições.
Precauções: Não se deve usar na gravidez e em mães que estão amamentando por
conter substâncias amargas.
Pode provocar dermatite de contato.
b. AROEIRA
Nome científico: Schinus terebinthifolia Raddi
Nomes populares: aroeira
Família – Anacardiaceae
Origem e descrição botânica – Árvore de pequeno a
médio porte, alcançando até 9m de altura, Originária da
América do Sul (Argentina, Brasil e Paraguai). Folhas
compostas, com 7 a 13 folíolos verdes, flores pequenas
branco-esverdeadas dispostas em inflorescências.
Frutos pequenos, redondinhos, rosados a
avermelhados.
Indicações – Inflamação vaginal, leucorréia
(corrimento vaginal), em caso de hemorragias,
problemas de pele, erisipela.
Parte usada - cascas
Uso: O chá pode ser utilizado como antisséptico em feridas expostas, sendo que seu óleo
essencial tem ação antimicrobiana contra um amplo espectro de bactérias, fungos e vírus . O
chá de aroeira é indicado para distúrbios respiratórios, dentre outras condições de saúde. Para
uso tópico, o óleo da planta é eficaz contra micoses, candidíases e outras infecções
vulvovaginais. Além disso, possui ação regeneradora dos tecidos, sendo útil em escaras,
queimaduras e problemas de pele em geral por ajudar na cicatrização. Pode ser incorporado em
loções, géis ou sabonetes. Para o uso em banhos, as cascas da aroeira podem ser fervidas em
água para aliviar sintomas de reumatismo. Como compressas intravaginais, o extrato aquoso
das cascas de aroeira, na concentração de 10%, promove a cura de cervicite e cervicovaginites
em cerca de 3 semanas. Para gargarejos e bochechos no caso de dores de garganta e
gengivites, deve-se cozinhar em 1 litro de água, 100g da entrecasca limpa e seca. Nos casos de
azia, úlcera e gastrite, utilizar os frutos cozidos por 2 vezes, cada vez com meio litro de água e
beber em doses de 30 ml, duas vezes ao dia.
Precauções: O uso medicinal das preparações de aroeira deve ser feito com cautela, pois há
possibilidade do desencadeamento de reações alérgicas na pele e mucosas devido à sua seiva
irritante.
Propriedades: cicatrizante, hemostática, adstringente,antimicrobiana.
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c. BABOSA
Nome científico: Aloe vera (L.) Burm. f.
Nomes populares: babosa, aloé, erva de azebre,
caraguatá.
Família – Xanthorrhoeaceae
Origem e descrição botânica - planta de origem
africana de aproximadamente 60 cm de altura, folhas
suculentas, dispostas em rosetas, lanceoladas, com
dentes espinhosos nas margens, com interior com
tecido mole e viscoso, caule duro, achatado e
grosso. Flores amareladas.
Propagação – março/abril ou setembro a
novembro. Propagação através de sementes ou rebentos.
Espaçamento: 80 cm x 50 cm
Solo e adubação: Prefere solos bem drenados, fertilidade média, levemente argilosos e
boa exposição solar. Adubar com 2 kg/m² de esterco de curral ou composto orgânico.
Colheita: colher as folhas a partir de 6 meses a um ano após o plantio, de preferência no
verão. Permite até 3 cortes. Deve ser replantada a cada ano.
Indicações: como cicatrizante, no tratamento de queimaduras, em afecções da pele,
seborreia (caspa), queda de cabelo.
Parte usada - folhas
Propriedades: anti-inflamatória, bactericida, cicatrizante.
Uso externo: utiliza-se o sumo mucilaginosos recém-tirado das folhas. No caso de
queimaduras e cicatrizações aplica-se diretamente ou com uma parte cortada da própria
folha. Antes de ser cortada, a folha deve ser limpa, lavada.
d. CALENDULA
Nome científico: Calendula officinalis L.
Nomes populares: calêndula, bem-me-quer,
maravilha
Família – Asteraceae
Origem e descrição botânica – Planta anual,
originária do Egito e cultivada em todo o mundo.
Atinge cerca de 50 cm de altura. Tem folhas
grossas, pilosas, inteiras e flores amarelas à
laranja, tipo capítulo. Floresce quase todo o
ano, resiste a geadas e secas. Vegeta em vários
tipos de solos. É planta anual, com cerca de 35
a 70 cm de altura. As folhas são inteiras ou
ligeiramente denteadas. As flores são amarelo de cor amarela a alaranjada,
com diâmetro de 4 a 5 cm.
Colheita: colher as flores a partir do 3º mês, quando estiverem desabrochadas.
Indicações – Inflamações e lesões, contusões, queimaduras, assaduras por fraldas.
Parte usada – flores.
Propriedades: antisséptica, anti-inflamatória, cicatrizante.
Uso externo: Colocar 5 g das flores secas em 1 copo ( 200 ml) de água fervente e
abafar. Lavar ou fazer compressas nas lesões.
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Plantas medicinais, fitoterápicos e medicina caseira
e. CAMOMILA
Nome científico: Chamomilla recutita (L.)
Rausch.
Nomes populares: camomila, maçanilha
Família – Asteraceae
Origem e descrição botânica – Planta anual,
originária da Europa e cultivada em todo o
mundo, produzindo bem em clima temperado,
não tolera secas e calor em excesso. Atinge até
50 cm de altura, com folhas muito recortadas e
flores reunidas em capítulos.
Indicações – cólicas intestinais, ansiedade,
inflamações da boca e gengiva, má digestão,
assaduras por fraldas, brotoejas, conjuntivite, erupção dentária de bebê.
Parte usada – flores.
Propriedades: anti-inflamatória, analgésica, digestiva, cicatrizante,
antiespasmódica.
Uso interno - infusão: colocar 5 g de flores secas para meio litro de água. Para
bebês usar 1g para 240 ml ( 1 mamadeira). Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.
Uso externo – 5g em 1 copo de água (200 ml)
f. CAVALINHA
Nome científico: Equisetum arvense L.
Nomes populares: cavalinha, rabo de cavalo,
bambuzinho
Família – Equisetaceae
Origem e descrição botânica – planta originária
da Europa. Possui caule ereto verde de
aproximadamente 1 m de altura. Apresenta estrias
e é impregnada de sílica. Folhas pequenas, em
forma de escamas. Não produz flores, nem
sementes. A reprodução é feita através de esporos
que ficam na parte final do caule reprodutivo.
Indicações - Edemas por retenção de líquidos,
remineralizante.
Parte usada – caules vegetativos.
Propriedades: diurética, remineralizante.
Uso interno - Chá decocção: 1colher de sopa do caule picado em 1 xícara de água
em fervura, ferver 10 minutos e abafar durante 15 minutos. Tomar 1 xícara 2 vezes
ao dia.
Precauções: Não tomar após as 17 horas. Usada em excesso, causa irritação
gástrica; no sistema urinário e ainda reduz a vitamina B1 no organismo. Pessoas que
sofrem com insuficiências cardíaca ou renal, tem os sintomas dessas doenças
agravados ao ingerirem o chá, portanto, não devem tomá-lo.
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g. CURCUMA
Nome científico: Curcuma longa L.
Nomes populares: cúrcuma.
Família – Zingiberaceae
Origem e descrição botânica – erva de
tamanho mediano, ereta, aromática, anual, de
origem asiática. Folhas grandes, alongadas,
flores amarelas e dispostas em espigas. Possui
rizoma com cheiro característico de cor
vermelho alaranjado.
Colheita: de 8 a 10 meses depois do plantio,
quando a parte aérea começa a amarelar e secar.
Indicações – auxilia a digestão, prisão de ventre
por mal funcionamento da vesícula, úlceras, artrite e artrose.
Parte usada – rizomas.
Propriedades: digestivo, anti-inflamatório
Uso interno: eliminar cuidadosamente a parte externa do rizoma antes de
cortá-lo em pequenos pedaços, imediatamente antes do uso. Devem ser
tomadas 3 porções de cinco gramas que podem ser incluídas na alimentação
em mistura com frutas e verduras.
h. GARRA-DO-DIABO
Nome científico: Harpagophytum procumbens D.C
Nomes populares: garra do diabo
Família – Pedaliaceae
Origem e descrição botânica – Planta selvagem,
frequente no deserto de Kalahari e no sul da África.
Tem flores tubulares de cor malva ou vermelho
violeta, os tubérculos secundários possuem
"ganchos” que agarram nas pessoas.
Propagação – por sementes, na primavera.
Solo e adubação: cresce geralmente em condições
muito áridas.
Colheita: os tubérculos são desenterrados do solo, no
final da estação de chuvas. Após a coleta, são fatiados rapidamente para a secagem,
para que não apodreçam ou embolorem.
Indicações - dores articulares, processos inflamatórios articulares, gota.
Parte usada – tubérculos.
Propriedades: analgésica, ainti-inflamatória.
Uso: É efetivo para reumatismo e artrites. É ainda relatada como uma
alternativa ao uso de anti-inflamatórios. O chá geralmente é preparado
adicionando 1 colher de sopa de tubérculos picados em 1/2 litro de água
fervente. Podem ser consumidas de 2 a 3 xícaras de chá por dia, evitando o
consumo à noite, devido ao efeito diurético.
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Plantas medicinais, fitoterápicos e medicina caseira
i. GENGIBRE
Nome científico: Zingiber officinale Roscoe
Nomes populares: gengibre, mangarataia.
Família – Zingiberaceae
Origem e descrição botânica – Planta
originária da Ásia e cultivada no Brasil. É
herbácea, perene, ereta atingindo cerca de 50
cm de altura. Suas folhas são simples e possui
inflorescências com flores de cor branco –
amarelo-esverdeadas. Possui rizomas, com
cheiro forte e sabor picante.
Indicações - enjoo, náusea e vômito da
gravidez, de movimento e pós-operatório.
Dispepsia em geral, afecções das vias respiratórias ( gripe, resfriado,
inflamação da garganta).
Parte usada – rizomas.
Propriedades: estimulante, digestiva, anti-inflamatório.
Uso interno – decocção: colocar 2 colheres de café em 150 ml de água. Utilizar
uma xícara de chá de 2 a vezes ao dia.
Precauções: Em caso de presença de cálculos biliares, utilizar somente com
acompanhamento médico. Evitar uso em pacientes que estejam usando
anticoagulantes, com desordens de coagulação, irritação gástrica e hipertensão,
especialmente em doses altas. Evitar o uso em menores de 6 anos.
j. GUACO
Nome científico: Mikania glomerata Spreng.
Nomes populares: guaco, erva de cobra, uaco.
Família – Asteraceae
Origem e descrição botânica – planta nativa do
Brasil e em campo aberto é sensível a geadas. É
trepadeira, perene, apresenta ramos lenhosos com
grande quantidade de folhas de coloração verde
intensa com formas ovaladas a oblongo -
lanceoladas. As flores têm coloração branco-
creme.
Indicações - bronquite alérgica e infecciosa, tosse,
gripe, resfriado (expectorante).
Parte usada – folhas
Propriedades: broncodilatador e expectorante
Uso interno - Infusão: Colocar 5g das folhas secas ou 3 a 4 folhas verdes em meio
litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia. Xarope: com folhas verdes: preparar
uma calda com 7 colheres de sopa de açúcar para 200 ml de água ( 1 copo), após
apurar; acrescentar 15 folhas frescas picadas e abafar por 1 hora ( não ferver mais).
Filtrar. Colocar em recipiente limpo. Para crianças – uma colher de chá, 3 a 4 vezes ao
dia. Para adultos – 1colher de sopa, 3 a 4 vezes ao dia.
Precauções: Não usar em crianças menores de 2 anos. Pode causar sonolência.
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l. HORTELÃ PIMENTA
Nome científico: Mentha x piperita L.
Nomes populares: hortelã pimenta, hortelã,
menta.
Família – Asteraceae
Origem e descrição botânica – Planta
originária da Europa, sendo cultivada em todo o
Brasil. É uma erva, com cerca de 30cm de altura,
semiereta. Possui ramos verde-escuros a roxo-
púrpura.
Indicações: O chá de hortelã-pimenta contém
várias propriedades, principalmente para o
sistema digestivo, uma vez que a hortelã possui
vitaminas do complexo B, cálcio e potássio, que auxiliam na digestão quando o
mesmo é tomado após as refeições, além de ser útil para pessoas que estão com
ataques de diarreia, cólicas, dores de barriga ou problemas estomacais. Fazer
gargarejos com o chá de hortelã melhora o hálito e pode ajuda a combater
dores de garganta.
Parte usada – folhas e sumidades floridas.
Propriedades: digestiva, anti-inflamatória, antiespasmódica.
Uso interno – infusão: colocar 5 g de folhas secas em meio litro de água.
Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia. Podem-se fazer bochechos e gargarejos.
Precauções: Não usar a planta em casos de obstruções biliares, danos hepáticos
severos, cálculos biliares e durante a lactação.
m. MARACUJÁ
Nome científico: Passiflora alata Curtis
Nomes populares: maracujá, maracujá doce, flor da
paixão.
Família – Passifloraceae
Origem e descrição botânica – planta originária da
América Tropical. Ocorre no Brasil, da Bahia a Santa
Catarina. É trepadeira com caule quadrado,
folhas ovaladas, flores avermelhadas com roxo,
fruto ovóide.
Propagação – planta-se de setembro a novembro, e
sua propagação se dá por sementes que darão
mudas a serem transplantadas em locais próximos a cercas ou espaldeiras,
para que a planta possa subir.
Indicações – ansiedade, insônia e como calmante suave.
Parte usada – folhas.
Propriedades: calmante
Uso interno – infusão: Colocar 5 g de folhas secas em meio litro de água. Tomar 1
xícara 3 vezes ao dia.
Precauções: O uso pode provocar sonolência. Doses elevadas podem causar efeitos
tóxicos no fígado e pâncreas.
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Referências Bibliográficas 7
36
Informações
www.mutuando.org.br
Apoio
Realização
www.peagade.com.br