Вы находитесь на странице: 1из 9
Colegio ‘vIDAS FAMOSAS iNdo Esquecam 0 Amor!" — A Paiado de Masimitiano Kolbe — André Frossard Agostinho de Hipona — Carlo Cremona Harl Mara: Vida e Pensamento — David Metetian W) ‘Ao rman ca ‘abate CiP.Bresi catatgayco-efonte Sindicato Nacional day Batorer de eros, CH Metatieo, David MBs enti, MEE, vide @ yensamento David Motatiry tendugto de ane a Clea, on Oe, Ven 10. “olegia Vidhe famonss) Fraduelo de: Kat] Mane: nis te and. thought etos ogre 40 aan eis SEN msgoomes 1, Marg, Warl,sasiae2 — ogres, 2. Reon ‘mie maria. Tilo, HE. Sere cop — 09.988 met pu — 2 dears, x nom 0.88 Capitulo 3 BRUXELAS Quando voltamos a nos reunir em Brurelas na las na primar vera de 1845, Marr ja havia desenvolvido os principals aspectos de sua teoria materialista da historia. Agora nos pusemmos a elaborar a nova teoria nas mais diversas diregdes, tela F. ENGELS, Historia da Liga Comunista, MEW, XXU, p. 212. I. A CONCEPCAO MATERIALISTA DA HISTORIA Beoxsras senza o tar ae Marx psios préximos txts ana De i ani rn MAE He ns ts ea tat pig mute Brornca, cana aie ope de mg cs el oleate © noe © uma oposigio liberal. A Bélgica era uma espécie de abrigo Dale Sanaa, 4 BORA, entoooai gee de expresso do que qualquer outro pais no continente sips, Man Spar cue tga er alo cone Fey to edocs cots Hla Os mutes en por ort Sa eget es ge do cae simples"; a cozinha nfo precisava ser mobiliada absolutamente 162 Jenny mesma arranjaria os utensilios, bem como as camas @ roupa de cama. Ela terminava: “O resto delxo para 0 sébio julgamento de meu nobre protetor; meu ultimo pedido ¢ ter uma especial consideracéo por alguns armérios; eles tém um papel muito importante na vida de uma donadecasa e sto objetos extremamente valiosos, nunca devem ser ignorados. Como podleriam os livros ser melhor guardados? Assim seja”.’ No comeco foi impossivel encontrar um alojamento satisfat so, Jenny chegou cerca de dez dias depois de Marx ¢ a fami lia viveu por um més na hospedaris Bois Sauvage. Entéo cles se mudaram para o antigo alojamento de Frefligrath, depois que ele partiu para a Suica. Finalmente em maio eles alugaram uma pequena casa com terraco na rue de I’alliance numa érea rural, de Ingua flamenga, na extremidade leste da cidade, onde ficaram por mais de um ano. Jenny verificou que estava grévida ao chegar_a Bru- xelas ¢ sua mie enviowlhe sua prépria criada, Helene Demuth, ‘uma prética jovem filha de um padeiro de uma aldela perto de ‘Trier, entio com vinte e cinco anos de idade, que fora criada na familia Westphalen desde onze ou doze anos de idade e que seria a companhelra constante, embora pouco mencionada, da familia até a morte de Marx.? No comeco Marx teve difi- culdade em obter permisséo de residéncia: as autoridades bel- gas estavam com receio de que ele publicasse uma versio res- suscitada do Vorwérts e também a policia prussiana estava fazendo pressio. Marx teve que mostrar as autoridades 0 con: trato que ele assinara para um livro sobre economia e polf- tica e declarou que estava vivendo do dinheiro da mulher en- quanto esperava pelo pagamento de direitos autorais. Somente depois de assinar uma promessa de se abster de toda ativi: dade politica cle finalmente obteve permissio de ficar. Em. outubro de 1845 Marx pensou em emigrar para os Estados Unidos, chogando a pedir permissao ao prefeito de Trier. Como a policia prussiana continuasse a pedir sua extradicio, Marx abandonou 2 nacionalidade prussiana em dezembro de 1845. ‘No entanto, os anos em Bruxelas foram provavelmente os mais felizes que @ familia Marx passou, Havia uma confor: tével fonte de renda proveniente da venda dos méveis e roupas de cama em Paris e dos 1.500 francos adiantados que Marx recebeu pelo seu livro a ser publicado. Além disso, ao saber de sua expulsio de Paris, Engels, junto com Hess e Jung, organizaram uma subsericio para ele “a fim de distribuir suas despesas extras entre nds todos comunisticamente”.> Este pelo J TAGS Sabet Gala na Silda do combéto igngate ets esata. Ve 1H, MONG, art” Mert und Prier pe IT. sceiageiieie aalaal Sones 0° Mane WW, BWI, p. 16 153 Tendon quase 1.000 frances, principalmente de amigos na nia, e Engels também pds & disposico de Marx Ge dei gutorais de seu proprio iro A Situagto da Classe Operiria os Inglaterra. Quanéo Engels se taidou pare Brusclas oe siugey uma easa prosima 8 da familia Marx, e Hess ¢ sum esteee Slope logo se mudaram para casts lado de ‘de Tape Siglo turin 0 papel de “tia” para os tlhos de Misse fice Gimham uma agradsvel cireulo de amigos, incluindo 0 posts For inand Freigrath © um jomalista.soclalisa, Nac! Heotten o Jenny lembrava com prazer suas tardies nos alegres eafee da cidade.* Joseph Wesdemeyer, um ofici ce vtiiasla com Ge aecimentos soctelisias, quo tia umm amigo de Mars yor tote 4 Wide, descroveu um’ de seus pusselos No Comego. Ae, 19ie Para coroar nossa lovers, Mare, Welling. ¢ euahao Ge Nea ¢ eu passamos a nolte jogando cartas. Welling fol'S primers & se cansar. Marx e eu passamos algumas horas num sofa 6 no dia seguinte, em compania de sua esposa ¢ do cuahear, Yagibundenmas da manera agradsvel mais Imagindvel De we hi eedo fomos a um café, depots tomanos 0 tioim bare Tn Jeworde, uma aldela préxima, onde almocamos, Bethan, muito tlegres, e voltemos de trem” As saidas eram apenas descansos de 8 Ge intensa stividade infelestual, No dia em aue tit do Done Marz assinou um contrato com Karl Leske, um editor progres: sista de Darmstadt, para um livro @ ser intitulado Uma Critica Ga Beonomia ¢ Politica terminado no vero de 1945. A parte econémica terla sido sem dtivida uma reelaboragio dos “Ma. nuseritos do Paris”. Até onde Marx chegou foi rascunhar um sumério para a metade politica que mostra que ele pretendia continuar os temas de sua Critica da Filosofia do Direito de Hegel @ os ensaios sobre A Quesido Judaica escrevendo uma cri. tic detalhada das instituicdes do estado liberal vistas como uum estdgio conduzindo para a aboligio tanto do estado como Ga sociedade civil.* Engels insistira com Marx mesmo antes de deixar Paris para terminar o livro pois “a mentalidade do Povo esti madura e devemos malhar o ferro enquanto esté quente”.’ Marx recebeu muitas cartes de pedidos de informa. 40 © encorajamento ¢ Engels até anunciou no New Moral World que estava sendo impresso.* Engels, quo estava na casa de seus pais em Barmen acabando seu A Situagio da Classe Operdria ‘na Inglaterra e em contato intimo com os socialistas a Beg QY MAR, “hort Slaton of an enttul Lite. sm Rem ne oe Sey "HEE = Reminiscences of 1 Seah, Sint Miter Po 6 ce 8 eeMiemt, th"b. ar! ST 1S 154 SS Sap renanos, produaia uma torrente constante de projetos editoriais. Em dois deles Marx concordou em colaborar: uma critica a Friedrich List como principal defensor da protecio aduanelra como um meio do garantir o desenvolvimento econdmico da Alemanha; e ume série de traduedes de socialistas utdpicos ‘com introdugées eriticas, comecando com Fourier, Owen, Mo- relly e 0s Saint-simonianos, Também estes projetos néo deram em nade. Pois Marx nunca fol um homem que pudesse ser apressedo em suas pesquisas; @ durante os primeiros meses em Bruxelas ele se enfurnou na biblioteca municipal para ler livros em francés sobre problemas econémicos e sociais num esforgo de entender mais plenamente a manera de operar da sociedade burguesa, os fatores que determinavam o processo histdrico geral e as possibilidades de emancipacéo proletéria, Engels disse mais tarde que, quando cle se mudou para Bruzelas no comeco de abril, Marx “j4 tinha saido destes prineipios (sto é, ‘que a politica e sua histdria devem ser plicadas partindo'se da situagio econémica e de sua evolu @ nfo inversamente’) para os princivafs aspectos de sua teoria materialista da histéria”’; e no prefécio & edicéo inglesa do ‘Manifesto Comunista ele escreveu que Marx ja tinhe elaborado sua teoria na primavera de 1845 “e a pds diante de mim em termos quase to claros quanto os que apresentel aqui." 0 tnico escrito de Marx deste periodo que sobreviveu sio as famosas onze Teses sobre Feuerbach corretamente chamadas por Engels “o primeiro documento em que o brilhante cerne na nova visio do mundo é revelada”."' Desde sua primeira lei- ture de Feuerbach no inicio da década de 1840 Marx nunca foi inteiramente acritico; mas tanto nos “Manuseritos de Paris” como na Sagrada Familiz Marx s6 tinha elogios para o “huma- nismo real” de Feuerbach. Marx estava agora se identificando demais como um mero discipulo de Feuerbach de cujas visées estéticas © anistdricas ele prontamente divergiria devido a uma erescente atengio que ele prestava & economia, Nas Teses sobre Feuerbach Marx deu um breve eshoco das idéias que cle ¢ ‘Engels elaboraram alguns meses mais tarde em A Ideologia Alemé. De qualquer forma A Ideologia Alea 6 uma das pri cipais obras de Marx, © pela critica a Feuerbach, o mais “se. cular” dos neo-hegelianos, que ele e Engels completaram nela 0 “acerto de contas com nossa consciéncia filosética enterioz” ”, um processo que durara desde a Tese Doutoral de 1841. 9, maw, xx, 202. 4 Mistérle da Lea Comunleta dy Trane ost tradanita em ane, ath of the Commritct Mynfeio ed, B, Strue, More. ant (exfe una tee isi racine Romito a Porie Coma, ng. oss Atwelo Nog, HP Boeck, Tuceis reuerbach und dor avsgang dor Wassischen Devtechn sstsophies” aay 0, pe fa. MAR. "Preficio © A Critique of Politica! Reanomy’. MESW, 1, p. Dé 155 AA primeira tese continha e esséncia da critica de Mang ao materialismo de Feuerbach: “O principal defeito de todo materislismo existente até agora (inclusive 0 de Feuerbach) ¢ Que as coisas, @ realidade, 0 sensualismo, é concebido apenas ha forma do objeto ou da contemplagio, mas néo como ati. vidade humane sensual, pratica, néo subjetivamente”.™ Na se. gunde tese Marx delineou suas idéias sobre a unidade entro teoria @ pritica: “A questio se a verdade objetiva pode ser aleangada pelo pensamento humano néo é ume questo ae teoria mas uma questdo prética, O homem deve provar a ver. Gaile, isto 6, a realidade e 0 poder, 0 seu lado prético do pen- samento, A discussio a respelto da realidade ou irrealidade do pensamento fsolado da prética 6 uma questéo puramente escoldstica”. * Na terceira tese Marx apontou as deficiénelas dos materialistas franceses do século anterior, que nio perceberam que seu prdprio pensamento era também parte do proceso histérico como o de qualquer outro: “Hsta doutrina materia. Usta a respeito da mudanca de cizounstincias e educagdo es. Quece que as circunstincias sio mudadas pelos homens e que, para educar, 0 educador é essenclal. Esta doutrina deve, por, tanto, dividir a sociedade em duss partes, uma das quais 6 superior & sociedade”.' Nas teses seguintes Marx declarou que Feuerbach estava correto ao reduzir a religiic a sua base secu. Jar; mas ele falhou ao explicar a existénela da religiao ¢ ela “sé pode ser explicada pelas divisées e contradiges dentro desta base scoular. Esta tiltima deve, portanto, em si ser en: tendids em sua contradi¢io © revolucionada na prética”. A tese final, e @ mais conhecida, diz: “Os fildsofos tém apenas interpretado o mundo de varias maneiras; 0 que importa é mudéo”, 7 A famosa déeims primeira tose sobre Feuerbach, © texto di: "Die Philosophen haben die Welt nur verschieden inferaretiert, ex kommt darauj an, sie su verdadern” ‘Tradugdo: “Os fdsofos apenss interpretaram 0 mundo de modos diferentes; (© importante agora € mudeio". HK, MARE © F. ENGELS, The Germen Zdsclopy. Moseou, 1858, 9. 6 158 ewrerent Nos trés meses que se seguiram 2 chegada de Engels, ele © Marx “se puseram a claborar a nova teoria nas mais diversas direcdes”.* Para Engels ela tomou a forma de uma ampla Historia da Sociedade inglesa e para Marx de sua Para @ Critica da Economia e Politica, Em julho de 1845 os dois fizeram uma viagem de sels semanas ® Inglaterra, Segundo uma carta posterior de Marx 2 seu editor, esta viagem foi feita exclusivemente a fim de pesquisar para seu livro.” A mator parte do tempo eles passaram em Manchester lendo obras eco- nomicas de escritores como Petty, Tooke, Cooper, Thomson e Cobbett na Antiga Biblioteca de Chetham. Muito mais tarde Engels ainda lembrava com prazer “o pequeno recanto e & eserivaninha de quatro lados & qual sentamos nA 24 anos. Gosto muito do lugar: por causa de sues janelas de vidros coloridos ld sempre esté bonito e parece iluminado pelo sol”. Na volta, Marx e Engels ficaram alguns dias em Londres onde eles so encontraram com o lider cariisia George Julian Harney, editor da mais influente publieagdo da classe operdria: The Northern Star. Engels também apresentou Marx aos lideres das organizagGes dos opersrias alemiies em Londres — conta- tos que se tornariam o centro das preocupacées do Marx no ano seguinte — e juntos eles participaram de um encontro dos lideres de varios grupos nacionais para discutir a funda- Go de alguma forma de asscciagio democritica internacional. Ela tomou a forma dos Democratas Fraternais em setembro de 1845," Enquanto Marx estava na Inglaterra Jenny fol passar dois meses com sua mae em Trier. A segunda filha deles, Laura, era para nascer no fim de sotembro e Jenny prolongou sua estada tanto quanto possivel a fim de fazer companhia & Sua mie solitéria, Ela escreveu a Marx quendo ele voltou da Inglaterra: Hd muito a ser feito na pequena casa. De qualquer forma, no inverno no so necessdrios muitos quartos. Quando eu tiver terminado o trabalho maior no andar superior, mudarameei novamente para o andar de baixo, Entio vocé poderé dormir em sou atual escritério e armar a tenda no grande salio. Lé 6 bom. Entéo o barulho das criancas fica isolado embaixo, Voc8 nfo sera perturbado em cima, possa me juntar a voos nos 28. B ENGELS, ‘Wilda de Liga Commies’. MEW, XXX, p, 12. Hin; STRUIK, 31, Sobre sluney 2 ge Dlewenratas Vesterais rp tame a. SCHOEN, The hte Cnaeage, Lanaees, 1658, 9 kis; 9- BRAUNTHAL, Miter of the Tuareticat, Eoates, er, E's, 187 smomentos sossegados e podemos manter a sala em alguma ordem. De qualquer modo, uma boa lareina com acessérios deve ser instelada no quarto assim que Possivel. Isto é assunto de Breuer, pois ninguém aluga um quarto que seja impossivel de aquecer... Do resto eu cuidarei mais terdo... Depois de voltar da Inglaterra os estudos séoleecond- micos foram interrompidos por sus deciséo de escrever uma critica definttiva dos Jovens Hegelianos. Numa carta, explicativa a Leske ele escroveu: “Pareceu-me muito importante que uma obre polemizando contra e filosotia alema © o attial socialis: mo alemfo precedesse rains interpretagéo positiva. Isto é ne. cessério a fim de preperar o piiblico para o ponto de vista de minha economia que € aiametralmente oposta & antetior abor. dager intelectual alemi”.* A Sagrada Famtia néo reelizara isto: ela fora eserits antes de Marx ter desenvolvido sua abor- dagem sistematiesmente materiatista da histéria, Alm. disso, Bauer publicara uma répliea & 4 Sagrada Familia na qual Mar € Engels foram rotulados de “dogmiticos feuerbachianos” ®; © em novemibro de 1844 outro Jovem Hegeliano, Max Stirner, publicara O 290 e sew Proprio, uma obra andrquieo-existen. cialiste de extraordinério poder e tascinagio que estigmatizava todas as toreas que oprimiam e humanidade, tanto religiao como Uberalismo e socialismo, como ilusGes das quals os ho- mens deviam se lvrar, recusendo qualquer forma de autose- etificto © se entregando 2 um egoismo consciente.™ Marx © Engels naturalmente eram alvo de forte critiea de Stimer como discfpulos comunistas de Feuerbach, A Ideologia Alemd era entfo imaginada ‘em primeiro lugar como uma obra que tor nesse claros os desentendimentos entre Marz e Engels e Feuer. Dach, @ também para tratar finalmente com as mais recentes Jlltimas — manifestacées do ideatismo Joven Hegeliano, 0 “criticismo puro” de Bauer e o egoismo de Stirner © livro foi iniciado no final de setembro de 1845 com uma longa critica de Feuerbach — “o tinico que pelo menos fez algum progresso”” — na qual serlam inseridas as eritices a Bauer e Stimer. Por volta de abril de 1946 estas criticas tinham se tornado um grande livro, o qual foi preparado para B Seohy Mare’ Mace clado em £, DOBNEMANN, Jenny ator, 5. Bh My 2 Lesh, wat seein 9 ea oxo Ma ADEE "Gonrmnste Lidhie Peustbech', Wiendslertatarachris, 1 ‘ern, MagQN Stor em gor, ver R. PATERSON, The Wihititic Bpoist — ster BES MARX ¢ F. ENGELS, The German Ideology, 158 publicacio e levado & Alemanha por Weydemeyer que se hos pedara com a familis Marx durante os primelros meses de ip46. A parte sobre Feuerbach, porém, ficou inacabada e, de fato, continha muito pouco sobre Feuerbach mesmo. © segun- do Yolume tratava das tendéneias socialistas correntes na Ale manha. Chegou a cerca de cem péginas apenas e o trabalho sobre 0 manuserito foi abandonado em agosto de 1846.” A parte de A Ideologia AtemG mais importante ¢ de longe a seco inacabada sobre Feuerbach. Marx ¢ Engels come- garam ridicularizando as pretensdes filoséficas dos Jovens He- gelianos os quais descreveram como “a putrescéncis do "spf- rito Absoluto” e caracterizaram da soguinte manciza: No caos geral impérios poderosos se ergueram epenas para encontrar a ruina imediata, herdis surgiram mo- mentaneamente apenas para serem lancados de volta na obscuridade por rivais mais ousados e fortes. Foi uma revolugio ao lado da qual a Revolugio francesa era uma brincadeira de crianca, uma luta mundisl a0 lado da qual as Iutas dos Diddocos parecem insignifi- cantes, Principios se expulsam mutuamente, herdis da mente se derrotam uns aos outros com inaudita rapt: doz, € nos trés anos que vio de 1842-45 foram elimi nadas mais coisas do pasado na Alemanha do que em outros tempos em trés séctilos. Supde-se que tudo isto tenha ocorrido no reino do pensamento puro.” © corpo principal da seco € entéo dividido om trés partes: uma exposicio gerel da abordagem hisiérice e mate- ialista em contraste com os Jovens Hegelianos, uma sndlise historica empregando este método, e uma descrigso do atual estado de sociedade ¢ seu futuro imediato — uma revolucko comunista. Marx © Engels comegavam apresentando sua posicio Beral, que merece citacdes extensas pois é a primeira exposi- 40 concisa do materialismo histérico: As premissas com as quais comeamos nfio so arbi trérias, nfo sio dogmas, mas premissas reais das qusis, a abstragio s6 pode ser felta na imaginacio. Comega- mos com homens individuais reais, sua atividade e as condicées materiais sob as quais eles vive, tanto 122, Sobre 2 eeeuneinsie que sersamam a camposiaio © 9 desing do A Ieexogie Atoms, "rer g esto, endo” Go, ANDREAS CW MONE. eae “Disee Ae ‘SDelisenss adeologe "arog fue Sonagenahte YI (3a). WH MARK oF ENGELS, The German Teelegy. P- 2 159 aquelas que eles j4 encontram a ee: ee eee ee oy satiety, PES M$ in mnane tuo es Daa a2 eae i Ge mata one ite SE sw Hci in yeaa a elon Goa oe eee Roe ae eee a ao obi" ean en fon no 2 gue Pil a ee er ee aaa eae oe Sendo a reprodugéo da existéncia fisica dos individuos. Ividuos, uma forma definida de expressarem sta vida sn definido modo de vida de sua parte, Porque indi. Marx © Engels chegaram a declarar que “o quanto as forgas produtivas de uma ‘nag ea nagdo esto desenvotvidas 9 arech do mais claramonte pelo grit a que fol levade @ deine a separagéo entre cidade e campo o em seguide 3 : & separecso gute trabalho industrial e comerelal, et, Depots de cone 9s diferentes estégios da propri m . aos esidgios na divisio do trabalho: propricands: Gates see priedade comunitirla © estatal, propriate , eel ow imdvel Marx e Engels resumiram suas conclustes ascime on we © fato ¢, portanto, que individuos a , , au ia Sf Drodutivamente ativos de una mane detisida cesses ah as 160 + nestas relagdes sociais e politicas definidas. A observa: fo empirica deve em cada caso separado delxar claro empirieamente, ¢ sem nenhuma mistifieagio e especula- Go, a conexio da estrutura social e politica com @ produgiio, A estrutura social e o Estado estio continua. Inente evoluindo a partir do processo vital de indivi duos definidos, mas de individtos, nfo como eles pos sam pareoer 8’ imaginaco deles mesmos ou de cuttes pessoas, mas como eles realmente sao; isto 6, como les operam, produzem materialmente, e por isso como cles trabalhm dentro de certos limites materiais det nidos, pressuposig6es e condig6es independentes da vontaie deles.”” Marx e Engels entio reiteraram sua abordagem gerel, declarando que a “conseléncia nfo determina a vida, mas @ vida determina a “conseléneia”*, e mostraram como a divisio do trabalho, conduzindo & propriedade privada, eriou desigual- dade social, luta de classe e 0 surgimento de estruturas po- litieas: A partir desta mesma contradigio entre o interesse do individuo e 0 da comunidade esta ultima toma uma forma independente como Estado, divoreiado dos inte: esses reals dos individuos ¢ da comunidade, e ao mes: mo tempo como uma vide comunitaria ilusdria, sem- pre baseada porém nos lagos reais que existem em toda familia e conglomerado tribal — tais como paren- tesco, Mngua, divisio de trabalho em escala maior outros interesses — especialmente, conforme explicare- mos melhor depois, nas classes, J4 determinadas pela divisfio do trabalho, que em toda massa de homens se estabelece, e pela qual um domina todos os outros. Se- guese disso quo as lutas dentro do Estado, a luta entre democracia, aristocracia e monarquia, a uta por privilégios, ete, so simplesnente es formas ilusérias ‘em que as verdadeiras lutas das diferentes classes sto travadas entre si. ‘Marx © Engels entfio levantaram a questio das “premis- sas” © repotiram sua critics aos Jovens Hegelianos que acha- vam que idéias filosdficas eram em si produtoras de revolu- Ges. Pelo contrério: 2 mo Bid, ». 3 6 Boa” 3 a 161 Estas condigdes de vida, que diferentes geragées encon. tam existindo, decidem se a convulsio revolucionsrin ue se repete Periodicamente sera suficlentementa forte ou no para destruir a base do sistema existente intel, 70. Se os elementos materiais de uma revoluiclo con pleta nao estiverom presentes (a saber, por um lado as forges produtivas existentes e, por outro, a criagic de uma massa revolucionéria, que nfo se tevolia apenas contra condigées isoladas da sociedade mas contra propria “produgio de vida”, a “atividade total” sobre a Qual se baseava), entéio, na medida em que se ratere a0 desenvolvimento pratico, $ absolutamente sem. in portincla se a idéia desta revolugio jé fol expressa uma centena de vezes, como o prova a histdria do comunismo, Desenvolventio as Teses de Marx, o texto continuava com uma passagem especialmente dedicada a Feuerbach. ‘To. mando como exemplo a cerejeira (importada para a Europa Por raeGes comerciais), Marx e Engels chamavam 2 elencto que um crescente numero de objetos no podia ser comproon. dido através de simples “observagdo” mas deviam ser eaten. Aidos como um resultado de evolugio social, industria e comer glo. Feuerbach, porém, “enquanto ¢ materialista, ndo tata de historia © enquanto considera a histéria ele nio é materialis. toe com pennuma ‘céia pode pretender ume validade eterna, objetiva. Elas mudavam de acordo com as mudancas das rela Ges sécio-econdmicas © se poderia ver que “as idéias da classe dominante séo em quaiquer época as idéias dominantes”, Seguia-se uma longa segio sobre a divisio do tra particularmente na Idade Média, e 2 transict. depois uma segio sobre a infltiénela de di Ra evolugéo des formas de estado, o sistema legal e as rele. ges de propriedade. A sec&o final era sobre 0 comunisme, {O comunismo”, jf tinha sido dito, “nfo 6 para nds um estate do coisas @ ser estebelocido, um ideal ao qual a realidado tora ue se ajustar. Denominamos comunismo o movimento reel que Tevoga © atual estado de coisas”. © “movimento real” diferia de todos os movimentos anteriores porque ale transtorna a base de todas as anteriores relagdes de produgéo e de convivéncia, e pela primeira vex trata vonsefentemente todas as premissas naturais como cria- Be, Ibi, Po & esse 162 eee eee Leet Marx dou dieso aqui foi tirado de uma comunidad rut tedade communists, onde ninguém tem tina estera Gaslusive de. afividade mas eada um pode. so. ternal abl em. quatqver campo que dest, sored re ula o produto garaloesen torn postive que {aga uma coisa hop e ouira eminhs, eace de mach, pesgue 20 melodia, eulde ao gado tarde, ext apés a janta, pois tenho uma mente, sem Bune = tomar cage, pseador, viel ot erie. Eats xidio du atiidado soci, stn consclidato do que née mesmos produzimos em um poder objetivo acime oe nds, crescendo fora de nosso controle, cue : esas enpedatvs, vada nossos eas @ nas, ttm dos principals stores no desenvolvimento histéra a8 sgora, Ao menos os meios para se atingir o fim estavam elaros. A segfo terminava com as palavras’ ari individues, Se 05 proletdrios querem se afirmar como uo eles terio quo abolir a propria situagho de sua existén cia até aqui (ae tem, além disso, sido a de toda, a Sociedade até agora), a sues) o trabalho, assim, eles fe encontram dietamente oposios & forma em qu, a6 i, os individuos de que ¢ composta a socie detain expressio coletiva, isto €, 0 Estado. Portanto, a fim de se afirmarem como individuos, eles devem destruir 0 Estedo, 163 le er em A Sagrada Familia e aqui se restri fas Pe pn ea a ee knee Sel a, a mate Its oi os St ea mx nc a et i es cme reas oe Fiagte mle, © Easels certomente no pouperam esforeos. o Trento, relfmaPago ocasional de brilho, mas o retrato (to. ml ces a ater oe ie en ets at Se snopes Sse Orn a ior Mars Eagan ita egoismo ao altrufsmo € ela mesma uma visio ‘superficial: Sera a ig nano ae ino pra sb ei ot Goto ori esse geral” 6 oriado por individuos que so definidos coma “pessoas prit ee Sse cme (as Pins be, ae ue é chamada “geral”, est4 constantemente ‘as a destrulefo. materiamente: dat erminada do de vida anterior materiaimente determines Co mee wus, com 0 dossparecimento do qual trbegs ott rece esta contradigio. unto’ com "ava ‘untiene BE Muses o Mars, Mave a Bagels teow, xxvit, po Ioplng iets Pe Ne USBROWIEZ, ah Mar ad Meade, ems nemyune Wan © r. eNaEts, re German iéeciony, p. a, 164 © ponto de vista de Stimer do poder como direito também nfo era suficiente: Gonsiderando-se 0 poder como a base do direito, como fazem Hobbes ¢ outros, entio direito, lel, otc, sio simplesmente os sintomas — a expresso — de outras relagées sobre as quais se apoia o poder do Estado, ‘A vida material dos individuos, que de modo algum dopende apenas da “vontede” deles, seu modo de pro- ducao e forma de convivéncia, que se determinam mu- tuamente — estas sflo as bases reais do Estado e con- tiuam sendo em todos os estégios em que @ divisio do trabalho e propriedade privada ainda sfio necessé- rias, completamente Independente da vontade dos indi- ‘viduos. Estas relagdes atuais de modo algum sao crie- das pelo poder do Estado; a0 contrdrio, clas sio 0 poder de cridlo, Os individuos que governam nestas condigées, além de terem de constituir seu poder na forma do Estado, devem dar a sua yontade, que é de- terminada por estes condigdes definidas, uma expres. sGo universal como vontade do Estado, como lei — uma expressao cujo contetido é sempre determinado peles relagdes desta classe, como a lei civil e criminal de- monstra da meneira mais clare possivel. © quae no fim do tivo havin elguas obsoragdes sobre a onganimgao do trabalho gal Stier alacave como Sendo autoritdria nas propostas de uma sociedade comunista, pois uma verdadeira abolicio da divisio do trabalho implicava em Gi cad um teria que fazer tiga. Mare e Engels replaran suis © ponto do vista deles nlo om "quo cada um fizasse thabatho’ de Rafal, mas que todos em que he urs Raft! po tonal pidssom 20 derenvoler som obstéclas™ Com a organizagéo comunista da sociedade (continua- Tain ees) despatece a subordinagto. do artista 8 os: trltena lool e Dacional, que singe Intlzamente ca a visio do trabalho, e também a subordinacao do artista Bm atte definde, devido «0 que ele © exclusive ‘oente um pinto, esillor, eo, 0 prdprio nem do sia atividade expressando bem a estreiteza de seu desenvol- mento. proissionl 2 sua dependencin a visio do teabaln, Na seiedade comonsta nfo hs pintores mas, quando muito, pessoas que se dedicam & pintura entre Outag”tividndes© $862 o sas Aas tals passagens sto broves intervalos de interesse numa polémica extremamente pombistica, © sezundo volume de A Ideologia Alea tinha um Man 2 guile mais atual, 0 soclalisino aleméo utdpico — que Mart. Engels chamaram’ de socislismo “yerdadsiro” ¢ que we gcasiéo dava forma a quase todo o pensamento social to Ale Fuuhs, Esta segio ora uma aplicagdo pratiea da discussie sone Feuerbach — pois @ maloris, dos socilistas “vecdadalros” cans Fartemente tnfluenciados pelo pensamento dele comme tanta verema tm do anarguismo de Stimer. Em elementos de en GagimO francés foi enxertada a idéia fouerbachiana de as egsincia humana “verdadeira”, genuina, que consistin fy Ont oie Ge uma atitude eltrufsta para com! os semelhantes, Os o> Guslistas “werdadelros” achavam que as idéias Uberals i eso de haat’ Movalizacéo © sentimento — par detrimento, some fo Marx Engels, do uma andlise histériea sadia, “© scccin Hetetdett0”, disseram eles, nfo é outza colsa senfo a trane, fguseto do comunismo proletinio, e dle seus partidos 2 scitey ne Franca ¢ Inglaterra, dentro do oét da mento aloah pais a dadelro sentimento slemfo".* Inevitavelmente, mum Pais tio estagnado como a Alemanha, eles substitiiam of cnte Seam Tevolucionério pelo smor universal da humanidade o Gontavam principalmente com a pequena burguesia. Os eenor fitlos de Mars © Engels sobre os “verdadoiros” soclallstes ox reneeontidos em tzés artigos de revista. O primelro atacava te Regalo anonime quo defendia o soctalismo filosético alemno if Feuerbach © Hess como oposto & rudeas do comin Zeneés © considerava o humanismo como a sintese de eben Feaetunda resonha atacava Karl Griin, um discipulo intima ae alem& que tinha sobre mim a vantagem do coe ae mesmo mio entendla nada dela”. Grin falhare om eae Raer OS Pontos ossonciais dos soctalistas franceses (ate Guando 0s plagiou) © concentrouse em noedes vagus ne. Cat Cho mano” em vex de estudar as relagdes ronis de prods Glo. © tereetro curto ensaio era sobre um doutor hake ie MO, £72 absolutamente um verdadeiro socialista, falso pregador suico do comunismo messignico, mas um 8. Bia. aut Bee eae, 166 4 sobre Feuerbach era Lic totape seri, ct Jona nis coir das bras Mare, Fol un temo fGao em iol o also nite dow srt « 0 7 fej gocialistas dominates a ley. Depols Sve, munca a st 1cepedo material ist ue Bessette, Coninte sono a cbreprina hej pla valde 0 oe de mun aprosentagso. Contud ficou desconhecida P er @ ilo. yuase um sécul i ‘ Desde 0 comeco de 1846 Marx e Engels cei oe on ert encontrar agus bene 4 elon Donk rdemeyer e@ Hess tiveram longas neg tee me. ee dois homens de negécios apenas a Eigmtasram com cera sodalomo © nha conto a levantar o dinheiro necessdrio; pelo ae De ee Doses enor: ort contcacos; 0 ance fl eva Polis fot lido eo pres ere sren pulse Separadamente, Os autores osogtraa gt Sus foros 8 Be de 1007, mee apenas © Gr fo pie fo fol devido As rigorosts ee aes eis rico fnandosiorentes 8 pun db obras Teens, crbore Aa achsse que as rena fee sate i dos editores a suas idéias. 1, eX a Re ants tarda, “aocadonamos o miguacriic ae ee ae setew de’ mun bom grado Pol toner ‘incipal objetivo: a compreensac nos BEA co teto, 0 mamnuscrio. come, ele schrevve tm consiferdveis tragos’ de dentes de ratos. ‘Marx no cota oa Gos nina rntoammie em a Hoooms¢ oti Ee fesie, seogesn vonesier 0. caulaate icici simne tam © tim oo pore ef distraido por sua polémica com Proudhon. fetes Resiztilan tovereto do i207 mas ainda om pore cou adlantaranto! Tt, WEITLING E PROUDHON Comm A Ietolve alend Mase « Boges eileen renges fundamentals com os dovens : Re ict tals coporeste = cout en zodtsas alratos cou ge» Army, MARE, The Psy of oy, 7. te anuser foi publicedo até, 1902, ete ta ete eaters eee Bd ‘ties ‘ances 167

Вам также может понравиться