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GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO
GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Alessandra Muylaert Archer
Frieda Marti
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Revisão
Alessandra Muylaert Archer
Boa leitura!
conteudistaS
Geraldo Mendes Gutian é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agu-
lhas Negras (AMAN); possui graduação em Engenharia Química pelo Instituto Militar de En-
genharia (IME); é pós-graduado em Engenharia da Qualidade pela Faculdade de Engenharia
Química da Universidade de São Paulo (FAENQUIL/USP) e mestre pela Universidade Federal
de Itajubá (UNIFEI-MG) com ênfase em Implementação de Sistemas de Gestão. É professor
da Cadeira de Administração da AMAN. Nas Faculdades Dom Bosco ministra a disciplina de
Administração Estratégica no Curso de Administração; as disciplinas de Gestão de Pessoas e
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Regional no Curso de Gestão Pública; a disci-
plina de Gestão Integrada de Recursos Humanos no Curso de Gestão de Recursos Humanos
e a disciplina de Química Tecnológica no Curso de Engenharia de Produção Automotiva.
Tem experiência na área de gerência de Recursos Humanos, planejamento estratégico, ma-
peamento, análise e melhoria de processos.
Edson Carmelo de Souza é bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Moacyr Sreder
Bastos. Possui pós-graduação em bases geo-históricas para o pensamento estratégico pela
Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME) e mestrado em operações militares
pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO). É professor da Cadeira de Administração
da AMAN. Tem experiência na área de planejamento estratégico e no mapeamento, análise
e melhoria de processos.
Alexandre Duarte de Paiva é graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN) e graduando em Administração na Associação Educacional Dom
Bosco (AEDB). Possui pós-graduação em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (EsAO) e cursa pós-graduação em Gestão pela Escola de Instrução Especializada
(EsIE) e Universidade Católica de Petrópolis (UCP). É professor da Cadeira de Administração da
AMAN. Tem experiência na área de gerência de recursos humanos e planejamento estratégico.
Weslei Jardim Batista possui graduação em Ciências Militares pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN); é pós-graduado em Operações Militares de Defesa Antiaérea e de
Defesa do Litoral pela Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (EsACosAAe) e em Opera-
ções Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Cursa pós-graduação em
Gestão pela Escola de Instrução Especializada e Universidade Católica de Petrópolis (EsIE/
UCP). É professor da Cadeira de Administração da AMAN. Tem experiência e cursos na área
de administração pública, gerência de projetos, gestão estratégica de pessoas e planos de
carreira, recursos humanos, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, planejamen-
to estratégico, análise e melhoria de processos, modelo de Excelência em Gestão, ética no
serviço público, gestão da qualidade e excelência no atendimento.
Índice
1. Introdução 09
6. BIBLIOGRAFIA 49
1 INTRODUÇÃO
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
2 Origens do governo
e da administração pública
Objetivos específicos
• capitanias
• comarcas
• termos
• freguesias
• bairros
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
A estrutura de governo inicialmente organizada em capitanias hereditárias,
Vice-rei: delegado ime- com a sua falência, foi substituída pelo Governo Geral, inicialmente insta-
diato do soberano, designado
para regularizar assuntos lado na Bahia, e que mais tarde viria a ser o Vice-Reino, quando já estava
relativos à religião, justiça, sediada no Rio de Janeiro. As capitanias eram administradas pelo governador
fazenda, tropa, agricultura,
navegação, comércio, política
ou capitão-general ou ainda capitão-mor. Por ser sede do Governo Geral, o
e outros que surgissem. governador do Rio de Janeiro também era chamado de [vice-rei]. Existiam as
capitanias gerais e subalternas, sendo que os governadores das primeiras exer-
ciam atribuições semelhantes às do vice-rei.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O Ministro do Reino atuava também como ministro assistente ao despacho
do gabinete e como presidente do Real Erário, instituição então destinada a
centralizar a gestão corrente das contas públicas.
Após dez anos no poder, D. Pedro I abdica do trono em favor de seu filho, então
com cinco anos de idade. Com essa mudança, assumiu o poder uma Regência A Regência Trina caracterizou o
primeiro governo após a que-
Trina, que enfrentou uma série de crises que terminaram por ensejar, em 1841, a
da do imperador D. Pedro I e,
declaração da maioridade do imperador menino, aos quinze anos de idade. em seus dois períodos (provi-
sória e permanente), tinha um
O período anterior à maioridade de D. Pedro II (1831 – 1840) ficou marcado representante de cada vertente
por diversas reformas constitucionais, que instituíram a Regência Una, aboli- política do país: os liberais, os
conservadores e os militares.
ram o Conselho de Estado, criaram as assembleias legislativas provinciais e o
cargo de presidente do conselho de ministros, conferindo maior estabilidade
ao governo imperial.
Diversos conflitos nos últimos anos do Império exerceram forte pressão sobre a A Regência Una teve início
monarquia, dentre estes, cabe destacar: em 1835 quando ocorreu a
primeira eleição para escolha
• O fim do trabalho escravo, que suprimiu uma das bases de sustentação do regente único, saindo do
pleito vitorioso o padre Diogo
da ordem imperial. Antônio Feijó. Essa Regência
durou de 1835 a 1837. Diogo
• O problema da autonomia das províncias.
Antônio Feijó foi sucedido por
• A Guerra do Paraguai. Pedro de Araújo Lima, cuja Re-
gência durou até 1840.
• O forte desequilíbrio das finanças.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Esse ambiente político conturbado foi a “mola propulsora” para o movimento
republicano. Segundo Kehrig (2005), vários republicanos, inclusive os de ori-
gens liberais, convenceram o Marechal Deodoro da Fonseca a liderar a procla-
mação da República em 15 de novembro de 1889.
De acordo com Lescura et. al. (2010), a administração do Brasil na era colonial
era centrada no rei e em seus conselheiros. As leis e as ordens não seguiam
uma sequência, não obedeciam a princípios uniformes de divisão de trabalho,
simetria e hierarquia, e não possuíam uma ordenação coerente. As determi-
nações de cunho particular eram as que definiam os rumos a serem tomados,
predominando os costumes e as tradições da nobreza e as decisões pessoais
do monarca, caracterizando a administração patrimonialista.
Esta falta de estrutura e de unidade fazia com que a esfera privada se confun-
disse com a pública. Segundo Holanda (1995), ocorria a invasão do Estado
pela família, de modo que os sentimentos relativos a esta, particularista e
antipolítica, predominavam em toda a vida social.
• Instituições metropolitanas;
• Administração central;
• Administração regional;
• Administração local.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Segundo Prado Júnior (1979), as principais características da administração
colonial são:
• Centralização;
• Ausência de diferenciação (de funções);
• Mimetismo;
• Profusão e minudência das normas;
• Formalismo e a morosidade.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Apesar das melhorias na estrutura administrativa, disfunções como a não
distinção entre a esfera econômica e política acarretavam a apropriação do
patrimônio estatal por parte dos representantes do Estado.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3 A organização dos poderes
Objetivos específicos
A “separação dos poderes” foi esboçada pela primeira vez na obra Política,
escrita por Aristóteles. O pensador já descrevia a existência de três funções dis-
tintas, exercidas pelo Estado como meio para se alcançar a felicidade humana,
mas exercidas por uma única pessoa. Eram elas: a função administrativa, a
legislativa e a judicial.
Montesquieu, em sua célebre obra O Espírito das Leis (De L’esprit des Lois),
admitiu que o homem investido de poder tende, inconscientemente, a dele
abusar até que encontre limites. Afirmou também que o poder só pode ser
limitado pelo próprio poder (“le pouvoir arrête le pouvoir”). Assim, sustentou a
necessidade de um outro poder ser capaz de limitar o próprio poder. Disse que
no Estado existem três poderes distintos: o Poder Legislativo (com a função de
legislar), o Poder Executivo (com a função de administrar) e o Poder Judicial ou
Judiciário (com a função de julgar). Importante afirmação feita pelo pensador
foi para o fato de que, num Estado, para que exista liberdade política, é impe-
rioso que estes três poderes não estejam reunidos na mão de um único órgão
(ALEXANDRINO e PAULO, 2009).
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Essa divisão é baseada no modelo de separação flexível do poder e também do
[sistema de freios e contrapesos] (checks and balances), no qual cada poder
exerce suas funções típicas e outras denominadas atípicas, visando garantir
o equilíbrio e a harmonia entre estes, sendo considerada como um aspecto
fundamental e estruturante do Estado brasileiro.
Sistema de freios e Visto isso, será apresentada uma visão particular de cada poder, com suas
contrapesos: sistema em que
cada poder deve ser autôno- características e funções, de acordo com a Constituição Federal de 1988.
mo e exercer determinada
função, porém o exercício
desta função deve ser con-
trolado pelos outros poderes. 3.1 Poder Legislativo
Utilizando este sistema, os
poderes são independentes,
O Poder Legislativo tem por função legislar, ou seja: ordenar ou preceituar
porém harmônicos entre si.
por lei, fazer leis. Deve, também, fiscalizar o Poder Executivo e julgá-lo, se ne-
cessário, além de julgar também os seus próprios membros. Cabe ressaltar que
o Legislativo também administra de acordo com suas funções atípicas.
I. Emendas à Constituição;
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
IV. Leis delegadas;
V. Medidas provisórias;
VII. Resoluções.
Cabe ressaltar que o Executivo também legisla e julga, de acordo com suas
funções atípicas.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
3.3 Poder Judiciário
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4 Os fatores culturais e históricos
da administração pública
Objetivos específicos
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
4.1 Administração pública
durante o período colonial
a) Expedições
O envio da carta ao rei D. Manuel de Portugal, escrita por Pero Vaz de Cami-
nha: o primeiro documento oficial sobre o Brasil foi um passo importante para
o início das ações da corte no Brasil, visto que descrevia o descobrimento, a
paisagem e os costumes dos habitantes da nova colônia para a Coroa. Essa
mesma carta apresenta um dos primeiros registros do patrimonialismo que es-
tava sendo instalado, quando Pero Vaz de Caminha pede ao rei uma colocação
para seu genro: “por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé
a Jorge de Osório, meu genro” (LESCURA et. al., 2010).
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
administrativas referentes à vida da colônia vinham da Coroa portuguesa,
determinadas pelo rei. A fim de manter a posse das terras, o enriquecimento
da Coroa e o povoamento da terra, a política adotada por Portugal era apenas
exploratória (Froes e Neto, 2013).
b) Capitanias hereditárias
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
O Marquês de Pombal, Sebas- De acordo com Costa (2008), o sistema não funcionou muito bem. Apenas
tião José de Carvalho e Melo
duas capitanias foram bem sucedidas: Pernambuco e São Vicente. A grande
(1699 –1782), nobre, diplo-
mata e estadista português, extensão territorial a ser administrada (e suas obrigações), a falta de recursos
tinha grande influência nas econômicos e os constantes ataques indígenas foram alguns dos motivos do
decisões do governo de seu
país. Entre 1750 e 1777 foi se- fracasso. Apesar da grande contribuição de seus donatários, fundando povoa-
cretário de Estado do Reino até ções e iniciando plantações nas diversas regiões, eles dificultaram e impediram
a morte de D. José I, em 1777.
o estabelecimento de estrangeiros no território. O sistema de capitanias heredi-
tárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
c) Governo Geral
De acordo com Froes e Neto (2013), alguns traços desse período perduram até
hoje na administração pública brasileira, entre os quais podemos citar:
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• A proteção contra a concorrência e o controle administrativo dos preços.
d) Vice-reino
Com a união das Coroas da Península Ibérica (Portugal e Espanha), não havia
muita preocupação com a divisa de terras entre as duas Coroas, o que facilitou
a incursão dos portugueses nos territórios espanhóis em busca de metais e pe-
dras preciosas. A grande preocupação em relação à defesa estava concentrada
contra os inimigos da Espanha (França, Inglaterra e Holanda), que tentavam
ocupar territórios no litoral da colônia.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
e) Reino Unido
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
foi implantada. O patrimonialismo, porém, continuava presente com as premia-
ções e reconhecimentos com cargos públicos.
Diversas mudanças, como as listadas a seguir, ocorreram com o Ato Adicional O Ato Adicional à Consti-
tuição do Império, de 12 de
à Constituição do Império, de 1834:
agosto de 1834, estabeleceu
• Criação de Assembleias Legislativas Provinciais em substituição aos Con- um conjunto de mudanças
que afetaram diretamente as
selhos Gerais das províncias, competindo-lhes legislar sobre a organiza- diretrizes da Constituição de
ção civil, judiciária e eclesiástica; 1824, aprovando uma série de
mudanças que refletiam bem
• Instituição da Regência Una (um regente), com a duração de quatro o novo cenário político sem a
anos de mandato; intervenção do poder régio.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Com o objetivo de combater as revoltas que estouravam em vários pontos do
país, em 1840 foi decretada a maioridade antecipada de D. Pedro II, então
com 15 anos de idade.
• Imigração de estrangeiros;
O Tratado de Paz e de Ami- Apesar das iniciativas e dos avanços, alguns temas, como a abolição da escra-
zade, Comércio e Navegação
vatura, a crise econômica causada pela Guerra do Paraguai, a saúde abalada
com o Paraguai foi assinado
em 1856 e permitia a passa- de D. Pedro II e o fato de o país ser a única monarquia no continente geravam
gem dos navios brasileiros um clima de instabilidade política que dava força ao movimento republicano e
pelos rios Paraná e Paraguai.
fortalecia-se, cada vez mais, a ideia de torná-lo uma república.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.3 Administração pública durante a República Velha
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
A Revolução de 1930 foi um também paulista Washington Luís, derrotando o gaúcho Getúlio Vargas. Essa
movimento armado, liderado
sequência de eventos acabou desencadeando uma intervenção do Exército,
pelos Estados de Minas Ge-
rais, Paraíba e Rio Grande do que veio a ser chamada de Revolução de 1930.
Sul, que pôs fim à Primeira
República Brasileira.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
De acordo com Wahrlich (1984 apud COSTA, 2012, p. 76), o DASP introduziu
as seguintes mudanças na administração pública brasileira:
• Administração orçamentária;
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
• O plano rodoviário que previa a ligação da capital com as capitais das
unidades federativas e vias de transportes ao longo da fronteira;
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.6 Administração pública durante a Quarta República
• A correção monetária;
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
5 Princípios, estruturação e
funcionamento da administração pública
Objetivos específicos
5.1 Fundamentos
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Os princípios da administração pública, expressos no Art. 37 da Consti-
tuição Federal de 1988 são:
• Legalidade: sempre agir de acordo com o que está previsto por lei.
• Regime de previdência;
• Licitações (obrigatoriedade);
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
5.2 Princípios constitucionais
da administração pública
a) Princípio da Legalidade
Como o próprio nome sugere, esse princípio diz respeito à obediência da lei. O
Princípio da Legalidade nos traz a ideia de que a administração pública só
pode atuar se existir uma lei que determine ou autorize aquele ato, devendo
obedecer estritamente o que estiver estipulado na lei ou, sendo discricionária
a sua atuação, observar os termos, condições e limites autorizados na letra da
lei. A principal diferença desse princípio entre a iniciativa privada e a adminis-
tração pública é que os particulares podem fazer tudo o que a lei não proíba.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
b) Princípio da Impessoalidade
Toda a atuação da administração pública deve ter como foco principal o inte-
resse público e a sua satisfação. O Princípio da Impessoalidade tem como
fundamento o postulado da isonomia (todos são iguais perante a lei), o que
impede que os atos administrativos sejam praticados visando interesses pessoais
do agente ou de terceiros, devendo ater-se ao que está previsto na lei. Com isso
são evitados favorecimentos, discriminações e perseguições aos administrados.
c) Princípio da Moralidade
d) Princípio da Publicidade
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
e) Princípio da Eficiência
• O princípio da autotutela;
Legalidade
Impessoalidade
Princípios Constitucionais
Moralidade
da Administração Pública
Publicidade
Eficiência
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
5.3 Funções do setor público
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A Administração Indireta, que compreende as seguintes
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria:
• Autarquias;
• Empresas Públicas;
• Fundações Públicas.
5.4.1 Autarquias
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
XIX – Somente por lei específica poderá ser criada autarquia
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade
de economia mista e de fundação, cabendo à lei comple-
mentar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Conforme o previsto no Art. 150, Inciso VI, letra “a”, e parágrafo 2° da Cons-
tituição Federal, as autarquias possuem imunidade tributária, o que veda a
instituição de impostos sobre o seu patrimônio, rendas e serviços que venham
a prestar, desde que estes estejam vinculados a suas finalidades essenciais, ou
a que destas decorram.
O Decreto-Lei nº 200/67, em seu Art. 6º, II, define empresa pública como:
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Empresas públicas, segundo Alexandrino e Paulo (2009), podem ser concei-
tuadas como pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração
indireta, instituídas pelo Poder Público mediante autorização de lei específica,
sob qualquer forma jurídica e com capital exclusivamente público, para a ex-
ploração de atividades econômicas ou para a prestação de serviços públicos.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
Alguns exemplos de fundações públicas são a Fundação Nacional da Saúde,
o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a
Fundação Nacional do Índio, entre outras.
União
Administração Estados membros
Pública Direta Distrito Federal
Municípios
Administração Pública
Autarquias
Segundo Carvalho Filho (2007, p. 289) o serviço público é toda atividade pres-
tada pelo Estado ou por seus delegados, basicamente sob o regime de direito
público, com vistas à satisfação de necessidades essenciais e secundárias da cole-
tividade. Esses serviços podem ser classificados como delegáveis ou indelegáveis.
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A Constituição Federal estabelece em seu artigo 142 que as Forças Armadas
destinam-se à defesa da pátria e à garantia dos poderes constitucionais. São,
portanto, o “braço armado” do Estado, responsável pela sua defesa e exercen-
do um serviço indelegável.
1. Agente Diretor.
a. Fiscal Administrativo;
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
c. Encarregado do Setor de Contabilidade (Contador);
a. Comandante de Subunidade;
b. Chefe de Serviços;
c. Oficiais em Geral;
d. Oficial de Dia;
e. Subtenente;
Comandante OM
(Agente Diretor)
Subcomandante
OM Setor Financeiro
(encarregado do
setor Financeiro)
Setor de
Aprovisionamento
(encarregado do setor
de Aprovisionamento )
1ª Cia (Cmt SU) 2ª Cia (Cmt SU) 3ª Cia (Cmt SU) CCAp (Cmt SU)
(Oficiais em Geral) (Oficiais em Geral) (Oficiais em Geral) (Oficiais em Geral)
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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O Exército Brasileiro e suas inúmeras Organizações Militares, como parte da ad-
ministração direta do Estado, possui funcionários civis e militares que em todo
momento trabalham com recursos materiais, financeiros do Estado e portanto,
são agentes executores diretos ou indiretos da administração pública.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
6 Bibliografia
Referências Bibliográficas
49
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual do Direito Administrativo. 18ª
ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
COSTA, Frederico Lustosa da. Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de
administração pública; 200 anos de reformas. Revista de administração
pública, Rio de Janeiro, v. 42, nº 5, out. 2008. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122008000500003&lng
=pt&nrm=iso>. Acesso em: 15 mai 2013. <http://dx.doi.org/10.1590/S0034-
76122008000500003>.
DIAS, REINALDO. Ciência Política. São Paulo: Editora Atlas, 1ª ed. 2011.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 1995.
Lescura, Carolina; Freitas Jr, Dionysio Borges de; Pereira, Roberto. Aspec-
tos Culturais Predominantes na Administração Pública Brasileira. Viço-
sa: II Encontro Mineiro de Administração Pública Economia Solidária e Gestão
Social — EMAPEGS, 2010.
50
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo:
Braziliense, 1979.
Leitura complementar
51
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - U1 A
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância
Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos
Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio
Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Lucas Feliciano
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO