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Marcelo Novelino
Direito Constitucional
Aula 01
ROTEIRO DE AULA
Constitucionalismo
1. Definição
a) Sentido amplo
b) Sentido estrito:
Karl Loewenstein, diz que a história do constitucionalismo “não é senão a busca pelo homem
político das limitações do poder absoluto exercido pelos detentores do poder, assim como o
esforço de estabelecer uma justificação espiritual, moral ou ética da autoridade, em vez da
submissão cega à facilidade da autoridade existente”.
2. Evolução histórica
Essa fase tem como principal característica a existência de constituições baseadas em costumes e
em precedentes. Até essa época não existiam constituições escritas.
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Essa experiência é o marco inicial do constitucionalismo. O Estado hebreu era um Estado
teocrático, isto é, nele os dogmas religiosos limitavam não apenas os súditos como também o
soberano.
Durante duas décadas, a Grécia foi um Estado político plenamente constitucional, aonde se
adotou a forma mais avançada de governo (democracia constitucional).
Aqui também foi adotada uma ideia de democracia parecida com a Grega. O modelo
conceitual de res pública advém do direito romano.
2.1.4. Inglaterra: Magna Charta (1215); Petition of Rights (1628); Habeas Corpus Act (1679); Bill
of Rights (1689) e Act of Settlement (1701).
Experiência estadunidense;
2. Controle de constitucionalidade;
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Note que através desta decisão é que surge o controle de constitucionalidade.
Experiência francesa
1. Constituição prolixa;
3. Separação de poderes.
O Estado de direito passa a ter uma sistematização coerente após as revoluções liberais.
=> Rule of Law, Rechtsstaat e État Légal (França); État du Droit = Verfassungsstaat.
=> Características:
I) Abstencionista;
A ideia de que um Estado que não intervenha nas relações, sociais, pessoais,
. laborais.
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II) Direitos fundamentais
Obs.> os outros direitos fundamentais não faz parte desse Estado de Direito.
No Estado de Direito ninguém está acima da CF, todos estão limitados pleno
ordenamento jurídico (inclusive o soberano).
Criada por Karel Vazak; difundida por Norberto Bobbio; Paulo Bonavides;
Direitos:
Direitos Civis
Têm um caráter negativo, por exigirem do Estado não uma atuação positiva, mas
sim, uma abstenção.
Direitos Políticos.
Constituição mexicana/1917;
Constituição de Weimar/1919.
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=> Características:
I) Intervencionista;
Alguns chamam de dimensão, pois a palavra “geração” traz a ideia de que a nova substituiria
a antiga, quando, na verdade, todas coexistem simultaneamente.
Valor: Igualdade;
O principal valor aqui é a igualdade material, ou seja, aquela que impõe aos poderes
públicos o dever de reduzir as desigualdades fáticas existentes. Aqui o Estado tem
que atuar positivamente.
Exemplo: moradia (direitos sociais); educação (direitos sociais), etc. o Estado tem
que atuar positivamente.
2.3. Constitucionalismo contemporâneo (fim da 2ª Guerra Mundial em diante – até os dias atuais).
2.3.1. “Neoconstitucionalismo”
2.3.2. Características;
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A constituição, na experiência estadunidense, sempre foi reconhecida como um
documento jurídico. Todavia, no direito europeu, até meados do século passado, era vista
como instrumento eminentemente político.
Esse modelo de Estado tenta sistematizar as conquistas dos dois modelos anteriores (Estado liberal e o
Estado social), e superar suas deficiências.
Pelo nome, pode-se perceber que a democracia é um forte componente dessa forma de Estado. Não
basta que haja uma limitação do poder pelo direito, é necessário analisar a legitimidade da fonte de
produção.
Porque alguns autores falam em Estado Constitucional Democrático? Porque Estado de Direito remete à
ideia de império da lei, enquanto aquele termo destaca o reconhecimento da força normativa da
constituição.
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I) Direitos fundamentais: efetividade/conteúdo;
A preocupação hoje é garantir a efetividade desses direitos, isto é, assegurar que sejam realmente
cumpridos e implementados.
Exemplo: a Constituição brasileira de 1969 previa colônia de férias para trabalhadores, mas não
existe nenhuma colônia de férias para trabalhadores, custeada pelo governo.
Essa limitação do Poder Legislativo antes era uma limitação meramente formal, Kelsen por
exemplo, quando da elaboração da Constituição Austríaca (1920), introduziu a ideia de controle
por um Tribunal Constitucional, mas apenas admitia o controle de aspectos formais (modo de
produção das leis).
Exemplo: art. 1.783 do CC (união estável). Pela redação do dispositivo, apenas pessoas de
gêneros diversos é que poderiam contrair a união estável. O Supremo Tribunal Federal, através
de uma interpretação conforme a Constituição, fixou um novo sentido para o dispositivo, de
modo a adaptá-lo aos valores consagrados no texto constitucional.
Existem vários direitos mencionados como direitos fundamentais de 3º geração. Não se trata
de um rol fechado, mas sim exemplificativo, de modo que outros direitos podem ser
classificados nessa geração.
o Direito ao desenvolvimento;
o Direito ao meio ambiente;
o Direito de autodeterminação dos povos;
o Direito sobre o patrimônio comum da humanidade;
o Direito de comunicação.
Direitos fundamentais
. de 4ª geração
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Os direitos de 4º geração serão elencados:
o Direito a democracia;
o Direito a informação;
Direito a informar;
Direito de se informar;
o Direito ao pluralismo.
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assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social
e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”.
“Temos o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito
de ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza”. (Boaventura de Souza
Santos)
Obs. Alguns doutrinadores (Paulo Bonavides) citam a “paz” como sendo um Direito de 5º geração.
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