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PR: Saiba mais sobre a aposentadoria por tempo de contribuição urbana com

período rural

Publicado: 24/09/2015 15:48


Última modificação: 24/09/2015 15:48
De Curitiba (PR) – Segundo dados estatísticos da Previdência Social, o Paraná contava,
no mês de junho, com 1 milhão e 44 mil aposentados. Desses, 410 mil (40%) são
aposentadorias concedidas a segurados que trabalharam a vida toda no meio rural. E o
restante, mais de 630 mil, foi concedida a trabalhadores urbanos.
No entanto, uma grande parte das aposentadorias por tempo de contribuição urbanas
concedidas no estado contaram com um período de atividade rural do segurado. Para que
o reconhecimento do período rural, trabalhado na terra da família, quando ainda solteiro,
ou em terra própria, após o casamento, possa ser somado como tempo de contribuição
para a carência exigida para o trabalhador urbano (30 anos para as mulheres e 35 para
os homens) é preciso observar algumas regras determinadas por Lei.
A primeira delas é a exigência do tempo mínimo de 180 contribuições, ou seja 15 anos,
feitas para a Previdência Social, para que possa contar o período de atividade rural.
Se o período trabalhado na lavoura for anterior a novembro de 1991, quando houve
mudança na Lei, o segurado precisará apenas comprovar a atividade como Segurado
Especial – aquele trabalhador rural que produz com a ajuda de sua família, sem
contratação de pessoas para trabalhar de forma permanente, e que a área do imóvel rural
explorado tenha até 4 módulos fiscais. Estão incluídos também a esposa ou esposo,
companheiro ou companheira e os filhos solteiros do lavrador, que trabalhem na terra
junto com a família.
Após novembro de 1991, o período comprovado, porém, deverá ser indenizado ao INSS.
O cálculo do valor das contribuições que deverão ser pagas, para que o tempo de lavoura
possa ser somado ao tempo urbano do segurado, é feito caso a caso.
A idade mínima permitida para que se conte o tempo rural do segurado também foi sendo
alterada de acordo com as mudanças na Lei. Assim, até 14/3/1967 o tempo de lavoura só
pode ser contado a partir dos 14 anos de idade do trabalhador. Entre 15/3/1967 e
4/10/1988, pode-se considerar o tempo de atividade rural a partir dos 12 anos. Entre
5/10/1988 a 15/12/1998, a idade mínima é de 14 anos. Desde 16/12/1998, só pode ser
contado o tempo de atividade rural a partir dos 16 anos.
Os documentos da terra pertencentes ao pai ou mãe; notas fiscais emitidas de venda dos
produtos rurais ou de compras de insumos agrícolas; certidões de nascimento ou
casamento em que conste a profissão dos pais como lavradores e também o
comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escolas de áreas rurais são alguns
dos documentos que podem servir para comprovação do tempo de lavoura. É preciso ter
pelo menos um documento que comprove o início da atividade rural e um que comprove o
fim da atividade.
A Declaração do Sindicato Rural prestando informações sobre o segurado e seu tempo de
atividade rural é um dos documentos mais importantes e dispensa para o INSS o
procedimento chamado de Justificação Administrativa: a apresentação de três a seis
testemunhas que possam dar depoimento ao INSS para comprovar o tempo trabalhado
no meio rural alegado pelo segurado. Sem esta Declaração, a Justificação Administrativa
é obrigatória.

http://www.previdencia.gov.br/2015/09/pr-saiba-mais-sobre-a-aposentadoria-por-tempo-
de-contribuicao-urbana-com-periodo-rural/

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO.


CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO. RURAL. URBANO. COMPROVAÇÃO. CERTIDÃO
DE TEMPO DE SERVIÇO. PREFEITURA MUNICIPAL. AVERBAÇÃO. CUSTAS. 1. O
tempo de serviço rural pode ser comprovado mediante a produção de prova material
suficiente, ainda que inicial, complementada por prova testemunhal idônea. 2. A prova
material, conforme o caso, pode ser suficiente à comprovação do tempo de atividade
rural. Em tal situação, não é necessária a inquirição de testemunhas para a comprovação
do período registrado. No entanto, na maioria dos casos que vêm a juízo a prova material
não é suficiente à comprovação de tempo de trabalho, necessitando ser corroborada por
prova testemunhal. Nesses casos, a prova material (ainda que incipiente) tem a função de
ancoragem da prova testemunhal, sabido que esta é flutuante, sujeita a esquecimentos,
enganos e desvios de perspectiva. A prova material, portanto, serve de base, sustentação,
pilar em que se apóia (apesar dos defeitos apontados) a necessária prova testemunhal. 3.
A certidão emitida por Prefeitura Municipal possui fé pública, constituindo-se em prova
plena e suficiente ao reconhecimento de seu respectivo tempo de serviço. 4. O INSS é
isento do pagamento de custas no Foro Federal (art. 4º, I, da Lei nº 9.289/96) e na Justiça
Estadual do Rio Grande do Sul (art. 11 da Lei nº 8.121/85, com a redação dada pela Lei
nº 13.471/2010).
(TRF-4 - APELREEX: 10608320104049999 RS 0001060-83.2010.404.9999, Relator:
GUILHERME BELTRAMI, Data de Julgamento: 25/03/2011, Data de Publicação: D.E.
07/04/2011)

PREVIDENCIÁRIO. INTERESSE DE AGIR. TEMPO DE SERVIÇO RURAL EM REGIME


DE ECONOMIA FAMILIAR. TEMPO DE SERVIÇO URBANO. CTPS. COMPROVAÇÃO.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. TEMPO
INSUFICIENTE. AVERBAÇÃO. 1. O segurado tem direito ao cômputo do tempo de
serviço rural, desenvolvido em regime de economia familiar, desde que comprovada a
atividade mediante início de prova material, complementado por prova testemunhal. 2. O
registro constante na ctps goza da presunção de veracidade juris tantum, devendo a
prova em contrário ser inequívoca, constituindo, desse modo, prova plena do serviço
prestado nos períodos ali anotados, ressaltando-se que a anotação posterior, não
constitui, por si só, qualquer indício de fraude. 3. O segurado que, somado o tempo
reconhecido judicialmente ao tempo já computado na esfera administrativa, não possui
tempo de serviço suficiente para a concessão do benefício de aposentadoria, tem direito à
averbação dos respectivos períodos. 4. A falta de prévio requerimento administrativo de
concessão de benefício previdenciário afasta o necessário interesse de agir, salvo
configuração da lide pela contestação de mérito em juízo.
(TRF-4 - AC: 2318 SC 2009.72.99.002318-5, Relator: Revisora, Data de Julgamento:
31/07/2012, QUINTA TURMA, Data de Publicação: D.E. 09/08/2012)

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE RURAL. RECOLHIMENTO DE


CONTRIBUIÇÕES APÓS 31/10/1991. TEMPO URBANO. CTPS. PROVA PLENA.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. REQUISITOS NÃO
CUMPRIDOS. AVERBAÇÃO. 1. A comprovação do exercício de atividade rural pode ser
efetuada mediante início de prova material, complementada por prova testemunhal
idônea. 2. O aproveitamento do tempo de atividade rural exercido até 31/10/1991
independentemente do recolhimento das respectivas contribuições previdenciárias e
exceto para efeito de carência, está expressamente autorizado e previsto pelo art. 55, §
2º, da Lei n.º 8.213/91, e pelo art. 127, inc. V, do Decreto n.º 3.048/99. 3. A averbação ao
tempo de serviço rural posterior à Lei de Benefícios fica condicionada ao recolhimento das
contribuições previdenciárias correspondentes, a teor dos artigos 39, II, da LBPS, e 25, §
1.º, da Lei n. 8.212/91. 4. As anotações constantes de CTPS, salvo prova de fraude,
constituem prova plena para efeitos de contagem de tempo de serviço. 5. Não
comprovado tempo de serviço/contribuição e carência suficientes à concessão da
aposentadoria pleiteada, o período reconhecido deve ser averbado para futura concessão
de benefício previdenciário.
(TRF-4 - AC: 158507220104049999 PR 0015850-72.2010.404.9999, Relator: NÉFI
CORDEIRO, Data de Julgamento: 24/07/2013, SEXTA TURMA, Data de Publicação: D.E.
01/08/2013)

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO.


REQUISITOS. TEMPO DE SERVIÇO URBANO. CTPS. PROVA PLENA. ATIVIDADE
RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. LABOR RURAL ANTERIOR AOS 14 ANOS DE
IDADE. ATIVIDADE ESPECIAL. LAUDO POR SIMILARIDADE. INEXISTÊNCIA DE
AGENTES NOCIVOS. INDEFERIMENTO DO BENEFÍCIO. AVERBAÇÃO DO TEMPO
URBANO E RURAL RECONHECIDOS. 1. As anotações constantes de CTPS, salvo prova
de fraude, constituem prova plena para efeito de contagem de tempo de serviço. 2. É
devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, em regime de economia familiar,
quando comprovado mediante início de prova material corroborado por testemunhas. 3.
Comprovado o exercício da atividade rural, em regime de economia familiar, no período
anterior aos 14 anos, é de ser reconhecido para fins previdenciários o tempo de serviço
respectivo. Precedentes do STJ. 4. O reconhecimento da especialidade e o
enquadramento da atividade exercida sob condições nocivas são disciplinados pela lei em
vigor à época em que efetivamente exercidos, passando a integrar, como direito
adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. 5. Considerando que o § 5.º do art. 57 da
Lei n. 8.213/91 não foi revogado pela Lei n. 9.711/98, e que, por disposição constitucional
(art. 15 da Emenda Constitucional n. 20, de 15-12-1998), permanecem em vigor os arts.
57 e 58 da Lei de Benefícios até que a lei complementar a que se refere o art. 201, § 1.º,
da Constituição Federal, seja publicada, é possível a conversão de tempo de serviço
especial em comum inclusive após 28-05-1998. Precedentes do STJ. 6. Até 28-04-1995 é
admissível o reconhecimento da especialidade por categoria profissional ou por sujeição a
agentes nocivos, aceitando-se qualquer meio de prova (exceto para ruído e calor); a partir
de 29-04-1995 não mais é possível o enquadramento por categoria profissional, devendo
existir comprovação da sujeição a agentes nocivos por qualquer meio de prova até 05-03-
1997 e, a partir de então, por meio de formulário embasado em laudo técnico, ou por meio
de perícia técnica. 7. Admite-se a prova técnica por similaridade (aferição indireta das
circunstâncias de labor) quando impossível a realização de perícia no próprio ambiente de
trabalho do segurado. Precedentes da Terceira Seção desta Corte. 8. Hipótese em que
não restou comprovada a exposição habitual e permanente a agentes considerados
nocivos pela legislação previdenciária, nem o exercício de atividade enquadrável em
virtude da categoria profissional. 9. Não comprovado o tempo de serviço/contribuição
suficiente, é indevida a aposentadoria por tempo de serviço/contribuição. 10. O segurado
tem direito à averbação, junto ao Regime Geral da Previdência Social, dos períodos de
serviço urbano e rural reconhecidos, para fins de obtenção ou manutenção de benefício
previdenciário.
(TRF-4 - APELREEX: 50278999020114047100 RS 5027899-90.2011.404.7100, Relator:
ROGER RAUPP RIOS, Data de Julgamento: 26/03/2014, SEXTA TURMA, Data de
Publicação: D.E. 27/03/2014)

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. PEDIDOS QUE NÃO INTEGRARAM A


PETIÇÃO INICIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO.
REQUISITOS. ATIVIDADE RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. TEMPO DE
SERVIÇO URBANO COMO EMPREGADO. INDEFERIMENTO DO BENEFÍCIO.
AVERBAÇÃO DO PERÍODO DE LABOR RURAL RECONHECIDO. 1. Os pedidos que
não integraram a petição inicial não podem ser apreciados em sede de apelação, sob
pena de julgamento extra petita (artigos 128 e 460 do CPC). Nada obsta, entretanto, que
venham a ser postulados judicialmente, em nova demanda que venha a ser ajuizada pelo
segurado. 2. É devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, em regime de
economia familiar, quando comprovado mediante início de prova material corroborado por
testemunhas. 3. Não é devido o reconhecimento do tempo de serviço urbano como
empregado se ausente início de prova material. 4. Não comprovado o tempo de
serviço/contribuição necessário, deve ser indeferido a aposentadoria por tempo de
serviço/contribuição. 5. O segurado tem direito à averbação, junto ao Regime Geral da
Previdência Social, do período de serviço rural reconhecido, para fins de obtenção ou
manutenção de benefício previdenciário.
(TRF-4 - AC: 79084720144049999 PR 0007908-47.2014.404.9999, Relator: CELSO
KIPPER, Data de Julgamento: 09/07/2014, SEXTA TURMA, Data de Publicação: D.E.
17/07/2014)

PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.


RECONHECIMENTO. TEMPO DE SERVIÇO URBANO. CTPS. AVERBAÇÃO DEVIDA.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CORREÇÃO
MONETÁRIA E JUROS DE MORA. LEI 11.960/2009. 1. Admissível o cômputo de labor
rural a partir dos 12 anos de idade, até o advento da Lei n.º 8.213/91. Precedentes do
STJ. 2. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar, mediante a produção
de início de prova material, corroborada por prova testemunhal idônea, o segurado faz jus
ao cômputo do respectivo tempo de serviço. 3. As anotações da CTPS fazem presumir
(Súmula 12 do TST) a existência de relação jurídica válida e perfeita entre trabalhador e
empresa, para fins previdenciários. Ausente qualquer indicativo de fraude e estando os
registros em ordem cronológica, sem sinais de rasuras ou emendas, teve o tempo de
serviço correspondente ser averbado. 4. O recolhimento de contribuições previdenciárias
sobre os períodos anotados em carteira de trabalho incumbe ao empregador, nos termos
do art. 30, inc. I, alíneas a e b, da Lei n.º 8.212/91, não podendo ser exigida do
empregado para efeito de obtenção de benefícios previdenciários. 5. Preenchidos os
requisitos legais, tem o segurado direito à obtenção de aposentadoria por tempo de
contribuição integral, desde a DER. 6. O Supremo Tribunal Federal reconheceu
repercussão geral à questão da constitucionalidade do uso da TR e dos juros da
caderneta de poupança para o cálculo da correção monetária e dos ônus de mora nas
dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando, por meio de sucessivas reclamações, e
até que sobrevenha decisão específica, a manutenção da aplicação da Lei 11.960/2009
para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos em precatório, cuja atualização
deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectiva modulação de efeitos. 7.
A fim de guardar coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados, por ora, os
critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/97, na redação da
Lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o que vier a ser
decidido pelo STF com efeitos expansivos.
(TRF-4 - AC: 155385720144049999 PR 0015538-57.2014.404.9999, Relator: TAÍS
SCHILLING FERRAZ, Data de Julgamento: 20/10/2015, QUINTA TURMA, Data de
Publicação: D.E. 05/11/2015)

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO.


APOSENTADORIA RURAL POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPROVAÇÃO DA
CARÊNCIA. SÚMULA N. 7/STJ. DISPENSA DO RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO
PARA AVERBAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO RURAL. INEXIGÊNCIA DE PROVA
MATERIAL REFERENTE A TODO O PERÍODO. EXISTÊNCIA DE PROVA
TESTEMUNHAL APTA. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A irresignação que busca desconstituir
os pressupostos fáticos pelo acórdão recorrido encontra óbice na Súmula n. 7 desta
Corte. 2. A Terceira Seção já se pronunciou no sentido de ser dispensável "o recolhimento
de contribuição para averbação do tempo de serviço rural em regime de economia familiar
relativo a período anterior à Lei n. 8.213/1991 para fins de aposentadoria por tempo de
contribuição pelo Regime Geral da Previdência Social (RGPS)" (AR 3.426/RS, Rel.
Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/10/2012, DJe
19/11/2012). 3. "É firme a orientação jurisprudencial desta Corte no sentido de que, para
concessão de aposentadoria por idade rural, não se exige que a prova material do labor
agrícola se refira a todo o período de carência, desde que haja prova testemunhal apta a
ampliar a eficácia probatória dos documentos, como na hipótese em exame" (AR
4.094/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, TERCEIRA SEÇÃO,
julgado em 26/09/2012/ DJe de 08/10/2012). 4. Agravo regimental improvido.
(STJ - AgRg no REsp: 697213 SP 2004/0151926-8, Relator: Ministro NEFI CORDEIRO,
Data de Julgamento: 18/06/2014, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe
04/08/2014)

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.


RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL COMO SEGURADO ESPECIAL.
AUSÊNCIA DA PROVA TESTEMUNHAL. INSTRUÇÃO DEFICIENTE. A prova
testemunhal administrativa, uma vez que não produzida sob o crivo do contraditório, se
desfavorável ao administrado, de regra a ele não pode ser oposta, de modo que seu
resultado não se presta a obstar a pretensão de produção de prova no âmbito judicial. É
de ser anulada a sentença, por deficiência na instrução, em virtude da ausência da prova
testemunhal, tendo em vista a sua essencialidade para a comprovação das atividades
desempenhadas pelo segurado ao longo do tempo alegado.
(TRF-4 - AC: 50037866020114047007 PR 5003786-60.2011.404.7007, Relator: (Auxílio
Lugon) TAÍS SCHILLING FERRAZ, Data de Julgamento: 17/12/2014, QUINTA TURMA)

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. FALTA DE


CARÊNCIA. RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL COMO
SEGURADO ESPECIAL. PROVA TESTEMUNHAL BASEADA EM INÍCIO DE PROVA
MATERIAL. FUNGIBILIDADE. APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA OU MISTA.
REQUISITOS LEGAIS COMPROVADOS. LEI N. 11.718/2008. ART. 48, § 3º, DA LEI N.
8.213/91. TEMPO RURAL E URBANO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO A SEGURADO
QUE NÃO ESTAVA DESEMPENHANDO ATIVIDADE RURAL NO MOMENTO DA
IMPLEMENTAÇÃO DOS REQUISITOS. POSSIBILIDADE. TERMO INICIAL.
CONSECTÁRIOS LEGAIS. 1. A aposentadoria por tempo de contribuição exige a carência
de 180 meses de contribuição, não podendo ser computado para tal efeito o tempo de
serviço do segurado trabalhador rural (art. 55, § 2º, parte final, da Lei n. 8.213/91). 2.
Demonstrado o trabalho como segurado especial, em regime de economia familiar,
mediante prova testemunhal corroborada por início razoável de prova material, deve ser
reconhecido o tempo de serviço para fins de averbação junto ao INSS. 3. É possível a
concessão de aposentadoria por idade, mediante a conjugação do tempo de serviço rural
e urbano durante o período aquisitivo do direito, consoante disposto na Lei n.
11.718/2008, que incluiu o § 3º ao art. 48 da Lei n. 8.213/91, desde que cumprido o
requisito etário de 60 anos para mulher e de 65 anos para homem. 4. No casoconcreto, o
autor, em homenagem ao princípio da fungibilidade, faz jus ao benefício da aposentadoria
por idade mista ou híbrida, ainda que tenha alcançado o requisito etário no curso da ação.
5. Não pode ser conferida interpretação restritiva ao § 3º do artigo 48 da LB não pode ser
conferida interpretação restritiva. Tratando-se de trabalhador rural que migrou para a área
urbana, o fato de não estar desempenhando atividade rural por ocasião do requerimento
administrativo não pode servir de obstáculo à concessão do benefício. A se entender
assim, o trabalhador seria prejudicado por passar a contribuir, o que seria um
contrassenso. A condição de trabalhador rural, ademais, poderia ser readquirida com o
desempenho de apenas um mês nesta atividade. Não teria sentido se exigir o retorno do
trabalhador às lides rurais por apenas um mês para fazer jus à aposentadoria por idade.
O que a modificação legislativa permitiu foi, em rigor, o aproveitamento do tempo rural
para fins de carência, com a consideração de salários-de-contribuição pelo valor mínimo,
no caso específico da aposentadoria por idade aos 60 (sessenta) ou 65 (sessenta e cinco)
anos (mulher ou homem). 6. Termo inicial do benefício a partir do implemento do requisito
etário. 7. Juros de mora e correção monetária de acordo com o Manual de Cálculos da
Justiça Federal. 8. Honoráriosadvocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor
das parcelas em atraso (Súmula 111 do STJ e § 4º do art. 20 do CPC). 9. Isenção de
custas processuais nos termos da lei. 10. Deferida tutela específica da obrigação de fazer
para implantação imediata do benefício, com fundamento no art. 273, c/c art. 461, § 3º, do
CPC. 11. Apelação da parte autora parcialmente provida.
(TRF-1 - AC: 00704763420094019199 0070476-34.2009.4.01.9199, Relator: JUIZ
FEDERAL MURILO FERNANDES DE ALMEIDA, Data de Julgamento: 28/09/2015, 1ª
CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE MINAS GERAIS, Data de Publicação:
23/11/2015 e-DJF1 P. 395)

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


CONTRIBUIÇÃO. RECONHECIMENTO DE TEMPO DE SERVIÇO RURAL COMO
SEGURADO ESPECIAL. PROVA TESTEMUNHAL BASEADA EM INÍCIO DE PROVA
MATERIAL. POSSIBILIDADE. CUMPRIMENTO DE CARÊNCIA COMO TRABALHADOR
URBANO. CONSECTÁRIOS. 1. Quando não se tratar de sentença líquida, inaplicável o §
2º do artigo 475 do Código de Processo Civil, pois que desconhecido o conteúdo
econômico do pleito, de forma que se tem por interposta a remessa oficial. 2.
Demonstrado o trabalho como segurado especial, em regime de economia familiar,
mediante prova testemunhal corroborada por início razoável de prova material, deve-se
reconhecer o tempo de serviço para fins de averbação junto ao INSS. 3. Comprovado o
cumprimento da carência como trabalhador urbano, que somada ao período rural ora
reconhecido, ultrapassa o requisito dos 35 anos de contribuição, reconhece-se o direito do
segurado à aposentadoria por tempo de contribuição. 4. Deferida tutela específica da
obrigação de fazer para implantação imediata do benefício, com fundamento no art. 273,
c/c art. 461, § 3º, do CPC. 5. Juros de mora e correção monetária de acordo com o
Manual de Cálculos da Justiça Federal. 6. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez
por cento) sobre o valor das parcelas em atraso (Súmula 111 do STJ e § 4ºdo art. 20 do
CPC). 7. Isenção de custas processuais na forma da lei. 8. Apelação e remessa oficial
parcialmente providas.
(TRF-1 - AC: 00054060720084019199 0005406-07.2008.4.01.9199, Relator: JUIZ
FEDERAL MURILO FERNANDES DE ALMEIDA, Data de Julgamento: 28/09/2015, 1ª
CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DE MINAS GERAIS, Data de Publicação:
26/11/2015 e-DJF1 P. 1057)

PREVIDENCIÁRIO. SEGURADO ESPECIAL. TRABALHADOR RURAL.


APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REQUISITOS NÃO
IMPLEMENTADOS. AVERBAÇÃO DE TEMPO NO RGPS. 1. O tempo de serviço rural
para fins previdenciários, a partir dos 12 anos, pode ser demonstrado através de início de
prova material, desde que complementado por prova testemunhal idônea. 2. O
reconhecimento de tempo de serviço prestado na área rural até 31-10-1991, para efeito
de concessão de benefício no Regime Geral da Previdência Social, não está
condicionado ao recolhimento das contribuições previdenciárias correspondentes, exceto
para efeito de carência. 3. Se a parte autora deixar de implementar os requisitos
necessários para a obtenção da Aposentadoria por Tempo de Serviço/Contribuição, faz
jus tão somente à averbação do período reconhecido no Regime Geral de Previdência
Social.
(TRF-4 - AC: 171015720124049999 RS 0017101-57.2012.404.9999, Relator: JOÃO
BATISTA PINTO SILVEIRA, Data de Julgamento: 07/10/2015, SEXTA TURMA, Data de
Publicação: D.E. 14/10/2015)

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