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Noções de comércio
internacional: o setor externo
Hélio Ramos
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ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo
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ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional
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ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da
moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da
moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu
preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.:
Brasil: U$ 1,00 = R$ 3,10
Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,32
Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é “diferente”; um aumento da taxa de
câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização...
Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10 U$ 1,00 = R$ 3,50 Desvalorização
Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando
a concorrência com os nacionais (âncora cambial).
Custos:
• Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto).
• Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. 8
ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
onde:
P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
i Pi = preços internos (domésticos) em reais
X f P *, P , e, Yw, Sub e = taxa de câmbio (reais por dólar)
Yw= Renda Mundial
Sub = Subsídios e incentivos às exportações
Importações:
onde:
P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
i Pi = preços internos (domésticos) em reais
M f P *, P , e, Y , Tm e = taxa de câmbio (reais por dólar)
Yw = Renda Nacional
Tm = Tarifas e barreiras às importações ( Tm ) 11
ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Políticas Externas
Política Cambial
• Regime de taxas fixas de câmbio
• Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating)
• Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar)
Política Comercial
• Alterações das Tarifas sobre Importações:
Substituição de Importações: imposto sobre importações maiores;
Abertura comercial ou liberalização das importações: imposto
sobre importações menores);
• Regulamentação do Comércio Exterior
Entraves burocráticos
Barreiras qualitativas 12
ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
Definição: registro contábil de todas as transações de um país com o resto do
mundo. Envolve tanto transações com bens e serviços como transações com capitais
físicos e financeiros.
Créditos:
Exportações de Bens e Serviços
Recebimento de Doações e Indenização de Estrangeiros
Recebimento de Empréstimos de Estrangeiros
Recebimento de Reembolso de Capital do Estrangeiro
Venda de Ativos para Estrangeiros
Recebimento de Fretes, etc
Débitos:
Importações de Bens e Serviços
Pagamentos de Doações e Indenizações a Estrangeiros
Pagamentos de Capital Emprestado por Estrangeiros
Reembolsos de Capital a Estrangeiros
Compras de Ativos de Estrangeiros
Pagamentos de fretes, etc 13
ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
O BP apresenta dois tipos de transações:
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ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Balanço de Pagamentos
A – Balança de Transações Correntes (BTC ou Saldo em Conta Corrente do BP = A1 + A2 + A3)
A1 – Balança Comercial
A1.1 – Exportações (FOB): débito
A1.2 – Importações (FOB): crédito
A2 – Balança de Serviços e Rendas
A2.1 – Transportes (fretes, etc) e Seguros
A2.2 – Viagens Internacionais e Turismo
A2.3 – Rendas de Capital (lucros, juros, dividendos, lucro reinvestido pelas multinacionais)
A2.4 – Royalties e licenças
A2.5 – Diversos (serviços governamentais – embaixadas, consuladodos, representações no exterior, etc)
A3 – Transferências Unilaterais Correntes (donativos)
B – Conta Capital e Financeira (Balança (movimento) de Capitais)
B1 – Investimentos direto líquido (instalação e participação do capital de multinacionais no país)
B2 – Reinvestimentos (reinvestimentos de multinaiconais já instaladas no país)
B3 – Empréstimos e Financiamentos a Longo e Médio Prazo (Banco Mundial, etc)
B4 – Empréstimos a Curto Prazo
B5 – Amortizações de Empréstimos e Financiamentos
B6 – Empréstimos de Regularização do FMI (problemas de liquidez)
B7 – Capitais a Curto Prazo (aplicações no mercado financeiro)
C – Erros e Omissões
Importações FOB (33,1) (50,0) (53,3) (59,7) (57,7) (49,2) (55,8) (55,6) (47,2) (48,3) (62,8) (73,6)
A2. SERVIÇOS E RENDAS (14,7) (18,5) (20,4) (25,5) (28,3) (25,8) (25,0) (27,5) (23,1) (23,5) (25,3) (34,1)
Juros (6,4) (8,2) (9,8) (10,6) (12,1) (15,2) (15,9) (14,9) (13,1) (13,0) (13,4) (13,5)
Lucros e Dividendos (2,5) (2,6) (2,4) (5,6) (6,9) (4,1) (3,6) (5,0) (5,2) (5,6) (7,3) (12,7)
Viagens Internacionais (1,2) (2,4) (3,6) (4,4) (4,3) (1,4) (2,1) (1,5) (0,4) 0,2 0,4 (0,9)
Outros (fretes, royalties, etc) (4,6) (5,3) (4,6) (4,9) (5,0) (5,1) (3,4) (6,1) (4,4) (5,0) (4,9) (7,0)
A3. TRANSF. UNILAT. CORR 2,4 3,6 2,4 1,8 1,5 1,7 1,5 1,6 2,4 2,9 3,3 3,6
BAL.TRANS.COR =A1+A2+A3 (1,8) (18,4) (23,5) (30,5) (33,4) (25,3) (24,2) (23,2) (7,6) 4,2 11,7 14,2
B. CAPITAL E FINANCEIRA 19.1 29,1 34,0 25,8 29,7 17,3 19,3 27,1 8 4,4 (7,3) (8,8)
Investimentos Diretos 8,1 4,7 9,4 17,1 26,1 30,1 29,8 24,9 16,6 10,1 18,2 12,7
Emprést/Financ. (líquido) 11,0 24,4 24,6 8,7 3,6 (12,8) (10,5) 2,2 (8,6) (5,7) (25,5) (21,5)
C=ERROS E OMISSÕES 0,3 2,2 (1,8) (3,3) (4,3) 0,2 2,6 (0,5) (0,07) (0,1) (2,1) (1,1)
SPB = A+B+C 17,6 12,9 8,7 (7,9) (8,0) (7,8) (2,3) (0,5) 0,3 8,5 2,2 4,3
D=- SBP =VAR. RESERVAS (17,6) (12,9) (8,7) 7,9 8,0 7,8 2,3 0,5 (0,3) (8,5) (2,2) (4,3)
Conseqüências Perversas:
• Aumento do desemprego estrutural em muitos países
• A tendência de desnacionalização do setor produtivo
• Concentração da produção e comércio em grandes empresas.
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ECONOMIA – Micro e Macro
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro
internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de
crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e
monetárias.
Principais características:
Desvantagens: