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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÓMICA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO PRÉ-PROFISSIONAL

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PEPINO (Cucumis sativus L.) E MONITORIA

EM SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADO NA EMPRESA AGRIRESOURCE

MULTICONSULT

Autor: José Inácio Faustino Chassala

Supervisor: Engo. Agr. Sérgio Manuel Afonso Citora

Caia,

Fevereiro de 2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÓMICA

PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE PEPINO (Cucumis sativus L.) E MONITORIA EM

SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADO NA EMPRESA AGRIRESOURCE

MULTICONSULT

Relatório apresentado ao curso de Engenharia Agronómica e Florestal da Universidade Zambeze,


como parte das exigências da disciplina Estágio Pré-profissional

Autor: José Inácio Faustino Chassala

Supervisor: Engo. Agr. Sérgio Manuel Afonso Citora

Caia;
Fevereiro de 2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

A comissão examinada, abaixo assinada,

aprova o Relatório de Estágio

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado

Elaborado por

José Inácio Faustino Chassala

COMISSÃO EXAMINADORA:

________________________________________

(Presidente/Orientador)

________________________________________

_________________________________________

Mocuba
2017
Produção e comercialização de pepino (Cucumis sativus L.) e monitoria em sistemas de irrigação
localizado na empresa AgriResource Multiconsult

RESUMO

O presente relatório de estágio, visa demonstrar com base em referências literárias, descrição das
práticas e imagens ilustrativas, as actividades desenvolvidas no período que compreendiam os
meses de Novembro de 2016 á Fevereiro de 2017 na empresa AgriResource Multiconsult Lta
localizada no bairro Nharúgue, posto administrativo de Murraça a 20Km da vila sede do distrito
de Caia. As actividades realizadas no período acima descrito, seguem uma sequência lógica
(sementeira a colheita) do ciclo de produção do pepino (Cucumis sativus L.) mas enfrente sendo
incluídas as actividades realizadas pôs colheita (lavagem, selecção e transporte) e a descrição do
processo de comercialização efectuados nos principais mercados do distrito de Caia. Foram
também desenvolvidas as actividades de manutenção e conservação do sistema de irrigação em
funcionamento na empresa, estas práticas consistiram na determinação do coeficiente de
uniformidade de Cristian, limpeza dos gotejadores e pratica de método de conservação após o
uso das tubagens gotejadoras. A metodologia empregada no desenvolvimento das actividades
consistia em análise, instruções, capacitações profissionais e práticas transmitidas pelo
supervisor e trabalhadores da empresa. A prática do estágio proporcionou ao aluno o contacto
com o mundo do trabalho, e uma percepção de como deve-se proceder no exercício de sua
profissão, além de pôr em prática os conhecimentos práticos e científicos adquiridos em aula e
com o acréscimo de outros novos conhecimentos.

Palavras-chave: Cucumis sativus L, Produção, Rega localizada.

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AGRADECIMENTOS

De forma geral quero prestar meus sinceros agradecimentos a DEUS, o autor e permissor da
existência de todas vidas que serão enaltecidas posteriormente...

Á empresa AgriResource Multiconsult na pessoa do Engenheiro Agrónomo Sérgio Citora, pela


disponibilidade do estágio, e instruções dada ao longo do mesmo.

Aos funcionários da empresa pelo companheirismo, ensinamentos e toda boa acção prestada a
mim.

Aos estudantes estagiários da escola profissional agropecuária de caia (EPAC) afectos na


empresa AM, pelos conhecimentos transmitidos, companheirismo e por fazer dos períodos de
desespero e trabalhos, momentos menos “stressantes”.

A todos familiares, amigos e em especial a minha namorada pela atenção prestada ao longo do
estágio.

A todos os que não foram aqui mencionados, mas que directa ou indirectamente contribuíram
para a realização deste trabalho.

TAKHUTA!

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ÍNDICE

RESUMO ..................................................................................................................................... i

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ ii

LISTA DE TABELAS ................................................................................................................ v

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ vi

LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS, SIGLAS E UNIDADES DE MEDIDAS ..... vii

LISTA DE ANEXO ................................................................................................................. viii

1.0. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1

2.0. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO E DO LOCAL DE ESTÁGIO ....................... 2

2.1 Descrição do local de estágio ............................................................................................... 2

2.1.1 Localização geográfica ....................................................................................................... 2

2.1.2 Clima .................................................................................................................................. 2

2.1.3 Solos ................................................................................................................................... 2

2.1.4 Potencialidades ................................................................................................................... 2

2.2 Descrição da instituição ........................................................................................................ 3

III. Actividades realizadas durante o estágio .............................................................................. 4

3.1. Produção da cultura de pepino (Cucumis sativus L) ............................................................ 4

3.1.2. Sementeira do pepino ........................................................................................................ 4

3.1.3. Adubação de Cobertura ..................................................................................................... 5

3.1.3.1 Adubação com base no NPK ........................................................................................... 5

3.1.3.2 Adubação fosfatada ......................................................................................................... 7

3.1.4. Controlo da irrigação ......................................................................................................... 8

3.1.4.1 Necessidades Brutas de Água de Rega ........................................................................... 9

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3.1.5. Controlo de Infestantes...................................................................................................... 9

3.1.5.1 Classificação das infestantes identificadas ...................................................................... 9

3.1.6. Sacha e o controlo químico ............................................................................................. 11

3.1.7. Pragas ............................................................................................................................. 12

3.1.8. Doenças ........................................................................................................................... 13

3.1.9. Distúrbios fisiológicos..................................................................................................... 14

3.1.10. Controlo de pragas ........................................................................................................ 15

3.2. Colheita .............................................................................................................................. 16

3.2.1. Tratamentos pós-colheita ................................................................................................ 17

3.3. Comercialização ................................................................................................................. 18

3.4. Manutenção e conservação do sistema de irrigação Localizado ....................................... 20

3.4.1. Irrigação localizada ......................................................................................................... 20

3.4.1.1. Processo de Manutenção .............................................................................................. 20

3.4.2. Desempenho dos sistemas ............................................................................................... 22

3.4.2.1. Determinação da uniformidade e eficiência da irrigação ............................................. 22

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 26

V. RECOMENDAÇÕES .......................................................................................................... 27

VI. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA .................................................................................... 28

VII. ANEXOS ........................................................................................................................... 30

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Quantidade total de pepino colhido em 0.5 ha…………..…………………………….17

Tabela 2. Valor e interpretação do CUC, CUD e Ea…………………………………………….24

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- espaçamento 0.25 m entre os bolbos molhados e 1.0 m entre as tubagens

gotejadoras…………………………………………………………………………………...……5

Figura 2 - Adubação de cobertura realizada aos 15 DAS…………………………...……………6

Figura 3 - Composição química do adubo fosfato usado em cobertura……………..……………7

Figura 4 - Área infestada aos 30 DAS…………………………………………………………..10

Figura 5 - Área coberta pelas plantas de pepino ao 45 DAS……………………………………10

Figura 6 - Sacha na cultura do pepino aos 20 DAS…………………..…………………………11

Figura 7 – Gafanhoto elegante e o seus potenciais danos causado nas folhas……………….…13

Figura 8 – Podridão mole do fruto………………………………………………………………14

Figura 9 – Deformacaoes fisiologicas……………......…………………………………………14

Figura 10 - Pulverização realizada ao 11 DAS para o combate das Lombrigas cortadoras…….16

Figura 11- Processo de lavagem e selecção………………………………………………..……17

Figura 12- - A) Processo de pesagem e B) transporte do pepino. ……………………...………18

Figura 13 - Venda a varejo no mercado central do distrito de Caia……………………….……19

Figura 14 - Ilustração da perda de agua nas tubulações por acidente físico………….…………21

Figura 15 - Operação de manutenção do cabeçal de controlo………………………..…………21

Figura 16 - Distribuição dos colectores para a realização de um teste de uniformidade……….22

Figura 17 - Esquema de amostragem dos emissores para a determinação dos coeficientes……24

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LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS, SIGLAS E UNIDADES DE MEDIDAS

% Porcento

/ Por

≈ Aproximadamente igual

AM AgriResource Multiconsult

DAS Dias após a sementeira

CENTA Centro nacional de tecnologia agro-pecuária e florestal

cm Centímetro

Engo. Engenheiro

EPAC Escola profissional agro-pecuária de caia

etc. Entre outros

eq. Equação

FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

Fig. Figura

g Grama

ha Hectare

Km Quilómetros

L Litro

m Metro

m2 Metros quadrado

ml Mililitros

MAE Ministério da administração estatal

PEDD Plano económico de desenvolvimento do distrito

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LISTA DE ANEXO

Anexo 1: Dados usados para o cálculo das necessidades de água de rega pelo modelo
CROPWAT………………………………………………………………………………………31
Anexo 2. Determinação da uniformidade e eficiência da irrigação………..…………………….33

Anexo 3. Questionário de acompanhamento-Orientador de campo……………………..………34

Anexo 4: Questionário de avaliação-Aluno……………………………………………..……….36

Anexo 5: Ficha de classificação pelo supervisor…………………………………………...……38

Anexo 6: Declaração da realização do estágio…………………………………………..………39

Anexo 7: Fotografia dos equipamentos usados ao longo do estágio……….……………………40

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INTRODUÇÃO

O presente relatório descreve as principais actividades desenvolvidas durante a disciplina de


Estágio Curricular Obrigatório do curso de Engenharia Agronómica da Universidade Zambeze
(Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal), realizado no período que compreendia as
datas 05 de Novembro a 5 de Fevereiro de 2017, na Empresa AgriResource Multiconsult Ltda,
localizada no posto administrativo de Murraça, distrito de caia, província de Sofala.

As actividades realizadas compreendem a produção e comercializacao do pepino (Cucumis


Sativus L.), Manutenção e monitoramento do sistema de rega gota-gota presente na empresa.

O Estágio teve o objetivo de observar e aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas


estudadas ao longo do curso, bem como confrontá-los com a prática, buscando firmar uma
prática que seja significativa. Este relatório é composto da descrição das observações e das
experiências vivenciadas no período de regência em campo de produção de diversas hortícolas.

Com relação ao convívio no local, o estágio proporcionou ao estagiário aprender a se posicionar


perante as situações problema que aparecem ao longo do ambiente profissional, que o torna um
profissional capaz de tomar decisões eficazes para solucionar quaisquer problemas que
aparecerem.

A produção do pepino concentrou-se numa área 1.0 há. O estágio abrangeu diversas culturas de
horta, as principais produzidas foram a cultura de pepino e tomate. Este trabalho visa
contextualizar a produção do pepino desde a sementeira até a colheita com fundamentação
teórica em literaturas e após o relato das práticas relacionadas ao trabalho prático realizado.
O estágio teve início no dia 05 de Novembro de 2016 e término no dia 05 de Fevereiro de 2017.

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CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO E DO LOCAL DE ESTÁGIO

2.1 Descrição do local de estágio

2.1.1 Localização geográfica

A Empresa AM está localizada no distrito de Caia, no posto administrativo de Murraça. O


distrito de Caia localiza-se na Província de Sofala com uma superfície de 3.542 km2, localiza-se
entre as coordenadas 17º 00´ a 18º 30´ de latitude Sul e 34º 30´ a 35º 30´ de longitude. Este, é
limitado ao Norte e Nordeste pelo Rio Zambeze, Noroeste pelo Distrito de Chemba, Sul
Cheringoma, Sudeste Marromeu e Sudoeste/Oeste Maríngue. (MAE, 2005 e PEDD 2006).

2.1.2 Clima

O clima predominante no Distrito de Caia segundo a classificação de Thorntwaite é tropical, com


duas estações distintas, quente e chuvosa de Novembro a Abril, fresca e seca de Maio ao
Outubro. (PEDD, 2006)

A precipitação média anual é de 987 mm sendo o regime de chuvas constante na região, de


Novembro a Março, durante os quais ocorrem normalmente 80 a 95% das chuvas, nas áreas mais
secas podendo ser mais concentradas. Os meses do tempo seco vão de Maio a Outubro. (MAE,
2005). PEDD (2006) ressalta que a precipitação média anual oscila entre 600 a 1000 mm e os
ventos mais frequentes são do Leste para oeste onde a Temperatura Média Anual varia entre
28,7º e 35,7ºC.

2.1.3 Solos

Os Solos, são fluviais de alta fertilidade no vale do Rio Zambeze, assim como, franco - argilosos
acastanhados evoluídos de fertilidade intermédia e boa em partes delgadas para a parte interior
do Distrito (MAE, 2005).

2.1.4 Potencialidades

A agricultura e pecuária são as actividades dominantes que envolvem quase todos os agregados
familiares. De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em explorações familiares, em
regime de sequeiro e consorciacão de culturas com base em variedades locais, havendo em
algumas regiões o recurso à tracção animal e tractores (PEDD 2006).

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2.2 Descrição da instituição

Fundada em 2014, a AgriResource Multiconsult Ltda, está situada no distrito de Caia, província
de Sofala, no posto administrativo de Murraça, bairro Nharúgue constituindo-se em uma empresa
especializada na produção e comercialização de diversos produtos agrícolas, prestação de
serviços de mecanização e instalação de equipamentos de rega.

Dentre os produtos fornecidos, destacam-se o pepino; piripiri, tomate, couve, feijão-verde entre
outras hortícolas. A comercialização na empresa abrange os mercados administrativos de Caia
sede, Sena e Murraça, se alastrando para os mercados das províncias de Nampula e Zambézia
(cidade de Quelimane).

A empresa trabalha com uma linha completa de equipamentos de irrigação para horticultura. A
comercialização desses equipamentos, como aspersores, bombas, tubulações, mangueiras, entre
outros, por parte da empresa, pode ocorrer em duas situações: quando o produtor deseja
implantar ou aumentar um sistema de irrigação, ou quando necessita substituir alguma peça ou
equipamento do mesmo. Para tanto, além do engenheiro agrónomo, a empresa conta com três
colaboradores, dentre os quais, um é técnico agro-pecuário.

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III. Actividades realizadas durante o estágio

3.1. Produção da cultura de pepino (Cucumis sativus L)

3.1.2. Sementeira do pepino

Após procedidas as actividades de preparação mecânica do solo (lavoura e gradagem) e abertura


dos sulcos, a sementeira do pepino foi realizada na primeira semana do estágio, onde usou-se a
variedade Ashley por ser uma variedade produtiva, de frutos suaves e saborosos assim como
resistente a Míldios. Esta actividade foi realizada em uma área correspondente a 0.5 hectares,
sendo usada 2500 m2 para a primeira sementeira e outra metade para a segunda seis (6) dias após
a primeira sementeira, que coincidiu com a realização da ressementeira para os primeiros 2500
m2 .

Esta actividade foi realizada entre os dias 31 de outubro a 06 de novembro com a finalidade de
interceptar a colheita do produto com o período de elevado preço e requisição nos mercado alvo.

O espaçamento sendo um dos fatores condicionantes da produção e que pode causar modificação
na taxa de crescimento, devido a maior competição por água e nutriente imposta as plantas,
assim com o aumento na densidade das plantas, propiciando um crescimento competitivo,
prejudicando o desenvolvimento individual da cultura e consequentemente a queda do
rendimento na cultura do pepino é um factor determinante na sementeira. Para minimizar estes
efeitos na sementeira usou-se o espaçamento de 0.5 x 1.0 m entre plantas e linhas
respectivamente.

O processo de sementeira consistiu em humedecer a área correspondente aos 2500 m2 (dos


10000 m2 instalados e canalizados com o sistema de rega gota-gota) onde viria ser realizada em
seguida a sementeira. O principal objectivo desta pratica é de facilitar a identificação do
espaçamento entre plantas a usar, assim como garantir que a semente esteja sendo depositada na
área onde os gotejadores estão funcionando de maneira eficaz, como ilustra a (fig.1).

A sementeira foi realizada na parte superior do sulco que possuíam um comprimento de 50 m e a


largura em torno de 0.4 m, onde o comprimento de cada sulco perfazia um total de 110 plantas.

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Para a realização da mesma actividade contou-se com um número de 7 (sete) jornas, onde 2
(dois) dos quais eram trabalhadores fixos da empresa, 2 (dois) estagiários e os restantes faziam
parte de pessoas contratadas para realização da actividade.

A realização da sementeira levou cerca de 10 horas diárias para cobrir os 2500m 2 e os matérias
para a realização compreendiam o uso de estacas, paus e bitolas.

Figura 1 - Imagem ilustrando o espaçamento 0.25 m entre os bolbos molhados ou gotejadores e


1.0 m entre as tubagens gotejadoras. (Foto do Autor)

3.1.3. Adubação de Cobertura

3.1.3.1 Adubação com base no NPK

A demanda nutricional de pepino segundo as recomendações técnicas do laboratório de CENTA,


citados por CENTA (2003) é:
 130 Kg de nitrogénio/ha
 120 Kg de fósforo/ha e
 130 Kg de potássio/ha.

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Pelo facto de não se apresentarem resultados da análise de solo e o uso de diferentes fertilizantes
inorgânicos nas campanhas agrícolas antecedentes na área de cultivo, realizou-se a adubação de
cobertura aos 15 DAS com base na demanda nutricional acima. Portanto utilizou-se o fertilizante
NPK (12-24-12) e (5-1-5) em uma quantidade total de 40 Kg/cada para os 5000 m2, de modo
que o fertilizante pudesse satisfazer em torno de 50% da demanda nutricional da cultura.

A realização desta actividade durou cerca de 12 horas diárias, sendo realizado no primeiro dia
em 2500 m2 por um número de jornas correspondente a 7 (sete) pessoas, e 6 (seis) dias após a
primeira realizou-se a adubação nos restantes 2500 m2 ocupados pela cultura nas mesmas
condições que a primeira adubação.

O adubo NPK era colocado no solo a uma distância de 5 cm do caule da planta numa área que
contem maior quantidade de água para ajudar a dissolver o adubo facilmente. Para e mensurar a
quantidade de adubo a usar por planta usou-se as tampinhas de água mineral vumba onde a
quantidade de adubo neste se avaliava em 10 g.

Os materiais usados para a adubação consistiram de: Baldes, Garrafas de sumo recicladas, pau e
ou bitolas para abertura de covacho. (fig. 2)

Figura 2: Adubação de cobertura realizada aos 15 DAS (Foto do Autor)

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3.1.3.2 Adubação fosfatada

As plantas requerem um suprimento constante de fosfato durante toda a sua vida. No início do
desenvolvimento as quantidades exigidas são pequenas, aumentando com o tempo. Na época da
frutificação as necessidades são atendidas, em parte, pelas mobilizações das reservas (Machado,
2016)

Apesar de terem o seu desenvolvimento muito reduzido por deficiência as plantas podem
apresentar sintomas visuais típicos de deficiência de P, quando há uma baixa disponibilidade de
P no solo. De modo geral os sintomas visuais de deficiência são:
- Plantas com fraco desenvolvimento
- Folha de cor verde escura e muitas verde-arroxeada.

Baseando-se nas afirmações dos autores acima e nos sintomas de deficiência do nutriente fósforo
nas plantas, aos 20 dias após a adubação com o NPK (12-24-12), realizou-se a adubação com o
super fosfato, sob intenção de garantir o desenvolvimento das plantas vistos que as mesmas
apresentavam um atraso geral durante o crescimento. De ressaltar que os resultados verificados 5
(cinco) dias após esta actividade foram satisfatórios pois, as plantas melhoraram a sua coloração
e o desenvolvimento dias pois dias já era nítido.

Figura 3: Composição química do adubo super fosfato usado em cobertura. (Foto do Autor)

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3.1.4. Controlo da irrigação

O Sistema de irrigação localizado onde a água é aplicada directamente no solo por meio de tubos
gotejadores que deixa a parte superior e a folhagem seca e menos susceptíveis a fungos é
propício para o cultivo do pepino (Almeida, 2006).

Para Almeida (2006) a água é essencial no início do ciclo cultural. Já excesso de hídrico na fase
final do ciclo favorece a incidência de podridões do solo. Portanto para o controlo de água a
fornecer durante os diferentes estádios fenológicos do pepino foi usado o modelo CROPWAT da
FAO.

O modelo CROPWAT usa dados meteorológicos mensais de temperatura, humidade relativa,


velocidade de vento, precipitação, insolação para o cálculo da ETo. Através da introdução dos
dados da cultura (estágios de crescimento, coeficientes da cultura, profundidade da zona
radicular, e o factor de depleção de humidade do solo permitido), o programa calcula as
necessidades de água das culturas em cada década (dez dias).

O maneio de água de rega durante o ciclo da cultura era feito de forma localizada (gota-gota),
tendo-se considerado a área molhada de 0.5 m2 em cada planta, conforme o espaçamento entre
linhas e gotejadores (100 cm x 50 cm). A irrigação era feito usando-se uma lâmina de água de
rega de 1.5 L/p em todo campo.

A metodologia de Yague (1999), Goméz et al., (2010) e Silva et al. (2013) foi usada por
considerar-se a década de maior demanda evapotranspirativa (ETc = 2.61 mm/dia conforme o
anexo 1), no entanto, de acordo com estes autores, as In no campo, foi determinado com base na
eq. 1 a seguir.

ln = ETcpico
(eq. 1)
Onde:
In – necessidades líquidas de água de rega (mm/dia);
ETcpico - evapotranspiração da cultura no pico (mm/dia).

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3.1.4.1 Necessidades Brutas de Água de Rega

As necessidades brutas são maiores que as necessidades líquidas e foram calculadas no campo
com base na eq. 2 Adiante conforme a metodologia do Yague (1999), Goméz et al. (2010) e
Silva et al. (2013), tendo-se considerado a Ea de 80 % sem precisar considerar a quantidade
adicional de água para compensar as perdas causadas pela salinidade.

Ig =In/Ea
(eq. 2)
Onde:
Ig = necessidades brutas de água de rega (mm/dia);
In = necessidades líquidas de água de rega (mm/dia);
Ea = eficiência de aplicação.

As necessidades brutas de agua de rega estimadas pelo modelo CROPWAT eram aplicados no
intervalo de rega de 1dia e divididas 50% no período de manhã e os restantes a tarde.

3.1.5. Controlo de Infestantes

As plantas daninhas diminuem o rendimento e o desenvolvimento das culturas, pois competem


por água, luz e nutrientes por demais são hospedeiras de pragas e doenças assim como doenças.
Portanto, conforme ilustra a (fig. 4) a competição de infestantes com a cultura de pepino foi mais
crítica nos primeiros 45 DAS.

3.1.5.1 Classificação das infestantes identificadas

As plantas daninhas podem ser classificadas de diversas maneiras. A classificação mais


importante é a Taxonómica, em que as espécies são identificadas através de conhecimentos de
Botânica e Sistemática Vegetal, além de filogenética segundo Almeida, (2006). Sendo assim, há
outras classificações que devem ser levadas em consideração.

A importância de identificar e classificar as plantas daninhas presentes no campo de produção


agrícola, foi para facilitar a escolha do melhor método para o seu controlo.

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Nos campos da AM, as principais infestantes que foram identificadas no âmbito da produção do
pepino são:
 Perenes: Cyperus rotundus, Cynadon dactylon
 Anuais: Echinochloa colona, Portulaca oleracea e Amaranthus hybridus.

Figura 4: Área infestada aos 30 DAS. (Foto do Autor)

Figura 5: Área coberta pelas plantas aos 45 DAS, que evidencia as razões de não haver maior
competição por infestantes. (Foto do Autor)

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3.1.6. Sacha e o controlo químico

O controlo das infestantes pode-se efectuar de forma manual, mecânica, cultural e química.
Devido a existência de muitas classes de infestantes destacadas no campo da AM, não foi
possível controlar as infestantes com um método somente, portanto foi necessário combinar o
controlo manual com o químico. O controlo das infestante fora da área útil era feito pelo método
químico, onde para o mesmo usou-se o herbicida Glyphosate ((N- (fosfonometil) glicina,
C3H8NO5P) um herbicida sistémico não selectivo (mata qualquer tipo de planta) desenvolvido
para matar ervas, principalmente perenes. E na área útil de produção somente era feito a sacha.
(fig. 6). De ressaltar que as actividades de controlo de infestante pelo método químico realizava-
se em 12 horas e a sacha levavam cerca de 48 horas para cobrir a área total (0.5 há).

Os matériais usados para estas actividades formam:

 Enxada de cabo curto


 Pulverizador
 Quite de pulverização (luvas e mascaras)

Figura 6: Sacha na cultura do pepino aos 20 DAS. (Foto do Autor)

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3.1.7. Pragas

As pragas são organismo que podem causar danos a qualquer cultura desde a sementeira até o
ciclo final da cultura, no entanto a sua existência no campo de produção advém de diversos
factores dentre os quais podem se citar a eclosão de novas áreas de produção pelo homem.

As principais pragas identificadas nos campos da AM em pleno cultivo do pepino, podem se


citar:
 Espécies diabroticas – estas pragas foram identificadas durante as primeiras etapas do
desenvolvimento da planta, estas espécies causavam a desfolha em plantas jovem.

 Espécies Diaphania – as pragas desta espécie foram identificadas durante a fase de


formação do fruto, estes organismos criam a perfuração nos frutos.

 O género Pytium sp. - Ataca partes subterrâneas das plantas ou partes destas que
desenvolvem próximas ao solo, causando diferentes tipos de doenças: podridão de sementes,
“damping-off” de pré e pós-emergência, podridão de raiz e podridão mole de órgãos
suculentos.

Na ausência do hospedeiro, sobrevive saprofiticamente em restos culturais ou permanece


dormente no solo, através de seu oósporo. Apresentam celulose em sua parede celular ao invés
de quitina (Bergamin e Kimati et al., 1995). Estas pragas nas horas de dia permaneciam
escondidas no solo ao redor do caule das plantas, e ao entardecer e nas noites saem em busca do
caule das plantas, mas jovens.

O fungo Pythium aphanidermatum é um dos principais patógenos das cucurbitáceas. O melhor


método para o seu controle é o uso de variedades resistentes. (Bergamin e Kimati et al., 1995).

 Gafanhoto elegante - esta, foi considerada a praga chave (dor de cabeça) ao longo da
produção. Estes organismos pelas características do seu aparelho bocal perfuravam as folhas
do pepino desde os 15 DAS ate a colheita. (fig. 7)

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Figura 7: Gafanhoto elegante e o seus potenciais danos causado nas folhas (Foto do Autor)

3.1.8. Doenças

Podridão mole do fruto


Podridão bacteriana ou podridão-mole (Erwinia carotovora) - essa bactéria é encontrada no solo.
Para infectar a planta, utiliza as feridas que estão presentes no colo da raiz, provocando
podridão-mole no caule, os tecidos ficam com uma cor marrom, é possível que apresentem
manchas dependendo das condições. Quando inicia a infecção, é possível observar nos frutos
áreas molhadas depois de evolucionarem a podridão dessas zonas.

Sintomas
Provoca um encharcamento do tecido, seguindo de podridão mole que avança rapidamente
externa e internamente. A área afectada é flácida e cede fácil à pressão dos dedos. Na fase final
da podridão, há desidratação e liberação de líquido fétido, devido à acção de bactérias
secundárias.

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Figura 8: Podridão mole do fruto (Foto do Autor)

3.1.9. Distúrbios fisiológicos

A figura 9 ilustra a ocorréncia de pertubaçao fisiológica que podem ser causadas por diversos
factores como a polinizaçao deficiária, adubaçao excessiva entre outros.

Figura 9: Deformações fisiológicas dos frutos

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3.1.10. Controlo de pragas

O controlo das pragas acima descritas foi feito com base nos métodos, químicos e culturais. No
que concerne ao método cultural fez-se o barramento da área útil com o uso de algumas plantas
de interesse secundário e para o método químico fez-se 3 (três) pulverizações ao longo do ciclo
da cultura do pepino, sendo:

- A primeira realizada aos 11 DAS a base do insecticida Cyphemethrin (200 g/L) , com objectivo
de controlar as pragas da espécie diabroticas que destruíam o caule das plântulas no período da
noite. Neste contexto a pulverização era realizada no período da tarde de modo que a coincidir
com o período que estas pragas saem do subsolo para cortar o caule das plântulas. O controlo foi
eficaz, sendo para tal usada a dose de 15 ml do produto para 20litros de água.

- A segunda actividade de controlo realizou-se ao 34 DAS na base do produto Lambda-


cihalothrin (50 g/L). A actividade teve como objectivo eliminar os insectos designados
diabrotica balteata segundo (CENTA, 2006) e aos gafanhotos elegantes, o controlo foi eficiente
e eficaz no combate aos insectos diabrotica balteatana na dose de 12.5 ml do produto para 20
litros de água, e não foi eficaz para o controlo do gafanhoto elegante. Sendo por isso a razão da
programação da terceira actividade de controlo.

A terceira actividade de controlo foi a base do insecticida Zacanaca (Cyhalothrin + Profenofos


64.8 % EC) na dose de 17ml do produto para 20litros de água. Esta actividade teve como alvo
controlar a praga gafanhoto elegante, que pode ser considerada a praga chave ao longo do ciclo
da cultura. O controlo foi eficaz, reduzindo em 90% o nível de infestação por essa praga.

De ressaltar que as medidas de controlo eram tomadas com base na amostragem de uma certa
população de praga em uma determinada área especifica. Por exemplo: para o controlo do
gafanhoto elegante a decisão foi tomada após terem sido seleccionadas 50 plantas de uma linha
onde 34% o que correspondia a 17 plantas apresentavam perfurações nas folhas causadas pela
praga e a existência da mesma era notável na área especifica.

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Figura 10 – Pulverização realizada aos 11 DAS (Foto do Autor)

3.2. Colheita

A colheita do pepino é realiza de forma manual ou mecânica entre os 40 a 55 dias depois da


sementeira (antes que as sementes completem seu crescimento e se endurece) sujeito a condições
climáticas. Neste cultivo os frutos se colhem em estado imaturo, geralmente o fruto deve ser
verde ou verde-escuro de endocarpo firme e brilhante.

Entretanto a primeira colheita foi realizada entre os dias 14 a 15 de Dezembro (44 a 45 DAS), o
processo consistia em cortar o fruto da planta sem danificar o pedúnculo, pois quando danificado
causavam ferimentos e desidratação rápida do fruto. Após colhido os frutos eram colocados em
caixas que permitiam a entrada de ar em todas partes e posteriormente transportados para o local
fresco e sombrio para o processo de lavagem.

Foram realizadas em média 7 (sete) colheitas em 0.5 há, e as decisões de quando colher eram
tomadas mediante a disponibilidade do fruto no campo na qualidade e tamanho preferido pelos
consumidores. A Tabela 1.ilustra as quantidades colhidas para cada número de colheita sem,
portanto, distinguir os frutos comercializáveis dos não comercializável.

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Tabela 1. Quantidade total de pepino colhido em 0.5 há.

N.de Quantidade
Colheita (Kg)
1 408
2 810
3 1855
5 2820
6 354
7 296
Total 6543

3.2.1. Tratamentos pós-colheita

Após a realização da colheita no campo, as caixas de pepino eram depositadas em um local


fresco e de boa aeração para serem feitos o processo de lavagem. A lavagem era feita com água
limpa e morna sem mistura de qualquer substância. Seguidamente passávamos para a fase de
selecção aonde descartava-se frutos que apresentavam danos de pragas, doenças, vírus,
deformações fisiológicas, danos por sol, danos mecânicos entre outros defeitos visuais. Após esta
selecção os frutos eram organizados nas caixas e em seguida pesados para posteriormente serem
transportados. (fig. 11 e 12)

Figura 11: Processo de lavagem e selecção. (Foto do Autor)

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Figura 12: A) Processo de pesagem e B) transporte do pepino. (Foto do autor)

3.3. Comercialização

A comercialização é o desempenho de todas as funções ou actividades envolvidas na


transferência de bens e serviços do produtor ao consumidor final.

Para analisar a cadeia de comercialização do pepino foram utilizados os conceitos contidos em


Batalha (1997). A cadeia produtiva do pepino na empresa AM é completa, pois envolve desde a
aquisição dos insumos no mercado até o ponto de chegada ao consumidor final.

Após serem realizadas os processos todos de produção do pepino, o transporte tinha como
destino os locais ou mercados de venda. O processo de comercialização do pepino para o período
de estágio na empresa AM foi realizado nos mercados centrais do posto administrativo de Caia-
sede, Sena, Murraça e o da cidade de Nampula.

Entretanto as vendas foram caracterizadas pelo comércio varejista e o comércio atacadista.


Sendo verificada as seguintes relações:

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Produtor => Atacadista

Nesse tipo de comércio, a empresa tinha mercado garantido para sua produção, já que a oferta de
pepino no distrito de Caia não é suficiente para abastecer os mercados administrativos.
Os atacadistas, para suprir a demanda, adquirem o produto de outros locais. Os fornecedores que
abastecem o distrito de Caia são do distrito de Gorongosa simplesmente.
Os atacadistas de Caia forneciam os produtos a varejistas.
Durante o processo de comercialização, os atacadistas são os que mais tiveram despesas: com
transporte (eles transportam o produto até os seus clientes varejistas); com armazenagem, pois o
produto ficava nos depósitos de dois a três dias.

Produtor => Varejista


Nesse comércio, a empresa entregava uma parte da produção directo ao varejo, sem passar pelo
atacadista. Ele recebe a um preço melhor, porém o varejista raramente comprava grandes
quantidades e a empresa corria o risco de perder tudo o que restou da produção.

O varejistas no distrito de caia era constituído de pessoas individuais, mercearias e lanchonetes.


Os varejistas sofriam perdas de 20% no preço em relação ao atacadista, pois suas despesas são
menores que as dos atacadistas. O produto não fica com os varejistas por mais do que dois dias e
estes não precisam arcar com os custos de transporte e armazenamento.

Figura 13: Venda a varejo no mercado central do distrito de Caia

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3.4. Manutenção e conservação do sistema de irrigação Localizado

3.4.1. Irrigação localizada

A eficiência da aplicação de água depende em grande parte, de uma adequada manutenção do


sistema de irrigação. Por manutenção, entendem-se todas as etapas que visam manter o
equipamento ou a estrutura implementada em condições de funcionamento adequado.

Canais, drenos, tubulações, motobomba, gotejadores, sistema de movimentação e outros


componentes apresentam desgastes e alterações que exigem acompanhamento ao longo do tempo
e, no momento oportuno, devem-se substituir os componentes e ajustar as estruturas. Não
existem recomendações gerais para um plano de manutenção, principalmente pela quantidade de
sistemas de irrigação e pela grande variabilidade de condições de funcionamento. Em alguns
casos os equipamentos vêm acompanhados de manuais que especificam a manutenção periódica
e contêm informações que devem ser ajustadas às condições, nas quais são utilizados.

A irrigação localizada é conceituada como sendo aquela em que a água é aplicada na superfície
ou subsuperfície do solo, próximo à planta, em pequenas intensidades e com grande frequência.
No gotejamento, aplicam-se vazões menores, de 2 a 10 L/h, gota a gota, diferentemente dos
aspersores com vazões aplicadas de forma pulverizada, na faixa de 20 a 150 L/h. São de alto
custo. Portanto, devem ser usados em culturas de alto retorno económico e a manutenção é
crucial.

O sistema completo de irrigação localizada disponível na empresa AM consta de um conjunto


de: moto-bomba e electrobomba, cabeçal de controlo, linhas de tubulações (de recalque,
principal, secundária e lateral), válvulas e emissores (gotejadores).

3.4.1.1. Processo de Manutenção

O processo de manutenção e o controlo de rega foi realizado ao longo de todo o período de


estágio e desenvolvimento das culturas. Na manutenção observou-se primeiro o sistema de
bombeamento se este proporcionava água em quantidade e pressão compatível com o sistema
utilizado. Para isso, foi necessário avaliar o funcionamento da motobomba, onde foram
substituídos e ajustando os componentes com problemas.

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As tubulações não deveriam perder água nas junções e as possíveis ocorrências foram
imediatamente eliminadas (fig. 14). As linhas gotejadoras, não devem ressecar, portanto no
período em que o sistema estivesse parado, as tubulações eram guardadas em locais onde as elas
ficavam protegidas da incidência directa dos raios solares, neste caso era por baixo das árvores.

Figura: 14 - Ilustração da perda de água nas tubulações por acidente físico.

No processo de manutenção os componentes responsáveis pela distribuição da água (difusores,


gotejadores) foram permanentemente observados e substituídos, pois a substituição ou a
recuperação daqueles que apresentam problemas promoviam ganhos significativos de
uniformidade. (fig: 15)

Figura 15: Operação de manutenção do cabeçal de controlo

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3.4.2. Desempenho dos sistemas

3.4.2.1. Determinação da uniformidade e eficiência da irrigação

Na irrigação por gotejamento, é recomendável, após a instalação do sistema e a cada dois anos de
funcionamento, determinar a uniformidade de irrigação. Para isto, tem-se que medir a vazão dos
gotejadores ao longo das linhas laterais e a pressão de funcionamento no início das linhas de
derivação ou no cabeçal de controlo, necessitando de provetas, cronómetro e manómetro.

No que concerne a determinação da uniformidade de irrigação as actividades iniciais consistiram


no cálculo da vazão média dos gotejadores. A principal preocupação para atingir a uniformidade
esperada é a variabilidade na vazão dos gotejadores em razão dos entupimentos, da variação de
pressão na linha e das características de fabricação (Mantovani, 2003).

Na Figura 7, estão apresentados esquemas de distribuição dos colectores no campo para a


realização de um teste de uniformidade para gotejamento em diversas hortícolas.

Figura 16 - Distribuição dos colectores para a realização de um teste de uniformidade.

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Conhecendo as vazões dos gotejadores, pode-se calcular a uniformidade de distribuição do


sistema por meio de várias equações. Com os valores de vazão dos emissores foram
determinados os coeficientes de Uniformidade de Christiansen, Uniformidade de Distribuição e
Eficiência de Aplicação, conforme as equações 3, 4 e 5.

|𝑞𝑖−𝑞̅
CCC = 100 (1 − ∑ )
𝑛.𝑞̅

(eq. 3)
Onde:
CUC = coeficiente de uniformidade de Christiansen (%);
qi = vazão de cada gotejador (L/h);
q = vazão média dos gotejadores (L/h);
n = número de gotejadores.

𝑞𝑛
CUD = ( 𝑞̅ ) x100

(eq. 4)
Onde:
CUD – é o Coeficiente de Uniformidade de Distribuição, em %;
qn - é a média dos 25% das vazões, com menores valores, em L h-1.

Ea = Ks x CUD
(eq. 5)

Ea – é a eficiência de aplicação, em %;
Ks – é o coeficiente de transmissividade (para este trabalho utilizou-se o valor de 90%).

Para simplificar o trabalho e o tempo necessários para calcula do coeficiente de uniformidade


usou-se o um outro método, proposto por Keller e Karmeli (1975), que recomenda a obtenção
das vazões em quatro pontos ao longo da linha lateral, ou seja, do primeiro gotejador, do
gotejador situado a 1/3 do comprimento, do gotejador a 2/3 do comprimento e do último
gotejador.

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Pelo método de Keller e Karmeli (1975), foram obtidos 4 pontos em uma distância de 50 metros,
onde a distância de um ponto para o outro estimava-se em uma média de 13 metros. A área total
usada para este cálculo foi de 2500 m2.

= linha de derivação o Linhas laterais  Emissores amostrados

Figura 17 – Esquema de amostragem dos emissores para a determinação dos coeficientes.

Para interpretação dos valores de CUC utilizou-se o critério da ASAE (1997), segundo o qual,
para sistemas que estejam em operação por um ou mais anos, valores de CUC maiores que 90%
são considerados como “excelentes”; entre 80 e 90%, “bons”; entre 70 e 80% “razoáveis”; entre
60 a 70% “ruins“; e menor que 60%, “inaceitáveis”.

Merriam e Keller (1978) apresentaram o seguinte critério para interpretação dos valores de CUD,
para sistemas que estejam em operação por um ou mais anos: maior que 90%, “excelente”; entre
80 e 90%, “bom”; 70 e 80%, regular e menor que 70%, “ruim”.

A tabela a seguir ilustra os valores obtidos na determinação dos valore de CUC, CUD, Ea e as
sua respectivas classificações conforme os dados ilustrados no anexo 2.

Tabela 2. Valor e interpretação do CUC, CUD e Ea

CUC CUD Ea

Valor 69.7% 97.0% 87.3%

Classificação Razoáveis Excelente Aceitável

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Os sistemas de irrigação funcionavam com bom desempenho da uniformidade de distribuição


(97%) e aceitável eficiência de aplicação da água (87.3%). Portanto os valores de CUD e Ea são
satisfatórios devido ao controlo periódico dos gotejadores realizado pelos funcionários da
empresa.

Nas condições do funcionamento do sistema de rega na empresa, é possível descrever as


seguintes vantagens e desvantagens do sistema de rega gota-gota:

São vantagens:
 Controle rigoroso da quantidade de água a ser fornecida para a planta;
 Baixo consumo de energia eléctrica;
 Possibilidade de funcionamento 24 horas por dia;
 Elevada eficiência de aplicação de água;
 Manutenção da humidade próxima à da capacidade de campo;
 Menor desenvolvimento de ervas daninhas entre linhas de plantio;
 Facilidade de distribuição de fertilizantes e outros produtos químicos junto à água de
irrigação; e
 Pouca mão-de-obra.

São desvantagens:
 Entupimento (principalmente para o gotejamento);
 Exigência de filtragem altamente eficiente.

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IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por mais que achemos detentores do conhecimento, as aprendizagens vivenciadas na prática e


principalmente em grupo, possibilitam conhecer mais sobre o comportamento de diferentes áreas
de trabalho. Não poderia concluir meu relatório sem reafirmar a importância que foi ter
conhecido e trabalhado com diferentes pessoas da área agrária, e à atenção dada pelo director
geral da empresa no ensinar e acompanhar todas as minhas actividades no campo.

A realização deste estágio junto a empresa AM me possibilitou mais do que vivenciar


experiências no campo, parte do meu conhecimento teórico ao longo destes cincos anos de
formação, mas também, proporcionou-me a experiência de trabalhar em equipa e junto a vários
segmentos da administração da empresa.

Durante o período do estágio pré-profissional foi possível adquirir conhecimentos sólidos sobre
técnicas de cultivo profissionalizado em espécies agrícolas, especialmente hortícolas. Nesse
período, foi possível trabalhar algumas espécies hortícolas de grande interesse comercial, como,
tomate, piripiri, e pepino, e culturas alimentares como milho e feijão vulgar, sendo no entanto
não descritas no relatório pois constituíam actividades suplementares do estagiário na empresa.

Todas as actividades assistidas e realizadas pelo estagiário foram executadas sempre com o
acompanhamento do supervisor e os funcionários (orientador), pois, do ponto de vista do
estagiário, ambos apresentam perfeita percepção para visualizar os problemas de campo.

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V. RECOMENDAÇÕES

 A filtragem da água (para evitar entupimento dos gotejadores),


 O nivelamento uniforme dos sulcos para facilitar a equitativa distribuição de água de
rega.
 Descrição de planos de actividades semanal do campo.
 Análise e controlo dos equipamentos precípuos para a realização das actividades.
 Treinamento dos funcionários na matéria do maneio de água.

No que concerto ao controlo da qualidade dos frutos de pepino na procedente campanha


recomenda-se:

 Não plantar próximo a lavouras velhas de tomate


 Fazer rotação de cultura e
 Pulverizar com fungicidas cúpricos ou antibióticos

São as básicas considerações que deixo a empresa AM, não obstante parabenizar aos esforços
empreendido pelos funcionários para a edificação e o alavancar da AgriResource Multiconsult.

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VI. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

 ALMEIDA, Domingos. Manual de culturas hortícolas.1 ed. Lisboa: Presença, 2006, 343
p.vol 1

 BATISTA, Josefa. Desempenho agronómico de híbridos e de níveis de adubação para o


cultivo orgânico do pepino no período chuvoso do cerrado. Brasília, 2011

 BERGAMIN F., A. KIMATI, H. AMORIM, L. et al. Manual de fitopatologia. 3ed. São


Paulo SP: agronómica Ceres LTda. ANO

 BLANCO, F.F.; FOLEGATTI, M.V. Manejo da água e nutrientes para o pepino em


ambiente protegido sob fertirrigação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental, v.6, n.2, p.251-255, 2002.

 FILGUEIRA, Fernando António Reis. Novo Manual de Olericultura, agrotecnologia


moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3 Ed., 2008,

 Fontes, P. C. R.; PUIATTI, M. Cultura do pepino. In: OLERICULTURA: teoria e prática.


Viçosa, MG: UFV, 2005. p. 439-455.

 KELLER, J.; KARMELI, D. Trickle irrigation design parameters. Transactions of the


ASAE, St. Joseph, v.17. 1974.

 MERRIAN, J.L.; KELLER, J. Farm irrigation system evaluation. Engineering


Departament, Utah State University. 1978.

 MINISTERIO DE ADMINISTRAÇÃO ESTATAL. 2005. Perfil do distrito de caia,


província da Sofala. Maputo.

 PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DO DISTRITO DE CAIA –


2006/2011; província de Sofala. Maputo.

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 YAGÜE, J. 1999. Técnicas de riego 2ª Ediciones Mundi Prensa-México.

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VII. ANEXOS

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Anexo 1: Dados usados para o cálculo das necessidades de agua de rega pelo modelo
CROPWAT

Cálculo da ETo com base nos dados climáticos mensais da estação agrária do
distrito de Caia, usados pelo modelo CROPWAT v.8.0

Country: Mozambique Station: Caia


Altitude: 42 m. Latitude: 17.49 °S Longitude: 35.20 °E

Month Min Temp Max Temp Humidity Wind Sun Rad ETo
°C °C % km/day hours MJ/m²/day mm/day
January 21.6 33.9 85 85 7.3 16.4 3.44
February 22.5 34.1 82 77 7 17.6 3.77
March 23.3 33.7 85 54 7.7 20.3 4.35
April 20 31.3 80 80 9.4 23.9 4.86
May 18 30.2 80 46 7.6 21.3 4.22
June 16.2 28.6 80 49 8.1 21.9 4.16
July 13.8 27.2 85 80 7.4 20.8 3.78
August 15.5 30 80 110 8 21.7 4.18
September 18.8 33.5 79 120 8 20.9 4.45
October 19.3 35 72 140 8 19.4 4.53
November 21.6 34.2 72 135 8.4 18.1 4.13
December 22.6 34.9 75 7 7.4 15.9 3.05

Average 19.4 32.2 80 82 7.9 19.8 4.08

Dados da cultura para cada fase de crescimento usados pelo modelo CROPWAT v.8.0

Crop Name: PEPINO Planting date: 31/10 : 16/07


Stage initial develop mid late total
Length (days) 20 30 30 15 95
KcValues 0.60 ---> 1.15 0.80
Rootingdepth (m) 0.20 ---> 0.60 0.60
Criticaldepletion 0.40 ---> 0.50 0.50
Yield response f. 0.40 1.10 0.80 0.40 1.05
Cropheight (m) 0.60

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Dados do solo usados pelo modelo CROPWAT v.8.0


Soil name:
FRANCOARGILOSO
General soil data:

Total available soil moisture (FC - WP) 180.0 mm/meter


Maximum rain infiltration rate 40.0 mm/day
Maximum rooting depth 900.0 cm
Initial soil moisture depletion (as % TA) 0%
Initial available soil moisture 180.0 mm/m

ETc e necessidades de água de rega calculadas pelo modelo CROPWAT v.8.0


ETostation: Caia Crop: PEPINO
Rainstation: Caia Planting date: 31/10

Month Decade Stage Kc ETc ETc Eff rain Irr. Req.


coeff mm/day mm/dec mm/dec mm/dec
Oct 3 Init 0.5 2.63 2.6 1.1 2.6
Nov 1 Init 0.5 2.7 27 10.1 16.9
Nov 2 Deve 0.5 2.79 27.9 8.8 19
Nov 3 Deve 0.62 3.27 32.7 14.9 17.8
Dec 1 Deve 0.79 3.89 38.9 21.4 17.4
Dec 2 Mid 0.94 4.39 43.9 26.5 17.4
Dec 3 Mid 0.96 4.54 49.9 32.7 17.2
Jan 1 Mid 0.96 4.57 45.7 40 5.7
Jan 2 Mid 0.96 4.61 46.1 46.6 0
Jan 3 Late 0.91 4.3 47.3 48.5 0
Feb 1 Late 0.77 3.59 25.1 37.3 0

387.1 287.8 114.2

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Anexo 2. Determinação da uniformidade e eficiência da irrigação

N.de Vazão em L/h


amostra (q) qi−𝑞̅
1 0.47 0.01125
2 0.45 -0.00875
3 0.46 0.00125
4 0.46 0.00125
5 0.45 -0.00875
6 0.46 0.00125
7 0.47 0.01125
8 0.46 0.00125
9 0.46 0.00125
10 0.47 0.01125
11 0.46 0.00125
12 0.44 -0.01875
13 0.46 0.00125
14 0.46 0.00125
15 0.47 0.01125
16 0.44 -0.01875
̅̅̅
𝑞 0.45875 ∑ 2.22045

n*𝑞
̅ 7.34

CUC = 69.7% ≈ 70%

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Anexo 3. Questionário de acompanhamento-Orientador de campo

Questionário de acompanhamento
Prezado Supervisor de Campo
A Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal vem solicitar a vossa informação sobre
o andamento do(a) estagiário(a) _________________________________________________.

A aplicação deste questionário tem por objectivo reunir informações que permitam a
Faculdade de Engenharia Agronómica avaliar a aperfeiçoar o programa de estágio
profissional supervisionado, presente no novo plano curricular e pedagógico. Para tais
informações, solicita-se o preenchimento criterioso deste instrumento.

1. Finalidade do sector/Departamento

1.1. O estagiário desempenhou satisfatoriamente suas funções? Justifique sua resposta.

R:____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________.

1.2. O estagiário busca o que fazer ou fica restrito ao que é solicitado?


R:___________________________________________________________________________.

2.Relacionamento interpessoal
2.1. O estagiário se relaciona bem com seus companheiros?

R:___________________________________________________________________________.

2.2. O estagiário se relaciona bem com seus superiores?


R:___________________________________________________________________________.

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3. Conhecimentos:

3.1. Quais são os conhecimentos específicos que o estagiário domina?

R:__________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________.

3.2. Quais são os conhecimentos que necessitam ser assimilados para melhorar o desempenho do
estagiário?

R:__________________________________________________________________________.

____________________________________________________________________________.

3.3.Quais são os conhecimentos adquiridos durante o estágio?


_____________________________________________________________________________.

__________, ____de___________________de 2017

_____________________________________________

Supervisor de Campo

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Anexo 4: Questionário de avaliação-Aluno

Nome do Aluno:

Semestre

Empresa

Nome e cargo do orientador de campo:

Prezado estudante,
A Nome e cargo do orientador de campo:
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal vem solicitar a vossa informação sobre o
andamento do seu estágio. A aplicação deste questionário tem por objectivo reunir informações
que permitam a Faculdade avaliar e aperfeiçoar o programa de estágio supervisionado, presente
no novo plano curricular e pedagógico. Sendo assim, solicita-se sua atenção para o
preenchimento criterioso deste instrumento.

1) Qual a carga horária do seu estágio?

( ) 2 horas ( ) 4 horas ( ) 6 horas

2) Descreva as principais actividades que você desenvolve no estágio.


R:___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________.

3) Em que medida o estágio contribui para o seu desenvolvimento profissional e pessoal?


( ) Não contribui ( ) Contribui parcialmente ( ) Contribui plenamente

4) Você avalia que o estágio está relacionado com o conjunto de disciplinas que você está
cursando?

( ) Não está relacionado ( ) Está parcialmente relacionado ( ) Está relacionado

5) Você está satisfeito com o seu estágio?


( ) Não estou satisfeito.

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( ) Estou parcialmente satisfeito.


( ) Estou plenamente satisfeito.

Em caso negativo, que acções você tomou?


R:___________________________________________________________________________.

6) Você sente a necessidade de alguma (s) disciplina (s) específica (s) que possa ajudar no
desenvolvimento do seu estágio?

( ) Sim ( ) Não

Se sim, qual(s)?__________________________________________________________.

7) Você indicaria algum colega para estagiar nessa instituição ou empresa?

( ) Sim ( ) Não
Justifique____________________________________________________________________

____________________________________________________________________.

8) Como é o acompanhamento das actividades de estágio na instituição/empresa?

( ) Bom ( ) Mau
Justifique______________________________________________________________.

____________________________________
Assinatura do estudante e data

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Anexo 5: Ficha de classificação pelo supervisor

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Anexo 6: Declaracao de estagio

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Anexo 7: Fotografia dos equipamentos usados ao longo do estágio

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