Glória (Deus) habita em nossa terra": YHWH.
Esse novo elemento divino,
em Provérbios 29:23. "'A soberba do
homem o abaterá, mas ao humilde de
espírito a Glória (Deus) o susterá".
M. Dahooh reconhece que o termo
de'oth, "conhecimento" ou "sabedo-
ria", identifica Deus através do atribu-
3.
to que essa palavra representa. Assim,
o texto de I Samuel 2:3. "porque o
Deus Sabedoria é YHWH", revela essa
identidade."
Uma antiga personificação da D i -
vindade era feita através da palavra
hashem, "o Nome". R. Abba. editor
do The Interpreter' s Dictionary of lhe
Bible, afirma que em Levítico 24:11.
Nome é usado para referir-se a
12
Deus. A interpretação desse texto
torna-se mais clara quando se consi-
dera que o filho da mulher israelita
blasfemou contra o Nome (Deus),
pelo qual o levaram perante Moisés.
Igualmente. Provérbios 22:1 sugere a
designação de Deus através do vocá-
bulo Nome. quando expressa que é
"preferível o Nome (Deus) a muitas
riquezas".
Outros vocábulos hebraicos, que
identificam os atributos da Divindade,
levam em forma hipocorística - redu-
ção do nome - a identidade do Deus
8 REVISTA ADVENTISTA • MAR96
geralmente um sufixo, é a voz YA.
Assim, o topônimo Moria ou Moriya
(Gên. 22:2) pode ser traduzido como
"meu Mestre é YA", caracterizando
YHWH como um Mestre."
Uma expressão semelhante é en-
contrada no Salmo 66:8. onde Deus
aparece identificado como Qol, a
"Voz". Assim, esse texto poderia ser
traduzido como: "Bendizei povos ao
nosso Deus, e fazei a Voz (Deus)
ouvir o Seu louvor". Segundo M .
Dahood, chegou-se a esse conceito
através da análise e comparação com
expressões similares da língua ugarí-
tica. onde aparecem os nomes:
Qoldn, a " V o z j u l g a " , e Qoly, a
14
"Voz é KA".
A relação dos nomes que personifi-
cam o Verdadeiro Deus revelado no
Antigo Testamento, pode ainda ser
ampliada através do avanço de estu-
dos bíblico-filológicos. Mas, até o
presente, pelo significado dos nomes
divinos já estabelecidos, é possível re-
conhecer mais profundamente a iden-
tidade de Deus e Seus atributos, e as-
sim o crente sincero pode encontrar
um motivo de comunhão e identifica-
ção com o Deus Supremo. •
Referências:
1.Citado por Robert M. Bulchins. Editor. Great
Books of the Western World. "The Great Ideas",
vol.1.pág. 5 5 2 .
2 . F. Nichol. Editor. S D A B C . Review and Herald As-
sociation.vol. 1. pág. 171.
James Orr. Editor. The International Standard Bi-
ble Encyclopedia, vol. 2 . pág. 1.254.
4. F. Nichol. Op Cit.. vol. 1. pig. 172. e J. Orr. Ibid.
5. C. I. Scofield. Nouvelle Edition de la Bible. Avec
Paralleles. Chaines de Referentes. Notes Expli-
catives et Commentaires de C. I. Scofield La
Societé Biblique de Gèneve. 1967. pág. 119.
6. Thomas Aquinas. Summa Theologica. First Part Q
2 . Art. 3 da coleção The Great Books of the Wes-
tern World, vol. I. págs. 12 e 13.
7. Comentário de C. I. Scofield. em Nouvelle Edition
de la Bible, pág. 2 8 .
8. Idem. págs. 3 4 e 3 5 .
9. Ruben Aguilar. "O Significado de Logos no Perío-
do Pré-Evangélico". na Revista Adventista.
10. Mitchell Dahood. sacerdote jesuíta, falecido em
1 9 8 1 . Foi professor de línguas semíticas c cunei-
forme, na Universidade de Roma. Estudioso, de
vasta erudição no campo da filologia bíblica. tem
contribuído muito na interpretação dos textos do
original hebraico para as línguas modernas. Para
informação do texto, ver M. Dahood: "Are the
Ebla Tablets Relevant to Biblical Research?" em
Biblical Archaeologist Review, set./out., 1 9 8 0 .
pág. 5 7 .
11. Idem. pág. 5 8 .
12. R. Abba. Editor The Interpreter's Dictionary of
the Bible, an. "Name", vol. 3. pág. 5 0 2 .
13. M. Dahood. "Eblaite and Biblical Hebrew", em
The Catholic Biblical Quarterly, vol. 4 4 . 1 9 8 2 .
pág. 16.
14. M. Dahood "The Ebla Tablets and Old testament
Theology", em Theological Digest. 27 ( 1 9 7 9 ) .
pág. 3 0 6 .