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O filme questiona a relação entre sujeito e trabalho, mostrando um homem inicialmente focado apenas em seu trabalho manual, ignorando sinais de problemas. Após um acidente, ele começa a questionar o sentido de sua vida e trabalho, percebendo que deve pensar por si mesmo em vez de ser uma máquina alienada. O filme também mostra como a falta de sentido e ergonomia no trabalho podem levar à degradação física e mental.
Исходное описание:
Análise do Filme "A Classe Operária Vai ao Paraíso"
Оригинальное название
Análise do Filme "A Classe Operária Vai ao Paraíso"
O filme questiona a relação entre sujeito e trabalho, mostrando um homem inicialmente focado apenas em seu trabalho manual, ignorando sinais de problemas. Após um acidente, ele começa a questionar o sentido de sua vida e trabalho, percebendo que deve pensar por si mesmo em vez de ser uma máquina alienada. O filme também mostra como a falta de sentido e ergonomia no trabalho podem levar à degradação física e mental.
O filme questiona a relação entre sujeito e trabalho, mostrando um homem inicialmente focado apenas em seu trabalho manual, ignorando sinais de problemas. Após um acidente, ele começa a questionar o sentido de sua vida e trabalho, percebendo que deve pensar por si mesmo em vez de ser uma máquina alienada. O filme também mostra como a falta de sentido e ergonomia no trabalho podem levar à degradação física e mental.
R.: Questionar a inter-relação entre sujeito e trabalho.
2. Quais os aspectos que impactaram em você? Por quê?
R.: O despertar do sujeito. No início do filme, concentrado, focado em seu trabalho, ignora todos os sinais de que algo está errado, como a dificuldade de comunicação com os colegas, as ameaças à sua integridade física durante as tarefas, os problemas sexuais com sua esposa. Ao longo do filme, após ter perdido um dedo em um acidente, começa a se questionar e percorre um caminho para tentar resgatar o sentido em sua vida, em seu trabalho. Ao final, percebe que, na verdade, deve pensar por si e não ser apenas um homem-máquina alienado. Isso me impactou porque vejo em muitos de meu grupo de conhecidos essa relação pejorativa com seu emprego. Não há prazer, não há significado. O trabalho deixa de ser uma vocação para ser apenas um dever, uma obrigação que deve ser cumprida para que se receba algo no final do mês que, este sim, lhes traga algum significado. Um colega, por exemplo, professor de inglês, me disse recentemente que não gosta de trabalhar, pois faz sempre a mesma coisa há vinte anos. Seu fazer é automático, sem prazer internamente. No exterior, porém, brinca e se mostra solícito, até um certo ponto. Muito parecido com o personagem principal do filme.
3. Quais os aspectos que para você impactam negativamente na Saúde do
Trabalhador? Justifique. R.: Em primeiro lugar, o desprezo por seus próprios desejos e necessidades em prol das demandas da produção. Ao colocar em primeiro lugar o trabalho, passa a exigir- se mais, física e mentalmente. Muito mais do que poderia dar, caminhando para seu adoecimento. Cito, também, a falta de sentido no trabalho. Sabe apenas que faz uma peça que entra em uma máquina que faz outra coisa que é muito importante, mas não sabe o que é nem o que faz, mas que deve ser importante. Essa falta de sentido aos poucos corrói sua energia, levando à degradação do corpo. Na parte prática, o aumento constante das demandas e a falta de ergonomia do trabalho também levavam a situações de fadiga que poderiam levar a acidentes, como de fato aconteceu com o protagonista. 4. Como imagina a atuação do Psicólogo neste campo de trabalho? R.: Acima de tudo, entendo que o Psicólogo deveria atuar de maneira independente dos demais empregados da empresa. Apenas assim teria a autonomia e a isenção para poder sugerir algo ou ter a cooperação dos funcionários para exercer seu trabalho. Com respeito à atuação em si, penso que deveria lidar com o resgate do sentido do trabalho e do desejo do sujeito. Como cito anteriormente, esses são dois pontos que impactavam negativamente na saúde do trabalhador.
5. Que outros aspectos vale a pena ressaltar?
R.: Me impressionou muito o desenrolar da história, e o fato como o diretor conectou dois diálogos aparentemente inocentes: primeiro, logo no início, o protagonista comenta com um novato que seu trabalho “até um macaco pode fazer”. Depois, após perder um dedo na tentativa de cumprir com sua função, vai visitar um colega que havia sido internado no hospício. Este lhe recebe e apresenta uma reportagem de um macaco que acreditava ser humano. Quase pude “ler” os pensamentos do protagonista: “se eu creio que um macaco pode fazer o meu serviço e há um macaco que pensa ser humano, quem me garante que eu mesmo sou humano?” Este foi um questionamento muito poderoso do filme.