Вы находитесь на странице: 1из 18

MOMENTOS FLETORES EM LAJES APOIADAS

EM VIGAS DESLOCÁVEIS

FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de; FURLAN JUNIOR, Sydney;


CARVALHO, Roberto Chust

Doutores em Engenharia Civil, Professores Adjuntos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

SUMÁRIO

A análise de pavimentos de edifícios é feita, classicamente, para cada elemento componente. Em


um sistema de lajes e vigas, analisam-se isoladamente as lajes, considerando-as como placas de
pequena espessura apoiadas no contorno em vigas que são admitidas como indeslocáveis. Supõe-se
ainda que:
a) as vigas estão apoiadas em pilares indeformáveis verticalmente;
b) as placas são constituídas de material elástico, isótropo, linear e têm pequenos deslocamentos;
c) a rotação dos contornos da placa ou é livre ou totalmente impedida;
d) as ações da placa nas vigas são uniformemente distribuídas e determinadas a partir da área de
influência de cada uma e do tipo de ligação entre placa e viga.
Um projeto assim executado apresenta resultados certamente distantes daqueles obtidos com um
cálculo mais próximo do real. Neste trabalho são calculados momentos fletores em diversas lajes
através do processo de analogia de grelhas e dos elementos finitos, em que o pavimento é tratado
integralmente, sem a discretização em lajes e vigas e sem considerar as vigas indeslocáveis.
Também foram calculadas placas elásticas com séries (método clássico), por meio das tabelas de
BARES (1972), adaptadas para coeficiente de Poisson ν=0,2. Nos dois últimos métodos foram
analisadas apenas placas isoladas. Várias alturas de vigas foram empregadas, representando-se
desde situações próximas às de lajes sem vigas até aquelas em que elas podem ser consideradas
como indeslocáveis.
Quase sempre o método clássico apresenta resultados inferiores aos obtidos por analogia de grelhas
e elementos finitos; entre estes dois, o dos elementos finitos apresenta valores menores. É possível
concluir que para pavimentos retangulares o método da analogia de grelhas é mais adequado.
Também os momentos fletores nas lajes em todos os pavimentos estudados, em maior ou em menor
medida, diminuem com o aumento da rigidez das vigas.
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

1. INTRODUÇÃO
A determinação dos esforços e deslocamentos de um pavimento de edifício é feita,
classicamente, através da análise individual de cada um de seus elementos componentes. Em um
sistema composto de lajes e vigas, analisam-se isoladamente as lajes, considerando-as como placas
de pequena espessura, apoiadas no contorno em vigas que são admitidas como indeslocáveis na
direção vertical, devido ao fato de terem rigidez bem superior às das lajes. Supõe-se ainda que as
vigas estão apoiadas em pilares indeformáveis na direção vertical. A partir dessas simplificações, as
principais hipóteses que são usualmente empregadas neste procedimento são:
a) as placas são constituídas de material elástico, isótropo, linear e têm pequenos deslocamentos;
b) a rotação dos contornos da placa ou é livre (apoio simples) ou totalmente impedida (engaste);
c) a ação da placa nas vigas de contorno se faz somente através de forças verticais, não havendo
transmissão de momentos de torção para as vigas;
d) admite-se que as ações da placa nas vigas são uniformemente distribuídas e determinadas a partir
da área de influência de cada uma e do tipo de ligação entre placa e viga;
e) no cálculo das placas consideram-se as vigas, no seu contorno, indeslocáveis na direção vertical;
A partir destas considerações é possível subdividir o pavimento em elementos constituintes
mais simples, como placas isoladas, vigas e pilares e assim, calcular cada componente. Entretanto, o
projeto executado dessa maneira deve apresentar resultados distantes daqueles que se obteria com
um cálculo mais próximo do real.
A literatura corrente, como pode ser visto em TIMOSHENKO (1959) e BARES (1972),
traz a solução de um grande número de placas retangulares com diversos tipos de carregamento e
situações de contorno, apresentando, ainda, tabelas com coeficientes que permitem calcular os
momentos os fletores máximos (positivos e negativos) e deslocamentos para várias relações entre as
dimensões dos lados da placa. Praticamente para todos estes casos são admitidas as hipóteses
simplificadoras descritas anteriormente.

2. OBJETIVOS
O objetivo é estudar os momentos fletores em lajes de pavimentos de edifícios, com as lajes
e vigas trabalhando de forma integrada. Elas serão analisadas através do processo de analogia de
grelhas (o pavimento é substituído por uma grelha equivalente), e com o método dos elementos
finitos, comparando os resultados, sempre que possível, com o cálculo clássico.
Com esse objetivo serão calculadas placas considerando apoio indeslocável e, também,
apoiadas, no seu contorno, em vigas deformáveis, com variação, para uma mesma placa, da inércia
das vigas, com alturas desde valores que representem situações próximas de apoio indeslocável
verticalmente, até valores próximos ao da espessura da placa (situação que no limite representaria
laje sem vigas).
Este trabalho é complementação de um anterior de autoria do autor [FIGUEIREDO
FILHO, J. R. & FERNANDES, D. L. (1997)], com a colaboração de dois outros professores, com
a análise de um número maior de situações e cálculo dos esforços também pelo método dos
elementos finitos.

3. MÉTODOS DE CÁLCULO
A seguir apresentam-se resumidamente os métodos de cálculo que serão utilizados no
desenvolvimento do trabalho: clássico, analogia de grelhas e elementos finitos.
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

3.1. Determinação dos esforços em placas - método clássico


O método clássico para o cálculo dos esforços em placas fundamenta-se na teoria da
elasticidade, onde se supõe que ela seja constituída de material homogêneo e isótropo, com
comportamento linear. Na determinação dos esforços e deslocamentos admite-se que:
• a placa é constituída de material elástico que segue a lei de Hooke;
• a espessura h da placa é pequena;
• os deslocamentos verticais w são pequenos em relação à espessura h;
• os deslocamentos horizontais dos pontos do plano médio são desprezíveis;
• as retas normais ao seu plano médio mantém-se normais à superfície média da placa deformada;
• os apoio da placa são indeslocáveis.
Fazendo o equilíbrio de um elemento genérico de uma placa, obtém-se uma equação
diferencial, conhecida como equação fundamental das placas (equação de Lagrange), que apresenta
solução para poucos casos. Por essa razão se recorre a soluções aproximadas, obtendo os
deslocamentos como uma soma de funções elementares que satisfaçam as condições de contorno;
uma das possibilidades é obtê-los através de uma série dupla de Fourier. Esses métodos se aplicam
preferencialmente para elaboração de tabelas de esforços em placas.

3.2. Método dos elementos finitos


O método dos elementos finitos consiste em calcular uma estrutura, por exemplo um sistema
lajes e vigas, subdividindo a placa em elementos de dimensão finita, quadrangulares ou triangulares,
conectadas por pontos nodais, impondo-se nestes pontos a compatibilidade de esforços e
deslocamentos.

3.3. Analogia de grelhas


A analogia de grelhas consiste na representação de placas e vigas substituindo-se a placa por
uma malha equivalente de barras com as mesmas características, o que torna simples a obtenção dos
esforços e deslocamentos, através dos programas de computadores.
Este processo de cálculo, ao tratar o pavimento de maneira integrada, também permite que
não se façam tantas simplificações quanto como nas hipóteses adotadas para o cálculo em separado
dos elementos (método tradicional):
• a resolução do pavimento de forma integrada permite na capacidade de rotação de uma laje, a
rigidez das vizinhas;
• as vigas podem ser consideradas como elementos deformáveis verticalmente;
• é possível modelar mais adequadamente a interação entre as lajes e as vigas;
• é possível considerar facilmente, nas lajes, cargas não uniformemente distribuídas, como por
exemplo cargas lineares.
As técnicas para a adoção de uma grelha equivalente e as características geométricas e
elásticas dos seus elementos podem ser encontradas em HAMBLY [1976], e citadas também em
FIGUEIREDO FILHO [1989] e CARVALHO [1994]. Aqui foi utilizado o programa GPLAN,
desenvolvido no Departamento de Estruturas da EESC-USP.
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

4. PAVIMENTOS CONSIDERADOS NO ESTUDO


No estudo foram analisados pavimentos com diferentes dimensões e composição, mostrados
na seqüência. Nesses exemplos foram utilizadas vigas com altura de 35 cm, 70 cm e 200 cm, além
dos apoios admitidos indeslocáveis; o momento de inércia à torção das vigas do contorno foi
sempre desprezado, no método da analogia de grelhas, para simular condição de apoio simples das
lajes sobre as vigas.
As características mecânicas do concreto, de acordo com a NBR-6118 são: módulo de
deformação longitudinal E = 2,85×107; módulo de defromação transversal G = 1,18×107. Todos os
pavimentos estão submetidos à carregamento de 5 kN/m2, as lajes têm espessura de 8 cm e as vigas
largura de 12 cm.

4.1. Pavimentos isolados


Três pavimentos compostos de uma única laje foram estudados: um quadrado, denominado
PQ (4m × 4m); um retangular, PR1 (4m × 6m); um retangular, PR2 (4m × 8m). Os pavimentos
com essas dimensões foram calculados para as seguintes situações:
• apoiados no contorno;
• em pilares sem vigas;
• em pilares e vigas de 35 cm;
• em pilares e vigas de 70 cm;
• em pilares e vigas de 200 cm.
As figuras 1 a 3 ilustram esses pavimentos, com a nomenclatura das vigas do contorno.

FIGURA 1. Pavimento quadrado - PQ - apoiado no contorno e em quatro pilares

FIGURA 2. Pavimento retangular - PR2 - apoiado no contorno e em quatro pilares


JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

FIGURA 3. Pavimento retangular - PR1 - apoiado no contorno e em quatro pilares

4.2. Pavimentos compostos de duas lajes


Nos pavimentos compostos de duas lajes é possível verificar também se as vigas
intermediárias trabalham como apoios para as lajes ou funcionam apenas como um engrossamento
das mesmas; para isto esses pavimentos serão apoiados em pilares apenas nos quatro cantos.
Serão considerados pavimentos com dois painéis quadrados - P2Q (4m × 4m), dois painéis
retangulares - P2Ra (4m × 6m) sendo a viga intermediária de comprimento igual a 6m, e dois
painéis também de mesmas dimensões - P2Rb (6m × 4m) mas com a viga intermediária de
comprimento igual a 4m. Esses pavimentos (figuras 4, 5 e 6) foram calculados para as seguintes
situações, com vigas de 35 cm, 70 cm e 200 cm:
• apoiados no contorno;
• apoiados em seis pilares;
• apoiados em quatro pilares.

FIGURA 4. Pavimento (P2Q) com duas lajes (4m × 4m):


apoio no contorno, em seis pilares e em quatro pilares
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

FIGURA 5. Pavimento (P2Ra, 4m × 6m): apoio no contorno, em seis e em quatro pilares

FIGURA 6. Pavimento (P2Rb, 6m × 4m): apoio no contorno, em seis e em quatro pilares


JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

4.3. Resumo dos pavimentos estudados


Em virtude do grande número de pavimentos estudados, faz-se a seguir um resumo das
várias situações.
PQ − pavimento com um painel quadrado (4m × 4m);
PR1 − pavimento com um painel retangular (4m × 6m);
PR2 − pavimento com um painel retangular (8m × 4m);
P2Q − pavimento com dois painéis quadrados (4m × 4m);
P2Ra − pavimento com dois painéis retangulares (4m × 6m) e viga central (V04) com l=6m;
P2Rb − pavimento com dois painéis retangulares (6m × 4m) e viga central (V04) com l=4m.
Cada um desses pavimentos foi analisado com diversas variações: condições de apoio (apoio
no contorno, em quatro ou em seis pilares) e altura das vigas (sem vigas, 35cm, 70cm e 200cm).

5. RESULTADOS DOS MOMENTOS FLETORES NAS LAJES


Apresentam-se nos próximos itens informações sobre os métodos de cálculo e os resultados
dos momentos fletores. No método clássico, são indicados apenas os valores máximos.

5.1. Método de analogia de grelhas


Para o cálculo dos momentos fletores e deslocamentos, o pavimento é discretizado em
malha composta de elementos de barras. Para ilustrar mostra-se o pavimento PQ, neste caso apoiado
em contorno indeslocável, sem vigas; são indicados os nós (figura 7) e os elementos de barras
(figura 8) empregados na obtenção da grelha equivalente. Nas duas figuras pode-se notar que nos
nós da periferia existe uma indicação diferente dos demais, significando que nestes nós há alguma
restrição de movimento, no caso, ao deslocamento vertical, significando apoio indeslocável em todo
o contorno. Cada linha de barras está representando uma faixa de laje de largura de 0,5 m
(dimensão das malhas, quadradas), com exceção das barras do contorno cuja largura é a metade.

FIGURA 7. Numeração dos nós da grelha equivalente para o cálculo do pavimento PQ


JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

FIGURA 8. Numeração dos elementos da grelha equivalente para o cálculo do pavimento PQ

5.2. Método dos elementos finitos


Para o cálculo com elementos finitos foi empregado, nos casos de placas isoladas, o
programa computacional “CYPECAD 3D”, que utiliza elementos retangulares, de malha quadrada,
com dimensões 0,25 m × 0,25 m.

5.3. Cálculo por meio de tabelas - método clássico


O cálculo dos esforços das lajes isoladas (consideradas apoiadas em contorno indeslocável)
será fetuado pelo processo de resolução de placas elásticas com séries, baseado nas soluções de
BARES (1972), por meio de tabelas adaptadas para o coeficiente de Poisson (ν) igual a 0,2.

5.4. Resultados
A seguir estão apresentados, em tabelas e gráficos para facilitar a interpretação, os
resultados dos momentos fletores máximos nas lajes para todos os casos, nas direções x e y, tanto os
positivos quanto os negativos, quando for o caso. O método dos elementos finitos será empregado
apenas para os casos de pavimentos isolados.
Uma outra observação importante é que nas tabelas e gráficos, no cálculo clássico (Bares)
não foram colocados resultados para os casos de lajes sem vigas, pois o método não se aplica a
situações de apoio deslocável, característica intriseca desse sistema estrutural.

5.4.1. Resultados dos momentos máximos positivos para os pavimentos com lajes isoladas
Os momentos máximos positivos no centro das placas isoladas, nas direções x e y,
calculados através dos três métodos e para as diversas situações de dimensões e apoios, estão
relacionados na tabela 1. Os resultados podem ser organizados também em gráficos, o que facilita a
visualização e comparação entre eles. Entretanto, serão mostrados apenas como exemplos, gráficos
com momentos no centro dos painéis dos pavimentos isolados PQ (gráfico 1) e PR1 (gráficos 2 e 3)
para as diversas alturas das vigas do contorno, comparando os três métodos de cálculo, e gráfico 4,
com momentos My no centro do painel do pavimento isolado PR2, para os três métodos de cálculo,
comparando as diversas alturas de vigas.
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

TABELA 1. Lajes isoladas simplesmente apoiadas: máximos momentos positivos (kNm/m)


CONDIÇÕES ALTURA MOMENTOS POSITIVOS
PAVIMENTO DE DAS analogia de grelhas elementos finitos tabelas de Bares
APOIO VIGAS MX MY MX MY MX MY
4 pilares sem 13,680 13,680 7,645 7,645 ---- ----
PQ 4 pilares 35 cm 3,874 3,874 2,506 2,506 3,528 3,528
quadrado 4 pilares 70cm 3,648 3,648 1,492 1,492 3,528 3,528
(4m×4m) 4 pilares 200 cm 3,608 3,608 1,467 1,467 3,528 3,528
contorno sem 3,364 3,364 1,467 1,467 3,528 3,528
4 pilares sem 25,344 17,780 20,243 17,053 ---- ----
PR1 4 pilares 35 cm 4,506 6,398 2,382 2,551 3,400 6,288
retangular 4 pilares 70 cm 2,955 6,744 1,292 2,730 3,400 6,288
(6m×4m) 4 pilares 200 cm 2,759 6,812 1,104 2,764 3,400 6,288
contorno sem 2,563 6,468 1,116 2,762 3,400 6,288
4 pilares sem 42,048 28,624 39,182 31,755 ---- ----
PR2 4 pilares 35 cm 5,879 8,582 3,558 2,997 2,912 8,000
retangular 4 pilares 70 cm 3,069 9,514 1,138 3,430 2,912 8,000
(8m×4m) 4 pilares 200 cm 2,720 9,686 0,721 3,506 2,912 8,000
contorno sem 2,453 9,280 0,750 3,501 2,912 8,000

Gráfico 1. Momentos (Mx=My) para os pavimentos PQ

M 14
Analogia Grelhas
12
Elementos Finitos
10
Tabelas Bares
8

0
SV V35 V70 V200 Cont.

Gráfico 2. Momentos Mx para os pavimentos PR1


30
Mx
25
Analogia Grelhas
20 Elementos Finitos
Tabelas Bares
15

10

0
SV V35 V70 V200 Cont.
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

Gráfico 3. Momentos My para os pavimentos PR1


18
My
16 Analogia Grelhas
14 Elementos Finitos
12 Tabelas Bares
10
8
6
4
2
0
SV V35 V70 V200 Cont.

Gráfico 4. Momentos My para os pavimentos PR2

My 35
SV
30
V35
25
V70
20 V200
15 Contorno

10

0
Analogia Grelhas Elementos Finitos Tabelas Bares

5.4.2. Momentos nas lajes dos pavimentos compostos (quatro e seis pilares)
Nos pavimentos compostos de duas lajes e apoiados em pilares nos quatro cantos, não foi
efetuado o cálculo de pavimentos sem vigas, pois seriam, na verdade, pavimentos comportando-se
como isolados, com dimensão igual ao total das duas lajes que os compõem. Nos pavimentos
apoiados em seis pilares o cálculo foi feito para todas as situações. Nestes casos não foram
efetuados cálculos com o método dos elementos finitos.Os valores estão nas tabelas 2 e 3 e, como
exemplo:
• nos gráficos 5 e 6 (momentos máximos positivos MX no pavimento P2Q composto, apoiado em
quatro e em seis pilares para as diversas alturas das vigas, comparando os dois métodos);
• nos gráficos 7 e 8 (momentos máximos positivos MY no pavimento P2Q composto, apoiado em
quatro e em seis pilares para as diversas alturas das vigas, comparando os dois métodos);
• nos gráficos 9 e 10 (momentos negativos XX no pavimento P2Q composto, apoiado em quatro e
em seis pilares para as diversas alturas das vigas, comparando os dois métodos);
• nos gráficos 11, 12 e 13 (momentos (MX, MY, XX) no pavimento P2Q composto para as
diversas alturas das vigas, comparando as situações com quatro e seis pilares).
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

TABELA 2. Pavimentos apoiados em quatro pilares, compostos de duas lajes: momentos


máximos positivos (MX, MY) e negativo (XX)
CONDIÇÕES ALTURA momentos positivos e negativos (junto à viga interna) - kNm/m
PAVIMENTO DE DAS analogia de grelhas tabelas de Bares
APOIO VIGAS MX MY XX MX MY XX
P2Q 4 pilares 35 cm 5,778 3,172 ---- 3,152 2,328 -6,816
quadrado 4 pilares 70cm 3,610 2,412 -5,976 3,152 2,328 -6,816
2 (4m×4m) 4 pilares 200 cm 3,293 2,282 -7,122 3,152 2,328 -6,816
contorno sem 3,095 2,206 -6,950 3,152 2,328 -6,816
P2Ra 4 pilares 35 cm 4,941 3,630 ---- 4,616 1,696 -9,016
retangular 4 pilares 70 cm 3,368 0,804 -3,018 4,616 1,696 -9,016
2 (4m×6m) 4 pilares 200 cm 2,881 0,607 -4,834 4,616 1,696 -9,016
x=4m, y=6m contorno sem 2,819 0,531 -4,942 4,616 1,696 -9,016
P2Rb 4 pilares 35 cm 10,912 5,700 ---- 3,344 5,280 -8,984
retangular 4 pilares 70 cm 3,907 5,630 -7,065 3,344 5,280 -8,984
2 (6m×4m) 4 pilares 200 cm 3,012 5,616 -9,268 3,344 5,280 -8,984
a=6m, y=4m contorno sem 2,809 5,504 -9,178 3,344 5,280 -8,984

TABELA 3. Pavimentos apoiados em seis pilares (encontros vigas), compostos de duas lajes:
momentos máximos positivos (MX, MY) e negativo (XX)
CONDIÇÕES ALTURA momentos positivos e negativos (junto à viga interna) - kNm/m
PAVIMENTO DE DAS analogia de grelhas tabelas de Bares
APOIO VIGAS MX MY XX MX MY XX
6 pilares sem 9,470 12,934 -30,668 ---- ---- ----
P2Q 6 pilares 35 cm 3,088 3,528 -5,716 3,152 2,328 -6,816
quadrado 6 pilares 70 cm 3,245 2,412 -6,942 3,152 2,328 -6,816
(4m×4m) 6 pilares 200 cm 3,276 2,282 -7,168 3,152 2,328 -6,816
contorno sem 3,095 2,206 -6,950 3,152 2,328 -6,816
P2Ra 6 pilares sem 13,780 24,198 -45,308 ---- ---- ----
retangular 6 pilares 35 cm 4,655 4,664 -5,712 4,616 1,696 -9,016
2 (4m×6m) 6 pilares 70 cm 4,908 1,974 -8,618 4,616 1,696 -9,016
a=4m 6 pilares 200 cm 4,942 1,719 -9,246 4,616 1,696 -9,016
b=6m contorno sem 4,800 1,578 -9,118 4,616 1,696 -9,016
P2Rb 6 pilares sem 15,690 17,542 -55,084 ---- ---- ----
retangular 6 pilares 35 cm 3,556 5,748 -8,542 3,344 5,280 -8,984
2 (6m×4m) 6 pilares 70 cm 3,063 5,632 -9,246 3,344 5,280 -8,984
a=6m 6 pilares 200 cm 2,987 5,510 -9,370 3,344 5,280 -8,984
b=4m contorno sem 2,809 5,504 -9,178 3,344 5,280 -8,984
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

Gráfico 5. Momentos Mx para P2Q (4pilares) Gráfico 6. Momentos Mx para P2Q (6pilares)

6 Analogia Grelhas 3,3 Analogia Grelhas


5 Tabelas Bares 3,25 Tabelas Bares
4 3,2
Mx Mx 3,15
3
3,1
2 3,05
1 3
0 2,95
V35 V70 V200 Cont. V35 V70 V200 Cont.

Gráfico 7. Momentos My para P2Q (4pilares) Gráfico 8. momentos My para P2Q (6pilares)

3,5 Analogia Grelhas 4 Analogia Grelhas


3 Tabelas Bares 3,5 Tabelas Bares
2,5 3
My 2 My 2,5
2
1,5
1,5
1
1
0,5 0,5
0 0
V35 V70 V200 Cont. V35 V70 V200 Cont.

Gráfico 9. Momentos Xx para P2Q (4pilares) Gráfico 10. Momentos Xx para P2Q (6 pilares)

V35 V70 V200 Cont. V35 V70 V200 Cont.


0 0
-1 -1
-2 Grelhas -2 Grelhas
Xx -3 Bares Xx -3 Bares
-4 -4
-5 -5
-6 -6
-7 -7

Gráfico 11. Momentos Mx para os Gráfico 12. Momentos My para os


pavimentos P2Q pavimentos P2Q
6 4
4 pilares
3,5 4 pilares
5 6 pilares
3 6 pilares
Mx 4 My 2,5
3 2

2 1,5
1
1 0,5
0 0
V35 V70 V200 Cont. V35 V70 V200 Cont.

Gráfico 13. Momentos Xx para os


pavimentos P2Q
V35 V70 V200 Cont.
0
-1
4 pilares
-2
6 pilares
-3
Xx
-4
-5
-6
-7
-8
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

6. ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES


A partir dos resultados encontrados para os momentos nas lajes para os diversos tipos de
pavimentos (quadrados, retangulares e compostos) e métodos de cálculo, seguem-se as principais
análises observadas e as principais conclusões.

6.1. Análise dos métodos de cálculo


O cálculo com o método dos elementos finitos foi efetuado para os pavimentos isolados
(PQ, PR1 e PR2); nos compostos (P2Q, P2Ra e P2Rb), apenas com analogia de grelhas e clássico.

6.1.1. Pavimentos isolados


O método clássico, utilizando as tabelas de Bares, na maioria das situações apresentou
resultados inferiores aos encontrados com os outros dois métodos, principalmente nas lajes apoiadas
em vigas, pois neste método não há distinção das condições de apoio (o contorno é sempre admitido
como indeslocável).

a) Pavimentos sem vigas


Nas situações de pavimentos sem vigas não tem sentido comparações com o método
clássico, pois nesse sistema os apoios são sempre indeslocáveis. Entre os outros métodos, o dos
elementos finitos apresenta um único valor maior (10,94% para My em PR2), mas é inferior em
todos os outros, chegando a 44,12% no pavimento PQ.

b) Pavimentos com apoio indeslocável


Quando o contorno não sofre deslocamento vertical, o método clássico fica bastante
próximo da analogia de grelhas (na maioria um pouco maiores), e ambos com valores bem maiores
que os do método dos elementos finitos. Com a tabela 4 (derivada da tabela 1), que apresenta a
relação MX/MX,Bares e MY/MY,Bares é possível observar:
pavimento PQ (MX=MY):
• Bares é 4,9% maior que grelhas (3,528 kNm/m para 3,364 kNm/m) e 140,5% maior que
elementos finitos (3,528 kNm/m para 1,467kNm/m);
pavimento PR1:
• MX − Bares é 32,7% maior que grelhas e 204,7% maior que elementos finitos;
• MY − Bares é 2,8% menor que grelhas e 127,7% maior que elementos finitos;
pavimento PR2:
• MX − Bares é 18,7% maior que grelhas e 288,3% maior que elementos finitos;
• MY − Bares é 13,8% menor que grelhas e 128,5% maior que elementos finitos.

c) Pavimentos apoiados em vigas


Nos casos onde as lajes estão apoiadas em vigas, os valores dos momentos encontrados com
o método clássico são iguais aos anteriores, pois não há distinção em função das condições de apoio
(sempre admitido como indeslocável). Os determinados com analogia de grelhas e elementos finitos
crescem de acordo com a maior flexibilidade das vigas de apoio, com os deste último sendo bem
menores que os primeiros, inclusive em relação aos valores obtidos com as tabelas de Bares. Isto
reforça a decisão tomada em continuar os cálculos apenas com a analogia de grelhas. Algumas
análises podem ser feitas (tabela 4):
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

• analogia de grelhas: As maiores diferenças em relação ao método clássico estão, como


esperado, nas lajes apoiadas em vigas de 35 cm de altura: 9,8% maior em MX e MY no
pavimento PQ até 101,9% maior em PR2; em algumas situações para outras alturas de vigas as
diferenças são menores.

• elementos finitos: Apenas um dos valores é maior que o método clássico (22,2% em MX em
PR2 com viga de 35 cm); todos os demais são menores, variando de 40,8% em MX e MY para
PQ com vigas de 35 cm até 303,2% em PR2 com vigas de 200 cm de altura.

TABELA 4. Lajes isoladas: valores dos momentos positivos em relação às tabelas de Bares
CONDIÇÕES ALTURA MOMENTOS POSITIVOS
PAVIMENTO DE DAS analogia de grelhas elementos finitos tabelas de Bares
APOIO VIGAS MX MY MX MY MX MY
PQ 4 pilares 35 cm 1,098 1,098 0,710 0,710 1,000 1,000
quadrado 4 pilares 70cm 1,034 1,034 0,423 0,423 1,000 1,000
(4m×4m) 4 pilares 200 cm 1,023 1,023 0,416 0,416 1,000 1,000
contorno sem 0,954 0,954 0,416 0,416 1,000 1,000
PR1 4 pilares 35 cm 1,325 1,017 0,701 0,406 1,000 1,000
retangular 4 pilares 70 cm 0,869 1,073 0,380 0,434 1,000 1,000
(6m×4m) 4 pilares 200 cm 0,811 1,083 0,325 0,440 1,000 1,000
contorno sem 0,754 1,029 0,328 0,439 1,000 1,000
PR2 4 pilares 35 cm 2,019 1,073 1,222 0,375 1,000 1,000
retangular 4 pilares 70 cm 1,054 1,189 0,391 0,429 1,000 1,000
(8m×4m) 4 pilares 200 cm 0,934 1,211 0,248 0,438 1,000 1,000
contorno sem 0,842 1,160 0,258 0,438 1,000 1,000

6.1.2. Pavimentos compostos


As análises baseiam-se nas tabelas 2 (pavimentos apoiados em quatro pilares) e 3 (apoiados
em seis pilares) e gráficos; os espaços em branco na tabela 2 (XX em P2Q, P2Ra e P2Rb com vigas
de 35 cm) significa que os valores não são significativos. Para o método clássico não há diferença
entre os pavimentos apoiados em quatro ou em seis pilares, pois o cálculo é feito para cada laje
isoladamente. Cabe relembrar que as comparações não se aplicam aos casos sem vigas.
• Os valores dos momentos positivos para analogia de grelhas com vigas de 35 cm são maiores
que os de Bares, quase sempre caindo á medida que a altura da viga aumenta, chegando até a
valores bem próximos nos casos com apoio indeslocável (a maior diferença se dá no pavimento
P2Ra com quatro pilares, sendo MX,Bares = 1,64 MX,grelhas); para as outras alturas de vigas, o
método clássico quase sempre fornece valores pouco maiores. Fica clara a necessidade de se
levar em consideração a flexibilidade das vigas.
• Com os momentos negativos ocorre o contrário, com os valores pela analogia de grelhas
crescendo com o aumento da altura das vigas, chegando também a valores próximos aos do
método clássico para os casos indeslocáveis; a exceção fica com o pavimento P2Ra para todas as
condições de apoio, provavelmente devido às suas dimensões (na situação de contorno
indeslocável tem-se (XX,Bares = 1,82 XX,grelhas).
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

6.2. Análise da relação entre os momentos MY e MX


A relação MY/MX pode ser vista na tabela 5 para os casos isolados (nos pavimentos
quadrados a relação é sempre igual a 1); os valores crescem ao se aumentar os vãos e a rigidez dos
apoios, e tanto para a analogia de grelhas quanto para os elementos finitos a relação é maior do que
o apresentado pelo método clássico, já a partir das lajes apoiadas em vigas com 70 cm de altura para
os dois pavimentos retangulares (PR1 e PR2). No pavimento PR2 onde uma dimensão é o dobro da
outra, o maior momento (MY) é bem maior que o menor (MX) - 278,3% - mas mesmo assim existe
MX , caracterizando que esta não é uma laje armada apenas em uma direção.
No caso das lajes sem vigas a situação se inverte, pois a ausências das vigas faz com que os
maiores momentos se dêem segundo o maior vão, o que fica explícito ao se observar os valores da
primeira linha da tabela 5, onde MX é maior que MY; não foram colocados os valores do cálculo
clássico pois, como já adiantado, eles não têm significado.

TABELA 5. Relação MY/MX para os pavimentos retangulares PR1 e PR2


CONDIÇÕES ALTURA MOMENTOS POSITIVOS
PAVIMENTO DE DAS analogia grelhas elementos tabelas de Bares
finitos
APOIO VIGAS MY/MX MY/MX MY/MX
4 pilares sem 0,702 0,843 ----
PR1 4 pilares 35 cm 1,420 1,071 1,849
retangular 4 pilares 70 cm 2,282 2,113 1,849
(6m×4m) 4 pilares 200 cm 2,469 2,504 1,849
contorno sem 2,524 2,475 1,849
4 pilares sem 0,681 0,810 ----
PR2 4 pilares 35 cm 1,460 0,842 2,747
retangular 4 pilares 70 cm 3,100 3,014 2,747
(8m×4m) 4 pilares 200 cm 3,561 4,863 2,747
contorno sem 3,783 4,668 2,747

6.3. Análise da influência da altura das vigas


A influência da altura das vigas (aumento da rigidez) nos momentos fletores nas lajes pode
ser vista nas tabelas e gráficos do item 5 e nas tabelas 6, 7 e 8, onde são apresentados os valores de
cada situação em relação àqueles com apoios indeslocáveis. A análise levará em conta apenas os
resultados obtidos com a analogia de grelhas, visto que já foi observado que com apoios rígidos os
valores são bastante próximos.

6.3.1. Pavimentos isolados


Para os pavimentos isolados (tabela 6) é possível observar:
• Nas situações sem vigas a diferença entre os seus momentos e os das lajes com vigas é sempre
grande, chegando no pavimento PR2 (que tem vão maior de 8 m) MX ser 17,14 vezes maior que
o da laje indeslocável e 7,15 maior que o da com viga de 35 cm. As diferenças para MX
aumentam à medida que os vãos também aumentam; o mesmo não ocorre com MY , pois nessa
direção os vãos permaneceram fixos.
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

• Ao aumentar a rigidez das vigas, os momentos MX diminuem em todos os pavimentos, chegando


a valores próximos dos apoios indeslocáveis para as vigas de 200 cm; nos pavimentos
retangulares, MY cresce muito lentamente (é quase constante) com o aumento da rigidez. É
desfavorável para os momentos na direção do maior vão admitir sempre lajes com apoio
indeslocável.

TABELA 6. Relação entre os momentos nas lajes para as várias alturas de vigas e os
momentos naquelas com apoios indeslocáveis - pavimentos isolados
CONDIÇÕES ALTURA Mviga/Mindesl.
PAVIMENTO DE DAS analogia de grelhas
APOIO VIGAS MX MY
4 pilares sem 4,067 4,067
PQ 4 pilares 35 cm 1,152 1,152
quadrado 4 pilares 70cm 1,084 1,084
(4m×4m) 4 pilares 200 cm 1,073 1,073
contorno sem 1,000 1,000
4 pilares sem 9,888 2,759
PR1 4 pilares 35 cm 1,758 0,989
retangular 4 pilares 70 cm 1,153 1,043
(6m×4m) 4 pilares 200 cm 1,076 1,053
contorno sem 1,000 1,000
4 pilares sem 17,141 3,084
PR2 4 pilares 35 cm 2,397 0,925
retangular 4 pilares 70 cm 1,251 1,025
(8m×4m) 4 pilares 200 cm 1,109 1,044
contorno sem 1,000 1,000

6.3.2. Pavimentos compostos


A partir das tabelas 7 e 8 são feitas as seguintes considerações:
• Nos pavimentos apoiados em quatro pilares, a tendência é a mesma dos pavimentos isolados, só
que aqui tanto para MX e MY , ou seja, os valores decrescendo com o aumento da rigidez até
valores próximos dos indeslocáveis nos casos com vigas de 200 cm.
• Nos apoiados em seis pilares, MX cresce suavemente com o aumento da rigidez em P2Q e P2Ra,
e decresce também lentamente em P2Rb, demonstrando que com o aumento da rigidez crescem
os momento negativos e diminuem os positivos da mesma direção; no P2Rb, pelas suas
dimensões (vãos maiores na direção de MX) isso não se observa, pois com o aumento da rigidez
a tendência da laje é trabalhar mais na direção de MY (menor vão), diminuindo MX.
• Os momentos negativos aumentam com o aumento da rigidez (exceção às sem vigas), tanto para
os pavimentos apoiados em quatro quanto em seis pilares.
• No caso dos pavimentos com 4 pilares, as vigas internas de 35 cm comportam-se quase que
como um engrossamento das lajes, pois não há momento negativo nas lajes junto à essas vigas; a
tendência muda ao se aumentar a rigidez das vigas. Nos pavimentos com seis pilares isso não
ocorreu.
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

TABELA 7. Relação entre os momentos nas lajes para as várias alturas de vigas e os
momentos naquelas com apoios indeslocáveis - pavimentos compostos (4 pilares)
CONDIÇÕES ALTURA Mviga/Mindesl.
PAVIMENTO DE DAS analogia de grelhas
APOIO VIGAS MX MY XX
P2Q 4 pilares 35 cm 1,867 1,438 ----
quadrado 4 pilares 70cm 1,166 1,093 0,860
2 (4m×4m) 4 pilares 200 cm 1,064 1,034 1,025
contorno sem 1,000 1,000 1,000
P2Ra 4 pilares 35 cm 1,753 6,836 ----
retangular 4 pilares 70 cm 1,195 1,514 0,611
2 (4m×6m) 4 pilares 200 cm 1,022 1,143 0,978
x=4m, y=6m contorno sem 1,000 1,000 1,000
P2Rb 4 pilares 35 cm 3,885 1,036 ----
retangular 4 pilares 70 cm 1,391 1,023 0,770
2 (6m×4m) 4 pilares 200 cm 1,072 1,020 1,010
a=6m, y=4m contorno sem 1,000 1,000 1,000

TABELA 8. Relação entre os momentos nas lajes para as várias alturas de vigas e os
momentos naquelas com apoios indeslocáveis - pavimentos compostos (6 pilares)
CONDIÇÕES ALTURA Mviga /Mindesl.
PAVIMENTO DE DAS analogia de grelhas
APOIO VIGAS MX MY XX
6 pilares sem 3,060 5,863 4,413
P2Q 6 pilares 35 cm 0,998 1,599 0,822
quadrado 6 pilares 70 cm 1,048 1,093 0,999
(4m×4m) 6 pilares 200 cm 1,058 1,034 1,031
contorno sem 1,000 1,000 1,000
P2Ra 6 pilares sem 2,871 15,335 4,969
retangular 6 pilares 35 cm 0,970 2,956 0,626
2 (4m×6m) 6 pilares 70 cm 1,023 1,251 0,945
a=4m 6 pilares 200 cm 1,030 1,089 1,014
b=6m contorno sem 1,000 1,000 1,000
P2Rb 6 pilares sem 5,586 3,187 6,002
retangular 6 pilares 35 cm 1,266 1,044 0,931
2 (6m×4m) 6 pilares 70 cm 1,090 1,023 1,007
a=6m 6 pilares 200 cm 1,063 1,001 1,021
b=4m contorno sem 1,000 1,000 1,000
JUBILEO Prof. JULIO RICALDONI
X X I X J O R N A D A S S U D A M E R I C A N A S D E I N G E N I E R I A E S T R U C T U R A L

6.4. Conclusões
A partir das observações efetuadas nos itens anteriores, é possível alinhavar diversas
conclusões:
a) O método clássico apresenta, na maioria das situações, resultados para momentos nas lajes
inferiores que os dados pela analogia de grelhas e elementos finitos; entre estes dois últimos, o
dos elementos finitos apresenta valores menores. Estes fatos permitem concluir que para esse
tipo de sistema estrutural (pavimentos retangulares) o método da analogia de grelhas é mais
adequado.
b) Os momentos nas lajes em todos os pavimentos (isolados e compostos com quatro e seis pilares),
em maior ou em menor medida, diminuem com o aumento da rigidez das vigas, sendo que nos
casos de contorno indeslocáveis o cálculo clássico apresenta valores bastante próximos dos da
analogia de grelhas, e para situações onde de fato o apoio não sofre deslocamentos (lajes
apoiadas em paredes estruturais, alvenaria armada, etc.) o cálculo clássico por meio de tabelas
pode ser utilizado; em outras situações poderá ser contra a segurança.
c) A relação entre os momentos nas duas direções das lajes mostra que, com exceção das sem
vigas, o momento na menor direção (MY) é maior que MX , mas mesmo quando o vão maior da
laje é o dobro do menor (PR2), existem os dois, não caracterizando laje armada apenas em uma
direção, como é usual considerar nestes casos.
d) Nas lajes sem vigas os momentos centrais são sempre bem maiores que nas situações com vigas,
mesmo que sejam de pequena rigidez. O cálculo e projeto de lajes sem vigas (lajes-cogumelo)
requerem cuidados e atenção especiais, pois muitos outros fatores estão envolvidos, tais como
punção, rigidez às ações laterais e deslocamentos transversais.
e) Nos pavimentos com quatro pilares e vigas de pequena rigidez (35 cm de altura), as vigas
internas (V04) que se apoiam nas V01 e V02, comportam-se praticamente como um
engrossamento da laje, e isso não é levado em conta no cálculo clássico. Essa situação deve ser
evitada, principalmente se não se dispuser de processos de cálculo mais sofisticados.

Este trabalho contou com apoio financeiro da FAPESP, com bolas de iniciação científica e auxílio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARES, R. (1972). Tablas para el calculo de placas y vigas parede. Editorial Gustavo Gilli
S/A. Barcelona.
CARVALHO, R. C. (1994). Análise não linear de pavimentos de edifícios de concreto através
da analogia de grelha. Tese de doutorado. EESC-USP. São Carlos, 1994.
FIGUEIREDO FILHO, J. R; FERNANDES, D. L. (1997). Placas delgadas apoiadas no contorno
em vigas deformáveis. In: Anais das XXVIII Jornadas Sul-Americanas de Engenharia
Estrutural. São Carlos, SP, 1997. Vol. 4, pp. 1457-1465.
FIGUEIREDO FILHO, J. R.(1989). Sistemas estruturais de lajes sem vigas: subsídios para o
projeto e execução. Tese de doutorado. EESC-USP. São Carlos, 1989.
HAMBLY, E. C.(1976). Bridge deck behaviour. Chapman and Hall. London. 272p.
NBR 6118/80 (1980). Projeto e execução de obras de Concreto Armado. Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Rio de Janeiro. 1980. 76p.
TIMOSHENKO, S.; WOINOWSKY - KRIEGER, S. (1959). Theory of plates and shells. 2. ed.
MacGraw -Hill, New York. 1959.

Вам также может понравиться