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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

André Puccinelli
Governador do Estado de Mato Grosso do Sul

Jader Rieffe Julianelli Afonso


Secretário de Estado de Fazenda

Tatiana Silva da Cunha Pifer


Auditora-Geral do Estado

Elaboração e Diagramação:
Rosely Pereira Maia
Auditora do Estado

1__________MANUAL DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS__________Elaboração: Rosely Pereira Maia__


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1.FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO
ADMINISTRATIVO

SÓ RELEMBRANDO........

Segundo Hely Lopes Meirelles, o CONTRATO ADMINISTRATIVO se caracteriza por


ser “o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou
outra entidade administrativa, para a consecução de objetivos de interesse público, nas
condições estabelecidas pela própria Administração”.

Os contratos celebrados pela Administração contém


cláusulas denominadas exorbitantes, que assim são
conhecidas por concederem privilégios unilaterais para
a Administração Pública.

A Lei de Licitações – LEI 8.666/93 - que rege os contratos administrativos, prevê,


principalmente no artigo 58, a existência dessas cláusulas exorbitantes, sendo que a
fiscalização assinala uma delas:

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos


instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a
eles, a prerrogativa de:
(...)
III - fiscalizar-lhes a execução;

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A fiscalização do
contrato é obrigatória?
Sim,
pois a Administração tem o dever de acompanhar a atuação do contratado,
determinando o que for imprescindível para regularização das faltas detectadas e
repressão das práticas defeituosas.

♣ O contrato deve ser fiscalizado por representante da Administração que seja, de

preferência, do setor que solicitou o bem, a obra ou o serviço.

♣ Oportuno registrar que constam três momentos distintos no processo de

contratação: a gestão do contrato, a fiscalização e o recebimento do objeto.

Entre a celebração da avença e a obtenção do serviço ou material contratado, dá-se


a execução.

O art. 66
da Lei “o contrato deverá ser executado fielmente
8.666/93 pelas partes”
diz que.....

♣ A Lei de Licitações e Contratos Administrativos menciona expressamente a

necessidade de existir um “representante da Administração” com a tarefa


específica de acompanhar e fiscalizar a execução do pacto, a saber:

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Art. 67 - A execução do contrato deverá ser acompanhada e

fiscalizada por um representante da Administração especialmente


designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e

subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

Surgiu, assim, a figura do .

Entretanto é pertinente esclarecer que alguns doutrinadores fazem uma


diferenciação entre a atividade deste e a exercida pelo gestor do contrato.

GESTOR DO CONTRATO FISCAL DO CONTRATO

Papel que deve ser Não recebe poderes de


gestão, mas a
executado pela autoridade
incumbência de
competente do órgão, “acompanhar e fiscalizar
ou seja, o responsável pela o contrato”, devendo,
celebração de aditivos, inclusive, se reportar aos
aplicação de sanções, superiores quando a
reequilíbrio econômico- adoção de providências
cabíveis extrapolar sua
financeiro, etc.
competência.

É muito importante que o gestor público


ATENÇÃO promova a fiscalização eficiente e eficaz de
cada contrato!

A ATIVIDADE FISCALIZATÓRIA É DECORRENTE


DO PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO
INTERESSE PÚBLICO

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A ATUAÇÃO DO FISCAL DE CONTRATO


OBJETIVA EVITAR PRÁTICAS
IRREGULARES OU DEFEITUOSAS
POR PARTE DO CONTRATADO.

Neste sentido, cite-se um dos inumeráveis acórdãos exarados pelo TCU:

Acórdão 100/2008 Plenário


Nomeie servidor para atuar na condição de fiscal de contrato,
em atendimento ao disposto no art. 67 da Lei nº 8.666/1993.

Depreende-se, pois, o cumprimento de alguns requisitos elencados pela lei, quais


sejam:

DESIGNAÇÃO FORMAL DO FISCAL DO CONTRATO


Tal ato deve ser providenciado pelo Secretário de Estado da
pasta em cada processo administrativo de contratação
e pode constar no próprio ajuste ou ser formalizado em
termo próprio e publicado no Diário Oficial do Estado,
através de Portaria;

FISCAL PODERÁ SER SERVIDOR DE CARREIRA


OU COMISSIONADO
Como a lei não estabeleceu não estabeleceu o perfil adequado, a doutrina
recomenda que a escolha do fiscal deve incidir, prioritariamente, sobre servidor que seja

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dotado de conhecimento técnico ou prático a respeito do objeto do instrumento contratual


e, quando possível, oriundo do setor que requereu o bem, a obra ou o serviço. Por razão
de ética, não deverá ter relação de interesse pessoal, litigância judicial, parentesco,
amizade ou inimizade com a administração da empresa contratada, além de não ter
respondido ou estar respondendo a processo administrativo disciplinar.
Outrossim, conforme consta na Revista Zênite nº 234, de agosto de 2013, o

Acórdão TCU nº 38/2013 Plenário faz recomendação para que a


Administração Pública “evite designar a um único servidor a função de fiscalizar mais de
um contrato, evitando-se sobrecarga de trabalho e ineficiência na execução da tarefa.”

PREVISÃO DE CONTRATAÇÃO DE TERCEIROS PARA


ASSISTIR AO FISCAL DE CONTRATO
A parte final do art. 67 permite a contratação de terceiros para auxiliar
tecnicamente. Essa previsão legal seria indicada, por exemplo, em contratos de execução
de obra ou prestação de serviços de engenharia, cuja competência é exclusiva de
profissionais habilitados pelo CREA, no caso de a Administração Pública não possuir em
seus quadros de pessoal o cargo de “engenheiro”. Poderia ser admitida a contratação de
terceiro para exercer a fiscalização do “aspecto técnico”, uma vez que, se a atividade fosse
exercida por servidor público não detentor do cargo de engenheiro, estaria configurado o
“desvio de função” e, sob a ótica do CREA, seria “exercício ilegal da profissão”.
Entretanto, o fiscal continua sendo o responsável por adotar as providências que
visem ao correto cumprimento do contrato, com relação aos aspectos administrativos.
Ressalve-se, porém, que esta previsão legal deverá sempre ser precedida de
Licitação e somente se justifica em caso de objeto que demande conteúdo especializado
que não puder ser suprido por servidores da própria Administração.

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I
ATRIBUIÇÕES DO
FISCAL DO CONTRATO

♣ A própria Lei 8.666/93 é auto-explicativa com relação ao dever de


fiscalização, uma vez que estipula ao fiscal o encargo de apontar todas as circunstâncias
relacionadas à execução do contrato, ao mesmo tempo em que deve exigir a regularização
das deficiências e erros constatados, a saber:

LEI 8.666/93 – ART. 67 - § 1o - O representante da


Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas
com a execução do contrato, determinando o que for necessário à
regularização das faltas ou defeitos observados.

♣ Mencione-se a importância dessa atividade, pois a apuração do não-


cumprimento das cláusulas e consequente não atendimento das determinações da
Administração podem desencadear a aplicação de sanções à contratada e, até mesmo, a
rescisão unilateral do contrato. (art. 78, VII, da Lei 8.666/93).

♣ Quando de suas inspeções, o fiscal deverá anotar


todas as intercorrências, visto que poderão ser pré-
requisitos para a rescisão por cometimento repetido
de faltas. (art.78, inciso VIII, Lei 8.666/93)

♣ Os apontamentos são muito importantes, uma vez


que.....
Lei 8.666/93, art. 69 - O contratado é obrigado a reparar,
corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas
expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em
que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados.

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A OMISSÃO DAS ANOTAÇÕES ADEQUADAS PELO FISCAL PODE


ATÉ SER CAUSA DE RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL, PENAL E
ADMINISTRATIVA PELO EXERCÍCIO IRREGULAR DE
ATRIBUIÇÕES. (Lei 1.102/90, art. 229)

♣ As providências e recomendações feitas à empresa serão formalizadas e, caso


extrapolem a competência do fiscal, deverão ser repassadas a seus superiores,
tempestivamente, a fim de que estes providenciem a adoção das medidas adequadas.
Lei 8.666/93 - Art. 67, § 2o - As decisões e providências que ultrapassarem
a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores
em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

♣ O registro das ocorrências pode ser efetuado em caderno


destinado especialmente para este fim, ou em folhas impressas em
computador, que sejam numeradas, datadas e assinadas pelo fiscal
e pelo preposto da empresa, quando for o caso, haja vista que a Lei
8.666 exige a indicação de representante da contratada na execução
do contrato.

Art. 68 - O contratado deverá manter preposto,


aceito pela Administração, no local da obra ou
serviço, para representá-lo na execução do contrato.

♣ Este Acórdão do TCU ilustra as determinações da Lei 8.666/93:

ACÓRDÃO 137/10-1ª CÂM.


Implemente controles, como listas de verificação, que viabilizem a efetiva fiscalização
dos contratos
contratos do órgão e assegurem o cumprimento das condições contratuais tanto
pelas empresas contratadas como pelos fiscais dos contratos, em cumprimento ao art.
6º, inciso Ix, alínea “e”, e ao art. 54, § 1º, da Lei nº 8.666/1993.

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II

RESPONSABILIDADES DO
FISCAL DO CONTRATO

♣ O edital, a proposta da empresa e o instrumento contratual (com os anexos

incluídos e subsequentes aditivos) devem ser detalhada e frequentemente estudados e


examinados pelo fiscal, com o fim de verificar se estão sendo observadas as
especificações técnicas/científicas, a legislação, o prazo, a vigência e todas as demais
particularidades avençadas no pacto.
(foto extraída do sítio www.portaleducacao.com.br )

♣ Em se tratando de aquisição, o fiscal deve conferir


se os materiais recebidos contêm a qualidade e
quantidades pactuadas. No contrato de fornecimento
de um bem móvel, por exemplo, o cumprimento da
obrigação é praticamente “instantâneo”, uma vez que
a atividade fiscalizatória estará sendo exercida no
momento do recebimento do bem.

♣ Caso o objeto seja “serviço”, deve averiguar se está

de conformidade com as especificações técnicas,


científicas ou artísticas. Nas edificações, o fiscal deve,
juntamente com a contratada, proceder à medição das
obras e serviços.

♣ Em ambas as circunstâncias, havendo

irregularidades, o preposto da empresa deve ser


notificado para que tome as devidas providências.

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♣ O fiscal deve, também, comunicar formalmente a Administração acerca do

descumprimento de qualquer das cláusulas do contrato, possibilitando a aplicação de


penalidades, se for o caso.

O fiscal, percebendo qualquer tipo de modificação no


que foi originalmente pactuado, seja no projeto básico,
básico,
no prazo,
prazo, no preço,
preço, etc, deve informar imediatamente a
autoridade superior,
superior, a fim de que as atitudes pertinentes
sejam
sejam providenciadas.

♣ Uma das hipóteses de responsabilização da contratada está relacionada ao dano

causado pela imperícia, imprudência, negligência ou intenção da empresa:

Art. 70 - O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à


Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução
do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a
fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.

Na detecção de problemas,
problemas, o fiscal deve se dirigir ao
preposto,
preposto, determinando o que for necessário para a
normalização das faltas e/ou defeitos e fixando um prazo
para a manifestação da contratada, em atendimento ao
Princípio
Princípio do contraditório e da ampla defesa.

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III

PROVA DE REGULARIDADE

Relembrando......

♣ A Lei 8.666/93 (art. 55, inciso XIII)


elenca as cláusulas necessárias no instrumento
contratual, sendo que uma delas é a manutenção das
condições de habilitação e qualificação exigidas do
contratado na licitação e que estão expressas nos artigos 27 a 33 da Lei de Licitações.

♣ Importante registrar que, durante toda a execução do contrato, também no caso

de pagamento parcelado, é necessário que, a cada parcela, o fiscal do contrato observe o


cumprimento dessa prescrição legal, notadamente a que está no art. 29 da Lei 8.666/93,
que diz respeito à regularidade fiscal e trabalhista, incluído aí o acompanhamento da
prova de regularidade para com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal; Seguridade
Social e FGTS; bem como, prova de inexistência de débitos perante a Justiça do Trabalho,
mediante a apresentação da CNDT – Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (criada
pela Lei 12.440/2011).

ATENÇÃO: A FALTA DE
COMPROVAÇÃO DA REGULARIDADE
DAS CERTIDÕES ACIMA ELENCADAS
IMPEDE O PAGAMENTO À
CONTRATADA.

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♣ A doutrina destaca a importância da CNDT, haja vista o estabelecido pela Carta

Magna, a saber:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART. 195, § 3º - A pessoa jurídica em débito com o


sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com
o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

♣ Note-se que o controle da regularidade fiscal e trabalhista deve ser efetuado em


todos os contratos, mas, principalmente, nos contratos de prestação de serviços que
abrangem alocação de pessoal, haja vista a responsabilidade mencionada no art.71:

Lei 8.666/93

Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais


e comerciais resultantes da execução do contrato.

§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e


comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu
pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o
uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.

ENTRETANTO, A ADMINISTRAÇÃO TEM O DEVER DE


FISCALIZAR O CUMPRIMENTO DESSAS OBRIGAÇÕES,
SOB PENA DE SER RESPONSABILIZADA PELA
AUSÊNCIA DE DEVIDA FISCALIZAÇÃO.

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EMBORA HAJA A PREVISÃO LEGAL DA NÃO RESPONSABILIZAÇÃO DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA QUANTO AOS ENCARGOS TRABALHISTAS, A
SÚMULA 331 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO DISPÕE QUE O
DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS POR PARTE DO
CONTRATADO, IMPLICA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR
DE SERVIÇOS, INCLUSA AÍ A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

(RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA: Na impossibilidade de


pagamento do devedor principal, responde o subsidiário).
♣ Já em 2008, inclusive, o TCU editou o Acórdão 2254/2008-P neste sentido:

“...fiscalizem os contratos de prestação de serviços,


serviços em especial no que diz respeito à
regularidade fiscal e à obrigatoriedade de a contratada arcar com todas as despesas
decorrentes das obrigações trabalhistas relativas a seus empregados, devendo constar,
ainda, dos respectivos processos de pagamento, os comprovantes de recolhimento dos
correspondentes encargos sociais (INSS e FGTS), de modo a evitar a responsabilização
subsidiária dos entes públicos.”

EM RELAÇÃO AOS ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS, A


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONDE SOLIDARIAMENTE
POR TAIS CONTRATOS.

(RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA: Na impossibilidade de


pagamento, o credor pode acionar tanto um devedor, quanto
outro; qualquer um deles responderá pela totalidade da dívida).

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IV

ATESTE DA NOTA FISCAL

♣ Indispensável etapa da execução do contrato se refere à liquidação da despesa,

através do pagamento do fornecimento dos materiais ou serviços, sendo que o ateste da


nota fiscal é uma das atribuições do fiscal, haja vista que este faz o acompanhamento de
todo o processo.

♣ Ao atestar o recebimento do objeto, deve o responsável fazer a verificação da

entrega do bem e da execução da obra ou serviço, em conformidade com o contrato.

♣ Assim, é necessário cotejar se os termos do contrato estão de acordo com o que a


nota fiscal apresenta e conferir, além dos dados do emitente, a (o) (os):

autenticidade período valores descrição dos existência das certidões de regularidade


unitário e materiais ou fiscal atualizadas e comprovantes de
total serviços recolhimento do INSS/FGTS

♣ É conveniente observar a legislação estadual, a saber:

DECRETO-LEI Nº 17, DE 1 DE JANEIRO DE 1979

Art. 15 - A liquidação da despesa consiste na verificação do direito do credor, tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 2º - A liquidação da despesa por fornecimento feito ou serviço prestado terá por base:
III - os comprovantes de entrega de material ou da prestação efetiva do serviço, devidamente
atestado por dois funcionários, que não o ordenador de despesa, quanto ao recebimento do
material ou à execução do serviço de acordo com as especificações e em condições satisfatórias
para o serviço público estadual.

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V
RECEBIMENTO DO OBJETO

♣ O recebimento do objeto da licitação é a etapa final do contrato e a ocasião de a

empresa ser liberada dos seus encargos contratuais.

♣ A Lei 8.666/93 determina, no art. 73, que o recebimento pode se dar


de modo provisório ou definitivo.

NO CASO DE OBRAS OU SERVIÇOS


- RECEBIMENTO PROVISÓRIO: feito pelo
responsável pela fiscalização, por termo
circunstanciado, assinado pelas partes dentro
de 15 dias da comunicação do contratado de
término da execução.
- RECEBIMENTO DEFINITIVO: feito por
servidor ou comissão designada, por termo
circunstanciado, assinado pelas partes, após
o prazo de observação ou vistoria, que não
pode ser superior a 90 dias, salvo exceções.

NO CASO DE COMPRAS OU LOCAÇÃO DE


EQUIPAMENTOS
-RECEBIMENTO DEFINITIVO E
PROVISÓRIO: feitos mediante recibo,
exceto os equipamentos de grande vulto (25
vezes o valor da concorrência), que deverão
ser por termo circunstanciado.
Poderá ser dispensado o RECEBIMENTO
PROVISÓRIO: gêneros perecíveis, serviços
técnicos profissionais, obras e serviços até
o limite do convite (R$ 80.000,00).
Nessas hipóteses, o RECEBIMENTO
DEFINITIVO será realizado através de
recibo, exceto no caso de obras e serviços
que contenham aparelhos, equipamentos e
instalações sujeitos à verificação de
funcionamento e produtividade.

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O art. 15, §8º da Lei 8.666/93 determina que o


recebimento de material de valor superior à
ATENÇÃO modalidade de convite (R$ 80.000,00) deve
ser confiado a uma comissão de, no mínimo,
três membros.

IMPORTANTE OBSERVAÇÃO

LEI 8.666/93 – ART. 73 - §2º - O recebimento provisório ou definitivo não exclui a


responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-
profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos
pela lei ou pelo contrato.

E o papel do Fiscal do contrato?


♣ A Lei 8.666/93 menciona expressamente a figura do FISCAL quando do

recebimento provisório do objeto, no caso de obras e serviços:

Art. 73 - Executado o contrato,


o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços: a) provisoriamente,
pelo responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado
pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do
contratado;

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ACÓRDÃO TCU 265/2010 PLENÁRIO

Designe, em atenção à disposição legal contida no


art. 67 da Lei no 8.666/1993, representantes da
administração para acompanhar e fiscalizar a
execução dos serviços e mantenha essa designação
atualizada. Aperfeiçoe os mecanismos existentes
tornando-os transparentes, seguros e rastreáveis de
modo a permitir verificar quantidade e qualidade dos
serviços prestados e somente pague os serviços
prestados na totalidade, mediante evidência
documental da realização dos serviços contratados,
de acordo com a qualidade prevista no edital da
licitação e após o efetivo controle dos fiscais do
contrato, conforme disposto nos arts. 66 e 67 da Lei
no 8.666/1993. Exija formalmente das empresas
contratadas a designação de preposto a ser mantido
no local dos serviços, para representá-las durante a
execução do contrato de prestação de serviços, em
atenção à disposição contida no art. 68 da Lei no
8.666/1993 e ao disposto no Decreto no
2.271/1997, art. 4o, inciso IV.

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♣ Em resumo, é necessário que o fiscal do contrato:

Mantenha planilha
contendo o valor do
contrato e Tenha cópia da
eventuais aditivos proposta da empresa;
edital completo;
com alteração de
projeto básico,
valor, prorrogação
quando for o caso; OBSERVE OBRIGAÇÕES DO
de prazo, etc. termo de referência, CONTRATANTE E DA
para verificação das CONTRATADA E CONTROLE OS
especificações PRAZOS E A VIGÊNCIA DO
pactuadas. CONTRATO

Providencie o termo de
recebimento provisório do objeto Acompanhe e fiscalize
do contrato,
contrato, a execução do
contrato, registrando
no Livro de
Ocorrências, com
folhas numeradas e
assinadas, todas as
comunicações feitas
Ateste as Notas Fiscais, ao preposto e suas
respostas.
respostas.
encaminhando-as ao setor
responsável pelo pagamento

Anote todos os fatos


relacionados à execução,
ESTABELEÇA como a data de início e
PRAZO PARA A encerramento;

CONTRATADA Comunique realizadas;;


aquisições realizadas
formalmente a falhas;
falhas; defeitos;
defeitos;
CORRIGIR conformidade de
Administração
PENDÊNCIAS sobre as atrasos;;
serviços; atrasos
irregularidades conferências de
ou modificações materiais,, providências,
materiais
etc
detectadas, quer
sejam suscetíveis
ou não de
penalidade

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