Вы находитесь на странице: 1из 5

CAMPUS BACABAL

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO BACHARELADO


DISCIPLINA – GESTÃO SOCIOAMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
ALUNO: ROSA CRISTINA OLIVEIRA MATOS CÓDIGO: 201701679

Desenvolvimento Sustentável

O contexto do desenvolvimento sustentável tem como objetivo conciliar o


desenvolvimento econômico às qualidades ambientais e de vida da sociedade atual e
posterior. Os problemas sociais como a miséria, a poluição e a falta de recursos são
assuntos que fazem parte da nossa sociedade por conta do modo de produção
acelerado que visa a lucratividade. A proporção e a intensidade que atingiram,
levaram a humanidade a uma nova maneira de pensar sobre desenvolvimento e
sustentabilidade numa relação harmônica entre os sistemas econômicos e ecológicos.
No entanto, existe um enorme descompasso entre os sistemas econômicos e
ecológicos. Os sistemas ecológicos são caracterizados por mudanças lentas. Neles a
vida humana poderá continuar indefinidamente, o desenvolvimento se dar de forma
gradativa aos indivíduos e às culturas humanas, caso a sociedade esteja consciente
aos efeitos ecológicos que podem causar às gerações futuras garantindo o
funcionamento dos sistemas ecológicos que dão suporte à vida. Por outro lado, os
sistemas econômicos respondem pela sistematização do modo de produção atual,
que exige, de modo crescente, respostas e modificações imediatas. Existe, portanto,
um evidente descompasso que desafia, de certo modo, a implementação do
desenvolvimento sustentável.
Em meados da década de 60, o conceito de desenvolvimento significava
crescimento econômico, A conservação ambiental e a manutenção das qualidades de
vida e ambiental eram consideradas incompatíveis com o desenvolvimento. A poluição
e a degradação do meio ambiente eram consequências inevitáveis dos
desenvolvimentos industrial e econômico.
Assim, o crescimento econômico com a criação de empregos era apontado
como a solução para os problemas dos países subdesenvolvidos. A viabilidade
ambiental de tal processo não era considerada nas decisões tomadas. Segundo Elliott
(1994), no início da década de 70 essa concepção começou a mudar, apesar do
crescimento econômico obtido por vários países do Terceiro Mundo, percebeu-se que
a pobreza e seus problemas consequentes deviam-se também dos Instrumentos de
Gestão Ambiental incorporados a este processo de crescimento.
Começaram a surgir novas e decisivas propostas com posturas inovadoras,
oriundas da comunidade internacional, no que diz respeito à proteção ambiental, a
partir de 1972, com a Conferência de Estocolmo, veio a mensagem de esperança em
relação a necessidade incrementar novas estratégias ambientais adequadas para
promover um desenvolvimento social e econômico equilibrado, estabelecendo um
caminho intermediário entre a crença na solução de todos os problemas ambientais,
por meio do emprego de tecnologia, e o pessimismo ‘malthusiano’ a respeito do
esgotamento dos recursos. Assim, entendeu-se que o desenvolvimento sustentável
propõe a racionalização do uso dos recursos naturais de maneira a atender às
necessidades da geração presente, sem comprometer as necessidades das gerações
futuras.
Durante todo esse processo de amadurecimento e reconhecimento da
interdependência entre meio ambiente, crescimento econômico e desenvolvimento,
observou-se a magnitude global que os problemas originados por um mau
relacionamento entre esses fatores poderiam ocasionar.
Dessa forma, as questões democrática e ambiental estão imbricadas. Assim,
não se trata de dois problemas, mas de um só desafio. O uso racional dos recursos,
o respeito pelo patrimônio natural, as políticas territoriais, tudo passa pelo controle que
a sociedade exerce sobre o Estado. O alcance dessas premissas para o
estabelecimento do desenvolvimento sustentável, de um estilo de desenvolvimento
que seja capaz de promover a solidariedade, baseada na conservação dos recursos
ambientais, trata-se, na prática, de um desafio monumental.
No Brasil a representação da sociedade junto aos canais de participação se dá
por meio de seus setores mais organizados em torno de questões comuns, como
sindicatos, entidades de classe, associações de bairro. A discussão sobre espaço
saudável e ambientalmente equilibrado é uma das questões centrais, O resgate da
parceria entre as atividades desenvolvidas pelo ser humano e o meio ambiente, como
forma de atingir esse equilíbrio.
No mundo considerado desenvolvido, a preocupação com o processo de
conciliar o desenvolvimento com a qualidade ambiental na década de 60, pregava a
idéia de que uma calamidade global só seria evitada por meio de rápidas e vigorosas
ações para impedir o crescimento populacional e da redução drástica das atividades
industriais baseadas no consumo de recursos naturais, chegando inclusive a estimar
um tempo de quatro gerações para esse evento catastrófico. Nesse sentido, segundo
Barbieri (1997), o Brasil defendeu o desenvolvimento a qualquer custo e não
reconheceu a gravidade dos problemas ambientais, defendendo o direito de crescer
e de ter acesso aos padrões de bem-estar alcançados pelas populações dos países
ricos.
Embora diferentes correntes teóricas sobre o assunto defendam métodos,
propostas e posturas diferenciadas, Elliott (1994) comenta que, essencialmente, as
correntes compartilham da idéia de que o desenvolvimento sustentável é
necessariamente desejável, sendo um objetivo político a ser buscado com empenho.
Já para o Relatório Brundtland parte de uma visão mais complexa das causas
dos problemas sociais, econômicos e ecológicos da sociedade global, pois ressalta a
interligação entre economia, tecnologia, sociedade e política e chama a atenção para
uma nova postura ética, caracterizada pela responsabilidade tanto entre as gerações
quanto entre os membros contemporâneos da sociedade atual. Essa colocação
contém dois conceitos-chave: o conceito de necessidades, em particular as
necessidades essenciais da pobreza mundial, às quais total prioridade deve ser dada,
e o de limitações, impostas pelo estado da tecnologia e da organização social sobre
a capacidade do meio ambiente de atender às necessidades atuais e futuras.”
Nesse ponto, já em 1987, Tolba, segundo Alvarenga (1997), relaciona alguns
meios para a efetivação das mudanças de comportamento exigidas para a
implementação do desenvolvimento sustentável: assegurar que as questões
ambientais sejam contempladas já nos primeiros passos do planejamento do
desenvolvimento em qualquer escala; fomentar o desenvolvimento da capacidade
interna de gerenciamento ambiental; produzir e divulgar dados ambientais em
quantidade suficiente para que possam servir de base para um planejamento
ambiental de qualidade; fomentar a participação da sociedade, e concentrar esforços
em áreas mais frágeis, de maiores riscos e interesse, como florestas, áreas áridas,
bacias hidrográficas etc.
Portanto, no que se refere ao tema meio ambiente, o termo ‘gestão’ assume
um significado muito mais amplo, pois envolve um grande número de variáveis que
interagem simultaneamente.
As dificuldades de implementação decorrem da exclusão social, que vem com
o título de desemprego ou má concentração de renda. Porém, a questão ambiental
pode afinal ser o conjunto de procedimentos que visam à conciliação entre
desenvolvimento e qualidade ambiental. Essa conciliação acontece a partir da
observância da capacidade de suporte do meio ambiente e das necessidades
identificadas pela sociedade civil ou pelo governo. Porém a gestão ambiental se
encontra na legislação, na política ambiental e em seus instrumentos e na participação
da sociedade com suas ferramentas de ação.
Os fatores físicos do meio ambiente devem ser entendidos como toda a
estrutura abiótica. Alguns desses importantes fatores são: os recursos hídricos, a
caracterização hidrogeológica, a pedologia, a descrição geomorfológica, os estudos
geológicos e geotécnicos e os estudos climatológicos, entre outros. Os fatores
relativos ao meio biológico constituem a estrutura biótica do meio ambiente. Nesse
elenco de fatores, insere-se a rede trófica, que é entendida como fração de um
universo do qual se compõe o meio físico e sobre o qual o ser humano intervém. Na
prática, a caracterização do meio biológico pode ser realizada a partir dos
ecossistemas terrestres, aquáticos e de transição da região, de maneira a abordar
todo o universo faunístico e florístico presente na área de influência da atividade a ser
implantada. Já o meio antrópico, de acordo com Lamb (1980), envolve o ser humano
e suas relações sociais, culturais e econômicas com os fatores ambientais.
O Brasil possui um Estado comprometido com interesses dominantes internos
e interesses econômicos externos, um país de grandes extensões e infinitos recursos
e uma sociedade desorganizada e desmobilizada no que se refere às questões
ambientais e diante da necessidade de reivindicação por seus direitos, consequência
do próprio processo de formação do Estado, O governo tem um papel muito
importante nesse processo. Ao perseguir o bem-estar comum, ele deve fazer com que
as demais políticas incorporem a Instrumentos de Gestão Ambiental, buscando a
consecução dos pressupostos do desenvolvimento sustentável em sua plenitude.
A realidade brasileira mostra que existem sérias dificuldades para a
implementação da atual política de meio ambiente. Parte desse descompasso
acontece devido ao marcante compromisso da sociedade brasileira com o poder
dominante. O descaso e a burocracia com que são tratadas questões essenciais,
como saúde, educação, emprego e também as questões ambientais, refletem essa
realidade. Naturalmente, tudo isso é fruto do processo histórico. Dessa maneira, a
ação do governo se dá em um universo social de interesses conflitantes, em que a
satisfação de propósitos individualistas chega a limites e atinge negativamente o
conjunto da sociedade. O espaço político ambiental é essencialmente um espaço de
gestão de conflitos entre as ações da máquina estatal, controlada pela classe
dominante, e as organizações sobre o meio ambiente da sociedade civil

Вам также может понравиться