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1. 1.Somente as canonizações sendo consideradas pelos teólogos como infalíveis, nosso estudo nos leva
diretamente a estas. Entretanto, dado que o mesmo espírito anima tanto as canonizações quanto as
beatificações, faremos às vezes uso de alguns exemplos de beatificações.
2. 2.Bento XIV: de Servorum Dei beatificatione et de Beatorum canonizatione, livro l, capítulo 39.
3. 3.Tal é a opinião dada por Bento XIV no seu Servorum Dei beatificatione et Beatorum canonizatione, livro,
capítulo 10, §6: “É certo que nenhum bispo nunca pode proceder a verdadeiras canonizações; de fato, o
poder de prescrever que um fiel seja honrado como santo na Igreja universal por um culto público, não pode
e nunca pode se voltar para aquele que possui uma jurisdição restrita a uma diocese ou a uma província, mas
deve pertencer somente àquele que tem o poder sobre a Igreja universal.”
4. 4.Ortolan, artigo “Canonisation”, Dictionaire de Théologie Catholique (DTC), tomo 4, col.1632.
5. 5.Livro 3 dos Décrétales, título 45, capítulo l.
6. 6.Por exemplo, canonizações de são Venceslau, duque de Boêmia e mártir, morto em 929 e cujo ofício foi
imposto a Igreja universal por Bento XIII em 14 de março de 1729; ou a de santa Margarida rainha da
Escócia, morta em 1093 e cujo ofício foi imposto por Inocêncio XII em 15 de setembro de 1691.
7. 7.O mais famoso é o de Carlos Magno. O antipapa Pascal III, que se levantou contra o papa legítimo
Alexandre III, sob as instâncias do imperador Frederico Barbaroxa, tinha inscrito Carlos Magno no catálogo
dos santos, em 29 de dezembro de 1165. Ora, nenhum culto público tinha sido até então rendido a esse
príncipe. Essa canonização, obra de um antipapa, nunca foi nem oficialmente aprovada nem oficialmente
reprovada pela Santa Sé. Os autores se dividem sobre esse assunto. Bento XIV pensa que nenhuma condição
necessária falta para que se possa tratar esse caso não como de uma canonização, mas de uma beatificação
eqüipolente (de Servorum Dei, livro l, capítulo 9, § 4).
8. 8.Cf. Belarmino e Bento XIV.
9. 9.Bento XIV , op. cit., livro l, capítulo 42, §6-7.
10. 10.Prova dessa menor: a causa final da infalibilidade é de assegurar a unidade da fé; ora a unidade de fé, que é
o bem comum de toda sociedade eclesiástica, deve ser assegurada por um ato definitivo e preceptivo.
11. 11.Bento XIV, op. Cit. , livro l, capítulo 42, § 9-10. Lembramos que “não infalível”não significa “desprovido
de todo valor”. A certeza admite graus, e o título de bem-aventurado pede o nosso respeito.
12. 12.Quodlibet IX, q 8, art.16. São Tomás lembra a causa final da infalibilidade: “Ensinar toda verdade que
traga sobre as matérias necessárias a salvação”. As canonizações são um caso em que a lei trata sobre as
matérias necessárias à salvação: “A honra que rendemos a um santo equivale a uma certa profissão de fé,
onde afirmamos a glória do santo”. O papa que canoniza um santo exprime indiretamente o direito divino e,
com esse título, seu ato será infalível.
13. 13.De locis theologicis, livro 5, capítulo 5, q 5, art 3, conclusão 3.
14. 14.Bento XIV, op, cit. , livro l, capítulo 43.
15. 15.Ibidem, livro l, capítulo 44. São Tomás diz também na ad 2m do Quodlibet citado: “A divina Providência
preserva a Igreja para que nessas matérias, ela não se engane pelos testemunhos falíveis dos homens”.
16. 16.Bento XIV, op. Cit., livro l, capítulo 43, §14. Histórico do Martiriológio: Cf. Tractatio de martyrologio
romano, de Baronius, encabeçando a edição de Bento XIV, nos capítulos 4-9. O primeiro autor é Eusébio de
Cesaréia que escreveu em grego e que foi traduzido em latim por São Jerônimo. A partir dessa primeira lista
sobrevieram numerosas amplificações.
17. 17.ibidem
18. 18.Ia , q 23, art.7, ad3m. São Tomás apóia esses dizeres com o exemplo seguinte: “Assim se vê que a maior
parte dos homens são dotados de um saber suficiente para a conduta de sua vida, e que aqueles que são
chamados de idiotas ou insensatos, porque lhes falta esse conhecimento, são muito pouco numerosos. De
mesmo são muito raros, entre os humanos, aqueles que alcançam uma ciência profunda das coisas
inteligíveis”.
19. 19.Ibidem. São Tomás é então partidário da tese do pequeno número de eleitos. Ainda devemos precisar que
esse pequeno número é pequeno relativamente: os eleitos e os santos são menos numerosos que os danados e
pecadores, mas por serem menos numerosos se comparamos com esse últimos, os eleitos e os santos podem
ser em grande número se os consideramos no absoluto. No Apocalipse São João contempla a multidão dos
eleitos e diz que essa multidão é inumerável: “turbam magnam quam dinumerare nemo poterat” (Apoc., 7,9).
Cf. o Comentário sobre a Epístola de São Paulo aos Romanos, capítulo 12, lição 2 (sobre o versículo 5):
“Quamvis enim sint pauci per comparationem ad infructuosam multitudinem damnatorum, secundum illud
Matth, 7,14: arcta est via quae ducit ad vitam, et pauci inveniunt eam, tamen absolute loquendo sunt multi.
Apoc, 7,9: post haec vidi turbam magnam, quam dinumerare nemo poterat”.
20. 20.Romano Amerio: Stat veritas – Continuação de Iota unum. Coment. 39 sobre o § 37 da Carta apostólica
Tertio millenio adveniente, página 117.
21. 21.Gaudium et spes, §22.
22. 22.Exsutet da Vigília pascal
23. 23.João, 3, 16
24. 24.Redemptor hominis, §9 e 10. Essa idéia de João Paulo II só faz difundir o pensamento original que se
exprime na constituição Dei Verbum do Concílio Vaticano II. “É certo que se revelando desse modo a nós,
nesse apelo que ele nos dirige, Deus nos revela a nós mesmo: é respondendo a esse apelo que o homem
emergindo na luz de Deus descobre maravilhosamente a grandeza de seu ser. A revelação suprema de Deus a
qual a Nova Aliança é essencialmente ligada é também a revelação total da natureza humana” (Henri de
Lubac: Comentaire sur le Proemium de la constituição, in “Vatican II – Textes et commentaires des décrets
conciliaires”, Unam sanctam 70 a, página 164).
25. 25.Redemptor hominis, § 10. “A tarefa específica da Igreja, a que funda sua necessidade absoluta, é o
devotamento de uma realidade já presente no coração do mundo e sobretudo no coração do homem, o reino
de Deus, para que o homem conheça explicitamente este dom de Deus” (Jean-Guy Pagé: O que é a Igreja? ,
tomo l: O Mistério e o sacramento da salvação, página 215).
26. 26.Gaudium et spes, §91
27. 27.Gaudium et spes, §38
28. 28.Gaudium et spes,§76
29. 29.Redemptor hominis, §13
30. 30.Redemptor hominis, §12
31. 31.Dignitatis humanae, §1
32. 32.II-IIae, q 81, art 8. “Chamamos santidade essa aplicação que o homem faz de sua alma espiritual e de seus
atos a Deus. Ela não difere então da religião na sua essência, mas somente por uma distinção de razão. Pois
fala-se de religião segundo o que se rende a Deus o serviço que lhe é devido no que concerne especialmente o
culto divino: sacrifícios, oblações, etc. Enquanto que se fala de santidade quando o homem, além desses atos,
relaciona ainda a Deus os atos das outras virtudes, ou então se dispõe ao culto divino por algumas boas
obras”.
33. 33.“Toda essa riqueza doutrinal só visa a uma coisa: servir o homem. Trata-se, é claro, de todo homem,
qualquer que seja sua condição, sua miséria e suas necessidades. A Igreja é, por assim dizer, proclamada a
serva da humanidade até o momento em que seu magistério eclesiástico e seu governo pastoral revestiram,
em razão da solenidade do Concílio, um maior esplendor e uma maior força” Paulo VI: Discurso de clausura
da la 4ª Sessão do Concílio Vaticano II, em 7 de dezembro de 1965
34. 34.Extrato do sermão pronunciado na missa da canonização. Documentação católica 2119 de 2 de julho de
1995.
35. 35.De onde também a idéia mestra de Lumen Gentium: a vocação universal à santidade (capítulo 5). Vocação
universal, isto é, que concerne de fato, como em princípio, o Povo de Deus todo inteiro, sem que seja feita
distinção entre uma santidade comum e uma santidade heróica na qual consistiria a perfeição propriamente
dita.
36. 36.Christifideles laici, §16.
37. 37.Lumen gentium, 5, §39-42.
38. 38.Christifideles laici, §16-17
39. 39.Eis a reflexão de Dom Ghislain Lafont no seu livro Imaginer l’Eglise catholique, Cerf, 2001, nota 1 da
página 232: “Nos alegramos de constatar que os autores da Nova enciclopédia católica teológica
consagraram à santidade o capítulo inicial do volume (“Des chercheurs de Dieu par milliers...”) e desde o
começo eles procedem, sem dizer, a uma espécie de beatificação espontânea: ‘Hoje, quem não conhece
Madre Teresa, Martin Luther King, Helder Câmara, abbé Pierre, Oscar Romero, etc., e já um pouco mais
longe Edmond Michelet, Tom Dooley, Madeleine Delbrel, Teilhard de Chardin? Esses homens, essas
mulheres são como pontos de encontro para a humanidade inteira’. Mais além, eles acrescentam outros
nomes os quais alguns foram depois beatificados pelo papa.”
40. 40.Artigo de Michel Kubler e de Claude Dial publicado em La Croix-L’Evénement de 28 de março de 1991,
retomado na Documentation catholique 2026 de 21 de abril de 1991.
41. 41.A continuação do discurso é interessante: “Hoje como naquela época, o Senhor continua a suscitar os
homens e as mulheres generosas que fazem progredir o mesmo desejo de unidade entre os cristãos na Europa
e no mundo. Como afirmei em 9 de junho de 1989, durante a cerimônia ecumênica em Uppsala: “Nós não
podemos fazer tudo de uma só vez, mas devemos fazer hoje o que nos é possível, na esperança do que
poderemos fazer amanhã”. A Comissão mista de diálogo entre católicos e luteranos trabalha igualmente
nesse sentido, na esperança de contribuir para suprimir os obstáculos que se opõem ainda na unidade dos
cristãos”. Extratos da homilia pronunciada durante a celebração ecumênica em São Pedro de Roma, em 5 de
outubro de 1991, na ocasião do VIº centenário da canonização de santa Brígida. Nessa ocasião um
acontecimento ecumênico excepcional se desenrolou na basílica de São Pedro em Roma, reunindo pastores
luteranos e a hierarquia católica. Cf. Documentation catholique 2038 de 17 de novembro de 1991.
42. 42.João Paulo II: Discurso aos cardeais e a Cúria romana de 23 de dezembro de 199l, Documentation
catholique 2043 de 3 de fevereiro de 1992.
43. 43.Tertio millenio adveniente, §6.
44. 44.Lumen gentium, §ll.
45. 45.Unitatis redintegratio, §3
46. 46.Ut unum sint, §10-ll.
47. 47.Tertio millenio adveniente, §37.
48. 48.Ut unum sint, §84
49. 49.Ut unum sint, §84
50. 50.Discurso em homenagem a João Paulo II pelo prefeito da Congregação das causas dos santos,
L’Osservatore Romano, 20-21. 12. 1999.
51. 51.É nessa ocasião que os restos do defunto papa foi exposto na praça de São Pedro e, no fechamento da
cerimônia, foram reconduzidos em procissão diante do altar da Confissão da basílica vaticana, para ali ficar
expostos alguns dias para veneração dos fiéis
52. 52.Documentation catholique 2251 de lº de julho de 2001
53. 53.Documentation catholique 2233 de lº de outubro de 2000.
54. 54.Obra citada, p.46. Notamos que o quinto capítulo do livro de Marsaudon se intitula A morte de um santo.
Trata-se de João XXIII...
55. 55.“As atitudes inconvenientes, a propósito das quais poderíamos multiplicar as anedotas, confirmam o
julgamento de Jean Guitton sobre um núncio apostólico “familiar”e “vulgar””, narra Yves Chiron no seu
artigo sobre João XXIII (in Certitudes nº3 nova série), citando fatos efetivamente pouco edificantes.
56. 56.Falando de seu trabalho na cúria romana, como pro-secretário do papa Pio XII, o cardeal Ruini diz: “Foram
35 anos de apostolado infatigável, cujos traços estão profundamente inscritos na nossa Cidade como na
história da Igreja. Seu devotamento ao serviço dos Papas o viu engajado na diplomacia, que ele exerceu
como um autêntico serviço de caridade, com um cuidado escrupuloso”. O cardeal evita bem de falar do
cuidado escrupuloso com o qual João Batista Montini escondeu as relações que ele nutria com Moscou, apesar
da proibição formal do papa. Esse único fato de desobediência grave ao papa deveria ser suficiente para
interromper o processo de beatificação.
57. 57.O ecumenismo visto por um franco-maçon, Yves Marsudon, edições Vitiano, p. 45.
58. 58.Recuso de vários seminaristas de prestar o juramento anti-modernista. Leremos com interesse o detalhe
dessa vasta polêmica que fez grande agitação na época em toda a Itália. in: Disquisitio: Conduta de São Pio X
na luta contra o modernismo, Publicações do Courrier de Rome, p. 157-218.
59. 59.Ele foi reconhecido pela Congregação pela causa dos santos de 2 de outubro de 2002.
60. 60.O testemunho da jovem mulher indiana foi recolhido por Saverio Gaeta para o hebdomadário católico
italiano Famiglia cristiana de 10 de outubro.
61. 61.O estudo mais detalhado apareceu sob a forma de artigos na revista Tradizione catholica (Revista do distrito
da Itália da Fraternidade São Pio X). A tradução francesa pode ser lida sobre o site www.dici.org (parte
Artigos de fundo). Um outro estudo mostrando que a bondade de João XXIII é na realidade uma falta de
virtude de prudência apareceu na revista italiana Rassegna di Ascética e Mistica “S.Caterina da Siena”de
julho-setembro de 1975. O autor, o padre Colosio é um dominicano italiano do convento de S. Miniato, perto
de Pisa. Este artigo foi reproduzido em francês na revista Le Sel da la terre nº 42. Enfim, assinalamos também
um bom artigo que saiu na revista Certitudes nº 3, nova série intitulado João XXIII: a beatificação infeliz.
62. 62.Em 1967, o Padre geral dos capuchinhos pergunta ao Padre Pio: “Reze por nosso capítulo geral capuchinho
que vai se abrir para redigir novas constituições”. A essas palavras, o Padre teve um gesto de raiva,
exclamando: “É só tagarelice e ruínas!” Algumas semanas mais tarde, quando o papa iria receber o capítulo
dos capuchinhos em audiência, Padre Pio escreveu a Paulo VI: “Eu rogo ao Senhor que ela (a ordem dos
capuchinhos) (...) continue na sua tradição de seriedade e austeridade religiosa, de pobreza evangélica, de
observância da regra e das constituições.” Quando novas constituições foram anunciadas, Padre Pio teve a
mesma reação muito viva: “Mas o que você está fazendo em Roma? O que o senhor está combinando? O
senhor quer mudar até mesmo a regra de são Francisco!” Fonte: P.Jean, OFM cap.,Cartas aos amigos de São
Francisco, Pére Jean, n.17, 2 de fevereiro de 1999.
63. 63.Cf. O problema da reforma litúrgica, ed.Permanência, Rio de Janeiro, 2001
64. 64. Citamos a mensagem publicada pela Conferência dos bispos do México explicando o sentido profundo da
canonização de Juan Diego pelo papa João Paulo II: “Essa canonização torna igualmente palpável o amor
providencial da Igreja e do Papa pelos indígenas e reitera sua firme oposição as injustiças, violências e
abusos dos quais esse povo foi vítima durante séculos. A Igreja observa e convida a observar com amor e
esperança os valores indígenas autênticos... Para essa canonização, o Papa encoraja os povos autóctones do
México e de toda a América a conservar essa sã firmeza na cultura de seus ancestrais e sustenta as
aspirações legítimas e as justas reivindicações de todos os indígenas. A vida de Juan Diego deve retomar o
élan na construção da nação mexicana: uma nação de início pronta a se reconciliar com suas origens, sua
história, seus valores e suas tradições; uma nação, em seguida, cujo desenvolvimento seria fundado sobre o
valor da pessoa humana, respeitado na sua integridade; uma nação onde o encontro da diversidade e da
comunhão se fará na criatividade; uma nação onde as leis poderiam não somente proteger as regras da vida
em sociedade, mas igualmente assegurar a justiça e solidariedade; uma nação, enfim, onde a dignidade dos
mais vulneráveis seria defendida e onde os mais favorisados poderiam deixar livre-curso a sua fraternidade.
Nós perguntamos a doce Mãe da Nação mexicana, padroeira da América e das Filipinas, para nos ajudar a
fazer nossa sua pedagogia a fim de chegar a uma evangelização inculturada em todas as regiões, todos os
lugares e todos os setores do México e do continente americano.” A documentação católica nº 2276 de
15/09/2002.