Вы находитесь на странице: 1из 80

ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 1
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA
COMARCA DE JOINVILLE/SC

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
JUSTIÇA GRATUITA
Senhor Distribuidor, favor verificar eventual
Conexão com a ação contrária envolvendo as mesmas partes.
Distribuir por dependência

CRISTIANO FREDERICO CARDOSO, brasileiro, solteiro, ajudante de


motorista, inscrito no CPF sob nº 048.590.969-32, portador da carteira de identidade n.º
8117394653, expedido por SSP/PR, residente e domiciliada na RUA PARANAGUAMIRIM,
Nº 1395, PARANAGUAMIRIM, JOINVILLE/SC, CEP 89234-100, por seu procurador Dr.
Alexandre Tavares Reis com endereço profissional na Rua, 232, nº 23, Meia Praia,
Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000 Fone – (47) 9995-6886 - E-mail:
doctor_reis@hotmail.com, vem respeitosamente, à Vossa Excelência, propor a a presente
AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS, cumulada com COBRANÇA
DE SEGURO DE PROTEÇÃO FINANCEIRA, REPETIÇÃO DE INDÉBITO,
REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS e PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA INAUDITA
ALTERA PARS contra:

BANCO PANAMERICANO S/A, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ sob nº. 59.285.411/0001-13, com sucursal na AV. PAULISTA, 1374 -
BELA VISTA, SÃO PAULO - SP, 01310-100, para onde deverá enviada a citação por
AR/MP (AVISO DE RECEBIMENTO DO CORREIO) para na pessoa de seu gerente ou quem
suas vezes o fizer, para querendo contestar a presente, que o faça no prazo de lei, sob
pena de confissão pela revelia, diante dos fatos e fundamentos jurídicos a seguir
expostos:

___________________________________- 1 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 2
ADVOGADO
OAB/SC 40.787

DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
A parte Autora entende ser desnecessária a realização da audiência de
conciliação a que se refere no Novo Código de Processo Civil por duas razões, a uma pelo
fato de que basta ao Réu na contestação exibir a apólice de SEGURO DE PROTEÇÃO
FINANCEIRA e pagar o seguro de proteção financeira que a lide estará resolvida, a outra,
pelo fato de que não dispõe de recursos nesse momento para honrar qualquer proposta
que possa surgir, dessa forma, a realização da solenidade representará apenas mais
gastos e desperdício de atividade jurisdicional.

DOS FATOS

A parte Autora após minucioso orçamento familiar, e, diante da


necessidade da aquisição de um veículo automotor para exercer suas funções de
locomoção até o trabalho, optou em adquirir o veiculo PAS/AUTOMOVEL FORD/FIESTA
FLEX, ANO/MOD 2012/2013, COR BRANCA, PLACA MJS-9287, RENAVAM 491989075,
financiado pelo Réu num plano de 48 meses com parcelas de R$ 665,12 (...).

Nas parcelas mensais do referido financiamento está incluso o prêmio de


um SEGURO DE PROTEÇÃO FINANCEIRA, pelo qual, caso a parte Autora estaria
assegurada caso viesse a enfrentar algum evento futuro que impedisse o regular
pagamento das parcelas, como doenças, perda de emprego, perda temporária de renda,
acidentes com o veiculo, e ou qualquer fato superveniente a contratação que lhe
reduzisse a capacidade financeira.

Este seguro se destina a quitar as parcelas que forem se vencendo a


partir da ocorrência do fato garantido pela apólice rigorosamente em dia, com fincas de
“PROTEGER” o agente financeiro e o próprio financiado.

Cumpre destacar que a parte Autora somente efetuou a compra


financiada ciente que teria a cobertura securitária TOTAL caso algum imprevisto, assim,

___________________________________- 2 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 3
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
durante 04 meses a parte Autora pagou rigorosamente em dia todas as prestações,
restituindo o total de R$ 2.660,48 (...) para o Réu, pagando assim parte substancial do

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
débito, ocorre que recentemente, devido a crise sem precedentes no BRASIL a parte
Autora perdeu parte substancial de sua renda familiar e via de consequência está
impossibilitado de pagar as parcelas do financiamento.

A parte Autora crente estar amparada por SEGURO DE PROTEÇÃO


FINANCEIRA entrou em contato com o SAC- SERVIÇO DE ATENDIMENTO CLIENTE do
Réu via fone 0800 605 0055 informando a diminuição da renda familiar em face aos
aumentos de tarifas de agua, energia elétrica, combustíveis e alimentos, fatos públicos e
notórios que por si só já justificam o acionamento do referido seguro.

Os prepostos do Réu confirmaram a contratação de seguro de proteção


financeira, solicitaram o envio dos documentos comprobatórios dos fatos e tranquilizaram
a parte Autora asseverando que incialmente seriam quitadas três parcelas do
financiamento, caso a situação de perda de renda persistisse a cada 90 dias o
procedimento seria renovado até a quitação total do financiamento.

A parte Autora após ter sido tranquilizada pelo Réu deixou de pagar as
prestações do financiamento e buscou financiamento na rede bancária para pagar outros
compromissos, não obtendo êxito pelo fato de seu nome estar negativado no SERASA e
SPC justamente pelo Réu, tal situação lhe acarretou ainda mais prejuízos, vez que, nada
deve ao Réu e mesmo assim este lançou seu bom nome na vala comum dos maus
pagadores.

Nova via-sacra foi iniciada pela parte Autora junto ao Réu para
sensibilizá-lo a honrar pagamento do financiamento fazendo uso do SEGURO DE
PROTEÇÃO FINANCEIRA, os seus prepostos garantem pelo fone 0800 605 0055 que a
apólice de seguro total está vigente e que seu caso está sob “análise”, mas, não retiram
seu nome do SERASA.

De outra banda o Réu mesmo ciente de que a parte Autora ter o direito
de receber o seguro de proteção financeira, fato que indica claramente não haver
___________________________________- 3 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 4
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
qualquer débito no referido contrato de financiamento, continua a cobrar uma dívida que
em tese está paga, incorrendo assim na cobrança indevida vedada no CDC e também no

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
CC.

Do quadro fático apresentado a esse r. juízo se conclui que o Réu está


agindo de forma ilícita, desta ação surgem danos materiais e morais que devem ser
reparados com a máxima urgência, a situação se arrasta e só tende a piorar a cada dia,
vez que, a parte Autora não tem recursos para continuar o pagamento das prestações do
financiamento, todas as vias amistosas foram exauridas, resta apenas o socorro ao
judiciário.

DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS E SEU EMBASAMENTO

1- DA EXIBIÇÃO JUDICIAL

No momento da contratação do financiamento foram oferecidos juros de


0.99% ao mês, e fora exigido da parte Autora a contratação casada de seguro de
proteção financeira = seguro prestamista, este seguro se destinaria a proteger o
financiamento caso viesse a ocorrer algum fato extracontratual que pudesse dificultar o
pagamento das parcelas.

Ocorre que até o presente momento o Réu não enviou a cópia do


contrato do financiamento e da apólice de seguro de proteção financeira, e nesse
momento de crise surge o fato superveniente que impede o pagamento das prestações
que estão acobertadas pelo referido seguro, diante disso, é de se concluir que por ora a
parte Autora nada deve ao Réu, vez que, deve este cobrar as parcelas da cobertura do
seguro prestamista.

Na ocasião da contratação o Réu vendeu a apólice de seguro embutida


no financiamento, agora quando surge o fato gerador de cobertura securitária se nega a
entregar a contra partida que é justamente quitar as parcelas do financiamento, como a
___________________________________- 4 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 5
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
parte Autora não recebeu sua via do contrato de financiamento, pela numeração descrita
no carne de pagamentos anexo se presume que o número do contrato é 000076048857,

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
em consulta ao fone de atendimento ao cliente 0800 605 0055 os prepostos do Réu
confirmam ser esse o número do contrato, entretanto, se negam a enviar a via da parte
Autora.

Sem a cópia do contrato 000076048857 a parte Autora está de mãos


amarradas para poder cobrar o seguro de proteção financeira - prestamista, e até
mesmo para o debate mais apurado das cláusulas abusivas que pretende anular, assim,
vem tentando obtê-la pelo fone 0800 605 0055, via protocolos eletrônicos números
00252071/2016, 00331451/2016, pleiteando a revisão extrajudicial para readequação do
prazo de pagamento e do valor das parcelas desde o inicio da famigerada crise que
assola o Brasil, contudo, seus pedidos não foram atendidos.

No contrato estava prevista a devolução do financiamento em 48


parcelas de R$ 665,12 (...) enquanto pode a parte Autora pagou 04 parcelas, fato que
demonstra ser ela boa pessoa e de índole elevada, desta forma, por já ter quitado parte
substancial da dívida tem o direito de readequar o contrato com fulcro na teoria da
imprevisão sem perder a posse de sua ferramenta de trabalho, e, para isto precisa
coagir judicialmente o Réu a exibir o referido contrato e dos protocolos eletrônicos acima
mencionados devidamente transcritos por ata notarial, pedido este que não é nenhuma
heresia jurídica, tem fundamento nos artigos 396 a 400 do NCPC, vejamos:

Art. 396 - O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa, que se
ache em seu poder.

Já o artigo 397 do mesmo diploma legal estabelece:

Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:


I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;


II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o


documento ou com a coisa;
___________________________________- 5 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 6
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o
documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
Os documentos a serem exibidos são o contrato de financiamento, a
ficha de cadastro, a apólice de seguro de proteção financeira e os protocolos de
reclamação efetuados pelo fone de atendimento ao cliente 0800 605 0055, via protocolos
eletrônicos números 00252071/2016, 00331451/2016, (art.397 inc I) a finalidade da
exibição judicial desses documentos se faz necessário demonstrar e provar as seguintes
situações fáticas:

A- Que no contrato de financiamento foi pactuada a taxa de juros de


0.99% ao mês; que existe cláusula expressa de obrigatoriedade de contratação do
seguro, bem como, para provar que o valor inicial do financiamento está contaminado
com a inclusão de valores destinados a pagamento de terceiros, taxa de análise de
crédito e utilização do paradigma Frances TABELA PRICE para obtenção do valor de cada
prestação;

B- Que a ficha de cadastro se faz necessária para demonstrar a situação


econômica da parte Autora no ato da contratação do financiamento e do seguro, prova
esta imprescindível para demonstrar que o contrato está amparado por seguro de
proteção financeira e que houve mudança no seu orçamento familiar que impossibilitou
o cumprimento do contrato de financiamento e que se traduz e fato gerador da utilização
do seguro de proteção financeira para quitar o financiamento;

C- Que com a exibição da apólice de seguro de proteção financeira


restará configurada a mora do credor e descaracterizada a mora da parte Autora, visto
que, comprovada a tese da contratação de seguro de proteção financeira, o Réu passa a
ser devedor, fato que descaracteriza a mora e inibe a retomada do bem pelo Réu em face
da ausência de mora.

___________________________________- 6 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 7
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
D- Com a exibição dos protocolos de reclamação efetuados pelo fone de
atendimento ao cliente 0800 605 0055, via protocolos eletrônicos números

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
00252071/2016, 00331451/2016, a parte Autora pretende provar que tentou resolver a
celeuma na seara extra judicial antes mesmo de atrasar as parcelas, assim, restará
provado que a mora atual se dá por ato culposo do credor que deverá arcar com o ônus
de sua desídia.

A parte Autora funda sua certeza da existência desses documentos


(artigo 397 inciso III) no fato de ter assinado os mesmos, na mesma toada, funda sua
certeza de que estão em poder do Réu no fato de após tê-los assinado, estes foram
retidos pelo agente financeiro terceirizado e remetidos para o Réu que se nega a
entregar as vias da parte Autora, no que tange aos protocolos de reclamação a certeza
se funda no fato de que as instituições financeiras e demais empresas que possuem o
serviço de atendimento a clientes por telefone devem manter sob sua responsabilidade
os protocolos de reclamação armazenados durante a vigência do contrato.

Caso o Réu se recuse a exibir os documentos requeridos, deverá ser-lhe


aplicada a sanção do artigo 400 do NCPC in verbis:

Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por
meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:

I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo


do art. 398;

II - a recusa for havida por ilegítima.

O autor tentou resolver a celeuma diretamente com seu gerente que


informou que o assunto só pode ser resolvido pelo contencioso via fone 0800 605 0055,
assim sendo, é obvio que tem ele a obrigação de armazenar todos os protocolos de
reclamação e de atendimento, assim sendo, deve ser coagido judicialmente a exibir os
protocolos sob pena da aplicação da sanção prevista no artigo 400 do NCPC. Nesse

___________________________________- 7 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 8
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
sentido tem-se o magistério do Prof. EGAS MONIZ DE ARAGÃO, comentado o
pensamento de Calamandrei:

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
"Calamandrei opôs-se à tese de a exibição constituir ônus para a parte, pois, a
seu ver, „o dilema, nesse caso, não está em cumprir uma atividade prejudicial,
ou antes, uma inércia igualmente prejudicial. ‟ Sua observação assenta no
pressuposto de a parte negar-se a exibir porque o documento ou a coisa
certamente faria prova em seu desfavor, razão porque de dois males escolheria
o menor. Entretanto, forçoso convir que nem sempre a recusa de exibir
acarretará essa consequência, pois o juiz apreciará livremente a prova e
também livremente julgará a causa, uma vez que a presunção derivada da
recusa de exibir não é absoluta."

A jurisprudência abona o presente pedido, como se poderá verificar pelo


precedente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

"Sendo comum às partes os documentos que pretende sejam produzidos e


estando eles em poder da recorrente, é incabível à recusa à exibição."

A ação de exibição de documentos ou coisa destina-se a ajudar as partes


da relação judicial na elaboração de provas que ajudem no acolhimento do seu pedido ou
no exercício do seu direito de defesa. Nessa linha de pensamento, podemos citar os
ilustres juristas Fredie Diddier, Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira:

“Funda-se no direito constitucional à prova, que é assegurado a todo aquele


que participa de um processo, seja judicial ou administrativo. Nesse sentido,
não pode o litigante ver tolhida a possibilidade de valer-se de uma determinada
prova somente porque está ela em poder da outra parte ou de terceiro
particular. Com efeito, em casos tais, existem mecanismos aptos a buscar a
prova onde quer que ela esteja e trazê-la aos autos do processo”.

Portanto, no caso, a perdurar a resistência injustificada do Réu na


exibição do contrato de financiamento e dos referidos protocolos de reclamação, deve ser
considerada verdadeira a tese da parte Autora no que tange ao fato de ter ele esgotado,
todas as vias extrajudiciais para obter a cópia do contrato e também a revisão
___________________________________- 8 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 9
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
extrajudicial do contrato com a redução das parcelas e dilatação do prazo contratual,
mantida a taxa de juros de 0.99% ao mês anunciada pelo Réu, e ainda que houve a

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
contratação de seguro prestamista, isso tudo com fulcro no texto do artigo 400 do NCPC.

2- DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO COSNUMIDOR

Um dos fundamentos jurídicos que dão sustentação a presente demanda


estão relacionadas com as normas do Código de Defesa do Consumidor prevê a Teoria da
Imprevisão no seu art. 6º, V (sem esquecer que o dispositivo se encontra no capítulo III
– “Dos Direitos Básicos do Consumidor”):

Art. 6º - São direitos do consumidor:


V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as
tornem excessivamente onerosas.

Ora, salta aos olhos que o dispositivo não prevê, para sua aplicação, o
acontecimento imprevisível, bastando os fatos supervenientes que tornem as prestações
excessivamente onerosas ao consumidor, assim, fundamental trazer à tona também a
inteligência do art. 6º, inciso VIII do CDC e art. 333, inciso II do CPC, vejamos:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


[...]
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;

Art. 333. O ônus da prova incumbe:


[...]
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.

Evidencia-se assim a necessidade da aplicação do CODECON ao caso em


tela, e, principalmente a inversão do ônus da prova, devendo o Réu ser expressamente

___________________________________- 9 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 10
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
advertido que deverá destruir com provas robustas as alegações da parte Autora sob
pena de sua tese ser considerada verdadeira. Nesse sentido é o entendimento do

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
Colendo Tribunal de Justiça Catarinense como segue:

APELAÇÃO CÍVEL. RESOLUÇÃO CONTRATUAL C/C REINTEGRAÇÃO DE POSSE E


INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. AÇÃO
e RECONVENÇÃO. IMPROCEDÊNCIA DA primeira e procedência da segunda NA
ORIGEM. INSURGÊNCIA DA DEMANDANTE/RECONVINDA. ÔNUS DA PROVA.
RELAÇÃO CONSUMERISTA. APLICABILIDADE DAS NORMAS INSERTAS
NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E NO ART. 333, I, DO cpc.
DISTRIBUIÇÃO ACERTADA. PRELIMINAR AFASTADA. RELAÇÃO JURÍDICA
CONTRATUAL. alienação realizada à RÉ pOR garagista, ESTE que obteve o
AUTOMÓVEL em consignação da AUTORA. PROVAS que não derruem A VERSÃO
APRESENTADA PELA PRIMEIRA.

Não se olvide que consoante disposto no artigo 14, caput, do CDC:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Isto significa que o fornecedor de produtos não pode eximir-se de suas


responsabilidades, mas as suportar na medida dos danos causados. Portanto, a legislação
consumerista aplica-se claramente ao presente caso, além de proteger o consumidor das
condutas irresponsáveis provocadas pelo Réu, também estabelece métodos para
possibilitar a devida reparação pelos danos causados.

Desta forma, configurada a relação de consumo entre as partes a


INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA é medida que se impõe. Todavia, mostrar-se-á de forma
inequívoca o descumprimento contratual e a conduta ilegal do Réu que também afronta
as normas vigentes no Código Civil e na Carta Magna, como passo a demonstrar.

___________________________________- 10 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 11
ADVOGADO
OAB/SC 40.787

3- DOS DISPOSITIVOS APLICÁVEIS DO CÓDIGO CIVIL E CÓDIGO DE

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
DEFESA CONSUMIDOR AO CASO TELADO

3.1 – DO CONTRATO DE SEGURO DE PROTEÇÃO FINANCEIRA –


FINANCIAMENTO QUITADO POR OCORRÊNCIA DE EVENTO SEGURADO

Os contratos de mutuo como os demais, devem ser pactuados na mais


absoluta boa fé entre os contratantes, nesse passo, o Réu ao vender de forma casada
com o financiamento uma apólice de seguros de “PROTEÇÃO FINANCEIRA” deve arcar
com o ônus deste venda, ou seja, deve garantir a proteção financeira prometida, nesse
passo, a pretensão do Autor encontra guarida, no artigo 757 Código Civil, vejamos:

Art. 757- Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o


pagamento do prêmio, a garantir o interesse legítimo do segurado, relativo a
pessoa ou coisa contra riscos predeterminados.

Assim é tratada a mora do Réu em cumprir o contrato, o art.772 do


código civil, que prevê:

Art. 772. A mora do segurador em pagar o sinistro obriga, à atualização


monetária da indenização devida segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, sem prejuízo dos juros moratórios.

O fato gerador do direito da parte Autora em receber a proteção


financeira nasce no exato momento em que o segurador ora Réu foi notificado da perda
substancial da renda do financiado, assim sendo, com a exibição da apólice de seguro de
proteção financeira, restará provado que o Réu está em mora com a parte Autora no que
tange ao pagamento das prestações vencidas após a quarta parcela quitada diretamente
na rede bancária, desta forma, as parcelas vincendas, inclusive a número 04/48 e as
sucessivas são de responsabilidade da seguradora eleita pelo próprio Réu, este deverá
pagar inclusive os juros, multas e correção monetária de cada prestação não paga pela

___________________________________- 11 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 12
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
parte Autora após a ocorrência do fato gerador amparado pelo SEGURO DE PROTEÇÃO
FINANCEIRA.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
3.1 REVISÃO DO CONTRATO – APLICABILIDADE DO CÓDIGO CIVIL E CDC –
TEORIA DA IMPREVISÃO – ANULAÇÃO DE CLÁUSULAS E COBRANÇAS
ABUSIVAS – RELATIVIZAÇÃO PACTA SUNT SERVANDA - POSSIBILIDADE

Com entrada em vigor do Código Civil de 2002 novas premissas


principiológicas mudaram a tendência individualista das relações contratuais para uma
vertente preocupada com a função social das relações patrimoniais. Com tal alteração de
paradigma no campo legislativo, a sociedade precisou se ajustar à nova fase contratual.

No caso em tela, não há a necessidade de nos delongarmos em provar


prejuízo suportado pela Autora, visto que, todos sabem dos efeitos da crise ora
vivenciada, aliado ao novo entendimento do Tribunal Superior que obriga o pagamento
integral da dívida pendente em caso busca e apreensão judicial do bem, razão mais que
suficiente para que haja a intervenção judicial, ainda mais no caso em tela, onde houve a
contratação expressa de seguro de proteção financeira.

Existem situações exteriores ao contrato que podem provocar reações


diversas para os contratantes, onerando excessivamente um dos polos da relação
jurídica. Em razão disso, o ordenamento jurídico prevê que a alteração das circunstâncias
pode ser suscitada pelo contratante prejudicado por meio da teoria da imprevisão.

Não se pode olvidar que a teoria da imprevisão consiste na possibilidade


de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e
extraordinários, a prestação de uma das partes torna-se exageradamente onerosa. Dá-se
em momento posterior à conclusão do contrato, advindo dai o desequilíbrio
superveniente.

___________________________________- 12 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 13
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
Conforme acima mencionado, são pressupostos que devem estar
presentes no momento da aplicação da teoria da imprevisão: 1) configuração de eventos

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
extraordinários e imprevisíveis; 2) comprovação da onerosidade excessiva que causa a
insuportabilidade do cumprimento do acordo para um dos contratantes; 3) que o
contrato seja de execução continuada ou de execução diferida.

Ora, ninguém poderia imaginar o cenário atual vivido por milhões de


brasileiros, a parte Autora tinha como certa a contratação de seguro prestamista que
estaria a lhe amparar em caso de perda de renda, jamais poderia prever que o Réu iria
negar a cobertura do seguro quando fosse acionado a fazê-lo, nessa seara, o Código
Civil, no capítulo que trata da extinção do contrato, prevê também uma espécie de
finalização contratual, por meio da alegação por uma das partes da onerosidade
excessiva (artigo 478).

E nem alegue o Réu que aqui não se aplica a teoria da imprevisão em


face de que o contrato em comento possui cláusula de vencimento, pois como bem
anotou o legislador no artigo 479 ao dispor que “a resolução poderá ser evitada,
oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato”.

Não se pode olvidar que apesar de legalmente instituída e aceita pelos


tribunais pátrios, a cláusula que permite a liquidação antecipada do contrato é abusiva e
leonina e afronta os artigos 479 e 488 do CC que lecionam:

Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar


eqüitativamente as condições do contrato.

Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes,


poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de
executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.

Assim sendo, e estando comprovado que antes da crise que afetou o


setor a parte Autora conseguiu pagar LITERALMENTE EM DIA 04 parcelas do
financiamento, resta evidenciado ser ela boa pagadora, mas, diante do fato
___________________________________- 13 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 14
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
superveniente, caso não seja concedida a revisão contratual ora proposta, ambas as
partes terão prejuízo, pois para a parte Autora restará apenas a falência, e, nesse caso o

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
Réu não terá de onde receber o saldo remanescente da dívida, logo, a readequação do
financiamento é a medida mais justa a ser tomada.

A sociedade deve se responsabilizar pela existência social dos seus


membros e incentivar o respeito pelos direitos dos particulares, tudo isso provoca a
relativização dos direitos subjetivos com o uso do princípio da função social nas relações
privadas.

De igual forma, o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078 de 11 de


setembro de 1990), que tem seu fundamento na Constituição da República, em especial
no art. 5º, XXXII e no art. 48 da ADCT, se revela como uma resposta legislativa à
necessidade criada pala sociedade de consumo (mass consumption society ou
Konsumgesellschaft) e traz em seu bojo normas de ordem pública e de interesse social, a
teor do seu art. 1º.

Ora, salta aos olhos que o dispositivo não prevê, para sua aplicação, o
acontecimento imprevisível, bastando os fatos supervenientes que tornem as prestações
excessivamente onerosas ao consumidor. Evidencia-se assim a necessidade de revisão
contratual a fim de possibilitar a resolução do contrato de forma continuada, expurgando-
se eventuais abusos do Réu e possibilitando que a parte Autora pague seu eventual
débito legalmente exigível, após a devida compensação de créditos com o valor do
seguro de proteção financeira.

3.3 REVISÃO DO CONTRATO – ANULAÇÃO DA CLÁUSULA DE VENCIMENTO


ANTECIPADO - POSSIBILIDADE

No caso vertente a obrigação de pagar a prestação cabe somente a


parte Autora, ao Réu (credor) caberia o pagamento do seguro de proteção financeira e
na sua eventual inexistência, oportunizar ao devedor uma maneira de pagar o que é
___________________________________- 14 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 15
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
devido de forma menos onerosa, assim, o vencimento antecipado da divida nesse
caso não pode ser aplicado, visto que, a inadimplência não decorre de ato

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
culposo da parte Autora, mas, de uma crise nunca antes enfrentada pela nova
República, repito, a parte Autora só entrou em inadimplência em razão da crise
econômica que não foi por ela criada, e porque o Réu não honrou o pagamento do
seguro de proteção financeira.

É fato público e notório a crise que o Brasil atravessa crise esta fruto de
um modelo de governo que com vistas a manter-se no poder represou preços de
combustíveis, energia elétrica, água e tributos, depois de eleito esse mesmo modelo de
governo não pode conter os preços represados e teve que aumentar impostos, o
corolário disto, é uma inflação galopante e milhões de brasileiros SUPER ENDIVIDADOS!

Este cenário preocupante não favorece a ninguém, nem mesmo ao


sistema financeiro nacional que está perdendo tanto quanto a população endividada,
milhões de famílias estão vendo o sonho do “carro novo” se transformar num pesadelo,
aquilo que representou uma conquista social, o sonho de um automóvel na garagem,
hoje se converte em amargura e prejuízos quando da visita do Sr. Oficial de Justiça bate
a porta do cidadão, munido de um mandado de busca e apreensão, e leva o veiculo
deixando ao devedor a certeza de ter perdido todo investimento e ter adquirido uma
divida impagável.

No site do Réu consta um saldo devedor de R$ 29.265,28 (...) diferente


daquela de 0.99% ao mês oferecida na época da contratação, pois bem, dentro
dessa ótica é de se afirmar que o Réu não terá qualquer prejuízo se readequar o valor de
cada prestação ao patamar atualmente suportável a nova realidade econômica da parte
Autora, reduzindo o valor de cada prestação e dilatando o prazo de pagamento!

O negócio do Réu é emprestar dinheiro e não apreender veículos para


posterior revenda, já a parte Autora reunindo os rendimentos de toda família pode se
comprometer ao pagamento de uma parcela de R$ 330,90(...) mensal, por obvio que
___________________________________- 15 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 16
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
nenhum prejuízo advirá ao Réu a dilatação do prazo de pagamento, vez que, continuará
ele com a garantia fiduciária e ao mesmo tempo manterá um cliente cativo e satisfeito

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
por ter condições de honrar o pagamento.

Demais disto, o vencimento antecipado foi instituído para proteger os


bancos de clientes contumazes em retardar o pagamento das parcelas e dos
inadimplentes contumazes, mas, como a parte Autora antes mesmo de cair em
inadimplência buscou a solução junto ao Réu sem êxito, aliado ao fato de seu
financiamento estar protegido por seguro prestamista, é evidente que essa cláusula deve
ser anulada e ou sobrestada por ora. E nem poderia ser diferente, afinal, o vencimento
antecipado no caso em tela seria ilegal em latente afronta aos princípios do direito
esculpidos no CODECON.

A autonomia da vontade, assim, pode ser mitigada de forma a assegurar


o equilíbrio contratual e promover a socialidade nas relações privadas, ainda que o
interesse tenha sido inicialmente patrimonial, pior será resolver o contrato impondo a
uma das partes a falência, nesse passo nosso Egrégio Tribunal de Justiça já decidiu:

TJ-SC - Apelação Cível AC 285629 SC 2009.028562-9 (TJ-SC) Data de


publicação: 01/09/2009 Ementa: ADMINISTRATIVO - LICITAÇÃO -
CONTRATO - SUPERVENIÊNCIA DE ACONTECIMENTO EXTRAORDINÁRIO
- REVISÃO CONTRATUAL - POSSIBILIDADE - RESTABELECIMENTO DO
EQUILÍBRIO ECONÔMICO -FINANCEIRO A superveniência de
acontecimento extraordinário autoriza a revisão do preço inicialmente
pactuado no contrato administrativo, de modo a assegurar o equilíbrio
econômico-financeiro do ajuste, ainda que inexista previsão específica
neste ou no edital.

Esclareça-se ser possível revisar os contratos sem necessidade de aplicar


a teoria da imprevisão, pois não se exige sejam extraordinários e imprevisíveis os fatos
pelos quais a demandante reputou tornar demasiado oneroso o pacto em discussão,
suficiente para tanto o abuso, nessa linha de pensar o Supremo Tribunal Federal e
Superior Tribunal de Justiça, veja:

___________________________________- 16 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 17
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
Nesse raciocínio, a Min. Nancy Andrighi, membro da 3ª Turma do STJ,
em AgREsp nº 374351/RS, publicado em data de 24.06.02, afirmou:"o

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
preceito insculpido no inciso V do CDC dispensa a prova do caráter
imprevisível do fato superveniente, bastando a demonstração objetiva da
excessiva onerosidade advinda para o consumidor

A crise vivenciada no Brasil é sem precedentes na história, é fato público


e notório que dispensa de provas, basta atentar ao noticiário nacional e se constata a
gravidade, nem a parte Autora nem mesmo o Réu poderiam imaginar no momento da
contratação um cenário futuro como esse que vivenciamos hoje, portanto, sem maiores
digressões doutrinarias e jurisprudências, até por apego a brevidade, a aplicação da
teoria da imprevisão delineada no CC, cumulada com o que estabelece o CODECON deve
ser aplicada no caso telado, afastando os efeitos da mora como acima mencionado.

3.4 REVISÃO DO CONTRATO – COBRANÇA DE JUROS REMUNERATÓRIOS COM


TAXA ABUSIVA – REDUÇÃO POSSIBILIDADE

Como já foi dito, na época da contratação a parte Autora foi seduzida


pela proposta de taxa de juros de 0.99% ao mês, pois como demonstra a prova ora
juntada esta era a taxa média de juros oferecida pela financeiras para financiamento de
automóveis, entretanto, ao que tudo está a indicar a taxa aplicada no contrato é bem
maior do que aquela anunciada.

A parte Autora faz prova cabal que a taxa de mercado na época era de
0,99% ao mês, assim sendo, qualquer taxa cobrada acima desse patamar deve ser
considerada abusiva, pois derivada de propaganda enganosa, nesse passo já se decidiu:

Apelação Cível n. 2015.086616-7, de Mafra - Relator: Des. Lédio Rosa de


Andrade APELAÇÃO CÍVEL. REVISIONAL DE CÉDULA DE CRÉDITO
BANCÁRIO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DA
PARTE AUTORA.
JUSTIÇA GRATUITA. PEDIDO PREJUDICADO EM FACE DA CONCESSÃO
DA BENESSE EM PRIMEIRO GRAU. CERCEAMENTO DE DEFESA.
INOCORRÊNCIA.

___________________________________- 17 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 18
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
JUROS REMUNERATÓRIOS. APLICAÇÃO DOS CONTRATADOS, DESDE
QUE NÃO ULTRAPASSEM AS TAXAS MÉDIAS DE MERCADO.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. AUTORIZAÇÃO LEGAL CONFERIDA PELO
INC. I DO § 1º DO ART. 28 DA LEI N. 10.931/2004. AUSÊNCIA,
CONTUDO, DE CONTRATAÇÃO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PERMISSÃO
NA FORMA SIMPLES. CLÁUSULA DE VENCIMENTO ANTECIPADO DO
CONTRATO. VIOLAÇÃO AO EQUILÍBRIO MATERIAL DAS PRESTAÇÕES.
ABUSIVIDADE RECONHECIDA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
EXTRAJUDICIAIS. ABUSIVIDADE. VERBA HONORÁRIA. FIXAÇÃO NOS
TERMOS DO § 4º, ART. 20 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. VALOR
MAJORADO. SUCUMBÊNCIA REDISTRIBUÍDA. RECURSO CONHECIDO EM
PARTE E PARCIALMENTE PROVIDO. Vistos, relatados e discutidos estes
autos de Apelação Cível n. 2015.086616-7, da comarca de Mafra (1ª Vara
Cível), em que é apelante Paulo Cesar dos Anjos, e apelado Cifra S/A
Crédito Financiamento e Investimentos: A Quarta Câmara de Direito
Comercial decidiu, por unanimidade, conhecer em parte e dar parcial
provimento ao recurso. Custas legais. Participaram do julgamento,
realizado nesta data, os Exmos. Srs. Des. José Carlos Carstens Köhler e
José Inácio Schaefer. Florianópolis, 16 de fevereiro de 2016. Lédio Rosa
de Andrade PRESIDENTE E RELATOR

Assim sendo, requer a revisão do contrato fixando a taxa de juros em


0.99% ao mês tal qual consta na propaganda veiculada pelas instituições financeiras,
expurgando a capitalização de juros como veremos na sequencia.

3.5- DA REVISÃO CONTRATUAL AFASTAMENTO DA CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA DE


JUROS REMUNERATÓRIOS – POSSIBILIDADE

É perfeitamente possível a revisão contratual para afastamento da


capitalização de juros, pois sabe-se que, nas operações de crédito bancário, é prática
recorrente das instituições financeiras a incidência do anatocismo, gerando a cobrança de
juros sobre juros. Como é cediço, a capitalização é lícita somente nos casos
excepcionados, quando tratar-se de operações bancárias regidas por leis especiais.
Extrai-se da jurisprudência:

É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente


convencionada (Súmula 121). Dessa proibição não estão excluídas as

___________________________________- 18 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 19
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
instituições financeiras, dado que a Súmula 596 não guarda relação com
o anatocismo (...).1

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
Nos demais casos, persiste a vedação prevista na súmula 121 do
Supremo Tribunal Federal; “ É vedada a capitalização de juros, ainda que
expressamente convencionada”, aliás, sobre este tema o Egrégio Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul, já se posicionou:

“NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO REVISIONAL. JUROS.


CAPITALIZAÇÃO. A CAPITALIZAÇÃO MENSAL É INCABÍVEL EM
CONTRATO NÃO REGIDO POR LEI ESPECIAL, CONFORME VEDAÇÃO DO
DEC. 22.626/33. É INCONSTITUCIONAL A MEDIDA PROVISÓRIA Nº
1.963-25 (ATUAL 2.170-48), PORQUANTO AUSENTES OS REQUISITOS
DA URGÊNCIA E NECESSIDADE, PREVISTOS NA NO ART. 62 DA CF/88.
APELOS PROVIDOS. (APELAÇÃO CÍVEL Nº 70003867652, SEGUNDA
CÂMARA ESPECIAL CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR:
NEY WIEDEMANN NETO, JULGADO EM 10/05/2002)”.

Neste passo resta caracterizada a abusividade na cobrança de juros na


forma capitalizada que levam para a descaracterização da mora do devedor, segundo
últimos precedentes da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de
que a cobrança do crédito com acréscimos indevidos não tem o condão de constituir o
devedor em mora, veja:

“AgRg nos EDcI no REsp 820062/RS; AGRAVO REGIMENTAL NOS


EMBARGOS DE DECLARAÇAO NO RECURSO ESPECIAL 2005/0189818-3
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONTRATO DE
MÚTUO. ENCARGOS INDEVIDOS. DESCONSTITUIÇÃO DA MORA.
PRECEDENTE DA 2 SEÇÃO. 1. Firmou-se a jurisprudência da Segunda
Seção do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que a cobrança do
crédito com acréscimos indevidos não tem o condão de constituir o
devedor em mora .11. Agravo desprovido.”

A capitalização de juros é prática financeira das mais lesivas e onerosas a


quem toma o capital por empréstimo, além de incompreensível ao homem médio, pois

1 Ap. cív. nº 99.008696-8, de Piçarras Rel.: Des. Newton Trisotto In DJ/SC nº 10.429, de
03.04.2000.
___________________________________- 19 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 20
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
advém de cálculos matemáticos complexos que admitem a incorporação dos juros de um
período sobre determinado montante para, no período subsequente, apostarem-se novos

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
juros ao binômio capital inicial + juros do período anterior.

No Direito Brasileiro, a capitalização mensal de juros é permitida apenas


aos contratos previstos nos Decretos-leis n. 167 de 14-2-1967 e 413 de 9-1-1969, nas
Leis n. 6.840 de 3-11-1980, e 10.931de 2-8-2004, quais sejam, as cédulas de crédito
rural, industrial, comercial e de crédito bancário, respectivamente. Destaque para a
cobrança de capitalização mensal de juros nas cédulas de crédito bancário, a qual está
autorizada pela Lei n. 10.931/2004, art. 28, § 1º, inc. I, in verbis:

Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e


representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma
nela indicada,seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de
cálculo, ou nos extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto
no § 2o. § 1o Na Cédula de Crédito Bancário poderão ser pactuados:
I - os juros sobre a dívida, capitalizados ou não, os critérios de sua
incidência e, se for o caso, a periodicidade de sua capitalização, bem
como as despesas e os demais encargos decorrentes da obrigação.

Nos demais contratos, a capitalização é admitida tão-somente na


periodicidade anual, conforme preceitua o art. 4º, da Lei de Usura (Decreto n. 22.626, de
7-4-1933), desde que devidamente pactuada. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça
firmou entendimento no sentido da viabilidade de incidência da capitalização mensal de
juros com fundamento no art. 5º da Medida Provisória n. 2.170/36, de 23-8-2001
(decorrente da MP n. 1.963/17, de 30-3-2000), nos contratos celebrados após 31-3-2000,
desde que pactuada.

Para que se configure a contratação da capitalização de juros, necessária


a existência de cláusula que indique de forma precisa a sua incidência, de forma que o
contratante, pela simples leitura, identifique o seu emprego. Não basta, portanto, a
indicação da taxa mensal, bem como anual. Por contratação expressa, deve ser
entendida "capitalização mensal de juros" ou "juros capitalizados de forma mensal", ou
___________________________________- 20 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 21
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
outras expressões equivalentes apontando a contratação e a periodicidade. Cita-se
precedente do STJ:

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CAPITALIZAÇÃO MENSAL
DE JUROS. AUSÊNCIA DE PACTUAÇÃO EXPRESSA. INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS 05 E 07 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. Nos
termos da MP 2.170/01, é admissível a capitalização mensal de juros
quando expressamente pactuada, o que não ocorre nos autos. 2. Não é
suficiente que a capitalização mensal de juros tenha sido pactuada,
sendo imprescindível que tenha sido de forma expressa, clara, de modo a
garantir que o contratante tenha a plena ciência dos encargos acordados;
no caso, apenas as taxas de juros mensal simples e anual estão, em tese,
expressas no contrato, mas não a capitalizada.
3. Revisão do conjunto probatório e de cláusulas contratuais
inadmissíveis no âmbito do recurso especial (Súmulas n. 5 e 7 do STJ).4.
Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 895424/RS, Rel. Ministro
Hélio Quaglia Barbosa, Quarta Turma, julgado em 7-8-2007)

Registre-se, ainda, que o papel do judiciário, apesar da obrigação de


observar o princípio da isonomia, é aplicar as normas jurídicas ao caso concreto, quando
de ordem pública. Concernente à revisão contratual, o cálculo da dívida deve ser
revisado, em atenção às regras contidas no Código de Defesa do Consumidor, aplicável
ao caso em apreço, por tratar-se de relação de consumo, conforme já ficou consignado
acima. Diante desse quadro, é evidente que a capitalização diária de juros deve ser
extirpada do presente feito, sob pena de enriquecimento ilícito do Réu e o correlato
empobrecimento da parte Autora.

___________________________________- 21 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 22
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
3.6 DA REVISÃO CONTRATUAL AFASTAMENTO COBRANÇA ABUSIVA DE
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA - JUROS REMUNERATÓRIOS, JUROS

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
MORATÓRIOS - MULTA DE INADIMPLÊNCIA – DE FORMA CUMULADA –
POSSIBILIDADE.

É perfeitamente possível a revisão contratual visando o afastamento de


cobrança cumulada de juros fora do período de normalidade, ou seja, a cobrança de
juros moratórios de forma cumulada com a cobrança de multa por atraso, comissão de
permanência e juros remuneratórios, vez que, tal cobrança se traduz em bis in iden
vedado no ordenamento jurídico e propicia ao Réu o igualmente repudiado
enriquecimento sem causa, e por ser esta a metodologia de cobrança do Réu deve ser
revisada toda avença delimitando a cobrança consoante Enunciado III do Grupo de
Câmara de Direito Comercial:

“entendida a soma dos juros remuneratórios não superiores à


taxa pactuada, limitada à média de mercado, dos juros
moratórios até o limite de 12% ao ano e da multa contratual até
2% sobre o valor da prestação, quando contratados. Cumulação
com outros encargos que não se mostra legítima.

Em idêntico sentido já se manifestou nosso Egrégio Tribunal de Justiça:

[...] MULTA MORATÓRIA – REDUÇÃO, DE OFÍCIO, PARA 2% –


INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 52, § 1º, DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR Como determina o art. 52, § 1º, do CDC, 'as multas de
mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não
poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação'. Contudo,
não é admitida a incidência da multa sobre os juros de mora, ou destes
sobre aquela, haja vista ambas as verbas incidirem sob o mesmo
pressuposto, a mora do devedor. (Apelação Cível n. 1997.007787-4, Rel.
Des. Paulo Roberto Camargo Costa, j. 3-12-07).

___________________________________- 22 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 23
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
Aliás, não se pode deixar de observar a impossibilidade da incidência da
multa moratória sobre os juros de impontualidade de 1% ao mês, caso esse fato ocorra,

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
haverá dupla penalidade ao devedor, vez que a quantia decorrente da mora sofrerá
incidência dos juros da inadimplência e, sobre estes, a multa moratória, pois vedado o bis
in idem, obsta-se que sobre um encargo recaia o outro, em caso análogo já se decidiu:

APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DECLARATÓRIA C/C CONSIGNAÇÃO EM


PAGAMENTO E TUTELA ANTECIPADA – CONTRATO DE FINANCIAMENTO
– CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – INCIDÊNCIA NAS RELAÇÕES
ENVOLVENDO INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS – SÚMULA 297 DO STJ –
REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS – POSSIBILIDADE –
INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 6º, V, E 51, E SEUS §§, DO CDC e 421 e
422, do CÓDIGO CIVIL.[...] PRETENSÃO DE EXCLUSÃO DOS ENCARGOS
DA MORA EFETIVAMENTE CONTRATADOS – IMPOSSIBILIDADE –
MULTA CONTRATUAL A 2% E JUROS MORATÓRIOS DE 1% AO
MÊS – VEDAÇÃO DE INCIDÊNCIA DA MULTA CONTRATUAL
SOBRE OS JUROS DE MORA, OU DESTES SOBRE AQUELA.
Objetivando os juros de mora compensação pela perda financeira
decorrente do atraso na satisfação da obrigação; tendo a multa moratória
finalidade punitiva em decorrência do inadimplemento no termo
aprazado, perfeitamente viável a cobrança cumulada desses encargos,
por não se gravar bis in idem. Contudo, não é admitida a incidência da
multa sobre os juros de mora, ou destes sobre aquela, haja vista ambas
as verbas incidirem sob o mesmo pressuposto, a mora do devedor [...].
(Apelação Cível n. 2004.034701-0, Rel. Des. Paulo Roberto Camargo
Costa, j. 26-11-07). (grifei)

Portanto, feitas tais digressões se conclui pela impossibilidade de


cumulação da comissão de permanência com outros encargos de mora em harmonia com
o posicionamento acima reportado, sendo que todo e qualquer valor cobrado sob essa
guisa deverá ser devolvido a parte Autora acrescido de juros de 12% ao ano a partir de
cada pagamento e correção monetária a partir da citação.

___________________________________- 23 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 24
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
3.7 DA REVISÃO CONTRATUAL AFASTAMENTO COBRANÇA DE SERVIÇOS DE
TERCEIROS PRESTADOS AO RÉU NA COBRANÇA DA PARTE AUTORA E OU PELA

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
ANÁLISE CRÉDITO – POSSIBILIDADE

É perfeitamente possível a revisão contratual visando o afastamento de


cobrança de serviços de terceiros ligados ao Réu embutido no financiamento, vez que, na
sua atividade econômica, este no mais das vezes se faz representar por agentes
terceirizados e advogados, estes por sua vez, baseados em cláusula abusiva que
transfere o ônus de cobrança para a parte Autora, promovem um verdadeiro achaque,
cobrando honorários de advogado sem sequer ajuizar ação de cobrança e ou de busca e
apreensão.

A cláusula que impõe ao consumidor o ressarcimento de despesas feitas


com a cobrança extrajudicial é nula de pleno direito, ex vi do disposto expressamente
pelo artigo 51 , inciso XII do CDC, portanto, caso comprovado o pagamento destas
despesas em cada uma das parcelas pagas fora do prazo de vencimento, seja com
honorários de advogado e o de assessoria jurídica, o valor apurado deve ser restituído na
integralidade à parte Autora devidamente corrigido com juros legais de 12% ao ano a
partir de cada desembolso e correção monetária a partir da citação.

Não se pode olvidar que no julgamento do aresto paradigmático pelo STJ


(REsp 1.251.331/RS) , o exame da legalidade de outras tarifas bancárias deve partir da
observância da legislação, notadamente das Resoluções expedidas pelas autoridades
monetárias vigentes à época do contrato discutido. E o regramento administrativo
atualmente vigente, disciplinado pelas autoridades monetárias, notadamente o BACEN e
o CMN não preveem de forma expressa a cobrança de tarifas de: i) registro do contrato;
ii) inclusão de gravame eletrônico; iii) promoção de vendas; iv) outras, similares e
congêneres não adequadamente explicitadas, dessa forma, após a exibição judicial do
contrato, dele deverão ser restituídas na forma dobrada por se tratar de cobrança
abusiva, nesse passo já se decidiu:

___________________________________- 24 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 25
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
TJ-MG - Apelação Cível AC 10525140082161001 MG (TJ-MG) Data de
publicação: 27/08/2015 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - REVISÃO DE

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
CONTRATO BANCÁRIO -CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO -
RESSARCIMENTO DE DESPESAS COM COBRANÇA EXTRAJUDICIAL -
CLÁUSULA DE CONTRATO DE ADESÃO - DISPOSIÇÕES DO CDC -
INOBSERVÂNCIA - ABUSIVIDADE RECONHECIDA. - A cláusula contida em
cédula de crédito bancário, sujeitando o contratante ao pagamento de
despesas com cobrança extrajudicial, possui expressa previsão legal, ex
vi do disposto pelo art. 28 , IV, da Lei 10.931 /04. - Se, porém, a redação
dessa cláusula não contém qualquer destaque e dificulta a sua
compreensão, em violação ao disposto no art. 54 , §§ 3º e 4º , CDC , a
mesma não obriga o Consumidor. Inteligência do art. 46, do mesmo
Diploma. - "Em contratos de consumo, além da existência de cláusula
expressa para a responsabilização do consumidor, deve haver
reciprocidade, garantindo-se igual direito ao consumidor na hipótese de
inadimplemento do fornecedor." (STJ, REsp nº 1.274.629/AP, Relª. Min.
Nancy Andrighi, Terceira Turma, j. 16/05/2013, p. 20/06/2013).

O julgado a baixo em caso análogo:

TJ-MG - Embargos de Declaração-Cv ED 10707100223304002 MG (TJ-


MG) Data de publicação: 18/01/2013 Ementa: EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO - OMISSÃO - OCORRÊNCIA - DECLARAÇÃO DO ACÓRDÃO -
SEGURO AUTO - AUSÊNCIA DE INDÍCIO DE VENDA CASADA - DESPESAS
COM COBRANÇA EXTRAJUDICIAL - ABUSIVIDADE - HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - FIXAÇÃO ANTECIPADA PELO CREDOR -
DESCABIMENTO. Havendo omissão no acórdão sobre ponto relevante a
respeito do qual deveria se pronunciar, deve ele ser declarado. Ausentes
indícios da ocorrência de venda casada, é legal a cobrança de seguro de
veículo financiado. A cobrança extrajudicial é faculdade do credor, que
não pode transferir tal ônus para o devedor, nos termos do art. 51 , XII ,
do Código de Defesa do Consumidor . É vedado ao credor estipular
previamente o percentual dos honorários advocatícios para a hipótese de
inadimplemento contratual. Embargos de declaração acolhidos em parte.

No mesmo viés:

TJ-PR - 8250379 PR 825037-9 (Acórdão) (TJ-PR) Ementa: RECURSO DE


APELAÇÃO CIVIL. FINANCIAMENTO BANCÁRIO. CAPITALIZAÇÃO
MENSAL DE JUROS. IMPOSSIBILIDADE. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA -
INADMISSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA CUMULATIVA COM QUAISQUER
OUTROS ENCARGOS MORATÓRIOS OU REMUNERATÓRIOS. COBRANÇA
DE TAC E TEC - ILEGALIDADE. REPETIÇÃO DO INDÉBITO - DEVIDA SOB
PENA DE CARACTERIZAR ENRIQUECIMENTO INDEVIDO, EM
___________________________________- 25 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 26
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
INEQUÍVOCA AFRONTA AO ARTIGO 844 DO CÓDIGO CIVIL .
HONORÁRIOS POR COBRANÇA EXTRAJUDICIAL - ILEGALIDADE OFENSA

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
AO ART. 51 , XII DO CDC . HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS EM
CONSONÂNCIA COM O ART. 20 , § 3.º DO CPC . 1. Nos contratos de
financiamento, por força da suspensão da eficácia do art. 5º e § 1º da
medida provisória 2.170 -36/2001, promovida pelo Supremo Tribunal
Federal, em sede liminar, na ADIN 2.316-DF ( situação equivalente à
ausência de lei específica) incide a súmula n.º 121 do STF, que veda a
capitalização de juros, lida, obviamente, à luz do Código Civil de 2002,
por ser mais recente, o qual permite apenas a capitalização anual no seu
art. 591 , desde que expressamente pactuada, incidindo, em caso
contrário, na forma simples. 2. A comissão de permanência não pode ser
cumulada com qualquer outro encargo moratório ou remuneratório
inteligência das súmulas 294 e 296 do STJ. 3. A taxa de emissão de
carnê (TEC) e a taxa de abertura de crédito (TAC) são indevidas, eis que
beneficiam exclusivamente a instituição financeira configurando flagrante
violação aos princípios da transparência e da boa-fé previstos no CDC .
Precedentes do STJ. RECURSO DE APELAÇÃO CIVIL CONHECIDO E, NO
MÉRITO, NÃO PROVIDO

E nem poderia ser diferente, vez que, a cobrança de tarifas de registro


do contrato, inclusão de gravame eletrônico, promoção de vendas, cobrança de
honorários de advogado, cobrança de comissão por assessoria jurídica e ou empresa de
cobrança, emissão de carnê de pagamentos e outras similares e congêneres, não podem
ser cobradas do consumidor sem que lhe seja ressalvada o mesmo direito.

Todos sabem que cobrança extrajudicial é faculdade do credor, que não


pode transferir tal ônus para o devedor, nos termos do art. 51 , XII , do Código de
Defesa do Consumidor . É vedado ao credor estipular previamente o percentual dos
honorários advocatícios para a hipótese de inadimplemento contratual, as cláusulas que
permitem essas cobranças devem ser anuladas e os valores pagos sob essa guisa devem
ser restituídos a parte Autora, devidamente corrigido com juros legais de 12% ao ano e
correção monetária a partir da citação.

___________________________________- 26 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 27
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
3.8 DA DESCARACTERIZAÇÃO DA MORA DO AUTOR – CARACTERIZAÇÃO DA
MORA DO RÉU PELO NÃO PAGAMENTO TEMPESTIVO DO SEGURO PROTEÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
FINANCEIRA – PRESENÇA DE OUTROS ENCARGOS ABUSIVOS

O SEGURO DE PROTEÇÃO FINANCEIRA como já mencionado acima e


como o próprio nome sugere, se presta a quitar o financiamento diante da ocorrência de
fato gerador amparado pelo contrato, nessa linha de pensar, é de se afirmar que no caso
telado não há mora do devedor fiduciário, vez que, a suposta mora apontada no
SERASA decorre de ato culposo do credor fiduciário ora Réu, que assumiu o risco de
emitir a apólice de seguro de proteção financeira, e, quando instado a pagar o seguro
não o fez, logo, a mora decorre de ato culposo do agente financeiro, por obvio é de ser
desconstituída a mora seguindo entendimentos da mais alta Corte, veja:

“AgRg nos EDcI no REsp 820062/RS; AGRAVO REGIMENTAL NOS


EMBARGOS DE DECLARAÇAO NO RECURSO ESPECIAL 2005/0189818-3
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONTRATO DE
MÚTUO. ENCARGOS INDEVIDOS. DESCONSTITUIÇÃO DA MORA.
PRECEDENTE DA 2 SEÇÃO. 1. Firmou-se a jurisprudência da Segunda
Seção do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que a cobrança do
crédito com acréscimos indevidos não tem o condão de constituir o
devedor em mora .11. Agravo desprovido.”

Ressalta-se ainda, que a parte Autora apenas deixou de pagar agindo no


exercício regular de seu direito, qual seja, o direito de receber o contrato de seguro
pago, assim, caso a falta de pagamento decorra de ato culposo do próprio credor, não
há como responsabilizar o Autor pelo inadimplemento da obrigação, porquanto ausente o
pré-falado elemento subjetivo. Do ensinamento do Ministro Ruy Rosado de Aguiar, tem-
se que a mora só existe quando:

(...) o atraso resultar de fato imputável ao devedor (art. 963 do Código


Civil). Se a exigência do credor é abusiva, e portanto ilegítima, o
devedor que não paga o que lhe está sendo indevidamente
cobrado não incide em mora, pois pode reter o pagamento
enquanto não lhe for dada quitação regular. O melhor
comportamento do devedor é, em tal caso, promover a ação cabível para
definir o valor exato do débito. (...).
___________________________________- 27 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 28
ADVOGADO
OAB/SC 40.787

Demais disto, no caso em tela há confusão entre credor e devedor, vez

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
que, a parte Autora NEGA TAXATIVAMENTE a dívida apontada no SERASA e ao mesmo
tempo entende ser credor do valor integral da divida pendente em razão de ter pago
SEGURO DE PROTEÇÃO FINANCEIRA.

Assim sendo, não é justo que o consumidor, elo mais fraco da lide,
permaneça inscrito nas listas negras dos maus pagadores e ainda corra o risco de ver seu
veiculo apreendido em eventual ação de busca e apreensão que pode ser ajuizada a
qualquer momento pelo Réu, razão pela qual deve ser descaracterizada a sua mora e
caracterizada a mora do Réu. A importância da descaracterização da mora reside na
necessidade de se garantir a posse do bem e excluir o nome da parte Autora do SERASA
como veremos na sequência.

De outra banda, há grande possibilidade de a parte Autora vencer o


litigio no todo ou em parte, nesse caso, restará afastada a mora, e somente após o
trânsito em julgado da sentença é que será apurada a extensão real do débito e ficará
caracterizada a mora da parte Autora e ou do Réu, o certo é que por ora não há qualquer
certeza de quem deve a quem, vez que, como já disse, além da mora do Réu em se
negar a pagar o seguro de proteção financeira pondo fim a dívida da parte Autora, milita
contra ele a elaboração de cláusulas abusiva, portanto, nulas de pleno direito, nessa
toada já se decidiu:

Apelação Cível n. 2016.004928-3, de Balneário Camboriú Relator: Des.


José Carlos Carstens Köhler (...). TARIFA CORRESPONDENTE À
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TERCEIROS. PREVISÃO DO BALIZAMENTO
DE FORMA TAXATIVA NA NORMA PADRONIZADORA DO BANCO
CENTRAL DO BRASIL. NORMATIVOS QUE, TODAVIA, TORNAM
OBRIGATÓRIA A PREVISÃO EXPRESSA DO ENCARGO, E DE FORMA
DETALHADA. AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO NO AJUSTE SOBRE O
CONTEÚDO, DESTINO DA INCUMBÊNCIA, BEM COMO INEXISTÊNCIA DE
CONTRAPRESTAÇÃO A JUSTIFICAR A EXIGÊNCIA DO ENCARGO, EM
NÍTIDA AFRONTA AOS ARTS. 6º, INCISO III, E 51, INCISO IV E § 1º,
INCISO I, AMBOS DO PERGAMINHO CONSUMERISTA. COBRANÇA QUE
SE MOSTRA ABUSIVA. SENTENÇA INALTERADA NESTE PONTO. (..)

___________________________________- 28 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 29
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
HIPÓTESE VERTENTE EM QUE O PERCENTUAL PREVISTO NA AVENÇA
SUPLANTA EM MUITO A TAXA MÉDIA PRATICADA EM MERCADO.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
ABUSIVIDADE PATENTEADA. LIMITAÇÃO DOS JUROS
COMPENSATÓRIOS AO TETO VEICULADO PELO BANCO CENTRAL
IMPERATIVA. MANUTENÇÃO DO DECISÓRIO QUANTO AO TEMA. (...)
MULTA POR INADIMPLÊNCIA. CONTRATAÇÃO EM 1%. OBSERVÂNCIA AO
ART. 52, § 1º, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DA SÚMULA
285 DO STJ. JUROS MORATÓRIOS. INVIABILIDADE DE SUA INCIDÊNCIA
SOBRE A MULTA CONTRATUAL E DESTA SOBRE AQUELE SOB PENA DE
BIS IN IDEM. (..) DEFINIU O AFASTAMENTO DA MORA DO DEVEDOR
QUANDO CONSTATADA A EXIGÊNCIA DE ENCARGO ABUSIVO NO
PERÍODO DE NORMALIDADE CONTRATUAL (RESP N. 1.061.530/RS, REL.
MIN. NANCY ANDRIGHI, J. 22-10-08). CASO CONCRETO. JULGADORA
A QUO QUE RECONHECE COMO ABUSIVO OS JUROS
REMUNERATÓRIOS CONTRATADOS. IMPERATIVA
DESCARACTERIZAÇÃO DA INADIMPLÊNCIA. (grifei)

Sem mais delongas é de se afirmar que não há mora caracterizada,


assim, a manutenção de posse e exclusão do nome da parte Autora do SERASA é medida
que se impõe e requer nos termos a seguir.

3.9 DA TUTELA ANTECIPADA – MANUTENÇÃO DE POSSE – FERRAMENTA DE


TRABALHO – PAGAMENTO SUBSTANCIAL DO FINANCIAMENTO – EXCLUSÃO
DO SERASA E AFINS – POSSIBILIDADE

A parte Autora tem o direito de discutir o contrato e principalmente


suspender os pagamentos ao Réu até que este lhe pague o seguro de proteção financeira
sem que para tanto tenha que aceitar que seu nome continue registrado no rol dos maus
pagadores, afinal, entende ela que a divida está quitada em face da ocorrência do fato
gerador do recebimento do seguro que até hoje não se perfectibilizou.

Nessa seara, além de estar passando por dificuldades devido a crise


nacional sem precedentes, está sem crédito na praça pela desídia do Réu que não honra
o contrato de seguro de proteção financeira, lembrando que o bom nome, a boa fama,
não são um luxo, são uma necessidade, sem a qual a pessoa negativada é excluída do
mundo dos negócios, perde grandes oportunidades de emprego, sem contar que é um

___________________________________- 29 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 30
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
direito assegurado na Constituição Federal em seu inciso V, do artigo 5º:

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
Inciso V - “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem”.

Segundo entendimento generalizado na doutrina, e de resto consagrado


nas legislações, é possível distinguir no âmbito das lesões a categoria dos danos
patrimoniais, de um lado, dos danos extrapatrimoniais, ou morais, de outro;
respectivamente, o verdadeiro e próprio prejuízo econômico, o sofrimento psíquico ou
moral, as dores, as angústias e as frustrações infligidas ao ofendido, nesse sentido trago
a lume:

TRF-5 - Agravo de Instrumento AGTR 11689 SE 97.05.22450-1 (TRF-5) Data de


publicação: 06/03/1998 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. LIMINAR
CAUTELAR. EXCLUSÃO DO NOME DE DEVEDOR DOS REGISTROS DO SERASA E
CADIN. INADIMPLÊNCIA NÃO COMPROVAÇÃO. - AGRAVO CONTRA LIMINAR EM
AÇÃO CAUTELAR QUE DETERMINOU O CANCELAMENTO DO NOME DA AUTORA
NA SERASA E NO CADIN, ENQUANTO SE DISCUTE EM AÇÃO DECLARATÓRIA O
NIVEL DE COMPROMETIMENTO DE RENDA PACTUADO PARA AQUISIÇÃ.O DE
IMÓVEL JUNTO AO SFH. - A PERPETUAÇÃO DOS REGISTROS CONSTITUE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL ANTE A INCERTEZA QUANTO À ALEGADA
INADIMPLÊNCIA. - AGRAVO IMPROVIDO.

TRF-5 - Agravo de Instrumento AGTR 11689 SE 0022450-63.1997.4.05.0000


(TRF-5) Data de publicação: 06/03/1998 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
LIMINAR CAUTELAR. EXCLUSÃO DO NOME DE DEVEDOR DOS REGISTROS DO
SERASA E CADIN. INADIMPLÊNCIA NÃO COMPROVAÇÃO. - AGRAVO CONTRA
LIMINAR EM AÇÃO CAUTELAR QUE DETERMINOU O CANCELAMENTO DO NOME
DA AUTORA NA SERASA E NO CADIN, ENQUANTO SE DISCUTE EM AÇÃO
DECLARATÓRIA O NIVEL DE COMPROMETIMENTO DE RENDA PACTUADO PARA
AQUISIÇÃ.O DE IMÓVEL JUNTO AO SFH. - A PERPETUAÇÃO DOS REGISTROS
CONSTITUE CONSTRANGIMENTO ILEGAL ANTE A INCERTEZA QUANTO À
ALEGADA INADIMPLÊNCIA. - AGRAVO IMPROVIDO.

É de se ressaltar que a exclusão do SERASA não é medida satisfativa, e


caso o Réu comprove a legalidade do apontamento a liminar poderá ser revogada a
qualquer tempo, de outra banda, há que se aquilatar a utilidade e necessidade de manter
no nome da parte Autora nas listas negras, ao nosso entender nenhuma utilidade e ou

___________________________________- 30 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 31
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
beneficio advirá ao Réu, pois o malfado apontamento não tem o condão de obrigar o
pagamento!

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
No caso em tela a parte Autora pretende com a presente demanda
apenas o reconhecimento de seu direito de receber o SEGURO DE PROTEÇÃO
FINANCEIRA e via correlata quitar o financiamento junto ao Réu sem que para tanto, seja
constrangido a permanecer com seu nome inscrito nas listas negras dos maus pagadores,
e correr o risco de perder a posse do veículo que em tese está quitado.

Nessa tocada, é justo que a parte Autora permaneça na posse do


automóvel enquanto discute judicialmente o exato valor de eventual débito e a
possibilidade de readequação das parcelas do financiamento para que possa restituir
integralmente o valor tomado do Réu sob forma de empréstimo, bem como os juros
legais. No presente caso, encontram-se os requisitos a justificar a concessão da
antecipação da tutela, de acordo com o artigo 300 do Novo Código de Processo Civil, “in
verbis”:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.

Ora, a concessão da tutela antecipada não trará prejuízo algum ao Réu,


ao contrário, terá ele o benefício de manter um cliente cativo por um número maior de
meses, ao mesmo tempo, continuará recebendo os juros pela taxa de mercado sem ter a
necessidade de efetuar novo contrato, correr novo risco e por fim dar satisfação plena ao
consumidor.

Já o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, se


perpetua diante do novo entendimento do STJ em caso de busca e apreensão do veículo,
onde estabelece que o devedor deverá pagar a integralidade da dívida apresentada pelo
banco, o que acarretará a perda da sua ferramenta de trabalho, pois se hoje está

___________________________________- 31 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 32
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
impossibilitado em honrar o contrato na sua forma primitiva, impossível será purgar a
mora pela dívida pendente.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
De outra banda, mesmo na dúvida ora suscitada, o Réu pode ainda obter
a retomada judicial do veículo objeto da lide, que é essencial para a subsistência das
atividades da parte Autora por se tratar de ferramenta de trabalho indispensável e cuja
posse está ameaçada.

O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação decorre das


já conhecidas e nefastas consequências, caso o nome da parte Autora seja inscrito ou
permaneça negativado nos órgãos de proteção ao crédito. Conforme já assentou nosso
egrégio Tribunal de Justiça, verbis:

(...) Face à redação do art. 273 do CPC, "'nenhum óbice legal há a que, em uma
mesma peça, profira o juiz a sentença e defira a tutela antecipada, que poderia
ser concedida antes, mas que não o fizera por qualquer razão, inclusive
eventual produção de provas apenas em audiência, ou melhor e mais acurada
análise da prova somente quando da oportunidade do julgamento antecipado.
Não seria evidentemente jurídico e justo negar-se a tutela antecipada, quando
presentes seus pressupostos' (Ap. cív. n. 01.022873-4, de Abelardo Luz, deste
relator), ainda que requerida na resposta ao apelo, "...a requerimento da parte"
(art. 273, caput, do CPC) e "...a qualquer tempo" (art. 461, § 3º, do CPC).2

No mesmo sentido em sede de tutela antecipada, se requer seja deferida


a manutenção de posse do bem alienado, visto que a Autora se dispõe a consignar em
juízo os valores readequados, demais disto, o direito de a Autora ser mantida na posse
do bem alienado está fundado em Leis, a exemplo cito o artigo 560 do NCPC diz:

Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e
reintegrado no de esbulho.

Já o artigo 561 do mesmo diploma legal ensina:

Art. 561. Incumbe ao autor provar:

2 Apelação cível n. 2003.013848-0, de Joinville. Relator: Des. Francisco Oliveira Filho.


___________________________________- 32 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 33
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda
da posse, na ação de reintegração.

Da jurisprudência Catarinense, extraio:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – REVISÃO CONTRATUAL C/C CONSIGNAÇÃO


INCIDENTE E MANUTENÇÃO DE POSSE – ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
CONCEDIDA PELO TOGADO A QUO PARA PROIBIR OU CANCELAR A INSCRIÇÃO
DO NOME DO DEVEDOR NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO,
DEPÓSITO INCIDENTAL DAS PRESTAÇÕES DEVIDAS E MANUTENÇÃO DA
POSSE DO BEM – DECISÃO INCENSURÁVEL – DECISÃO MANTIDA – RECURSO
DESPROVIDO. – (...) Uma vez ajuizada ação de revisão do contrato, pela qual o
mutuário pretende rever cláusulas e acessórios taxados de abusivos e ilegais e
com os depósitos dos valores incontroversos, estabelece-se a suspensão dos
efeitos da mora. Nessas circunstâncias, deve-se obstar a inscrição do nome do
devedor nos órgãos de proteção ao crédito e mantê-lo na posse do bem
alienado fiduciariamente, até a comprovação da existência do débito
ou da sua extensão. (AI n. 2005.006698-6, de Balneário Camboriú, rel. Des.
Sérgio Roberto Baasch Luz, j. 19.05.05)

Frise-se novamente que a Súmula 297 do STJ dirimiu qualquer dúvida


quanto à aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor nos contratos bancários, in
verbis: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”, em
assim sendo, prevalece a alegação da Autora que deve gozar do principio da boa fé, até
que o Réu a destrua com provas cabais.

A parte Autora tem o direito de revisar o contrato, sem que para tanto
tenha que aceitar que seu nome seja registrado no rol dos maus pagadores, bem como
que sua ferramenta de trabalho seja apreendida, uma vez que os efeitos nefastos são de
conhecimento notório.

Isto posto, com base nos argumentos vastamente explanados, a parte


Autora preenche todos os requisitos para a concessão da tutela, razão pela qual requer
lhe seja deferida a manutenção de posse do veiculo PAS/AUTOMOVEL FORD/FIESTA
FLEX, ANO/MOD 2012/2013, COR BRANCA, PLACA MJS-9287, RENAVAM 491989075, até
___________________________________- 33 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 34
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
o julgamento final da presente demanda, mediante depósitos judiciais de R$ 330,90(..)
sem qualquer efeito liberatório, vez que, o valor exato do débito será conhecido apenas

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
com o transito em julgado da sentença a ser prolatada nesses autos.

A verossimilhança das alegações consiste na boa fé da parte Autora que


enquanto pôde pagou 04 das 48 parcelas diretamente ao Réu, agora, tendo sucumbido a
maior crise já vivenciada no Brasil, crise esta que afeta todos os ramos da economia
nacional, vem buscar o auxilio do judiciário para ver resguardado seu direito, demais
disto, o Réu caso tenha algum prejuízo com a tutela jurisdicional requerida, poderá se
valer junto do BANCO CENTRAL e resgatar esse suposto prejuízo do FUNDO DE
DEPÓSITO COMPULSÓRIO que é cobrado em todas as operações de crédito, inclusive foi
cobrada no financiamento ora discutido.

Não se olvide Excelência que esse depósito compulsório foi criado


justamente para proteger o sistema financeiro (do qual o Réu faz parte) em casos de
crise como esta vivenciada no Brasil e que traz a parte Autor ao judiciário em busca de
socorro!

3.10 – DA DILATAÇÃO DO PRAZO DE PAGAMENTO DO VALOR APURADO COMO


SALDO DEVEDOR LEGALMENTE EXIGIVEL - POSSIBILIDADE

Não se pode olvidar que atualmente se exige do postulante a revisão de


contrato que indique o valor que entende devido, nesse particular a parte Autora entende
ser credora do Réu no montante do valor da apólice de seguro prestamista, porém este
valor somente será conhecido após a sua exibição.

No mesmo sentido o saldo devedor (se existir) somente será conhecido


após o trânsito em julgado da sentença a ser prolatada, contudo, a parte Autora se
dispõe e depositar mensalmente o equivalente a R$ 330,90(...) a fim de evitar a
resolução do contrato nos termos do artigo 479 do CC in verbis:
___________________________________- 34 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 35
ADVOGADO
OAB/SC 40.787

Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
eqüitativamente as condições do contrato.

O valor R$ 330,90(...) ofertado como incontroverso não impõe o


reconhecimento judicial desse montante, mas, é o que a parte Autora pode dispor nesse
momento de crise que atravessa, não significa afirmar que este será o valor efetivamente
devido, mas se presta a afastar a onerosidade excessiva nos moldes do que determina o
artigo 480 do CC in verbis:

Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes,


poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de
executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.

Nesse tópico não há necessidade de maiores delongas, há prova cabal de


que fatos extracontratuais tornaram o contrato por demais oneroso e a única alternativa
é sua readequação, assim num primeiro momento a parte Autora requer que as parcelas
vencidas e vincendas sejam pagas pelo seguro prestamista, e, havendo algum saldo
credor ao Réu, este seja readequado ao patamar de R$ 330,90 (...) mensais com as
mesmas taxas de juros de 0.99% ao mês ofertada pelo Réu na grande mídia nacional
como demonstram as provas ora juntadas.

No novo cálculo a ser obtido em liquidação de sentença dilatando-se o


prazo de vencimento do contrato e o número de prestações, utilizando-se para tanto as
mesmas taxas de juros de 0.99% ao mês ou alternativamente pela taxa media de
mercado a ser avaliada após a exibição judicial do contrato, assim, essa repactuação não
trará qualquer prejuízo ao Réu e possibilitará que a parte Autora pague sua dívida de
forme menos onerosa.

Data vênia máxima concessa Excelência, a readequação ora proposta não


trará prejuízo algum ao Réu, ao contrário, terá ele o benefício de manter um cliente
cativo por mais alguns meses, recebendo os juros pela taxa de mercado sem ter a
necessidade de efetuar novo contrato, correr novo risco e por fim dar satisfação plena ao
___________________________________- 35 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 36
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
consumidor, cumprindo assim a função social do contrato da alienação fiduciária, qual
seja, a obtenção de lucro lícito à instituição financeira de um lado, e de outro a satisfação

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
do consumidor devedor, ora Autora que poderá pagar sua dívida de forma menos
onerosa enquanto espera essa crise passar.

Sendo deferido esse pleito de readequação das parcelas, Vossa


Excelência estará obtendo tão sonhada pacificação social e ao mesmo tempo evitando a
falência da parte Autora, lembrando que essa conquista quando pleiteada em juízo, passa
a ser a mais nobre das missões do magistrado.

A pacificação social no mais das vezes tão difícil de ser conquistada, no


caso em tela, é por demais simplista, vez que, o devedor demonstra estar imbuído de
boa fé e que pretende, literalmente, honrar sua dívida e manter seu nome limpo no
mundo financeiro pagando os juros de mercado aos quais o Réu deve se subordinar sob
pena de estar agindo fora das normativas do BACEN.

Os fatos trazidos ao juízo acometem milhões de brasileiros, todos


motivados por uma mídia voraz e por planos de governo dando prioridade a venda de
caminhões com redução de impostos, promessa de juros ZERO, emplacamento grátis,
enfim, a mais pura cristalina propaganda enganosa, o corolário disto, é um povo cada vez
mais endividado e pobre.

E no mais das vezes, esses consumidores acabam perdendo todas suas


economias investidas na compra de caminhões e ou automóveis ao receberem a visita do
Sr. Oficial de Justiça com o mandado de busca e apreensão! Nessa hora Excelência o
cidadão vê seu sonho se transformar pesadelo, e, desse pesadelo surge essa “voz das
ruas” (parafraseando Dilma) com protestos violentos de um povo cansado de ver a usura
e a impunidade corroer patrimônios e destruir sonhos.

___________________________________- 36 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 37
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
De nada adiantou a Assembleia Constituinte destinar um Capítulo inteiro
aos direitos fundamentais do cidadão, se na prática um dos direitos ali estabelecidos o

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
direito a igualdade, não é respeitado nas relações bancárias.

3.11 DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO - COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS


DELINEADA NO ARTIGO 368 E SEGUINTES DO CÓDIGO CIVIL –
POSSIBILIDADE

Com o expurgo de valores cobrados indevidamente da parte Autora, quer


na formação do contrato, quer na sua consecução em momentos de eventual
inadimplência, terá ela direito em receber o que lhe foi cobrado indevidamente, nesse
passo já se decidiu:

TJ-SC - Apelação Cível : AC 20120321688 SC 2012.032168-8 (Acórdão) AÇÃO


REVISIONAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA AQUISIÇÃO DE VEÍCULO
AUTOMOTOR. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA PARA VEDAR A
INCIDÊNCIA DA COMISSÃO DE PERMANÊNCIA, DECLARAR ILEGAL A
TARIFA DE CADASTRO E DETERMINAR A REPETIÇÃO DO INDÉBITO NA
FORMA SIMPLES.(..) AÇÃO DECLARATÓRIA A SER APRECIADA PELO PODER
JUDICIÁRIO, SOB PENA DE RESTRIÇÃO AO DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA.
ADEMAIS, RELAÇÃO CONTRATUAL DE NATUREZA CONSUMERISTA (SÚMULA
297 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA) QUE AUTORIZA A MODIFICAÇÃO
DA AVENÇA JUDICIALMENTE, EM VISTA DA EXISTÊNCIA DE CLÁUSULAS
ABUSIVAS E EXCESSIVAMENTE ONEROSAS AO CONSUMIDOR. (..)
RESTITUIÇÃO/COMPENSAÇÃO DOS VALORES COMO FORMA DE OBSTAR O
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. ARTS. 876, 877 E 884 DO CÓDIGO CIVIL E
ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO [.]

Ou ainda:

TJ-RN - Apelação Cível AC 10438 RN 2011.001043-8 (TJ-RN) Ementa: CIVIL.


CONSUMIDOR. REVISÃO DE CONTRATO. ARRENDAMENTO MERCANTIL
(LEASING). APLICAÇÃO DO CDC . SÚMULA N.º 297 , DO STJ. JUROS
REMUNERATÓRIOS. CAPITALIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
EXPRESSA PACTUAÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 5º DA MEDIDA
PROVISÓRIA Nº 2.170 /200. REPETIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO.
POSSIBILIDADE. CUMULAÇÃO DE COMISSÃO DE PERMANÊNCIA COM DEMAIS
ENCARGOS. INVIABILIDADE. REPETIÇÃO DE INDÉBITO DA COMISSÃO DE
PERMANÊNCIA. POSSIBILIDADE REFORMA DA SENTENÇA. CONHECIMENTO E
PROVIMENTO DO RECURSO. PRECEDENTES. - Aplicabilidade do CDC . É
possível a revisão judicial dos contratos bancários, inclusive na modalidade de
arrendamento mercantil (leasing), de acordo com as normas insertas no Código
___________________________________- 37 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 38
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
de Defesa do Consumidor . - Capitalização dos juros. Esta Corte de Justiça
firmou entendimento pela inconstitucionalidade do art. 5º da MP nº 2.170 -

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
36/2001 que permitia capitalização mensal de juros. Assim, à exceção dos casos
expressamente permitidos por leis esparsas, a capitalização de juros é vedada,
mesmo nos contratos de arrendamento mercantil (leasing). - Repetição em
dobro de indébito. Levando-se em consideração que foi reconhecimento a
inviabilidade da prática do anatocismo, é consequência lógica a condenação do
banco em arcar com a repetição do indébito, dos pagamentos feitos a mais, nos
termos do art. 42 , parágrafo único , do CDC . - Cumulação da comissão de
permanência com demais encargos. É vedada a cumulação da comissão de
permanência com qualquer outro encargo. - Repetição do indébito dos valores
pago a titulo de comissão de permanência com demais encargos. Em razão do
princípio que veda o enriquecimento injustificado do credor, o STJ orienta-se no
sentido de admitir a restituição do indébito na forma simples

De outra banda, além dos valores cobrados indevidamente que serão


objeto de análise judicial, a parte Autora tem como certo a contratação de seguro de
proteção financeira, o Réu por seu turno não cumpriu o contrato ao deixar de pagar o
que é devido pela ocorrência do fato segurado, logo, há no presente caso confusão entre
credor e devedor, assim sendo, por força de lei expressa nos artigos 368 e 369 do
Código Civil, após apurado o eventual saldo credor e ou devedor deverá haver a
compensação entre os débitos e créditos das partes, nesse passo já se decidiu:

TJ-SC - Embargos de Declaração em Apelação Cível ED 556109 SC


2008.055610-9 (TJ-SC) Data de publicação: 08/01/2010 Ementa: EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÕES CÍVEIS. COMPENSAÇÃO (ART. 368 DO CC ).
POSSIBILIDADE, AINDA QUE NÃO HAJA PEDIDO DA PARTE. RECURSO
PROVIDO. "Por expressa disposição legal (arts. 368 e 369 do Código Civil ), a
compensação entre os débitos e créditos das partes deve ser efetivada, ainda
que sem pedido específico para tanto, vindo, inclusive, em benefício da própria
demandada, a qual, uma vez procedente a lide, ficará exonerada do pagamento
do montante a que restar condenada" (Ag n. 1136075/PR, rel. Ministro Ministro
Vasco Della Giustina - Desembargador Convocado do TJ/RS - DJ de 10-11-
2009).

Ou ainda:

TJ-SC - Embargos de Declaração em Apelação Cível ED 556116 SC


2008.055611-6 (TJ-SC) Data de publicação: 08/01/2010 Ementa: EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÕES CÍVEIS. COMPENSAÇÃO (ART. 368 DO CC ).
POSSIBILIDADE, AINDA QUE NÃO HAJA PEDIDO DA PARTE. RECURSO
PROVIDO. "Por expressa disposição legal (arts. 368 e 369 do Código Civil ), a
compensação entre os débitos e créditos das partes deve ser efetivada, ainda
que sem pedido específico para tanto, vindo, inclusive, em benefício da própria
demandada, a qual, uma vez procedente a lide, ficará exonerada do pagamento
___________________________________- 38 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 39
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
do montante a que restar condenada" (Ag n. 1136075/PR, rel. Ministro Ministro
Vasco Della Giustina - Desembargador Convocado do TJ/RS - DJ de 10-11-2009

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
Assim sendo, após apurado o valor que a parte Autora tem direito de
receber, tanto pelo pagamento da apólice de seguro prestamista quanto pela restituição
dos valores cobrados indevidamente como acima explanado, deverá ser efetuada a
compensação de dividas entre as partes, sendo que somente nesse momento será obtido
o valor legalmente exigível entre os litigantes.

DO PEDIDO

Diante de todo o exposto requer que Vossa Excelência digne-se em


receber esta exordial, com os documentos que a instruem, autorizando o seu
processamento, citando o Réu por AR/MP, para querendo contestar os fatos aqui
articulados o faça no prazo de lei, sob pena dos efeitos da confissão pela revelia e ao
final ser condenado nos seguintes termos:

1) Requer seja dispensada a realização da audiência preliminar de


conciliação a que se refere o NCPC;

2) Requer com fulcro nos artigos 396 a 400 do NCPC que o Réu seja
constituído na obrigação de exibir judicialmente a ficha cadastral que deu azo ao
fornecimento de crédito, o contrato de financiamento número 000076048857, a apólice
de seguro prestamista e ainda a transcrição dos protocolos eletrônicos de reclamação
números 00252071/2016, 00331451/2016 efetuados pelo fone 0800 605 0055, sob pena
de aplicação de multa diária de R$ 500,00 (..) em favor da parte Autora, e ainda ser-lhe
aplicada a penalidade contida no artigo 400 do NCPC;

3) A concessão de TUTELA ANTECIPADA inaudita altera pars, em


caráter de urgência (art. 273, § 7º, do CPC), a fim de que Vossa Excelência autorize a
parte Autora, com base na teoria da imprevisão (artigos 478 a 480 CC e o CODECON) a

___________________________________- 39 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 40
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
efetuar a consignação em pagamento no valor mensal de R$ 330,90(...) para o saldo
devedor do contrato 000076048857, afastando assim os efeitos da mora, via correlata

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
seja deferida a exclusão do nome da parte Autora das listas negras do maus pagadores,
SERASA, SPC e Cartórios de Títulos, bem como, seja deferida a manutenção de posse
veiculo PAS/AUTOMOVEL FORD/FIESTA FLEX, ANO/MOD 2012/2013, COR BRANCA,
PLACA MJS-9287, RENAVAM 491989075 até o julgamento final da presente demanda,

4) No mérito requer seja confirmada a tutela antecipada, em sentença


para que produza seus efeitos jurídicos, descaracterizando a mora da parte Autora e
caracterizando a mora do Réu pelo não pagamento do seguro de proteção financeira,
bem como para julgar totalmente procedente a revisão judicial do contrato nos
seguintes termos:

a) Requer seja reconhecida a incidência das normas de proteção de


consumo (CDC) e a respectiva inversão do ônus da prova, deferindo a
prova pericial por conta do Réu;

b) Requer seja reconhecida a abusividade da taxa de juros


remuneratórios, reduzindo essa taxa de juros para o patamar de
0.99% oferecida pelo Réu no ato da contratação, determinando a
realização de novo cálculo pelo perito judicial, e devolução do valor
apurado como indevido, acrescido de juros de mora de 1% ao mês a
partir da assinatura do contrato e correção monetária pelo INPC a
partir da citação;

c) Requer seja reconhecida a ilegalidade da capitalização diária de juros


pela utilização do paradigma Frances TABELA PRICE, admitindo-se
apenas a capitalização anual, determinando a realização de novo
cálculo pelo perito judicial, e devolução do valor apurado como
indevido, acrescido de juros de mora de 1% ao mês a partir da

___________________________________- 40 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 41
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
assinatura do contrato e correção monetária pelo INPC a partir da
citação;

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
d) Requer seja reconhecida a ilegalidade da cobrança de juros
moratórios cumulado com juros remuneratórios no período da
inadimplência conjuntamente com comissão de permanência e multa
contratual, determinando por sentença judicial a limitação da
incidência dos juros moratórios à taxa de 1% ao mês e multa
contratual de 2%, determinando a realização de novo cálculo pelo
perito judicial, e devolução do valor apurado como indevido, acrescido
de juros de mora de 1% ao mês a partir de cada desembolso onde
for constatada a cobrança de forma cumulativa e correção monetária
pelo INPC a partir da citação;

e) Requer seja reconhecida a abusividade da cláusula que permite a


cobrança de serviços de terceiros, determinando seu afastamento e a
devolução do valor respectivo ao autor, devidamente atualizado pelo
INPC, desde a assinatura do contrato e acrescido de juros de mora de
1% ao mês e correção monetária a partir da citação;

f) Requer seja reconhecida a abusividade da cláusula que permite o


vencimento antecipado da dívida, sem ressalvar a devolução das
parcelas já quitadas pela parte Autora;

g) Requer seja reconhecida a abusividade da cobrança das tarifas


administrativas referentes à TAC (abertura de crédito), TEC (emissão
de carne) e de análise de crédito, tarifa de registro, tarifa de
avaliação, vez que, estas tarifas transferem o custo operacional do
Réu para a parte Autora que já remunera o Réu com o pagamento de
juros remuneratórios, traduzindo-se tal cobrança em bis in idem;
determinando a devolução do valor respectivo ao autor, devidamente
___________________________________- 41 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 42
ADVOGADO
OAB/SC 40.787
atualizado pelo INPC, desde a assinatura do contrato e acrescido de
juros de mora de 1% ao mês e correção monetária a partir da

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
citação;

h) Requer seja reconhecida a abusividade e ilegalidade da cláusula que


transfere ao consumidor os custos da cobrança extrajudicial,
honorários de advogado e assessoria jurídica sem que aja o
ajuizamento de qualquer procedimento judicial, determinando seu
afastamento e a devolução do valor respectivo à parte Autora
acrescido de juros de mora de 1% ao mês, desde o desembolso onde
for constatada a cobrança e correção monetária a partir da citação;

i) Requer seja reconhecida a contratação do seguro de proteção


financeira, obrigando o Réu a entregar a apólice e quitar o
financiamento na forma estabelecida na mesma;

j) Requer seja reconhecido o direito de compensação de dívidas previsto


no artigo 368 do CC, e determinar a devolução e ou compensação dos
valores pagos a maior pela parte Autora, inclusive com referência ao
seguro de proteção financeira, tudo devidamente corrigido com juros
de mora de 1% ao mês a contar de cada desembolso indevido, e
correção monetária pelo INPC/IBGE a contar da citação;

k) Requer a condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e


honorários de advogado a base usual de 20% sobre o valor da causa;

5) Requer por derradeiro a oportunidade de provar todo o alegado,


através da produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente
pela inversão do ônus da prova, pericial financeira, testemunhal (cujo rol será anexado
oportunamente), depoimento pessoal do representante legal do Réu sob pena de
confesso, bem como juntada e requisição de novos documentos;
___________________________________- 42 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
ALEXANDRE TAVARES REIS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
fls. 43
ADVOGADO
OAB/SC 40.787

6) Requer o benefício da JUSTIÇA GRATUITA, tão somente para ser-lhe

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8EA.
dispensada a cobrança das custas judiciárias e honorários periciais, pois neste momento
a Autora não tem condições de arcar com o pagamento das mesmas sem que isto
implique no próprio sustento;

Dá-se o presente causa o valor de R$ 5.000,00 (...) meramente para


efeitos fiscais, uma vez que o conteúdo econômico da presente demanda será conhecido
na liquidação de sentença .

Nestes termos
Pede deferimento.
Itapema, 17 de janeiro de 2017.

ALEXANDRE TAVARES REIS


OAB/SC 40.787

___________________________________- 43 -___________________________________
Rua 232, 23, Meia Praia, Itapema/Santa Catarina - CEP 88.220-000
Fone – (47) 9995-6886 - E-mail: doctor_reis@hotmail.com
fls. 44

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8ED.
fls. 45

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8F0.
fls. 46

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8F4.
fls. 47

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD8FC.
fls. 48

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD902.
fls. 49

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD902.
fls. 50

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 51

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 52

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 53

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 54

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 55

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 56

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 57

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 58

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 59

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 60

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 61

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 62

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 63

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 64

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD909.
fls. 65

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD911.
fls. 66

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD911.
fls. 67

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD911.
fls. 68

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD911.
fls. 69

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD911.
fls. 70

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD911.
fls. 71

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD911.
fls. 72

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD91A.
fls. 73

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD91A.
fls. 74

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD91A.
fls. 75

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ALEXANDRE TAVARES REIS e PDDE-041450105, protocolado em 17/01/2017 às 17:10 , sob o número 03005540620178240038.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 7FAD922.
fls. 76

PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA


COMARCA DE JOINVILLE
2ª VARA DE DIREITO BANCÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 8D1D0F8.
Autos nº 0300554-06.2017.8.24.0038 Procedimento Ordinário
Autor: Cristiano Frederico Cardoso
Réu: Banco Panamericano S.A.

Vistos em decisão.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL MAAS DOS ANJOS, liberado nos autos em 21/03/2017 às 19:56 .
Cuida-se de ação de revisão de contrato bancário aforada por Cristiano
Frederico Cardoso em face de Banco Panamericano S.A., com pedido de antecipação dos
efeitos da tutela para depositar em Juízo as parcelas incontroversas dos empréstimos
contratados, determinar que a instituição financeira se abstenha de inscrever seu nome em
cadastro de restrição ao crédito e manter-se na posse do veículo dado em garantia.
Da audiência de conciliação
Com o advento do Novo Código de Processo Civil Lei n. 13.105/2015
inaugura-se um novo momento no ordenamento jurídico nacional. A busca da pacificação
entre os atores do processo passa a ser um norte primordial e os institutos da conciliação e
da mediação passam a integrar a cultura jurisdicional pelo preceito do art. 2º, § 3° e do
comando do art. 334, ambos do CPC/15.
Com efeito, a busca da pacificação não se dá tão somente pela realização
de audiências de conciliação e mediação no âmbito do Poder Judiciário. O alcance da paz
social é um objetivo mais complexo e que pode ser atingido por vias diversas, na medida
em que todos somos protagonistas da cultura da pacificação. O sistema de solução de
litígios é “multiportas”.
Por outro lado, a experiência em Vara de Direito Bancário aponta para
uma excessiva litigiosidade em detrimento de uma postura conciliatória. É necessário mudar
esta cultura de litígio. Todavia, a mudança não é imediata. Trata-se de um processo
gradativo e que requer tempo.
Até lá, designar audiências conciliatórias na imensidão de feitos da seara
bancária, indistintamente, nos termos do art. 334 do CPC/15, implicará em retardamento da
entrega da prestação jurisdicional e em acúmulo de serviços ao limitado quadro de

Endereço: Rua Hermman August Lepper, 980, ., Saguaçú - CEP 89221-902, Fone: (47) 3461-8758, Joinville-SC - E-mail:
joinville.bancario2@tjsc.jus.br
fls. 77

PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA


COMARCA DE JOINVILLE
2ª VARA DE DIREITO BANCÁRIO
servidores do Poder Judiciário.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 8D1D0F8.
A análise e a interpretação deste comando do art. 334 do CPC/15, deve,
portanto, dar-se de forma cautelosa, com visão sistêmica, sintonizando-o com o espírito do
novo Código de Processo Civil, que aponta em seu art. 8º, por exemplo, a necessidade do
juiz atender aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo,
entre outros valores, o princípio da eficiência, cujos principais vetores, não se discute, são a
celeridade e a efetividade.
De mais a mais, a duração razoável do processo é mandamento
constitucional, nos termos do art. 5°, inc. LXXVIII, da CRFB/88: “a todos, no âmbito judicial e

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL MAAS DOS ANJOS, liberado nos autos em 21/03/2017 às 19:56 .
administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam
a celeridade de sua tramitação”.
Portanto, diante da necessidade de prestigiar o princípio da eficiência e
seus vetores celeridade/efetividade, bem como considerando a realidade desta unidade
jurisdicional, especializada em direito bancário, deixa-se de aplicar ao caso a disposição do
art. 334 do CPC/15.
Da tutela provisória de urgência antecipada incidental
Interessante destacar, desde logo, o disposto no art. 294 do CPC/15:
"Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou
evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada,
pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental."
Já o art. 300 e seu § 2º estabelecem o seguinte:
"Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia."
Conforme se extrai das alegações apresentadas na inicial (fls. 10/43), trata-
se de pedido incidental de tutela provisória de urgência.
Nos moldes do que preleciona o artigo supracitado, há que se aferir a
probabilidade do direito alegado e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Demonstra-se que não há como verificar a probabilidade do direito
alegado pela parte requerente ante a inexistência nos autos dos contratos existentes entre
Endereço: Rua Hermman August Lepper, 980, ., Saguaçú - CEP 89221-902, Fone: (47) 3461-8758, Joinville-SC - E-mail:
joinville.bancario2@tjsc.jus.br
fls. 78

PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA


COMARCA DE JOINVILLE
2ª VARA DE DIREITO BANCÁRIO
as partes.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 8D1D0F8.
Nesse sentido, por analogia:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE
CONTA-CORRENTE. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE INDEFERIU PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA A PROIBIÇÃO DA INSCRIÇÃO DO NOME DA
DEVEDORA NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. INSURGÊNCIA DA
PARTE AUTORA. AUSÊNCIA DE JUNTADA DO CONTRATO QUE SE PRETENDE A
REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE DE SE AFERIR A PLAUSIBILIDADE DAS AFIRMAÇÕES.
AUSÊNCIA DE VEROSSIMILHANÇA DO DIREITO INVOCADO PELA DEVEDORA.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL MAAS DOS ANJOS, liberado nos autos em 21/03/2017 às 19:56 .
ABUSIVIDADES INVIÁVEIS DE AFERIÇÃO. DECISÃO MANTIDA. 'A despeito de a parte
agravante sustentar a existência de abusividade no pacto, não consta dos autos a
cópia do contrato objeto da lide. Desse modo, a ausência desse documento prejudica
a verificação da segunda exigência estipulada pelo STJ no Resp n. 1.061.530/RS e,
por consequência, impede o reconhecimento da verossimilhança das alegações do
autor, requisito indispensável para a concessão da tutela antecipatória nos termos do
art. 273 do CPC' (Agravo de Instrumento n. 2011.072037-1, de Jaraguá do Sul, Rela.
Desa. Rejane Andersen, Segunda Câmara de Direito Comercial, j. 18-12-2012).
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO” (TJSC, Agravo de Instrumento n.
2014.027244-6, de Tubarão, rel. Des. Dinart Francisco Machado, j. 07-04-2015).
Portanto, não verificada a plausibilidade do direito da autora, porquanto
ausente o contrato existente entre as partes, mostra-se incabível o deferimento da tutela
antecipada.
Ressalta-se, porém, a possibilidade de reapreciação do pleito antecipatório
em havendo a juntada de novos documentos.
Em vista do exposto:
I - INDEFIRO o pedido de tutela antecipada.
II - INTIME-SE a parte requerente para comprovar a quitação das
prestações diretamente à instituição financeira ou consignar em juízo o valor incontroverso
das parcelas (fl. 40, R$ 330,90), relativo às prestações que se vencerem no curso da lide,
comprovando em juízo no prazo de cinco dias após o vencimento, pois se trata de
pressuposto processual, nos termos do art. 330, § 2º, CPC/15, sob pena de extinção com
base no art. 485, IV, do CPC/15.
III - Fluído o prazo in albis ou com a comprovação do pagamento de
Endereço: Rua Hermman August Lepper, 980, ., Saguaçú - CEP 89221-902, Fone: (47) 3461-8758, Joinville-SC - E-mail:
joinville.bancario2@tjsc.jus.br
fls. 79

PODER JUDICIÁRIO DE SANTA CATARINA


COMARCA DE JOINVILLE
2ª VARA DE DIREITO BANCÁRIO
valores insuficientes, intime-se a parte autora pessoalmente para, em 5 (cinco) dias,

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 8D1D0F8.
impulsionar o feito comprovando a integralidade dos depósitos, sob pena de extinção do
processo sem resolução do mérito.
IV - Cumprido o item II, CITE-SE, com as advertências legais, expedindo-
se carta precatória, caso necessário. Fixa-se o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da
juntada do mandado de citação nos autos (CPC/15, art. 231, incs. I, II e III), para resposta
da parte requerida.
V - ALTERO o valor da causa para R$ 15.883,20, pois é esse o proveito
econômico que a requerente busca.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL MAAS DOS ANJOS, liberado nos autos em 21/03/2017 às 19:56 .
VI - DEFIRO à parte autora os benefícios da justiça gratuita (fl. 74).
VII - CIENTIFIQUE-SE a parte requerida para que, por ocasião da
resposta, apresente a documentação necessária ao deslinde da lide (art. 370 do CPC/2015
c/c art. 6º, VIII, do CDC), ciente ainda que poderá ocorrer a inversão do ônus da prova.?
Ressalva-se às partes, outrossim, a possibilidade de requerer, a qualquer
tempo, a realização de audiência de conciliação, à luz do art. 139, V, do CPC/15.
Em arremate, recomenda-se aos litigantes, na linha do previsto no § 7º do
art. 334 do CPC/15 audiência de conciliação ou mediação por meio eletrônico , a
utilização da ferramenta gratuita presente no site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina
denominada "consumidor.gov.br", que nada mais é do que um "serviço público para
solução alternativa de conflitos de consumo via internet"
(https://www.consumidor.gov.br/pages/principal/?1452514073471).
Intimem-se. Cumpra-se.
Joinville (SC), 21 de março de 2017.

ASSINATURA DIGITAL
Rafael Maas dos Anjos
Juiz de Direito

Endereço: Rua Hermman August Lepper, 980, ., Saguaçú - CEP 89221-902, Fone: (47) 3461-8758, Joinville-SC - E-mail:
joinville.bancario2@tjsc.jus.br
fls. 80

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA - COMARCA DE JOINVILLE Emitido em: 05/04/2017 13:47
Certidão - Processo 0300554-06.2017.8.24.0038 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsc.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0300554-06.2017.8.24.0038 e código 90696FF.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, consta da relação nº 0248/2017, inclusa no Diário da Justiça
Eletrônico nº 2557, cuja data de publicação considera-se o dia 05/04/2017, com início do prazo em
06/04/2017, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria Geral da Justiça e Resolução n°
04/07-TJ.

Certifico, ainda, que para efeito de contagem do prazo foram consideradas as seguintes datas.
13/04/2017 - Véspera da Paixão - Prorrogação
14/04/2017 - Paixão - Prorrogação

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por THAIS GUIMARAES FREITAS, liberado nos autos em 05/04/2017 às 13:47 .
Advogado Prazo em dias Término do prazo
Alexandre Tavares Reis (OAB 51524/RS) 10 24/04/2017

Teor do ato: "Em vista do exposto:I - INDEFIRO o pedido de tutela antecipada.II - INTIME-SE a parte
requerente para comprovar a quitação das prestações diretamente à instituição financeira ou consignar em
juízo o valor incontroverso das parcelas (fl. 40, R$ 330,90), relativo às prestações que se vencerem no curso
da lide, comprovando em juízo no prazo de cinco dias após o vencimento, pois se trata de pressuposto
processual, nos termos do art. 330, § 2º, CPC/15, sob pena de extinção com base no art. 485, IV, do
CPC/15.III - Fluído o prazo in albis ou com a comprovação do pagamento de valores insuficientes, intime-se a
parte autora pessoalmente para, em 5 (cinco) dias, impulsionar o feito comprovando a integralidade dos
depósitos, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito.IV - Cumprido o item II, CITE-SE, com
as advertências legais, expedindo-se carta precatória, caso necessário. Fixa-se o prazo de 15 (quinze) dias, a
contar da juntada do mandado de citação nos autos (CPC/15, art. 231, incs. I, II e III), para resposta da parte
requerida.V - ALTERO o valor da causa para R$ 15.883,20, pois é esse o proveito econômico que a
requerente busca.VI - DEFIRO à parte autora os benefícios da justiça gratuita (fl. 74).VII - CIENTIFIQUE-SE a
parte requerida para que, por ocasião da resposta, apresente a documentação necessária ao deslinde da lide
(art. 370 do CPC/2015 c/c art. 6º, VIII, do CDC), ciente ainda que poderá ocorrer a inversão do ônus da
prova.?Ressalva-se às partes, outrossim, a possibilidade de requerer, a qualquer tempo, a realização de
audiência de conciliação, à luz do art. 139, V, do CPC/15.Em arremate, recomenda-se aos litigantes, na linha
do previsto no § 7º do art. 334 do CPC/15 audiência de conciliação ou mediação por meio eletrônico , a
utilização da ferramenta gratuita presente no site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina denominada
"consumidor.gov.br", que nada mais é do que um "serviço público para solução alternativa de conflitos de
consumo via internet" (https://www.consumidor.gov.br/pages/principal/?1452514073471). Intimem-se.
Cumpra-se."

Do que dou fé.


Joinville, 5 de abril de 2017.

Escrivã(o) Judicial

Вам также может понравиться