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INTRODUÇÃO (Maíra)
Entre as doenças que acometem os animais no período de transição, a cetose se destaca pela
significativa influencia na produção, composição do leite e na reprodução. Alguns autores
mostraram que a vaca acometida deixa de produzir cerca de 1 a 1,4Kg de leite por dia e as
perdas podem chegar até 233Kg nos primeiros 100 dias de lactação.
O QUE É? (Maíra)
A cetose é um distúrbio metabólico comum que acomete muitas vacas de alta produção
leiteira. O período entre o final da gestação e o início da lactação em vacas leiteiras
especializadas, existe maior risco de doenças metabólicas, quando comparadas com outras
fases do ciclo de lactação (CONTI et al. 2002). O aumento de até 30% da demanda energética
no final da gestação e de até 75% no inicio da lactação, associados a redução da capacidade de
ingestão de matéria seca são fatores predisponentes para uma desordem no metabolismo de
lipídeos e carboidratos.
A cetose começa a ser uma moléstia apenas quando a absorção e a produção de corpos
cetônicos excede seu consumo pelo ruminante como fonte de energia, oque resultara em
elevados níveis sanguíneos de corpos cetônicos, de ácidos graxos livres e hipoglicemia; como
exemplo, vacas em inicio de lactação tem um apetite influenciado pelas concentrações de
hormônios estrógenos e outros fatores característicos deste estado, pois neste período a
prioridade dos nutrientes disponíveis no metabolismo do animal é para manter a lactação.
Em vacas de leite de alta produção verifica-se balanço energético negativo nas primeiras
semanas da lactação. A máxima ingestão de matéria seca não ocorre ate oito a dez semanas
após o parto, mas como o pico de produção de leite se verifica entre 4 e 6 semanas, a ingestão
de energia pode não acompanhar a demanda. Em resposta a um balanço energético negativo
e às baixas concentrações de glicose e insulina no soro, as vacas mobilizam os tecidos adiposos
com consequente aumento na concentração sérica de ácidos graxos não esterificados.
O acúmulo de corpos cetônicos promovem uma acidose metabólica nos animais acometidos
de cetose. Os corpos cetônicos são compostos primários formado do metabolismo das
gorduras e do butirato representados pelo β- hidroxibutirato, acetoacetato e acetona. O
acetoacetato é quimicamente instável e pode ser transformado em acetona e co². Em caso de
grande mobilização de gorduras, como ocorre na cetose bovina, ele se acumula no organismo
causando graves transtornos e distúrbios cerebrais.
As necessidades diárias de uma vaca leiteira aumentam acima de uma manutenção normal em
30 % na gestação avançada e em 75% no inicio da lactação. As fontes de energia de uma vaca
em lactação normal são provenientes do fígado, sob forma de ácidos graxos voláteis, proteína
bacteriana, pequena quantidade de glicose e PNDN.
O acetato é usado principalmente na síntese de gordura; o butirato é condensado em Acetil
COA; o propionato penetra diretamente no ciclo de Krebs ao nível de succinil COA. Conclui se
que o acetato e butirato são cetogênicos e o propinato é glicogênico. ((a proporção da
produção de agvs no rúmen são de 4 AGV cetogênico para 1 AGV glicogênico))
PREDISPOSIÇÃO (Karen)
As vacas com gestação gemelar também se encontram sob o risco de desenvolver cetose nos
estágios finais da gestação.
Clínica: o animal apresenta diferentes sinais clínicos, incluindo sensoriais, motores e nervosos.
É mais diagnosticada, mas menos comum de que a outra forma.
Quanto a sua origem, a cetose apresenta algumas divisões que variam de acordo com a
literatura :
Cetose primária - é a cetose da maioria dos rebanhos ocorre em vacas com condição corpórea
boa a excessiva que apresenta alto potencial de lactação e são alimentadas com rações de boa
qualidade. A doença apresenta uma tendência de reincidir em alguns animais individualmente,
sendo, provavelmente, um reflexo da variação entre vacas em relação à capacidade digestiva
ou a eficiência metabólica.
Cetose secundária: verifica se quando outras doenças provocam uma diminuição na ingestão
de alimentos. A redução em tal ingestão resulta do deslocamento do abomaso, metrite,
mastite, reticulite traumática, broncopneumonia, acidose lática ruminal entre outras doenças
comuns no período pós parto.
Cetose alimentar: tal forma de cetose deve se a excessiva quantidade de butirato na silagem ,
e provavelmente, também a diminuição da ingestão de alimento em decorrência da baixa
palatabilidade das silagens ricas em butirato.
Cetose por inanição: ocorre em bovinos que apresentam condição corpórea ruim e que
recebem alimentos de baixa qualidade, observa se uma deficiência de propionato e de
proteína na dieta, bem como uma limitada capacidade de gliconeogênese a partir de reservas
corporais.
Cetose provocada por deficiência nutricional específica: deficiência de cobalto e de fosforo que
pode provocar o aumento da incidência de cetose. A deficiência do cobalto leva ao insucesso
da metabolização do acido propiônico. Essa cetose também pode ocorrer pela redução da
ingestão de nutrientes digestíveis totais.
DIAGNÓSTICO (Tayane)
Os corpos cetônicos são solúveis no plasma. São filtráveis e passam facilmente para a glândula
mamária, por esse motivo o diagnóstico pode ser feito através do leite, onde são encontrados
de 3 a 5 % do total existente no organismo. Na urina é encontrado 40% do total do organismo
e no sangue, 10% do total. Além de análise de glicose e ácidos graxo livres no sangue.
Diagnóstico diferenciado para tristeza parasitaria bovina, listeria (bactéria Gram + que causa
aborto, sinais nervos etc..), e raiva.
PREVENÇÃO (Jessica)
-Alguns autores citam o uso de BST (somatrotopina bovina) como medida preventiva, porque
resulta em aumento do consumo de matéria seca pelo animal. Com isso, menores
concentrações de ácidos graxos livres e corpos cetônicos, além de resultar em aumento da
glicemia.
TRATAMENTO (Jessica)
Manejo alimentar
Vacas que estão na primeira fase da doença podem recuperar-se quando são transferidas para
pastagens ou suplementadas com feno e melaço. O uso de medicamentos que aumentem a
glicemia e restabeleçam o apetite e a ingestão de alimentos, pode ser eficiente na recuperação
dos animais.
Terapêuticos