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Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Matheus Viana Alves

A função social do ensino e a concepção sobre os processos de


aprendizagem

VITÓRIA - ES
2018
O ensino é uma instituição que existe desde o surgimento do ser humano,
sendo assim uma base fortíssima para o sucesso da espécie tal qual se deu.
A questão orbita em torno do fato que o seres humanos se organizam em
sociedades, havendo então pequenas regras sociais implícitas de são específicas de
cada sociedade, por exemplo, o sinal de levantar o polegar é interpretado no Brasil
como um sinal positivo, no entanto, no Afeganistão, significa uma ofensa. Logo,
concluímos que sociedades diferentes possuem contratos sociais diferentes, havendo
portanto diferenciações na forma como essas sociedades conduzem o processo de
ensino - aprendizado.
A escola enquanto instituição obrigatória surge com o dever de transmitir
o conhecimento técnico/científico aqueles que eram mais privilegiados, sendo por
conseguinte um instrumento de segregação, todavia, ensino é diferente de escola,
havendo portanto diversos espaços não escolares que suprem esse vácuo deixado
pela escola regular.
Os processos de ensino são organizados de forma deveras seccionada,
havendo momentos definidos para ensino de conteúdos desligados um dos outros e
também da vivência do aluno, gerando diversas vezes a pergunta “ Mas para que eu
vou usar isso, professor ?”.
Essa independência gerada pela escola em relação aos conteúdos é
muito limitante, uma vez que as disciplinas se interpenetram de maneira muito clara e
interessante para o aprendizado dos alunos, como exemplo disso podemos citar que
um dos nomes mais importantes para a música ocidental, Pitágoras, era também um
grande matemático, descobrindo a série harmônica, bem como o seu teorema
relacionado a triângulos retângulos.
Além disso, voltando para o âmbito escolar, não somente de conteúdos
técnicos/científicos é composta a escola atual, uma vez que é necessária uma
formação integral do aluno, enquanto ser pensante e ativo da sociedade em que vive,
portanto, é necessário que esse indivíduo contribua de forma a gerar a evolução da
sociedade vigente.
Além da formação técnica/científica, existe também o fator de contato
com as regras sociais e a construção de caráter do indivíduo, que não são levados em
conta na contabilidade da escola, uma vez que esse tipo de aprendizado não é
padronizado nas grades escolares, mas sendo talvez o aprendizado mais importante
dentro da vida escolar, pois nos ensina a viver em harmonia com as outras pessoas e
com o ambiente.
1. Quais as nossas intenções educacionais?
As intenções educacionais são muito importantes para a formulação de
qualquer metodologia, uma vez que é necessário saber o que se deseja alcançar para
poder traçar um plano de ação condizente com o resultado desejado.
Portanto acredito que a minha intenção educacional é formar o sujeito
mais crítico e ativo socialmente possível, uma vez que o papel da música é a de
formadora do processo cognitivo e catalisador de pensamentos divergentes.

2. O que pretendemos que nossos alunos consigam?


Acredito que o papel de todo professor é formar cidadãos críticos e ativos
na sociedade​, ​dando-lhe assim ferramentas para se adequar mediante situações que
surgem na vida cotidiana, e por conseguinte ensinando-lhes os seus direitos e deveres
frente à sociedade que estão inseridos. O papel do professor portanto é o de
impulsionar o aluno para a superação de seus limites, formando assim um indivíduo
que seja capaz de evoluir por si só. Em outras palavras, o professor é responsável por
ensinar o indivíduo a aprender, fazendo com que o aluno siga seu caminho de maneira
autônoma.

3. Por que ensinar? O que ensinamos?


O professor é muito importante pelo motivo que citei acima, havendo
portanto essa vigência de ensinar determinadas coisas que não são explícitas,
havendo portanto a grande importância da existência e manutenção do processo de
ensino aprendizado. Com o passar do tempo o professor se torna um mediador e um
transmissor de sabedoria, havendo portanto o diálogo cada vez mais como a melhor
forma de transmissão de conhecimento possível.

4. O que se deve saber?


Essa pergunta é bastante ampla, pois determinados conhecimentos são
necessários em alguns lugares mas não em outros, havendo portanto um vácuo grande
entre o que é necessário e o que não é, gerando a já mencionada questão “mas para
que eu vou usar isso professor?”. Em minha visão é necessário tornar o indivíduo
independente, ou seja, capaz de buscar os próprios meios para obter o conhecimento.

5. Os conteúdos ensinados são aprendidos?


“Pense na memória como um escorredor de macarrão. Um escorredor de
macarrão é uma bacia cheia de furos. A gente põe o macarrão na água fervente para
amolecer. Amolecido o macarrão, é preciso livrar-se da água. Jogam-se, então,
macarrão e água no escorredor de macarrão. A água escorre pelos buracos, e o
macarrão fica. A memória é assim: ela se livra do que não tem serventia por meio do
esquecimento. E o que é que tem serventia? Duas coisas, apenas. Primeiro, coisas
que são úteis, conhecimentos-ferramentas, conhecimentos que nos ajudam a entender
e a fazer coisas.” ​FOLHA ONLINE. ​Rubem alves: inúteis e perniciosos​. Disponível
em: <​http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u525.shtml​>. ​Acesso em: 19
abr. 2018.
Essa citação de Rubem Alves é muito real em um âmbito acadêmico, pois
muito do que é aprendido na escola é inútil na vida cotidiana, sendo prontamente
esquecido na primeira semana de desuso.
É necessária portanto a revisão, ou melhor, a reinvenção do método
como se dá a prática de ensino - aprendizado ultimamente, levando em conta a
existência de espaços educacionais não escolares, valorizando os conhecimentos não
acadêmicos como forma de conhecimento vigente, muitas vezes mais importante do
que o conhecimento científico ensinado na escola regular.

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