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Resumo
A dúvida despertada em torno de uma horta plantada no contexto escolar foi o problema que
deu origem ao desenvolvimento deste trabalho que tomou tal evento como um instrumento
didático potencial, capaz de sustentar discussões sobre conteúdos relacionados,
principalmente, às disciplinas de Geografia e História. A elaboração de um vídeo
documentário constituiu parte dos resultados dessa experiência.
Enquanto uma horta recém-plantada pela SME de Goiânia crescia embaixo dos olhos
dos alunos, vista pela janela da sala, a curiosidade de saber, afinal, o que era aquilo, também
ganhou forma de modo que a ação aqui tratada foi a alternativa encontrada para que eles
pudessem responder às suas próprias perguntas.
O desenvolvimento da proposta se deu de maneira colaborativa e também contou com
o apoio da direção e coordenação pedagógica da instituição. Além disto, os estudantes
entrevistaram uma das funcionárias responsável pela organização das refeições que são
diariamente servidas na escola e fizeram um levantamento dos espaços que melhor poderiam
ser explorados na elaboração de um vídeo documentário que tratasse de conscientizar a
comunidade sobre o processo de produção, composição nutricional, história e consumo de
hortaliças, de tal modo que pesquisas realizadas em material bibliográfico e digital também
fizerem parte deste estudo.
A metodologia de trabalho adotada contemplou aulas expositivas e práticas
envolvendo atividades individuais e coletivas que integraram conteúdos das disciplinas já
mencionadas. Nesta tessitura, as seguintes etapas de trabalho foram desenvolvidas:
Tomando como base depoimentos recebidos por parte de pais, alunos e comunidade
em geral, é possível perceber que o alcance desta ação transcendeu os muros da escola, uma
vez que tem refletido, dentre outras questões, no interesse dos educandos pela pesquisa bem
como no compartilhamento da experiência com amigos e familiares situados fora do contexto
escolar.
Os resultados do trabalho foram exibidos, primeiramente, à comunidade escolar
(alunos, responsáveis, gestores, professores e funcionários) no evento 'Mostra de Curtas-
Metragens' promovido pela EMTI Mônica de Castro Carneiro em Agosto de 2015. Esta
sociabilização inicial deu ao projeto uma visibilidade maior do que o esperado, de tal modo
que no mesmo ano fomos convidados a apresentar os resultados da iniciativa no 'Encontro dos
Profissionais do Ciclo', cujo público alvo é composto por professores de diferentes disciplinas
da Rede Municipal de Ensino de Goiânia1 (figuras 1 a 7).
1
O vídeo-documentário em pauta pode ser verificado no endereço eletrônico disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=o1r7lgY0tss&feature=youtu.be>. Acesso em: 26 mar. 2016.
Figura 3 – Estudos preliminares
Além dos resultados até aqui expostos, o vídeo-documentário em questão será exibido
no evento Festival de Arte-Educação, promovido pela SME, modalidade audiovisual, no ano
de 2016.
Como professor, o lugar que ocupei neste projeto constitui um espaço de extrema
responsabilidade. Afinal, seria um grande equívoco pretender atribuir o sucesso ou fracasso
de um trabalho pedagógico à presença ou ausência de recursos tecnológicos.
Vale elucidar que o uso de mídias contemporâneas tanto pode contribuir com uma
aprendizagem significativa quanto atrapalhar. A mediação docente, (o que integra as escolhas
metodológicas, os planejamentos e a atuação em sala), portanto, foi o fator determinante que
cerceou o foco do trabalho.
Apesar de as mídias utilizadas terem estimulado os estudantes a se inteirarem de
técnicas digitais, constituiu uma ação que não se deu de modo aleatório e que teve como uma
das principais preocupações não perder de vista a intencionalidade pedagógica objetivada.
Esse processo de ‘produção consciente’ de imagens é uma possibilidade de trabalho,
dentre tantas, que, também, compete à educação escolar a mediação. O sentimento de
transformar e ser transformado é o que traz, por fim, a sistematização o meu trabalho na
forma escrita a este espaço de sociabilização intelectual.
Referências
DOMINGUES, Diana (Org.). Arte e vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade.
São Paulo: UNESP, 2003.
FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia.
Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
MITCHELL, William. Não existem mídias visuais. In: DOMINGUES, Diana (Org.). Arte,
ciência e tecnologia: passado presente e desafios. São Paulo: UNESP / Itaú Cultural, 2009. p.
167-177.
VARGAS, Milton (Org.). História da técnica e da tecnologia no Brasil. São Paulo: UNESP,
1995.