Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
TOMO €V
LAS
METAMORFOSIS
POR
I'KAUU O I D A S UN V K H S O C A S VUI.I.AN'O
I' II R
TOMO 1
M A D R I D
I.IKKKRIA DE LA VIUDA DE HERNANDO Y C.e
CM.LE DEI. AKK.N'AI., NÚM, ¡ I
1887
ADVERTENCIA PRELIMINAR.
" ~ •
Procuran despacharlos, con deseo
De heredar y gozar lo que tuvieren.
Postrada estás , piedad, que ya te veo ;
L a sanguinosa tierra ya ha dejado
L a justísima diosa hija de Astreo.
Y porque llegue al cielo sublimado
T a n t a maldad, se dice que quisieron
Gigantes expugnar el estrellado (i),
Y que para este efecto compusieron
Sobre unos montes otros, donde estando,
Cerca de las estrellas se pusieron.
Mas el que sobre todo tiene el mando
L o remedió con rayo poderoso,
De sobre Pelion Osa (2) derribando.
Y dicen que, del golpe temeroso,
Quedaron con los montes encubiertos
Los cuerpos y el intento tan furioso.
Y también, que la tierra, de los muertos
Madre pía, por no se ver privada,
Con casos tan acerbos como ciertos,
(i) Dice Pausa nías que los juegos pythios los fundaron
Jasón ó Diomedes, v ei escoliasta de Pindaro atribuye su
institución á Euricliocolo de Thesalia. Pausanias dice que
lo hecho por este fué restaurarlos.
24 OVIDIO.
A c r o c o r i n t o b u s c a á su P y r e n e ( i ) .
R o e c i a á D y r c e s (2), á A m i m o n e s (3) A r g o ,
O u e b u s c a n d o c u a l q u i e r a d o se e s c o n d a ,
N o están seguras, aunque h u y e r o n largo.
E n m e d i o h u m e a T h a n a i s d e su o n d a (4).
E r i m a n t h o F o c a i c o (5), con P e n e o ,
I s m e n o , de ligera a g u a y h o n d a (6);
Lycornas, Melas, Histro, Cayco, Alfeo,
J a u t o , q u e h a b í a o t r a v e z d e ser q u e m a d o ( 7 ) ,
M e a n d r o . E u r o t a , E u f r a t e s T e n a r e ó (rt);
O r o n t e y T e r m o d ó n a p r e s u r a d o (q);
Y cazadora h u y ó de cazadores,
Y vista alguna fiera se espantaba,
Olvidando su ser y sus errores.
Y siendo osa, osos desamaba,
Y los lobos también, aunque su padre
Entonces entre lobos se hallaba.
Veis Arcas sin saber qué es de su madre,
A n d a n d o de quince años persiguiendo
Fieras, busca lugar que más le cuadre.
Y mientras está sus redes extendiendo
Por el monte Erimanto, se ha topado
Con ella, que se para el hijo viendo.
Pareció conocerle, él se ha parado,
Y viendo que le mira atentamente,
Sin entender por qué, llegar no ha osado.
Hubiérala clavado prestamente,
Mas Dios lo prohibió, que en leve vuelo
Los convirtió en estrellas de repente.
Vecinos son allá en el alto cielo ( i ) ,
Do cuando Juno vido su combleza,
Quisiera reventar de desconsuelo.
A T h e t i s fué con suma ligereza,
Y ai viejo Océano, y siendo preguntada
L a causa del camino, les empieza
Diciendo la ocasión de su jornada:
Y , t r a s e l l a , c o r n e j a q u e l e vicio.
Y s a b i d a la c a u s a d e l c a m i n o ,
L e p a r e c i ó ser c o s a la q u e h a c í a
D e necedad extraña y desatino,
Y d e e s t a f o r m a al p u n t o le d e c í a :
« D e m i c o n s e j o d e j a la j o r n a d a ,
Q n e n o t e p u e d e ser d e a l g ú n p r o v e c h o ,
Y D i o s te libre de tener en nada
E l sano parecer de aqueste pecho.
Mira quién soy y en cuánto fui estimada.
H a l l a r á s q u e la fe m e h a d a ñ o h e c h o ,
H a l l a r á s q u e p o r ser y o fiel h e s i d o
P r e m i a d a con desdén no merecido.
» P o r q u e e n un t i e m p o P a l a s h u b o d a d o
A tres hijas de Cécrope (i), m e t i d o
E n u n c e s t o , á E r i c t o n i o (2), q u e e n g e n d r a d o
S i n m a d r e , d e la t i e r r a f u é n a c i d o ,
E n g u a r d a , sin h a b e r l a s d e c l a r a d o
( 1 ) C é c r o p e ó C e c r o p s , originario de Sais en E g i p t o ,
fué á Grecia al freme de una colonia egipcia 400 años an-
tes de la toma de T r o y a . Creen los comentaristas que el
origen de la fábula de las dos naturalezas de C e c r o p s con-
siste en que este príncipe habí.iba dos l e n g u a s , la griega y
la f e n i c i a , ó porque instituyó el m a t r i m o n i o , que unia al
hombre y la mujer en una sola familia, ó porque mandaba
en dos pueblos, el g r i e g o y el e g i p c i o , ó , finalmente, se-
gún D e m ó s t e n e s , p o i q u e icunia á la prudencia en el con-
sejo, la audacia en la ejecución.
(2) Erictonéo ó E r i o U h o n , cuarto rey de A t e n a s , tiene
fama de ser el inventor de los c a n o s . Acaso no fué más
que el primero q u e atalajó cuatro c a b a l e s á su carro.
Muerto después de cincuenta años de r e i n a d o , hacia el
1501 antes de Jesucristo, se le transform!) en astro, cre-
y é n d o s e que forma parte de la constelación del B o y e r o .
100 O V I D I O .
Y !o profetizado consiguiese.
D e entre las blancas aves desterrado
F u é el cuervo, y el centauro se holgaba
Con el pupilo ilustre que le han dado.
Del cargo honroso el medio fiera u s a b a ,
Y veis aquí su hija do ha v e n i d o ,
Esparcido el cabello que estimaba.
A quien porque Chancles ha parido,
Riberas de C a y c o , se la ha dado,
Occirshoe por su nombre y apellido.
Y no la satisfizo haber llegado
A I arte paternal; pero aun cantaba
L o más secreto del eterno hado;
Pues entendiendo ya que llena estaba
De espíritu profético, mirando
A l niño, de esta suerte le hablaba,
Su perfección y gracia adivinando:
A l g u n a s vacas ir descarriadas?
Dílo, que y o me obligo á contentarte,
Si por ventura has visto van hurtadas.
Porque lo digas, mira, quiero darte
Dos reses de ellas mismas extremadas.
Si el hurto descubrieres tan secreto,
U n toro y una vaca te prometo.»
« D e A t l a n t e nieto soy y de P l e y o n a ,
De Júpiter celeste mensajero.
Comete su embajada á mi persona,
Y es él mi mismo padre verdadero.
Si de fidelidad ganar corona
Con Herse tú pretendes, y o no quiero
Mentirte: sabe cierto soy venido
Para ser tu cuñado y su marido.»
( i ) E n el t e a t r o a n t i g u o la c o r t i n a ó telón q u e c u b r í a ¡a
e s c e n a , bajaba para d e s c u b r i r l a , y no s u b í a , c o m o a h o r a s e
hace.
6:5
LAS METAMORFOSIS.
«Pues mi deseo no te es i m p o r t u n o ,
Y te muestras, señor, agradecido,
Cual te suele gozar la diosa J u n o ,
Q u e por dios te confiesa y por marido
A l tiempo deseado y oportuno,
Cuando cogéis el fruto de Cupido,
Si tú eres sumo Jove verdadero,
Este don pido, tal gozarte quiero.»
( i ) L a n i n f a L i r i o p e d i ó á l u z un h i j o q u e l l a m ó N a r -
c i s o . A la v e r s i ó n q u e d e e s t a f á b u l a d a O v i d i o , a ñ a d e
P a u s a n i a s o t r a m u y d i s t i n t a , c u a l es q u e N a r c i s o t e n i a u n a
h e r m a n a á él m u y p a r e c i d a y á q u i e n t i e r n a m e n t e a m a b a .
E l ú n i c o c o n s u e l o q u e t u v o , c u a n d o la p e r d i ó , f u é el d e
c o n t e m p l a r e n el a g u a d e una f u e n t e el r e f l e j o d e su r o s t r o .
55
I.AS M E T A M O R F O S I S .
( i ) E c o ó E c h o f u é hija d e E t h e r y T e l l u s , y s u f r i ó d o s
m e t a m o r f o s i s : la d e su v o z p o r la v e n g a n z a d e J u n o , y la
de su c u e r p o p o r el d e s p r e c i o d e N a r c i s o .
100 OVIDIO.
( i ) P e n t h e o , r e y de T e b a s en R e o c i a , n i e t o de C a d m o .
E s t a fábula ¡a t o m ó O v i d i o de ia tragedia Las fíacchantcs,
de Eurípides.
LAS METAMORFOSIS, 121
( i ) R e f i é r e s e a q u í á las a n t i g u a s o r g i a s ó fiestas d e
B a c o , d i s t i n t a s d e las q u e p o s t e r i o r m e n t e f u e r o n c é l e b r e s
e n t r e los A t e n i e n s e s .
122 O V J DIO.
( i ) E r a el t i r s o una p i c a ó lanza p e q u e ñ a r o d e a d a d e
p á m p a n o s d e v i d ó d e h o j a s d e hiedra q u e o c u l t a b a n ía
p u n t a , y la i n s i g n i a de B a c o y d e s u s s a c e r d o t i s a s .
i.AS METAMORFOSIS. 123
( i ) A c e t e s es n o m b r e t o m a d o d e una p a l a b r a g r i e g a
q u e significa el q u e n o d u e r m e , y el m á s p r o p i o d e un p i
¡oto c u y a v i g i l a n c i a n o le p e r m i t í a d e s c a n s o .
126 O V JD I O .
» V u e l v o al navio, llamo la c o m p a ñ a ,
Respóndenme, y Opheltes (i) fué el primero.
H a b í a , reconociendo la c a m p a ñ a ,
Hallado un mozo hermoso, prisionero
A su pensar, de forma tan extraña,
Q u e el rostro es de una virgen verdadero,
D e vino y sueño tal, que no podía
A n d a r , y hablando apenas se entendía.
( i ) N a x o s , isla del m a r E g e o , c o n s a g r a d a á B a c o . A u n
h o y se la l l a m a N a x i a .
1 AS METAMORFOSIS.
T O M O 1. I
m OVIDIO.
(x) Esta diosa era Minerva, que presidia todos los tra-
bajos hechos con lana.
138 OV J DIO.
» T r a t ó vengarse V e n u s , no olvidada
Del agravio é injuria vergonzosa,
Y está con su poder determinada
i.AS METAMORFOSIS. 147
A c e p t a n el partido, y la doncella
Prometen (¿quién dudara?), suplicando
Reciba el reino paternal con ella.
Y veis aquí, cual suele navegando
Surcar el hondo mar á su despecho
La n a v e , los remeros trabajando.
i.AS METAMORFOSIS.
( i ) A l c o l o c a r á las h i j a s d e F o r c i s al p i e del m o n t e
A t l a s , a n t e s d e q u e P e r s e o h u b i e r a c o r t a d o la c a b e z a d e
M e d u s a , o l v i d a O v i d i o lo q u e acaba d e r e f e r i r r e s p e c t o á
LAS METAMORFOSIS. *181
la m e t a m o r f o s i s d e A t l a n t e en m o n t a ñ a , h e c h a p o r P e r s e o ,
l l e v a n d o la c a b e z a d e M e d u s a .
182. OVIDIO.
Y á é l L i n c i d e s , do también estaba
limación ei anciano, con deseo
D e toda rectitud, porque temblaba
Por la gran reverencia que tenía
A los sagrados dioses que adoraba.
E l cual. porque la edad le prohibía
E l pelear, pelea platicando,
Y las malvadas armas maldecía.
Abrazado al altar está temblando ;
Cortóle la cabeza Cromis luego,
La cual cayó en las brasas murmurando.
Espira el alma en medio el sacro fuego.
También Protea y Hamón allí murieron,
A u n q u e eran invencibles en el j u e g o
De cestos ( i ) ; mas con ellos no pudieron
V e n c e r á las espadas, ni la Ceres
Y vendas á t í . Alfito, te valieron.
Y tú, hijo de Tapeto, que no eres
Para batallas bueno, sino ante
P a r a con tu vihuela dar placeres;
Venido á casamiento semejante
Para solemnizar la boda y fiesta,
A quien Petalo dijo , con semblante
De burlador: «Cantar se ha lo que resta
E n el infierno»; y dióle una estocada,
T a n cierta y peligrosa como presta,
Por la siniestra sien; quedó bañada
L a tierra en sangre adonde fué caído,
Y la vihuela no desamparada.
M a s a n t e s y a nutriéndose, ha movido
( i ) E l c e s t o era un g u a n t e de c u e r o de b u e y , g u a r n e c i d o
de p l o m o , h i e r r o ó b r o n c e , q u e s e r v i a d e a r m a á los q u e
d i s p u t a b a n el p r e m i o del p u g i l a t o . P o r m e d i o d e c o r r e a s
s u j e t á b a n s e e s t o s g u a n t e s á las m a n o s y á los b r a z o s h a s t a
el c o d o .
OVIDIO.
( i ) T e s p i a e r a un p u e b l o de la B e o c i a , s i t u a d o al p i e
d e l H e l i c ó n , y , s e g ú n P l i n i o , al p i e del P a r n a s o .
LAS METAMORFOSIS. *201
m e r o y P r o p e r c i o , d o c e hijos. P i n d a r o d i c e q u e fué v e i n t e
veces madre.
•250 O V I D I O .
( i ) D i c e P a u s a nias q u e e n la c u m b r e del m o n t e S y p i l o
v e í a s e una r o c a q u e d e s d e lejos p a r e c í a una m u j e r a g o b i a d a
p o r el d o l o r , p e r o de c e r c a no t e n í a tal f o r m a . O v i d i o i m a -
g i n ó transportar á N i o b e á esta m o n t a ñ a y transformarla
Í.\S METAMORFOSIS. 24.»
e n r o c a , p a r a e x p r e s a r lo i n m ó v i l y m u d a q u e la d e j ó su
a f l i c c i ó n . C a l i m a c o , A p o l o d o r o , D i o d o r o de Sicilia y o t r o s
e s c r i t o r e s de la a n t i g ü e d a d han r e f e r i d o la f á b u l a d e N i o b e .
•246 OVIDIO.
( i ) P e l o p s , r e y de la E l i d a , hijo de T á n t a l o , es u n o d e
l o s p e r s o n a j e s más c é l e b r e s de la a n t i g ü e d a d . I n s t i t u y ó ó
r e s t a b l e c i ó los j u e g o s o l í m p i c o s , y se le tributaron d e s p u é s
de su m u e r t e honras divinas. T e n í a un t e m p l o en O l i m p i a ,
i n m e d i a t o al de J ú p i t e r . R e f i e r e C l e m e n t e de A l e j a n d r í a
q u e el Palladium de T r o y a estaba h e c h o con h u e s o s de
Pelops.
•252 OVIDIO.
Ó envíamela á v e r , si te da gusto;
Cualquiera de estas dos (sin duda d i g o ) ,
Será la cosa de que más yo gusto ;
Demándala á mi padre, y dile crea
L a volverás ai punto que la vea.»
Y p o r el m a r i g n o t o n a v e g a r o n ,
C o n lojs b r a v o s d e M i n i a , e n d e r e z a d o
E l curso á Coicos, donde conquistaron
E l famoso v e l l ó n , que era dorado.
T r e s noches le faltaban á la L u n a
P a r a j u n t a r los cuernos y mostrarse
Redonda al mundo, llena y oportuna.
Para poder mejor comunicarse,
Y siendo ya llenísima, ha mostrado
L a luz y claridad que podía darse.
Salió con el vestido arregazado,
Descalza, del palacio, y esparcido
E l cabello en los hombros, no peinado.
Con v a g o paso sola se ha v e n i d o ,
E n medio del silencio y noche obscura,
Cuando todo animal está dormido.
A l tiempo que la sierpe en la espesura,
Sin dar algún ríiido rastreando.
Parece que está muerta en su figura.
L o s árboles y el aire están callando,
Y solas las estrellas reluciendo ,
Sus rayos rutilantes disparando.
A quien sus brazos ambos extendiendo
Se revolvió tres veces, rociada
Otras tres veces su cabeza siendo
Con el agua que coge arrodillada
D e un río, y tres bostezos grandes dando,
Y en la tierra durísima humillada,
D e esta manera encomenzó hablando :
•284 OVIDIO.
» T a m b i é n á tu pesar te traigo, L u n a ,
Sujeta á mi poder la fuerza t u y a ,
A u n q u e el metal tocado, en forma alguna
T u s penas y trabajos disminuya.
Y aun hice y o tu carro, y a más de una
V e z amarillo, y tal la color suya
V e la rosada y rubicunda A u r o r a ,
A causa del veneno que en mi mora.
« ¿ O u é hacéis, oh h i j a s ! ( d i j o ) ; desdichado
OuTen á tal t i e m p o y punto os ha traído.
»¿Ouién es de corazón tan acerado
Q u e os arma contra mí por d a r m e m u e r t e ,
A c e l e r a n d o m i m a l i g n o hado?»
L o s á n i m o s y manos de tal suerte
S e las c a y e r o n , de c o n g o j a tanta,
Q u e se d e s m a y a n , y la M a g a advierte
~ O u e el viejo, que de v i e j o así se espanta,
Quisiera más hablar, y prestamente
C o r t ó con las palabras su g a r g a n t a ,
E n el a g u a metiéndole caliente,
L a cual si en los dragones no volara,
L l e v a r a recompensa c o n v e n i e n t e .
H u y ó con gran presteza y nunca pára,
S u b i e n d o sobre Pelion, m o n t e umbroso,
Y el palacio de C h i r o n ; ni repara
E n O t r í n , antes va sobre el f a m o s o
L u g a r q u e fué por causa conocido
D e l a n t i g o C e r a m b o (i), que el furioso
I m p e t u de las aguas ha h u i d o
D e D e u c a l i ó n , estando el m u n d o t o d o
D e b a j o el mar airado s u m e r g i d o
P o r gracia de las N i n f a s de tal modo,
Q u e con ligeras alas va v o l a n d o
P o r n o quedar cubierto de agua y lodo.
A la E o l i a P i t a n e n v a dejando
A m a n o izquierda, con el espantoso
D r a g ó n de piedra largo (2); y admirando
D e j ó á la m i s m a m a n o eí bosque u m b r o s o
( i ) Comarca próxima á C o r i n t o .
•300 OVIDIO.
» N o la bastó mostrarme su h e r m o s u r a ,
N i a p r o v e c h ó decir que era señora
D e los confines de la noche obscura
Y la luz clara, á la rosada A u r o r a ,
N i que el agua n e c t a r e a , d u l c e , p u r a .
E s su a l i m e n t o , porque en cualquier hora
" A mi querida Pocri siempre a m a b a ,
P o c r i en mi pecho y en mi boca estaba.
» A d ú l t e r a la hacía su belleza,
Mas su bondad mostraba su inocencia.
C o n todo eso, al fin naturaleza,
P o r ser m u j e r , por causa de mí a u s e n c i a ,
M e hacía temer , y dábame certeza,
L a que poco antes t u v e en mi presencia,
H a c i e n d o , c o m o dije, mil e x t r e m o s ;
Q u e los amantes todo lo tememos.
» ¡ O h ! C u á n t a s veces dijo : « Y o me g u a r d o
» P a r a uno solo, esté donde estuviere.
» A éste q u i e r o , á éste sólo aguardo ;
»Mi corazón por él v i v i e n d o muere.
» D e gozo y de c o n t e n t o por él ardo ;
»Por suya me tendré mientras v i v i e r e . »
¿ A q u i é n , no siendo loco, 110 bastara
D e fe señal tan g r a n d e , cierta y clara ?
»Con tácita v e r g ü e n z a , c o n v e n c i d a ,
N o m e responde, sino aborreciendo
E l ruin marido y casa donde urdida
T a n g r a n traición la f u é , se va h u y e n d o ,
D e y a tratar con hombres despedida,
D e su desdén y o solo causa siendo.
A n d a b a por los montes descontenta,
I,AS METAMORFOSIS. 319
( x ) D e s i g n a O v i d i o e s t a c i u d a d c o n el n o m b r e d e s u
fundador, hijo de Pelops y rey de Megara.
328 o vi o r o .
( í ) P a u s a n i a s r e f i e r e e s t e m i l a g r o s o s u c e s o , l i b r o i, c a -
p í t u l o 42.
Í.AS MKTAM0K1?US1S.
»¿ A d o n d e volveré desamparada?
' ¿ A mi ciudad por dicha? E s t á vencida,
Y cuando no lo fuera, está cerrada
A m í . que fui traidora fementida.
¿ A l padre que te di? N o , que culpada,
De sus vasallos soy aborrecida
Con gran razón; los pueblos comarcanos
Tiemblan de la hazaña de estas manos.
(i) R e f i é r e s e á la p a r t e d e la c o s t a a f r i c a n a i n m e d i a t a á
las S y r t e s .
•334 OVIDIO.
( i ) A l u d e el p o e t a á la t r a d i c i ó n de q u e p a r a f a v o r e c e r
l a b r u t a l pasión d e P a s i p h a e , c o n s t r u y ó D é d a l o u n a v a c a
d e m a d e r a d e n t r o de la c u a l se e n c e r r ó a q u é l l a , e n t r e g á n -
d o s e así á i n f a m e c o m e r c i o c o n un t o r o .
LAS METAMORFOSIS. 335
( i ) L a o s c u r i d a d d e l t e x t o e n e s t e s i t i o la a c l a r a un p á -
r r a f o d e P l u t a r c o q u e fija e n n u e v e a ñ o s el t i e m p o d u r a n t e
LAS META5J0RF0SIS. 337
el c u a l los a t e n i e n s e s estaban o b l i g a d o s á e n t r e g a r al M i -
n o t a u r o a n u a l m e n t e s i e t e d o n c e l l a s y siete m a n c e b o s .
TOMO 1. 22
•338 OVIDIO.
En ei camino el h i e r r o , y fué de j u e g o
E l darle, pues el cuero no ha cortado;
O u e no llevando punta no ha podido,
Y el fiero jabalí quedó enojado.
Y habiéndose su ira conmovido,
Con un furor de rayo se abalanza,
Q u e su braveza entonces tal ha sido.
P o r la boca y los ojos fuego lanza;
Y cual la piedra suele trabucada
Volar hacia los muros, sin tardanza,
Ó torres, donde habita gente armada,
Con tal ímpetu y furia el puerco iba
Contra los fuertes mozos. Su llegada
Pelagonio y Eupalamón nociva
Sintieron, que quedaron maltratados,
Porque en llegando á entrambos los derriba.
Los diestros cuernos eran gobernados
D : aquestos dos, y fueron los leales,
Pues de sus compañeros son librados.
Mas de crueles golpes y mortales
Enésimo no h u y ó , como pensaba,
D e Hipocoonte h i j o , p o r q u e tales
Se ios dió el jabalí; cuando trataba
Temblando echar á h u i r , la herida fiera
Los nervios por la corva le cortaba.
Y Pilio por ventura pereciera
A n t e s que T r o y a , á no escapar trepando
P o r su lanza en un árbol que allí viera,
A do seguro estaba desdeñando
E l enemigo, cuando le amenaza;
A l tronco los colmillos amolando,
Salió á buscar la gente de la caza
E n las recientes armas confiado,
Y con el corvo diente á Oritio caza,
A quien un muslo á cercen ha cortado ;
Mas los Mellizos fuertes, que aun no habían
o r J DIO.
A c a s o el j a b a l í ; mas enclavaba
A un perro por la barba y por el lado.
Y la lanzada fué tan fiera y brava,
O u e con el suelo cose al triste perro.
L a mano de Meleagro variaba :
Dos lanzas ha tirado , que por yerro
La primera en la tierra queda hincada,
Mas la otra en el puerco, cabe el cerro.
Y mientra que en la tierra ensangrentada
S e tuerce y se rodea y embravece,
Y la sangre y espuma va mezclada,
E l autor de la herida allí parece;
Irritándole á ira, le ha clavado
U n venablo, que el hierro desparece.
L o s compañeros se han regocijado
Del próspero suceso. y procurando
Las diestras con la suya haber tocado,
La fiera bestia muerta están mirando,
O u e ocupa de la tierra buena parte,
Y aun de llegarse cerca están temblando;
Mas no porque de allí ninguno parte
Sin dar al puerco muerto su lanzada,
Y así la sangre en todos se reparte.
El pie sobre el pescuezo, fué cortada
A l mismo la cabeza, que aun espanta,
Despojo de su fuerza celebrada,
Y así diciendo se la entrega á A t l a n t a :
( 1 ) E l H a m b r e era una d i v i n i d a d a l e g ó r i c a s u b o r d i n a d a
á los d i o s e s del O l i m p o .
LAS METAMORFOSIS. 373
» L a h a m b r e , ejecutando el mandamiento
De Ceres su contraria, va volando,
Dejándose llevar del leve viento.
L l e g ó á la casa dicha, y reparando
E n ella, entró en la cama y aposento
D o el sacrilego estaba reposando.
E r a de noche, abrázale dormido,
Y métese por él cuanto ha podido.
T<'M<) T. 55
OVIDIO.
L A B I B U O T K C A C L Á S I C A SO p u b l i c a e n t o m o s e n 8.® e l e g a n t e m e n t e imjvo-
803 e n p a p e U s n t i n a d o , d e 4 0 0 á 5 0 0 p á g i n a s .
L a s t r a d u c c i o n e s e s t á n h e c h a s d i r e c t a m e n t e <*>1 i d i o m a e n q u o fueron ca-
e n t o a l o s o r i g i n a l e s y p o r l a * p e r s o n a s m;i.< c ^ m p e t e n t m .
E l precio d e c a d a t o m o en r ú s t i c a es d e Iris ¡fsri/is, c o m p r á n d o l o á lo»
libraros y corresponsales.
H a c i e n d o e l p e d i d o il ¡ r e c t a m e n t e a l e d i t o r l>. ¡.vis Narnrro,ralle de Ila-
bel la l'uití.'ica, if'i'bid,
25, dos peseta» j
y r e m i t i e n d o e l I m p o r t e a l h ¡i c e r i o ,
cincuenta cénii'nns. trei
E n c u a d e r n a d o ; e n t e l a , e n p a s t a ó á ¡a h o l a n d e s a ,
pésela t y cincuenta ñutimos.
Se publica un tomo cada me?.
P u e d o Itaceiso la su.-crición r e c i b i e n d o el s u s c r i t o r m e n s u a l m e n t e los
tomos que desee.
E l s u s c r i t o r n o e s t á o b l i g a d o á a d q u i r i r m á s t o m o » d e l03 p u b l i c a d o s 6
q u e e n a d e l a n t e se p u b l i q u e n , q n e los q u e s e a n de su a g r a d o .
T o d o s los t o m o s so v e n d e n separadamente.
O B R A S H ' B M C A D A S .
ClásicoH g r i f g o »
HOMERO.— l.a Itladu, traducción en verso y eon notas de D. José
Gómez Hertnosilla.. 8
HEUOOOTO.— !.»* A V W libi os de la historia, t r a d u c c i ó n d e l P , P o a . . . . F
P l d t M I C O . - La» vidns paralela», t r a d u c c i ó n «le l ¡ ; u i z R o m a n l í o s . . . . í
A R I S T I H ' A N K S . — Ti ti I/o ampielo, t r a d u c c i ó n d i - D . F . i l e i i e o B a r á i u a r . . 2
P O E T A S B U ÓÍ.ICOS <¡ m i w o s . — ('!'• tkrtio. BiiSu y it.¡sto.) T r a d u c c i ó n
en verso, d e D Ignacio M o n t e s de Oca, Obispo de L i n a r e s . . . 1
O D A S J>K P Í S D A R O . - T r a d u c c i ó n e n v e r s o d e l m i m o 1
—Teatro compilo,
E8QUII.0 t r a d u c c i ó n d e B r i e v a Salv a l i e r r a
1
XKNoroxTK.—//istmia. tie In enfríala de í'ym H Menor en Asia, tra-
d u c c i ó n d e 1). D i e g o G r a c í i i n . c o r r e g i d a p o r l ' l o r e z C a n s e c o . . . 1
— La Cyro/iedia, t r a d u c c i ó n d e l m i * m o . 1
LUCIANO.—Otra» completas, t r a d u c c i ó n d e D . Cristóbal Vidai Í
S o lia p u b l i c a d o el t o m o l.
kmikSO.-- t-rpediciones de AUjandro, traducción de Baráibar 1
POETAS l.inieos « M E O O S . — T r a d u c c i ó n d é l o s señores B a r á i b a r , Me-
nóiidi-z P e l a y o , C o n d e . C a n g a A r g i l el les y C a s t i l l o y A y e n s » . . 1
Potmio.—Historia Universal, t r a d u c c i ó n d o l> A m b r o s i o U n í B a m b a . 3
Pl,ATÓv. i.a Repúb Ika. á t r n n c c i ó n - l e D J < w T< >m s y O a r c I a 2
DLÓGKSKS LAKIÍCIO. — Vidas de losfihísofosmás ilustres 1
C l á s i i - o » l a t i n o * .
C l á s i c o s e s p a ñ o l e s .
C l á s i c o » i n g l e s e s .
C l á s i c o s i t a l i a n o s .
C l á s i c o s a l e m a n e s .