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Fenômeno Educativo"
Profª. Elizabeth dos Santos Braga
Faculdade de Educação
Universidade de São Paulo
2º semestre de 2013
MEDIAÇÃO E INTERNALIZAÇÃO
ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL
MEDIAÇÃO
INSTRUMENTO E SIGNO
Meios auxiliares
Signo análogo ao instrumento função mediadora
Instrumento técnico transformação e domínio da natureza
Signo dimensão psicológica, controle e domínio do comportamento, da própria
atividade
USO DE INSTRUMENTOS
INSTRUMENTO DE TRABALHO
USO DE SIGNOS
“Tudo o que é utilizado pelo homem para representar, evocar ou tornar presentes o
que está ausente constitui um signo: a palavra, o desenho, os símbolos [...], etc.”
(Fontana e Cruz, 1997, p. 59)
A utilização de signos e instrumentos não se limita à experiência pessoal de cada
indivíduo, mas refere-se à incorporação da experiência anterior de um determinado
grupo cultural.
Ao longo da história da espécie humana, as representações da realidade foram
organizadas em sistemas simbólicos, isto é, os signos são compartilhados pelo
conjunto de membros do grupo social, permitindo a comunicação, a interação e a
organização do real. (Oliveira, 1993)
A linguagem é o sistema simbólico básico de todos os grupos humanos e o mais
importante. Os significados das palavras são um produto da história e da relação entre
os homens.
Concepção de signo e linguagem
“O signo, por outro lado, não modifica em nada o objeto da operação psicológica.
Constitui um meio da atividade interna dirigida para o controle do próprio indivíduo; o
signo é orientado internamente.” (Vygotsky, 1991, p. 62)
“Não devemos esperar encontrar muitas semelhanças entre os instrumentos e
aqueles meios de adaptação que chamamos signos. E, mais ainda, além dos aspectos
similares e comuns partilhados pelos dois tipos de atividade, vemos diferenças
fundamentais.” (Vygotsky, 1991, p. 60)
“Essas atividades são tão diferentes uma da outra, que a natureza dos meios por
elas utilizados não pode ser a mesma.” (Vygotsky, 1991, p. 62)
“Do nosso ponto de vista, as elaborações de Vygotsky vão além da questão
instrumental. Anunciam outras possibilidades de se conceber a linguagem, o que traz
para o centro das discussões a questão do seu caráter constitutivo.” (Smolka, 1995, p.
12)
“[...] consideramos importante retomar e discutir os pressupostos de natureza
marxista que, ao nosso ver, melhor sustentam a proposição da linguagem como
instrumento, atribuindo, no entanto, especial destaque ao processo de significação, ou
seja, ao processo de produção de signos e sentidos, a partir mesmo do dialético
movimento produção/ produto. Parece ser este movimento dialético de produção de
significação que, incluindo o aspecto instrumental, possibilita transcendê-lo” (Smolka,
1995, p. 13)
INTERNALIZAÇÃO
FONTANA, R.; CRUZ, N. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo : Atual, 1997.
MARX, K. ENGELS, F. A ideologia alemã (Feuerbach). Tradução de J. C. Bruni; M. A.
Nogueira. 3. ed. São Paulo : Ciências Humanas, 1982.
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento - um processo sócio-histórico.
4. ed. São Paulo : Scipione, 1993.
PINO, A. O conceito de mediação semiótica em Vygotsky e seu papel na explicação do
psiquismo humano. Cadernos CEDES. Campinas : Papirus, nº 24, p. 32-43, 1991.
SMOLKA, A. L. A concepção de linguagem como instrumento: um questionamento sobre
práticas discursivas e educação formal In Temas em Psicologia. Ribeirão Preto, n.º 2, p. 11-
21, 1995.
VIGOTSKI, L. S. Manuscrito de 1929. Educação e Sociedade. Ano XXI, n.º 71, p. 21-44,
jul. 2000.
VYGOTSKY, L. S. Internalização das funções psicológicas superiores. In: A formação
social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Orgs. M. Cole
et al. Trad. J. Cipolla Neto. 4. ed. São Paulo : Martins Fontes, 1991.