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ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO FLUXO


MATERIAL EM PROCESSSOS CONSTRUTIVOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
UMA ABORDAGEM LOGÍSTICA

Alencar Sanagiotto (UNOCHAPECÓ)


alencar_sa@unochapeco.edu.br

RESUMO
Neste trabalho foram observadas duas obras de Chapecó no setor de edificações na
construção civil, visando seus aspectos de gerenciamento de fluxos, assim podendo
estudar o fluxo de material existente nos seus canteiros de obras, observando
também a movimentações desnecessárias devido à má localização de equipes,
materiais e equipamentos que causam prejuízos à qualidade e a produtividade na
obra, e ao mesmo tempo o que afeta diretamente os custos da produção, assim
podendo mostrar que cada vez mais é importante a gestão dos fluxos físicos em
canteiros, a fim de reduzir perdas nos processos. Sabe-se que a organização dos
fluxos físicos objetiva a proporcionarem permanência e continuidade da produção
nas obras. Pensando nisso, a primeira parte da pesquisa foi detida em fazer um
diagnóstico de alguns processos construtivos e seus fluxos físicos observando
conceitos de logística. Foram utilizadas ferramentas como diagrama de processo,
fluxograma e mapofluxograma para mapear os processos, facilitando desta forma, a
análise dos pontos críticos. Na fase de análise, verificou a necessidade da
elaboração de novos layouts para os processos de produção e também melhorias a
gestão dos fluxos como equipamentos, ferramentas e racionalização de fluxos e
novas operações dos processos. Fazendo com que exista um mesmo mecanismo
para os fluxos, e um mesmo processo de execução, assim podendo fazer com que
não existam atividades desnecessárias, reduzindo os seus desperdícios e tempo de
execução. Ganhando assim em termos de qualidade, produtividade e redução de
custos, podendo então isso ser um grande diferencial na competitividade entre as
empresas.

Palavras chaves: Fluxo de materiais; Logística; Produção.

1. Introdução
Na busca por melhores desempenhos em menores tempos, sem que ocorra o
comprometimento da qualidade e da conformidade em relação às necessidades dos
clientes e que também, não ocorra um aumento nos custos são necessárias
melhorias nos fluxos de materiais. Segundo Santos e Farias Filho (2003), essas
melhorias só serão possíveis se esses fluxos forem otimizados através de uma
logística eficiente, que propicie redução nas atividades de espera, inspeção e
transporte, além de um aumento na produtividade e na própria agregação de valor.
De acordo com Ballou (1993), o estudo da Logística Empresarial adquiriu maior
interesse a partir da década de cinqüenta quando a expansão dos mercados
consumidores promoveu maior preocupação com a distribuição física de bens. Antes
deste período, as atividades inerentes à logística estavam fragmentadas sob a
responsabilidade de diversos departamentos dentro de uma organização.
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Ele ainda afirma que, a logística estuda como a administração pode prover melhor
nível de rentabilidades nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores,
através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de
movimentação e armazenamento que visam facilitar a fluxo de produtos. A logística
tem um fato econômico que tanto os recursos tanto seus consumidores estão
espalhados numa ampla área geográfica. Uns dos problemas enfrentados pela
logística e diminuir o hábito entre a produção e a demanda, de modo que os
consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição
física que desejam.
Segundo Chiavenato (1991), a logística é a atividade que coordena a estocagem, o
transporte, os armazéns, os inventários e toda a movimentação dos materiais dentro
da obra ate a entrega acabada ao cliente. Dentro dessa conceituação, a logística
compreende a coordenação do movimento de materiais desde o estoque de matéria-
prima, através das instalações da empresa, ate o recebimento do produto acabado.
Quando todo esse fluxo de materiais fica concentração em um único órgão, a ênfase
é colocada na movimentação ou transporte interno.
Para o mesmo autor na prática, o conceito de logística inclui a estocagem, bem
como o fluxo e movimentação de materiais. Sua preocupação principal esta no
trafego e no transporte interno e externo dos materiais. Não inclui programação de
materiais, nem compras. As empresas que adotam o conceito de logística
apresentam enormes investimentos em estoques e em transportes, com enormes
armazenamentos e um fluxo ágil de materiais.
Conforme Ballou (1993), o avanço da logística começou através do agrupamento
das atividades entre si dentro do ambiente empresarial. A logística empresarial se
consolida partir da década de oitenta como um campo de estudo mais amplo, com
ênfase não somente na distribuição física como também na administração de
materiais, ou seja, para entregar produtos da maneira correta, no lugar certo e no
instante desejado, era preciso para obter maior eficiência receber matérias-primas
com estes mesmos atributos, além de coordenar os fluxos dentro dos processos
inerentes à produção para assegurar que tais atributos não se degradassem.
Ainda o autor chama a atenção para três aspectos muito importantes da logística,
que vão além do fluxo de produtos: o fluxo de informações; o nível de serviço e o
custo. Estes aspectos são interdependentes e a ineficiência em qualquer um dos
processos decorrentes de ambos pode determinar um desempenho inferior de toda
a cadeia logística.
Segundo os Projetos Logísticos (2006), a logística vem aparecendo nas
organizações integrado o fluxo de informações e de materiais na busca da melhoria
e integração das operações. Isso pode trazer varias formas e métodos para resolver
os maiores problemas da construção civil relativos à produção ou ao desperdiço
materiais. O enfoque logístico se dá com maior ênfase no suprimento da obra se
relacionando com a movimentação mecanizada de cargas onde os primeiros ganhos
se dão com a armazenagem dos materiais.
2. Atividades de uma cadeia logística
Para o autor Ballou (1999), as atividades da cadeia logística estão divididas em
atividades primárias e atividades de apoio, assim as duas tendo o propósito de
providenciar os melhores níveis de serviço aos clientes com os menores custos
totais.
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2.1 - Atividades primárias


As atividades primárias são consideradas primárias porque ou elas contribuem com
a maior parcela do custo total da logística ou elas são essenciais para a
coordenação e cumprimento da tarefa logística, as três atividades primárias são
(BALLOU, 1999);
Transportes: Atividade logística mais importante, pois ela absorve em media de um
a dois terços custos logísticos, pois nenhuma firma consegue distribuir produtos aos
clientes e providenciar o suprimento de matérias-primas sem transporte. Está ligado
a decisões quanto ao método, roteiro e utilização da capacidade dos veículos.
Manutenção de Estoques: geralmente, não é viável providenciar produto
instantâneo aos fornecedores, para se ter disponibilidade dos produtos deve-se
manter estoques, que agem como amortecedores entre a oferta e a procura. O uso
extensivo de estoque resulta no fato de que, em media, eles são responsáveis por
aproximar de um a dois terços dos custos logísticos, o que torna a manutenção de
estoques uma atividade chave da logística.
Processamento de Pedidos: os custos de processo de pedidos tendem a ser
pequenos quando comparados aos custos de transporte ou de manutenção de
estoques, contudo, o processamento de pedidos é uma atividade logística primaria.
Sua importância deriva do fato de ser um elemento critico em termos do tempo
necessário pra levar bens e serviços aos clientes, é também a atividade que
inicializa a movimentação de produto e a entrega de serviços.
2.2 - Atividades de apoio
Apesar das atividades citadas antes serem as principais, onde elas que contribuem
para as disponibilidades e a condição física de bens e serviços há uma série de
atividades que apóia estas atividades primárias, são as (BALLOU, 1999):
Armazenagem: refere-se à administração do espaço necessário para manter
estoques. Envolve problemas como localização, dimensionamento de área, arranjo
físicos, recuperação do estoque, etc.
Manuseio de Materiais: esta associada à armazenagem (depósito na obra) e
também apóia a manutenção de estoques. Diz respeito de à movimentação produto
no deposito de materiais. Seus principais problemas logísticos são seleção do
equipamento de movimentação, balanceamento da carga de trabalho, estudo dos
procedimentos de formação dos pedidos.
Embalagem de Proteção: um dos objetivos da logística é movimentar bens sem
danificá-los alem do economicamente razoável. Boa embalagem do produto auxilia a
garantir a movimentação sem quebra e um armazenamento eficiente. Um exemplo é
a paletização.
Obtenção: Deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata do fluxo de
entrada (suprimento). Envolvem a seleção das fontes de suprimento, as quantidades
a adquirir, a programação das compras e a forma pela qual o produto é comprado.
Programação do Produto: Trata do fluxo de saída (distribuição). Envolve
simplificadamente as quantidades a produzir e as decisões relativas a quanto e onde
fabricar.
Manutenção de Informação: Fornece ao sistema informações de custo e
desempenho das atividades que são essenciais ao correto planejamentos e controle
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logístico, tais como: localização, clientes, volume de vendas, padrões de entregas e


níveis de estoque.
2.3 Objetivo da logística
Para Ballou (1993), o principal objetivo do sistema logístico é fazer com que
produtos e serviços estejam disponíveis onde são necessários e no momento em
que são desejados com o menor custo possível e com o nível de serviço exigido. Isto
é conseguido através da administração adequada da atividade chaves da logística.
Segundo Cardoso e Marcondes (2005), o objetivo da logística na construção civil
deve considerar os aspectos inerentes ao setor, de forma a subdisiar uma
implementação adequada de suas ferramentas e se constituir um sistema logístico,
podendo assim ser analisando sobre diferentes pontos de vista, sobre a ótica dos
fornecedores de materiais, a logística na construção civil é similar a logística direta
de qualquer outra indústria seriada sendo a obra apenas o destino final.
Ainda afirmam que, do ponto de vista do empreendimento, a logística direta dos
fornecedores de materiais é também a administração de materiais ou logística de
entrada do empreendimento. Fazendo uma analogia de uma fábrica na construção
civil mais comumente conhecida como logística de canteiro de obras onde possui
inúmeras peculiaridades, estando ligadas a influencia pela organização do trabalho,
aonde o produto não se movimenta e sim os trabalhadores é de se movem ao redor
e no interior do produto final.
2.4– Custos na logística
Segundo Christopher (1999), a falta de informação sobre o custo é um dos motivos
mais importantes pra a dificuldade que muitas empresas têm para a adoção de uma
abordagem integrada para a logística.
Ainda para o autor, o custeio logístico é o sistema que mostra o fluxo de materiais,
onde ele identifica os custos resultantes do fornecimento de serviço ao cliente, ainda
ele é que possibilita visão de custos e receitas, por tipo de cliente, por tipo de
produto, por segmento de mercado e canal de distribuição.
Lambert (1998) destaca que o custo pode ter alternância com a quantidade do
volume de produção, havendo assim o crescimento do custo não-direto em relação
com os custos diretos de mão-de-obra, com isso prejudica a precisão dos valos final
da obra.
Para Ballou (1999) “existem três conceitos ou princípios fundamentais que levaram
ao reagrupamento das atividades logística tais como elas são hoje definidas. Elas
representam a pedra de toque conceitual para o gerenciamento logístico: a
compensação de custos, custo total e sistema total”.
Para PIRES (2004), pode relatar seis razões principais no custo na logística:
1. rápido crescimento dos custos, particularmente dos relativos aos serviços
de transporte e armazenagem;
2. desenvolvimento de técnicas matemáticas e do equipamento de
computação capazes de tratar eficientemente a massa de dados normalmente
necessária para análise de um problema logístico;
3. complexidade crescente da administração de materiais e da distribuição
física, tornando necessários sistemas mais complexos;
4. disponibilidade de maior gama de serviços logísticos;
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5. mudanças de mercado e de canais de distribuição, especialmente para


bens de consumo;
6. tendência que os varejistas e atacadistas transferirem as
responsabilidades de administração dos estoques para os fabricantes.
2.5 Estudo dos fluxos logísticos
Para os autores Farias Filho e Santos (1998):
“alguns modelos ignoram os fluxos de materiais e de informações que
geralmente não agregam valor, de forma direta, mas as imprescindíveis a
agregação do valor no produto final. De acordo com a visão dos clientes se
aperfeiçoam através de uma logística eficiente, contribuiriam muito para a
redução das atividades de espera inspeção e transporte aumentando assim
a produtividade e a própria agregação de valor. Enfoca o controle de
atividades isoladas perdendo muitas vezes o foco no impacto que essas
atividades têm no empreendimento como todo, também muitas atividades
de controle são geradas, aumentando o numero de atividades que não
agregam o valor ao produto final. Em fim não adianta a empresa investir
apenas na tecnologia do processo de produção, deve-se investir também no
sistema de gestão utilizada pela empresa”.
Ainda para os autores, buscam obter uma maior eficiência no sistema de gestão da
empresa investindo numa logística eficiente de canteiro onde se procura otimizar os
fluxos físicos e de informações numa logística de rua onde se procura otimizar a
gestão dos materiais e dos componentes aplicando na construção civil conceitos
voltados para a redução dos prazos, dos custos, das perda e dos desperdícios e um
ambiente baseado na melhoria continua e na otimização da flexibilidade.
2.5.1 - Fluxos de materiais
Segundo Sacomano et al. (2004), o fluxo de materiais é determinado por dois
fatores: tipo de obra e arranjo físico do canteiro em função dos serviços. Com um
projeto do canteiro, são definidas as áreas de recebimento e armazenamento de
materiais, roteiros de circulação dos operários e materiais. O arranjo físico em uma
obra e basicamente posicional. Para estabelecer como os materiais são
transportados ate o local de execução. A organização do trabalho e feita relevando
cada etapa da obra. As dificuldades em estabelecer um método de trabalho esta na
variabilidade tanto dos dados de entrega do sistema quanto o de saída esperado.
Segundo Cruz (2002), o fluxo de material é relativo à movimentação e
armazenamento de materiais e produtos acabados. As operações logísticas
começam com o carregamento inicial de materiais ou componentes do fornecedor e
terminam quando um produto acabado ou um produto semi-elaborado é entregue a
um cliente. Desde as compras iniciais de matéria-prima ou componentes, a logística
agrega valor movimentando estes para onde e quando necessário. O produto vai
ganhando valor em cada etapa de sua transformação até se tornar um produto
acabado, em outras palavras, uma parte isolada do produto, agrega valor ao produto
após ser incorporada a ele, porém este produto só terá realmente valor se for
entregue ao cliente final.
2.5.2 - Fluxo de Informações
Para Sacomano et al. (2004), “um sistema de administração de produção é um
facilitador de fluxos de informações, pois utiliza informações como padrão para a
tomada de decisões relativas à produção. É com uso desse sistema que as decisões
podem ser tomadas de um padrão coerente. Como a cadeia de suprimento é
abrangente, iniciando a partir da seleção de fornecedores. Emissão de ordens de
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compra ate a entrega da obra, esse sistema cumpre o papel de definir as entradas
do sistema, metas e objetivos a serem atingidos projetando as saídas desejadas.
Esse sistema ajuda a corrigir as distorções nas cadeias de suprimentos,causadas
por varias não identificadas durante o planejamento da gestão da cadeias de
suprimentos. Um dos grandes motivos que ocorrem essas distorções são problemas
relacionados entre a comunicação dos fornecedores - empresas - clientes. As
principais medidas para evitar tais distorções são”: Garantir a permeabilidade de
informações em todos os níveis, evitando decisões isoladas; adotar a visão
estratégica para elaborar o planejamento da cadeia de suprimento, discriminando a
função e a responsabilidade de cada elemento; fortalecer os elos da cadeia de
suprimento.
Para Cruz (2002), o fluxo de informações identifica e especifica diferentes requisitos
em um sistema logístico. O principal objetivo do desenvolvimento e especificação de
requisitos é planejar e executar as operações da logística integrada. O fluxo de
informações se desenvolve de forma paralela ao fluxo material existente desde o
suprimento, passando pela produção, indo até a distribuição física do produto. Sem
um bom gerenciamento do fluxo de informações todo o trabalho visando um melhor
desempenho das outras áreas poderá ser perdido. O fluxo de informações
geralmente inicia com a obtenção e tratamento das necessidades do cliente
passando pelas várias áreas da empresa, indo até os fornecedores, em seu retorno
apóia a produção, direciona o trabalho da distribuição física e finalmente retorna ao
cliente num ciclo contínuo visando a geração de valor para o cliente e conseqüente
melhoria da posição competitiva da empresa no mercado”.
Na construção civil não é levado em conta o fluxo existentes nos processos, e sim
apropriação de custos ligados aos processos construtivos. Segundo Koskela (1992),
“a necessidade de redução das atividades de fluxo por não agregarem valor e
somente agregarem custos aos processos e conseqüentemente aos produtos, são
questionadas algumas indagações partir das questão levantada”:
a) Na execução de processos construtivos na construção civil, qual o percentual
de horas de trabalho relacionado às atividades de fluxo, mais especificamente
das atividades ligadas ao fluxo material?
b) Qual o custo das atividades de fluxo na composição dos custos de um
processo construtivo? Mais especificamente, qual o custo das atividades
ligadas ao fluxo material, na composição dos custos de um processo
construtivo?
c) O tempo e o custo do fluxo material são relevantes na composição dos custos
dos processos construtivos, a ponto de causar preocupação quanto à
necessidade de sua redução e controle?
d) O tempo e o custo do fluxo material são considerados na composição dos
orçamentos para obtenção dos custos de produção das empresas?
e) As empresas de construção civil possuem alguma forma de apropriação,
capaz de isolar somente o tempo e o custo relacionados ao fluxo material, na
execução de seus processos construtivos, para posterior análise e tomada de
decisões?

2.6 Logística na construção civil


Segundo Taboada Rodrigues (1999) apud Cruz (2004):
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“Embora a logística seja uma área de conhecimento que vem se


desenvolvendo a cerca de um século e seus conceitos, princípios e
ferramentas utilizados com sucesso em várias indústrias (agroindústria,
indústria automobilística, indústria de alimentos, indústria de varejo e
outras), na indústria da construção civil, até bem pouco tempo, não se tinha
referencia de sua utilização de uma forma estruturada”.
No Brasil, estudos realizados nos anos 90, por algumas instituições de ensino e
pesquisa, começaram a fazer referência a logística no ambiente interno de produção
de edificações. Percebe-se nestes estudos iniciais o foco na movimentação de
materiais, no layout do canteiro de obras e em atividades de suporte à obra,
reduzindo assim a logística a um aspecto de simples provisionamento, influência do
conceito militar de logística.
2.6.1 - Fases de integração da logística
Segundo Taboada Rodrigues (1999) apud Cruz (2004), “a integração da logística na
construção civil pode ser dividida em três fazes e também sua tendência atual, onde
nelas estão”:
Na primeira faze: Integração Empresa- Cliente, sua características são:
- Busca de um relacionamento mais estreito entre empresas e clientes visando
atendimento dos desejos dos clientes;
- O departamento de vendas e o de marketing captava os desejos dos clientes
(fluxo de informações), visando transformar estas informações em melhorias e
adaptações no projeto do produto;
- Integração do cliente à cadeia logística é originada por suas próprias
exigências: diferenciação de produtos, facilidade e viabilidade de pagamento,
qualidade, serviço de assistência pós-vendas (o cliente é o Rei);
- Ausência de uma visão logística nas fases anteriores à fase de vendas;
- Falta de consciência dos custos logísticos na relação com o cliente.
Na segunda fase: Integração Empresa- Fornecedor ou logística de suprimentos,
algumas características são:
- Reduzir os tempos de fornecimento dos materiais;
- Receber produtos com melhor qualidade;
- Diminuir estoques no canteiro;
- Receber materiais no sistema Just in time;
- Ter materiais no canteiro sempre que necessários;
- Mesmo ainda muito incipiente, são dados os primeiros passos na definição do
nível de serviço desejado pela empresa na relação com seus fornecedores,
bem como, na busca de integração do fluxo de informações;
- Busca da redução dos custos de produção na relação com seus
fornecedores;
- Concentração de poder de decisão sobre suprimentos no departamento de
compras em detrimento a gerência da obra;
- Compras realizadas sem a visão de custo total;
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- Predominância do conceito mais primário de logística baseado no conceito


militar que restringe a logística à movimentação e suprimentos.
Na terceira fase: Integração da Produção ou logística interna ou do canteiro de
obras. Algumas características desta são:
- Valorização do arranjo físico do canteiro de obras como fator indutor de
aumento de produtividade e redução de perdas de materiais;
- Definição prévia de áreas de recebimento e estocagem de materiais, vias
internas de transporte de materiais bem definidas;
- Racionalização do transporte interno de materiais com introdução de
equipamentos especializados (carrinhos de transporte de tijolos, de
argamassas e outros) e utilização de cargas para transporte paletizado
(revestimentos cerâmicos, argamassas industrializadas e outros);
- Parceria com fornecedores visando redução dos custos logísticos no canteiro
de obras (entrega de materiais paletizados, em pequenos lotes, em dias pré-
determinados);
- Presença de computadores nas obras visando o controle da produção (fluxo
de informações no ambiente interno de produção);
- Ênfase na segurança nos canteiros de obras (vias desobstruídas, estocagem
correta de materiais, equipamentos de transporte verticais mais seguros, áreas
de vivência e outros);
- Ainda predominância do conceito militar, que restringe a logística à
movimentação de materiais e ao aspecto de provisão (apoio) das instalações
do canteiro;
A tendência atual é uma logística integrada. Algumas características desta são:
- Buscam de melhor gerenciamento logístico de estoques, transportes,
armazenagens e troca de informações da produção (canteiro de obras), em
tempo real, com a gerencia central e fornecedores (fluxo de informações);
- Definição clara do nível de serviço logístico desejado pela empresa em
relação aos seus fornecedores visando eliminar atividades de fluxos no
canteiro (que não agregam valor, somente custos);
- Definição de um sistema logístico de forma a integrar todas as etapas do
empreendimento, desde a concepção do projeto do produto, suprimentos,
produção, até atividades pós-vendas;
- Integração completa entre todos os agentes da cadeia;
- Esforços e serviços, de todos os agentes da cadeia, dirigidos ao consumidor
final;
- Maior eficiência e eficácia na utilização dos recursos de produção;
- Redução dos custos totais de produção a partir do enfoque gerencial da
logística integrada;
- Produtos com maior valor agregado para os clientes;
- Visão estratégica da logística no contexto empresarial;
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- Amadurecimento do sistema logístico da empresa para entrada em uma


futura fase de gerenciamento da cadeia de abastecimento .
3- Métodos para avaliação dos fluxos
Para a realização deste trabalho foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica
baseada em artigos científicos, teses, livros e definido como um estudo de caso,
tendo por objetivo retratar de uma forma os fluxos de materiais em obras. A pesquisa
de campo foi realizada em duas obras, uma de nove e outra de dez pavimentos,
localizadas na cidade de Chapecó, onde se encontram deficiências na logística e
nos processos construtivos na construção civil, podendo relatar os diferentes pontos
de vistas presentes neles.
O método para estudo do comportamento do fluxo material, em processos
construtivos na construção civil proposto neste trabalho oferece a possibilidade de
elaboração de indicadores logísticos, que poderão dar um beneficio para
implantação de melhorias no processo de gerenciamento do fluxo material na
execução de processos construtivos nas empresas do setor.
Foram selecionadas etapas de serviços na empresa e estudadas seus processos,
onde o foco do método é o estudo do fluxo material. Foram observados os esforços
onde existam concentrações das etapas que estejam executando processos
construtivos com alta incidência de fluxo material e com alto índice de utilização de
mão-de-obra. Também se deve considerar que existam processos mais favoráveis e
menos favoráveis para se iniciar o estudo do comportamento do fluxo material na
empresa. Foram elaborados diagramas de processos, mapeamento do fluxo de
materiais e uma melhoria no arranjo físico, com o objetivo de observar as possíveis
melhorias e reduções de custos.
Nas obras foram analisados os processos existentes no levantamento da alvenaria
desde a produção da argamassa até seu levantamento. Foi observado ao longo de
todos os dias de execução do processo, desde seu início até sua completa
conclusão e também observar todos os operários envolvidos em cada atividade do
processo. Foi avaliando assim a importância relativa da atividade no contexto do
processo. Se estes custos logísticos são relevantes na produção. O método de
trabalho proposto oferece informações relativas a grupos de atividades logísticas
como a produção de argamassa, distribuição da argamassa, transporte do tijolo
cerâmico, bem como informações do grupo de atividades ligado ao levantamento da
alvenaria. Como resultado principal pode ser citado, a execução de um pavimento de
alvenaria, na empresa pesquisada. Analisando as horas trabalhadas
correspondentes ao total do pavimento, visando o fluxo de materiais e o layout.
Foram aplicados diagramas de processos, mostrando a seqüências passo-a-passo,
desde a chegada dos materiais até a execução do serviço, podendo registrar as
atividades desnecessárias de cada processo. Assim com esses diagramas adaptar
com conceitos logísticos, reduzindo o tempo de produção.
Para Gehbauer (2002), o diagrama de processo ele analisar os processos
produtivos, em todas as operações que compõe o processo, onde será representado
por um símbolo e representado na mesma seqüência, analisando todos os passos
dos processos. Ainda para o autor o mapofluxograma, ira de identificar as diferentes
operações que fazem parte de um determinado processo, indica o local onde cada
operação foi desempenhada. Uma forma de complementar as informações
apresentadas por essas ferramentas é a utilização de fotos para dar mais
transparência aos processos e facilitar a análise dos dados.
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Após feito o mapofluxograma e fluxograma, foi desenhado o layout do canteiro de


obras visando melhorias nas distância entre postos de trabalho, caracterização das
vias internas de circulação de pessoas e equipamentos de transporte, localização
das instalações provisórias como posição de agregados e materiais básicos,
almoxarifado, depósitos de materiais, equipamentos de movimentação como
guinchos de coluna. Estas informações foram de grande utilidade para a análise de
dados e elaboração de sugestões de melhorias a serem oferecidas para a empresa,
conforme os autores Peres e Assis (2008).
3.1 Obtenção dos resultados
Para a obtenção dos dados serão analisados, o rendimento por metro quadrado e a
duração da atividade, será incluída horas de inspeção e horas de mão-de-obra
trabalhada. O gerenciamento logístico será focado no comportamento do fluxo
material na produção, desde a chegada do material na obra, até seu destino, que é o
ponto de aplicação desta na edificação. O principal foco do gerenciamento logístico
nos canteiros de obras, relacionando o fluxo material, é de colocar o produto ou
serviço correto, no local correto, no tempo correto, e nas condições desejadas, nos
menores custos possíveis, ocasionando assim uma melhoria nos níveis de serviço
da empresa.
Foi observado nas obras o comportamento do fluxo material, visando todos os
processos, tendo sua lógica baseada nas seguintes variáveis:
1. Tipo de processo construtivo estudado;
2. Número de atividades do processo;
3. Número de operários envolvidos do processo construtivo;
4. Número de dias úteis trabalhados no processo;
5. Quantidade de metros quadrados executada no processo.
O método proposto observou ao longo de todos os dias de execução do processo,
desde seu início até sua completa conclusão, e também todos os operários
envolvidos na atividade do processo. Foram observados os tipos de equipamentos,
tipo de manuseio dos materiais assim podendo no final observar o rendimento de
ambos. E também com a elaboração dos diagramas de processo, dos estudos dos
fluxos e dos layouts, podermos observar onde estão as atividades desnecessárias,
quais as atividades onde poderão ser eliminada, podendo também observar o mau
posicionamento dos materiais, assim com isso melhorar o processo do levantamento
da alvenaria, dando um melhor rendimento e uma diminuição no custo desta etapa.
4. Conclusão
Este trabalho teve por objetivo observar os fluxos de materiais em dois canteiros de
obra de uma mesma empresa, e também observar a logística de entrega,
armazenamento e distribuição de materiais, analisando os reflexos destes na
produtividade da empresa. Com esse objetivo padronizar e ter mesmo mecanismo
no fluxo na mesma empresa, reduzindo assim as perdas e desperdícios.
Como o diagrama de processo foi elaborado para mostras as etapas do processo,
para seu melhor entendimento foi representado por símbolos, sendo assim cada
símbolo um tipo de atividade, com sua análise pode se descobrir a ocorrência de
desperdícios no tempo, no trabalho, nos material e mão-de-obra relacionados no
processo de execução da alvenaria. Dentre as falhas encontradas, identificaram-se
quais são ocasionadas por falhas no processo, no método de execução, na
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utilização de equipamentos errados ou inadequados à atividade, na falta de


otimização dos caminhos para movimentação dos materiais e mão-de-obra. Esses
fluxos contemplam as etapas que vão desde o recebimento do material no canteiro
até a sua aplicação na execução da alvenaria.
No caso do processo de alvenaria, materiais que estão estocados, como areias,
cimento, precisam estar disponibilizados próximos a betoneira, com condições
desejadas, para serem produzidos na argamassa. Materiais como argamassas e
tijolos precisam estar disponibilizados nos vários pontos de aplicação no pavimento
tipos, no momento exato desejado pelo operário, para assim serem empregados nas
várias atividades de processamento da alvenaria, como a marcação, erguimento.
Para isso ocorra foi elaborado novo layout na obra1, com a elaboração do novo
layout faz com que diminuíssem em ate 25,7 metros a distância percorridos pelos
serventes todas as vezes que era efetuada a produção da argamassa. Já para a
obra 2 por ser uma obra de difícil acesso e não ter espaços na obra, o seu layout foi
estudado desde o inicio da obra, assim optando por utilizar a argamassa
industrializada, e com isso fazendo com que a obra ficasse mais organizada e sem
desperdícios de materiais.
Com essa analise podemos concluir que se padronizando a logística dentro de uma
mesma empresa pode sim ter um grande reflexo na produtividade. Fazendo com que
exista um mesmo mecanismo para os fluxos, e um mesmo processo de execução,
assim podendo fazer com que não existam atividades desnecessárias, reduzindo os
seus desperdícios e tempo de execução. Ganhando assim em termos de qualidade,
produtividade e redução de custos, podendo então isso ser um grande diferencial na
competitividade entre as empresas.
Referências
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