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Destaca-se que para provar o tempo de serviço como professora, o Decreto 3.048/99
admite a Carteira de Trabalho e Previdência Social:
Desta forma, a autora propõe a presente demanda, com o objetivo de ver seu lídimo
direito reconhecido em sede judicial, para que seja determinada a revisão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição do professor (NB 57/000.000.000-7) que lhe fora
concedido na via administrativa, mediante a exclusão do fator previdenciário do cálculo da RMI
da segurada, devendo o INSS ser condenado a proceder o pagamento das diferenças devidas
desde a DER.
Grifa-se que: “O ajuizamento da ação revisional de benefício da seguridade social que
não envolva matéria de fato dispensa o prévio requerimento administrativo. ”, conforme
entendimento pacificado no enunciado 78 do FONAJEF, desta forma, não há que se falar em
necessidade de prévio requerimento de revisão administrativo.
II. DO DIREITO
1. DA APOSENTADORIA DO PROFESSOR
O § 8.º do artigo 201 da Constituição Federal de 1988 confere ao exercente das funções
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio o direito à Aposentadoria
por Tempo de Contribuição com tempo diferenciado:
Nesse sentido, dispõe o artigo 56 da Lei n.º 8.213/91 que preconiza: “o professor, após
30 (trinta) anos, e a professora, após 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício em funções de
magistério poderão aposentar-se por tempo de serviço, com renda mensal correspondente a
100% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III deste
Capítulo.”.
Todavia, cumpre lembrar que o § 1º do artigo 201 da CF/1988 dispõe claramente que
“é vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se
tratar de segurados portadores de deficiência”.
Vale lembrar que a atividade de professor foi primeiramente tratada como especial
pelo Decreto nº 53.831/64, quadro anexo, item 2.1.4.
O art. 56 da Lei n.º 8.213/91 também dispõe sobre a aposentadoria por tempo de
serviço dos professores, nos seguintes termos:
"Art. 56 . O professor, após 30 (trinta) anos, e a professora, após 25
(vinte e cinco) anos de efetivo exercício em funções de magistério
poderão aposentar-se por tempo de serviço, com renda mensal
correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício,
observado o disposto na Seção 111 deste Capítulo.".
Cabe ressaltar ainda que a lei não distingue a atividade de professor com ou sem
diplomação correspondente para fins previdenciários, se no magistério de aulas na educação
infantil e ensino fundamental e médio. Isso porque a Constituição Federal não faz qualquer
ressalva quanto à necessidade de diplomação do professor para fins da aposentadoria específica
em exame.
Posto isto, cumpre esclarecer que a tese defendida pela autora tem amparo
jurisprudencial.
Com efeito, o entendimento adotado pela Quinta Turma do STJ é no sentido de não
incide o fator previdenciário no cálculo do salário-de-benefício da aposentadoria do professor,
vide ementa que segue:
Ante o exposto, a parte autora requerer que a presente demanda seja julgada
totalmente procedente, sendo determinada a revisão do benefício de aposentadoria por tempo
de contribuição do professor (NB 57/000.000.000-7) que lhe fora concedido na via
administrativa, mediante a exclusão do fator previdenciário do cálculo da RMI da segurada,
devendo o INSS ser condenado a proceder o pagamento das diferenças devidas desde a DER.
V. DO PEDIDO
b) A intimação do INSS para que junte aos autos cópia do processo administrativo (NB
57/000.000.000-7) na íntegra, CNIS atualizado da segurada e eventuais documentos
de que disponham e que se prestem para o esclarecimento da presente causa; em
conformidade com o § 1. ° do art.° 373 da Lei 13.105/2015;
b.1) Caso seja apresentado aos autos documento a qual a autora não teve prévio
acesso, por exemplo, contagem de tempo de serviço diferente daquela que
consta no processo administrativo, a parte autora requer que lhe seja
oportunizada a emenda ou retificação da petição inicial;
c) A parte autora requer que NÃO seja designada audiência de conciliação nos termos
do art.° 334 da 13.105, de 16 de março de 2015;
d) Ao final, com ou sem contestação, a parte autora requer que a presente ação seja
julgada TOTALMENTE PROCEDENTE homologando a contagem administrativa do
INSS e condenando-o a:
Nestes termos,
Pede deferimento.