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TRIBUNAL PLENO
MAIORIA VENCEDORA – 7 a 4
MOTIVOS DA DECISÃO: Ficou decidido por unanimidade que não há vício formal de
inconstitucionalidade da Emenda Constitucional n° 45/2004 e o não conhecimento da ação quanto
ao art. 125° § 8 °. Por maioria, julgou o tribunal totalmente improcedente a ação, sendo vencidos os
ministros Marco Aurélio, Ellen Gracie, Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence. O primeiro julgou
totalmente procedente a ação, a segunda e o terceiro julgaram parcialmente procedente a ação para
declarar a inconstitucionalidade dos incisos X, XI, XII e XIII do art. 103-B, e o quarto e último,
ministro Sepúlveda, julgou procedente em menor extensão, sendo inconstitucional somente o inciso
XIII do caput do art. 103-B.
O Supremo Tribunal Federal acertou ao julgar, por maioria, improcedente a ADI pelo fato da
criação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) não afrontar a separação dos poderes por se tratar de
órgão administrativo interno do próprio judiciário, e não controle externo, composto, em sua
maioria, por membros do próprio judiciário, sem que haja rompimento de hierarquia do judiciário,
visto que a decisão é imputada ao órgão e não aos juízes que estariam em hierarquia inferior. Além
disso, é órgão passível de controle pelo STF e não usurpa nenhuma função típica do judiciário e
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nem finda a autonomia do Judiciário. Em relação à argumentação de que a criação do CNJ violaria
o pacto federativo, é pacífico na doutrina que o Judiciário tem caráter nacional, sendo a jurisdição
uma e indivisível. Portanto, o que há é apenas distribuição de competências para a racionalização da
jurisdição. Quanto à inconstitucionalidade formal da emenda, por falta de revisão da câmara de
supressão realizada pelo senado federal, a supressão realizada não alterou sentido da norma
aprovada, sendo, portanto, substancialmente aprovada pela câmara apesar da mudança.