O capítulo discute como a sociedade estabelece categorias de identidade social e como aqueles que não se encaixam nessas categorias são estigmatizados. Existem três formas de estigma: deformidades físicas, falhas de caráter e estigmas tribais. O capítulo também explora como os estigmatizados interagem com os "normais" e como desenvolvem uma carreira moral ao aprender sobre seu estigma.
O capítulo discute como a sociedade estabelece categorias de identidade social e como aqueles que não se encaixam nessas categorias são estigmatizados. Existem três formas de estigma: deformidades físicas, falhas de caráter e estigmas tribais. O capítulo também explora como os estigmatizados interagem com os "normais" e como desenvolvem uma carreira moral ao aprender sobre seu estigma.
O capítulo discute como a sociedade estabelece categorias de identidade social e como aqueles que não se encaixam nessas categorias são estigmatizados. Existem três formas de estigma: deformidades físicas, falhas de caráter e estigmas tribais. O capítulo também explora como os estigmatizados interagem com os "normais" e como desenvolvem uma carreira moral ao aprender sobre seu estigma.
Sociolinguística Educacional Discente: Jefferson Fonseca de Souza
Fichamento do Capítulo 1 “Estigma e Identidade Social” do livro Estigma: Notas sobre a
manipulação da identidade deteriorada de Erving Goffmann.
O início do capítulo traz algumas noções preliminares para se começar a entender a
discussão que se ocorrerá. A sociedade estabelece categorias, que posteriormente tornam- se normativas, do que é tido como o comum e natural para as pessoas. Podem ser essas categorias diversas, como a identidade social, por exemplo. Assim, quando se lida com um estranho, é esperado uma certa conduta ou um certo padrao do do que esse estranho é/deva ser. Quando um estranho não preenche esses pré-requisitos sociais esperados, este é tido como um fraco ou como uma parte falha, estigimatizando-o. Categorizar-se-á, então, baseando-se na premissa de que sempre é feito uma avaliação prévia, em relações humanas, os “estranhos” com quem se lida, os “normais” , que são as pessoas que se encaixam nesse padrão pré-estabelecido e os “estigmatizados”, que são excluídos por não serem “perfeitos”. “O termo estigma, portanto, será usado em referência a um atributo profundamente depreciativo, mas o que é preciso, na realidade, é uma linguagem de relações e não de atributos. Um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade de outrem, portanto ele não é, em si mesmo, nem horroroso nem desonroso.” (p. 6) A estigma é mencionada em três formas que podem ocorrer: as abominações do corpo, que são deformidades físicas; as culpas do caráter individual, que são desonestidade, vício, alcoolismo, desemprego, etc.; e os estigmas tribais de raça, nação e religião, que podem ser passados por linhagem. E depois de dadas essas divisões, essa seção do capítulo trata depoimentos de estigmatizados e suas relações com os ditos “normais”, além de uma explicação de como ocorre essa relação quando existe o encontro “normais” e “estigmatizados”. O igual e o “informado” trata sobre a recepção desse estigmatizado em relação à uma discrepância entre sua vida real e virtual, na qual ele se encontra frente a um mundo não- receptivo. Nesse caso, então, o estigmatizado perceberá que há pessoas que estão dispostas a aceitar a sua normalidade, mesmo carregando um estigma. Quem o aceita pode fazer parte de algumas categorias: o grupo das pessoas que compartilham do mesmo estigma, ou seja, os iguais. São eles que sabem exatamente como esse estigmatizado se sente e o darão apoio. O segundo grupo, é o grupo dos “informados”, que são os “normais” que, por alguma situação especial, tiveram que privar a vida do estigmatizado e a simpatizar com ela. “Os "informados" podem ser 1) os homens marginais diante dos quais o indivíduo que tem um defeito não precisa se envergonhar nem se autocontrolar, porque sabe que será considerado como uma pessoa comum." A “aceitação” dessas pessoas, contudo, dependerá em parte dos estigmatizados; ou 2) as pessoas que têm uma relação social com o “estigmatizado”, como o seu pai, sua filha, etc. Pois essas pessoas têm a obrigação de compartilhar um pouco desse estigma. Em A Carreira Moral é explicado como acontece um processo de desenvolvimento pessoal das pessoas que tem algum estigma em comum. Em geral “As pessoas que têm um estigma particular tendem a ter experiências semelhantes de aprendizagem relativa à sua condição e a sofrer mudanças semelhantes na concepção do eu - uma “carreira moral" semelhante, que não só causa como efeito do compromisso com uma seqüência semelhante de ajustamentos pessoais."(p. 30). Esse processo é uma co-existência de uma primeira fase, na qual o estigmatizado têm uma “visão de mundo” dos “normais”, como se fosse uma visão mais macro da sociedade, e de uma segunda fase, na qual o estigmatizado aprende que possui um estigma particular e as consequências de tê-lo. No subcapítulo é ainda mais explorado e explicado sobre diferentes formas de como esse “aprendizado sobre o mundo” ocorre.
GOFFMAN, Erving. Estigma: Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4º