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Ananindeua – PA
2018
Carlos Eduardo Conceição Rodrigues, Gilmar Xavier dos Santos, Ítalo Yuri Barros Dias, Witalo
Rafael dos Reis Leal.
Ananindeua – PA
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 6
2. OBJETIVO .............................................................................................................................................. 7
3. REVISÃO ................................................................................................................................................. 7
3.1 BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS .......................................................................................... 9
3.2 REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO ................................................................................................. 11
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................................. 13
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................................... 14
5.1 CALCULO DO RENDIMENTO .................................................................................................... 15
5.1.1 CÁLCULO DO NÚMERO DE MOLS DE ÁCIDO GRAXO PRESENTE NO ÓLEO DE
COCO...........................................................................................................................................................15
5.1.2 CALCULO DE QUANTIDADE DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO NECESSÁRIA PARA
SAPONIFICAÇÃO. .................................................................................................................................... 15
5.1.3 CALCULO DA QUANTIDADE DE SABÃO QUE DEVERIA SER OBTIDA ....................... 16
5.1.4 TESTE PH ....................................................................................................................................... 16
6. CONCLUSÃO........................................................................................................................................ 17
7. REFERENCIAS .................................................................................................................................... 18
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma reação entre gordura e hidróxido de só-
dio e de potássio e carbonato de sódio, todos os álcalis. A reação química que produz o sabão é co-
nhecida como saponificação. A gordura e as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres li-
gam-se com grupos livres de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se
com ácidos graxos para formar o sabão (OLIVEIRA et al, 2006).
O sabão limpa porque as suas moléculas se ligam tanto a moléculas não polares como gor-
dura ou óleo) quanto polares. Embora a gordura geralmente adira à pele ou à roupa, as moléculas de
sabão ligam-se à gordura e tornam-na mais fácil de ser enxaguada em água. Quando aplicada a uma
superfície suja, a água com sabão mantém as partículas de sujeira em suspensão, para que o conjunto
possa ser enxaguado com água limpa. O hidrocarboneto dissolve sujeira e óleos, enquanto que a por-
ção ionizada torna o sabão solúvel em água. Assim, permite que a água remova matéria normalmente
insolúvel em água, por meio da emulsificação (WONDRACEK et al, 2012).
Frequentemente faz se uso de óleos vegetais, que são ricos em ácidos graxos de cadeia longa.
Estes, quando misturados com álcool, formam seus respectivos ésteres e água, que posteriormente
reagem com a base forte, hidrolisando o éster. Deste modo, é formado um álcool e um sal do respec-
tivo ácido carboxílico utilizado (OLIVEIRA et al, 2006).
Segundo o trabalho de Alberic & Pontes (2004), a indústria do sabão nasceu muito simples e
os primeiros processos exigiam muito mais paciência do que perícia. Tudo o que tinham a fazer,
segundo a história, era misturar dois ingredientes: cinza vegetal, rica em carbonato de potássio, e
gordura animal. Então, era esperar por um longo tempo até que eles reagissem entre si. O que ainda
não se sabia era que se tratava de uma reação química de saponificação.
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Este experimento teve como foco principal a realização da reação de saponificação através de
um óleo essencial e um óleo fixo.
2. OBJETIVO
O objetivo da prática experimental foi de sintetizar sabão a quente empregando óleo de e hidróxido
de sódio como matérias-primas e assim descrever os procedimentos e a reação de saponificação.
3. REVISÃO
gordura será. Porém, o óleo de coco é uma exceção, pois apesar de ser altamente saturado, é liquido,
por conta da predominância de ácidos graxos de cadeia média (RODRIGUES, 2012).
Em geral, o óleo de coco possui os seguintes ácidos graxos (SILVA, 2012):
A segunda enzima de condensação é a KASI, que será responsável pela enlogação da cadeia
de 6 até 16 carbonos. Por fim, a condensação do palmitoil-ACP a esteroil-ACP é caatalizada pela
KASII (PINTO,2008).
Três reações adicionais ocorrem após cada condensação para a formação de um ácido graxo
insaturado. O grupo carbonil é reduzido pela enzima 3-cetoacil-ACP redutase, que utiliza NADPH
como doador do elétron. A reação seguinte é a desidratação pela hidrociacil-ACP desidratase. E o
ciclo fecha com a enoil-ACP redutase, que utiliza NADH ou NADPH para reduzir ligações duplas
em posição trans, formando um ácido graxo saturado (BELTRÃO, 2007).
A enlogação dos ácidos graxos é finalizada quando o grupo acil é removido do ACP, o que
pode acontecer de duas formas: na maioria dos casos ocorre hidrólise da ligação tio éster do acil-
ACP, liberando o ácido graxo. Alternativamente, a aciltransferases plastidal transfere o ácido graxo
do ACP para o glicerol-3-fosfato ou ao monoacilglicerol-3-fosfato (BELTRÃO, 2007).
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meio de hidróxido alcalino. O tempo da reação vai variar de acordo com a área de contato entre o
álcali e a matéria a ser saponificada (RITTNER, 1995).
O sabão é obtido através da incorporação de matéria graxa com uma solução aquosa de álcali
numa proporção que dependerá da escolha do álcali a ser utilizada e agitação no tacho de saponifica-
ção, as mais comuns são hidróxido de sódio e hidróxido de potássio. A quantidade do meio a ser
incorporada vai depender do índice de saponificação de cada matéria graxa a ser saponificada
(RITTNER, 1995).
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para o presente trabalho foram utilizados dois tipos de óleos de coco; artesanal e comercial. O
óleo artesanal foi submetido ao sistema de filtração a vácuo, para eliminação de pequenas impurezas
do mesmo, após isso em um becker de 250 mL pesou-se 44,545 g de óleo de coco em uma balança
analítica, aproximadamente 50 mL.
Segundo (ISENMANN,2012), para a realização da hidrolise alcalina é necessário seguir a pro-
porção de óleo/NaOH de 1:0,18. Sendo assim em um becker de 50 mL pesou-se 7,576 g de Hidróxido
de Sódio e em seguida preparou-se uma solução do mesmo com adição de 13 mL de água destilada.
Adicionou-se lentamente a solução de NaOH no Becker contendo o óleo de coco, com o auxílio
de um bastão de vidro manteve-se a solução sob agitação constante com duração em torno de 40
minutos, mantendo a solução em banho maria até o ganho de consistência, durante o processo acres-
centou-se 2 mL de HCl (ácido clorídrico) e por fim adicionou-se algumas gotas de essência natural
de limão. Para o preparo com o óleo de coco comercial utilizou-se as mesmas proporções anteriores
com diferença na essência, onde a mesma encontrasse sendo uma essência artificial de limão. Para os
testes de pH foram utilizados tanto com Fenolftaleína como com fitas próprias para testes de pH.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O produto obtido após adição de Hidróxido de Sódio foi uma substância de caráter adstringente
incolor, sua aparência sem coloração se deve porque é óleo extra virgem e pela não adição de corantes,
essa observação caracterizava a formação do sabão.
Por meio da tabela e por meio da revisão da literatura, é possível observar que a substância
majoritária no óleo de coco é o Ácido Láurico, isto é, esse ácido graxo está em maior concentração.
Apesar da forte concentração desse Ácido, ainda existem outros que estão efetivamente presentes
como Ácido Mirístico e Palmitico que se encontram em concentrações bem menores que o Láurico.
A massa molar do Ácido Láurico é aproximadamente 200,32 g/mol e massa molar da Trilau-
rina ou a chamada Tridodecanoato de Glicerina é de 639,015 g – massa encontrada na literatura
–. A massa do Tridodecanoato foi utilizada como referência para a massa molar do óleo de coco
para que se efetuasse os cálculos.
Como bem se sabe, a reação entre o ácido graxo e o NaOH seguem uma proporção 1:3, seriam
necessários vezes a quantidade de Hidróxido de Sódio (3* 0,06971), isso é equivalente 0,20913
mols.
1 mol de NaOH ----------------------------- 39,997 g NaOH
0,20913 mols ------------------------------ Y
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Y = 8,3g de NaOH
A quantidade de NaOH adicionada foi de 7,576 g, ou seja, foi de abaixa da quantidade ne-
cessária que era de 8,3 g de NaOH.
A massa molar do sabão formado obtida por meio do ácido graxo é equivalente a 245,01
g/mol. Observamos que para a reação temos 1 mol de óleo de coco para 3 mols sabão, então:
A massa de sabão pesada após 33 dias de “cura” foi de, aproximadamente, 54,35g de sabão de
coco, isto é, uma massa bem superior à massa teórica que era de 51,48 g. No entanto, podemos afirmar
que apesar da obtenção superior a 100%, o sabão produzido possui um porcentagem de glicerol pre-
sente e não apenas o sal (sabão) produzido. Além disso, vale ressaltar que deve existir impurezas e
água no produto obtido. Portanto, o rendimento real do sabão se encontra abaixo dos 100%, porém,
isso não afeta a sua qualidade, haja vista que há glicerol presente.
5.1.4 TESTE PH
Vale ressaltar que apesar produto apresentar esse pH, ainda sim pode causar ressecamento
na pele dependendo do seu uso. Esse tipo de sabão é próprio para o uso doméstico para lavagem
em geral. No entanto, a epiderme é recoberta por uma fina camada de gordura que impermeabiliza
a pele contra a entrada de água e mantém seu pH entre 3.5 e 5.0, protegendo-a do ataque de micro-
organismos, por conta disso sabões que possuem um pH muito alcalino podem causar irritações
na pele, além da remoção da gordura que protege a pele e causando assim possíveis ressecamen-
tos. (GALEMBECK, 2007)
6. CONCLUSÃO
Logo, pôde-se observar que o óleo de coco se apresenta como uma excelente matéria-
prima para a produção de sabões. Apesar dos cálculos do rendimento serem afetados pelas impu-
rezas e pela não separação do glicerol, haja vista que esse ajuste poderia ser feito pela adição
NaCl e a utilização de uma filtração a vácuo.
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7. REFERENCIAS
ALBERICI, Rosana Maria; PONTES, Flávia Fernanda Ferraz de. RECICLAGEM DE ÓLEO CO-
MESTÍVEL USADO ATRAVÉS DA FABRICAÇÃO DE SABÃO – Espírito Santo do Pinhal: Eng
Ambiental, 2004 Vol.1 No.1 pg 73-6.
HUPSEL, Amanda Loreti. Produção de Sabão. Rio de Janeiro: UERJ, 2016. P. 07 – 09.
Lara Souza, Alynne & R. Cassia Santos, M & Sarmento, Antover. (2017). Educação ambiental e a
reutilização de óleo de fritura no Colégio Estadual João Netto de Campos. 179-194.
10.5151/9788580392258-13.
RODRIGUES, Alessandra. Óleo de Coco– Milagre para Emagrecer ou Mais um Modismo? Dis-
ponível em: http://www.abeso.org.br/pdf/revista56/oleo_coco.pdf. Acesso em: 28 de julho de 2018.
SOLOMONS, T. W. Graham; FRYHLE, Craig B. Lipídios. Química Orgânica V.2 Rio de Janeiro:
LTC, 2006. Cap 23 pg 409-11.