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TEORIA GERAL DO PROCESSO

Bahia
2017
1. O que compõe o plano da existência e validade do processo? A citação é
pressuposto de existência?

Os pressupostos processuais de existência e validade do processo tratam dos


elementos subjetivos (sujeitos) e dos objetos (ato e objeto), tendo as partes e o
Estado-juízo como os elementos principais. Quanto ao objeto e ao ato, referem-
se à prestação jurisdicional e ao ato que se pleiteia a concessão da tutela
jurisdicional.

A partir do cumprimento das etapas que configuram a existência do processo,


como a ação por meio de um agente capaz mediante uma petição inicial, onde se
faz o pedido ao poder jurisdicional, tem-se a conformação da relação processual
existente.

Tomando a existência como ponto de partida, é que a posteriori se verificará a


validade de todo o procedimento que foi adotado.

Importante se faz registrar a observação feita pelo professor Fredie Didier acerca
da terminologia adotada, os pressupostos processuais de existência e de
validade – para o autor haveria uma atecnia ao se adotar formalmente no âmbito
jurídico tal expressão, conforme se verifica nesta lição:

“‘Pressupostos processuais’ é denominação que se deveria reservar apenas aos


pressupostos de existência- Sucede que ‘pressupostos processuais’ é expressão
consagrada na doutrina na lei (vide o inciso IV do art. 485 do CPC) e na
jurisprudência.

É possível, assim, falar em "pressupostos processuais" lato sensu, como locução


que engloba tanto os requisitos de validade como os pressupostos processuais
stricto sensu (somente aqueles concernentes à existência do processo). A
utilização da expressão "pressupostos processuais" (entre aspas) indica
referência aos pressupostos processuais amplamente considerados”
A despeito de haver vozes dissonantes, que afirmam a citação é um pressuposto
de existência, a corrente majoritária classifica a citação como um requisito de
validade do processo, sem o qual estaria eivado de vício, por ser um “ato
defeituoso, cuja a nulidade pode ser decretada a qualquer tempo”, segundo
exemplo trazido por Didier.

2. Quais os limites que o casamento impõe aos litigantes em juízo? Aplica-se o


mesmo as pessoas que convivam em união estável?

Os artigos 73-74 do Código de Processo Civil tratam dos limites impostos às


pessoas casadas para a propositura de ações que envolvam o regime de bens.

No casamento os cônjuges não podem decidir sobre direitos reais em juízo


separadamente, sem que um tenha expressamente a autorização do outro nos
acordos matrimoniais em que houver a partilha parcial e universal de bens.

Se o casamento for baseado em separação absoluta de bens, o texto do CPC-73


deixa claro que não haverá necessidade alguma de autorização ou mesmo
citação conjunta do cônjuge que se encontrar no polo passivo.

Sobre a união estável o professor Fredie Didier defende que haverá a igualdade
de restrições impostas aos cônjuges no casamento, dispostas nos mesmos
artigos 73-74, no entanto a união estável precisará gozar de notoriedade, isto é,
que tenha a comprovação cartorial de tal vínculo:

“Os arts. 73-74 se aplicam à união estável comprovada (art. 73, § 3º, CPC).
Comprovada é, aqui, a união estável registrada, o que é possível nos termos do
Provimento n. 37/2014 do Conselho Nacional de justiça. Admite-se o registro da
união estável formalizada por escritura pública ou reconhecida por decisão
judicial. ”
3. Faça a distinção entre suspeição e impedimento.

A suspeição e impedimento estão definidos pelo NCPC-15, pelos artigos 145 e


144, respectivamente.

Ambos os dispositivos trazem as hipóteses que gerarão o impedimento do


magistrado, por exemplo, ou a sua suspeição de determinado julgamento.

O impedimento, segundo o professor Elpídio Donizetti, refere-se à parte objetiva,


elementos práticos ancorados no artigo 144 do NCPC, como o de um juiz que
não poderá julgar uma ação se ele já havia participado antes como membro do
Ministério Público, ou se havia prestado depoimento como testemunha, se
conheceu o processo em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão,
quando parte do processo ou familiares ou afins em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, etc.

Enfim, são muitos os incisos que caracterizam materialmente as razões de


impedimento de um agente estatal.

A suspeição, por seu turno, descreve no artigo 145 do NCPC elementos de


natureza mais subjetiva na qual o agente estatal poderá encontrar em algum
momento de sua carreira, abarca a questão ética e moral, em que o agente deve
acusar-se suspeito ao tratar de determinado caso concreto, seja o caso de um
juiz que tem em sua mão o processo de um amigo íntimo ou o de um desafeto,
ou o interesse no julgamento de qualquer das partes; o juiz poderá alegar motivo
de foro íntimo ao declarar-se suspeito, sem que precise informar as razões, etc.
4. É possível estabelecer, por meio de negócio jurídico processual, legitimação
extraordinária?

Segundo os ensinamentos do professor Didier poderá ocorrer a legitimação


extraordinária, autônoma e exclusiva, seja pela omissão daquele dotado de
interesse ordinário ou ainda porque este não quis participar do processo como
litisconsorte.

O interessado ordinário, porém, tem o direito de participar indiretamente do


processo, além de outros direitos que lhe assistem:

“a) O substituído tem o direito de intervir no processo conduzido pelo substituto.


Essa intervenção dar-se-á na qualidade de assistente litisconsorcial (art. 18, par.
ún., CPC).

b) O substituto processual pode intervir, como assistente litisconsorcial, nas


causas que faça parte o substituído. O par. ún. do art. 996 expressamente
permite o recurso de terceiro substituto processual.

c) O legitimado extraordinário atua no processo na qualidade de parte, e não de


representante, ficando submetido, em razão disso, ao regime jurídico da parte.
Atua em nome próprio, defendendo direito alheio.

d) A substituição processual pode ocorrer tanto no polo passivo quanto no polo


ativo da demanda, muito embora as preocupações da doutrina se tenham
concentrado na legitimação extraordinária ativa. ”
5. Em uma decisão, um juiz não se manifesta com relação a todos os pedidos,
olvidando-se de um dos pedidos feitos (Ex. Dano moral). O autor, após o final
do processo, quando já estava esgotado o prazo para recursos, percebe a
omissão e resolve pleitear que o magistrado se manifeste sobre o pedido
omisso. O magistrado não se manifesta alegando que ocorreu coisa julgada e
esgotou a atividade jurisdicional sobre o tema no momento em que prolatou a
decisão. Analise, de forma fundamentada, se o juiz possui razão.

Com base no caso exposto, o magistrado não possui razão em sua decisão, pois
ao não considerar um dos pedidos feitos pelo autor da ação a pretensão material
deduzida em juízo encontra-se violada, uma vez que a prestação jurisdicional
não poderá ser, de acordo com os artigos 141 e 492 do CPC, extra, ultra ou
infra/citra petita, respeitando o princípio da congruência.

A fim de ampliar o leque com uma divergência de tal entendimento a respeito,


cabe a citação do ensinamento do professor Fredie Didier:

“É possível distinguir, no pedido, um objeto imediato e um objeto mediato. Pedido


imediato é a providência jurisdicional que se pretende: a condenação, a
expedição de ordem, a constituição de nova situação jurídica, a tomada de
providências executivas, a declaração etc. O pedido mediato é o bem da vida, o
resultado prático que o demandante espera conseguir com a tomada daquela
providência. Essa distinção tem algum relevo.

O pedido imediato será sempre determinado; já o mediato pode ser relativamente


indeterminado (pedido genérico- art. 324, § 1 º e incisos do CPC).

Em relação ao pedido mediato, aplica-se a regra da congruência, que, de resto,


d/corre da garantia constitucional do contraditório; o magistrado não pode alterar
o bem da vida pretendido pelo demandante. Essa é a regra.

A questão, entretanto, não é tão simples. À luz do art. 461 do CPC-1973,


correspondente ao art. 536 do CPC atual, há quem defenda que ‘o juiz está
autorizado, desde que respeitados os limites da obrigação originária, a impor o
fazer ou o não fazer mais adequado à situação concreta que lhe é apresentada
para julgamento’. Sobre o tema, conferir o v. 5 deste Curso. ”
REFERÊNCIAS

Didier Jr., Fredie


Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte
geral e processo de conhecimento f Fredie Didier Jr.- 19. ed. · Salvador: Ed.
Jus Podivm, 2017.

Donizetti, Elpídio
Curso didático de direito processual civil / Elpídio Donizetti. – 20. ed. rev., atual.
e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017.

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