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Reologia escoamento e
deformação da matéria
Outubro/2012
Reologia escoamento e
deformação da matéria
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico FREIRE, Ingrid de Souza
Reologia escoamento e deformação da matéria
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB
26/10/2012
Resumo Abordagem sobre o estudo da reologia, ciência que estuda o
comportamento deformacional e do fluxo da matéria, explicitando
os modelos de estudo assim como suas devidas propriedades.
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menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
1.1 Importância da reologia................................................................................................. 3
2 OBJETIVO ......................................................................................................................... 4
3 CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................. 4
3.1 Reversíveis ou elásticos ............................................................................................... 4
3.2 Irreversíveis ou viscosos .............................................................................................. 4
3.2.1 Viscosidade .................................................................................................................. 4
3.2.2 Medidores de viscosidade............................................................................................. 5
4 DEFORMAÇÕES ............................................................................................................... 6
4.1 Deformação e gradiente de velocidade ........................................................................ 6
4.2 Deformação em sólidos................................................................................................. 7
4.3 Deformação em fluídos ideais ...................................................................................... 7
8 PATENTES....................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 16
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
A palavra reologia vem do grego rheo (fluxo) e logos (ciência), foi um termo sugerido por
Bingham e Crawford (CORRÊA et al. 2005) que foi primeiramente usado em 1929
(SANTOS, 2008). A reologia é a parte da físico-química que investiga as propriedades dos
corpos que sofrem deformação (sólidos elásticos) ou um escoamento (fluido: líquido ou
gás), podendo ainda ser definida como, a ciência que estuda o comportamento
deformacional e do fluxo de matéria, incluindo as propriedades de elasticidade, viscosidade
e plasticidade de uma massa, ou um corpo, submetido a tensões (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE REOLOGIA, [200-?]; CAMPOS; BONTEMPO; LEONARDI, 1999; WINGE,
et al. 2001; MARTINS; JAMAMI; COSTA et al. 2005;).
Onde:
λ (tempo de relaxamento) - tempo necessário para ocorrer algum
r
movimento molecular;
De (Número de Deborah) - relação entre as forças elásticas e viscosas
que atuam no material;
t (tempo do experimento) - tempo de aplicação da tensão ou deformação
(BARRA, [200-?]).
A reologia tem sido assunto de grande e crescente importância para as indústrias cosmética
e farmacêutica, tendo em vista que a consistência e o espalhamento dos produtos devem
ser reproduzidos de lote para lote, assegurando a qualidade tecnológica do produto acabado
(CORRÊA et al., 2005).
Em um estudo realizado por Gratão, Berto e Silveira Júnior (2004) relatou-se que, o
conhecimento da viscosidade de soluções de açúcar invertido, comumente utilizado nas
indústrias de alimentos e de bebidas, é um fator de fundamental importância para os
cálculos de engenharia que envolvem a seleção de equipamentos e o dimensionamento de
bombas e tubulações, assim como para a implementação de um efetivo controle dos
processos e garantia de qualidade do produto final.
2 OBJETIVO
3 CLASSIFICAÇÃO
Segundo Universidade Federal de Santa Catarina ([200-?a]) a reologia pode ser classificada
quanto à deformação dos fluidos:
São sistemas que não escoam; sua deformação é reversível e o sistema obedece à lei de
hooke (PEREIRA; HAMILTON-JUNIOR; MAIRA, 2007).
São sistemas que escoam; sua deformação é irreversível e o sistema obedece à lei de
Newton, de viscosidade constante. Também podem ser classificados quanto à relação entre
taxa de deformação e a tensão de cisalhamento (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PERNAMBUCO, [200-?]).
3.2.1 Viscosidade
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DOSSIÊ TÉCNICO
4 DEFORMAÇÕES
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DOSSIÊ TÉCNICO
Na qual:
2
τ : tensão de cisalhamento na direção x, g/cm.s ;
yx
-1
: gradiente de velocidade ou taxa de cisalhamento, s ;
-2 -3
μ é a viscosidade, cP = 10 g/cm.s = 0,001kg/m.s = 10 N.s
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, [200-?a]).
Onde:
F: força necessária para provocar um deslocamento na chapa (para o
fluido escoar);
A: área exposta ao cisalhamento.
2 2 2
As unidades usuais são: N/m ou pascal (Pa), dina/cm e lbf/ft , nos
sistemas internacional, c.g.s e inglês, respectivamente.
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Onde:
∂v: variação da velocidade entre as moléculas/partículas ou camadas do
fluido;
∂y: distância entre as camadas/moléculas/partículas;
∂γ/∂t: variação da deformação em função do tempo.
5 FLUÍDOS NEWTONIANOS
6 FLUÍDOS NÃO-NEWTONIANOS
6.1 Viscoelástico
Na qual:
t = µ/G é um tempo característico do fluido em estudo,
0
G é o módulo de rigidez cisalhante do fluido.
G é uma medida da resistência do material contra a distorção cisalhante e
seu valor é igual à inclinação da curva da tensão de cisalhamento vs. a taxa
2 2
de deformação na região elástica e é dado em N/m ou lbf/in .
Ex.: massas de farinha de trigo, gelatinas, queijos, líquidos poliméricos,
glicerina, plasma, biopolímeros, ácido hialurônico, saliva, goma xantana.
Os líquidos viscosos (FIG 14) não possuem forma geométrica definida e
escoam irreversivelmente quando submetidos a forças externas. Por outro
lado, os sólidos elásticos apresentam forma geométrica bem definida e se
deformados pela ação de forças externas, assumem outra forma geométrica
de equilíbrio. Muitos materiais apresentam um comportamento mecânico
intermediário entre estes dois extremos, evidenciando tanto características
viscosas como elásticas e, por este motivo, são conhecidos como
viscoelásticos (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, [200-
?a]).
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DOSSIÊ TÉCNICO
Segundo Dinis (2005) nem só os polímeros são viscoelásticos, por exemplo, a figura 15
ilustra um osso humano.
Tixotropia: São sistemas cuja viscosidade diminui com o tempo para uma
taxa de cisalhamento constante e aumenta quando esta taxa de
cisalhamento diminui por recuperação estrutural do material (reversível).
Exemplo: suspensões concentradas, emulsões, soluções proteicas, petróleo
cru, tintas, ketchup.
6.3.1 Modelos
Na qual:
k é o índice de consistência do fluido,
n é a inclinação da curva, neste caso, menos que 1 (a inclinação da cruva
só atinge o valor da unidade para taxas de deformação muito baixas ou
muito altas, e o fluido se torna mais newtoniano).
Dilatantes: a viscosidade aumenta com o aumento da taxa de
cisalhamento. Se o material é medido de baixa para alta velocidade e a
viscosidade aumenta com o aumento da velocidade, o material é
classificado como dilatante (FIG 18). Este tipo de comportamento é mais
raro que a pseudoplasticidade, e observando em fluidos contendo altos
níveis de defloculantes como argilas, lama, amido de milho em água,
ingrediente de balas, silicato de potássio e areia. Esse modelo também
pode ser representado pelo modelo de Orswado-de-Waele.
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Na qual:
Ƭ0 é a tensão de cisalhamento inicial,
µ0 é uma constante análoga à viscosidade de fluidos newtonianos.
O sinal positivo de Ƭ 0 é utilizado quando Ƭ xy é positivo ou negativo, caso
contrário.
Ex: fluidos de perfuração de poços de petróleo, algumas suspensões de
sólido granulares.
Além dos modelos já citados, também existem modelos que contemplam fluidos que
apresentam comportamento misto.Tais como (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA, [200-?a]):
8 PATENTES
De acordo com Anglo Ferrous Minas-Rio Mineração S.A (2011) a patente nº PI1004251-2
relata:
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DOSSIÊ TÉCNICO
Conclusões e recomendações
Referências
ANGLO FERROUS MINAS-RIO MINERAÇÃO S.A. SILVA, A.M.; SANTOS JUNIOR, D.;
ORBAN, E.M. Processo de substituição de agente modificador de reologia para
bombeamento de polpa de minério de ferro por mineroduto. BR n. PI 1004251-2, 25
ago. 2010, 19 jul. 2011. Disponível em:
<http://worldwide.espacenet.com/publicationDetails/originalDocument?CC=BR&NR=PI10042
51A2&KC=A2&FT=D&date=20120515&DB=EPODOC&locale=en_EP>. Acesso em: 31 out.
2012.
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DOSSIÊ TÉCNICO
FERREIRA, E. et al. Reologia de suspensões minerais: uma revisão. Rem: revista escola
de minas, v. 58, n. 1, p. 83-87, 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rem/v58n1/a14v58n1.pdf>. Acesso em: 08 out. 2012.
GRATÃO, A.C.A.; BERTO, M.I.; SILVEIRA JÚNIOR, V. Reologia do açúcar líquido invertido:
influência da temperatura na viscosidade. Ciência e tecnologia de alimentos, v. 24, n. 4, p.
652-656, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v24n4/a29v24n4.pdf>. Acesso
em: 15 out. 2012.
LUCADEMA. Viscosimetro Ostwald Fenske. São José do Rio Preto, [200-?]. Disponível em:
<http://www.lucadema.com.br/ProdutosDetalhes.asp?id=92&n=viscosimetro-cannon-
fenske>. Acesso em: 09 out. 2012.
MARTINS, A.L.P.; JAMAMI, M.; COSTA, D. Estudo das propriedades reológicas do muco
brônquico de pacientes submetidos a técnicas de fisioterapia respiratória. Revista brasileira
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<http://www.crefito3.com.br/revista/rbf/rbfv9n1/pdf/ESTUDO%20DAS%20PROPRIEDADES
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Acesso em: 05 out. 2012.
MCwKKnn0QHHp4HYDA&usg=AFQjCNHzAukTK1nsDjWmU5ta3EILoUCsQg&sig2=kRbJdF
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Acesso em: 09 out. 2012.
WIKIPEDIA. Mecânica dos fluidos, viscosímetros por cisalhamento. [S.l], 2011. Disponível
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