Вы находитесь на странице: 1из 10

1.

Introdução
A história da comunicação evolui com o desenvolvimento do homem, passou haver necessidade
de se encontrar formas de registar cada momento da sua história, informar as futuras gerações
sobre o que acontecia nas épocas remotas, dai que quando começou a usar-se fotografia de
maneira informativa algo mudou no modo de fazer jornalismo e se adoptou novas exigências na
busca pela notícia comprovada onde se tornava essencial uma evidência clara dos fatos relatados
pelos jornais. Com a evolução na área do jornalismo surgem conceitos como: Fotojornalismo
“uma actividade singular que usa a fotografia como um veículo de observação, de informação, de
análise e de opinião sobre a vida humana e as consequências que ela traz ao Planeta. A fotografia
jornalística mostra, revela, expõe, denuncia e opina” (Sousa 2002). Assim como a foto, a pintura
e o desenho tem essa capacidade de gravar um recorte de determinada acção, entretanto essas
últimas são feitas de maneira artesanal, enquanto a imagem fotográfica desenvolve-se
mecanicamente, através de técnicas e equipamentos próprios.

O surgimento da actividade fotojornalista está directamente ligado à necessidade de


representação imagética da realidade. Seguindo esses parâmetros, o fotojornalismo, mais que
informar, passa a se utilizar de meios estéticos para atrair o leitor. Em meados do século XIX,
com o crescente interesse pela ideia de veracidade absoluta, transmitido pelo fotojornalismo,
começa a surgir o discurso da objectividade fotojornalista, que visava driblar a censura das
informações, além de promover maior credibilidade ao trabalho do fotógrafo. Após o final da
Primeira Guerra Mundial, com a acentuação da busca por imagens mais nítidas e desvencilhadas
da manipulação através da ajuda do objecto (ou pessoa) fotografado, os manuais sobre
fotojornalismo começam uma tentativa de desencalhamento do ofício de fotojornalista com o
campo das belas artes. Nessa perspectiva o presente trabalho versa sobre a mensagem
fotográfica, seus elementos, sua importância.
1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivos gerais


 Estudar os procedimentos e as mensagens fotográficas no âmbito de fotojornalismo.
 Abordar de forma sintética sobre os elementos formais da imagem

1.1.2. Objectivos Específicos


 Especificar o funcionamento das mensagens fotográficas;
 Analisar a composição dos elementos formais;
 Descrever a evolução dos factos aprimorados;

1.2. Metodologia
Para elaborar o presente trabalho teve que se contar com as mais diversificadas ferramentas e
caminhos disponíveis a fim de alcançar nossos objectivos gerais e específicos.
Sendo assim, a pesquisa será desenvolvida a partir da utilização de fontes bibliográficas,
caracterizando-se como exploratória e tem como base seus objectivos.
2. Mensagem fotográfica
Mensagem fotografia refere se ao conteúdo transparecido por uma fotografia, pode gerar muitas
interpretações dependendo da forma de interpretação do receptor. Esta mensagem é passada
basicamente pelos jornais para serem assimilados pela sociedade que lê o mesmo.

A mensagem fotojornalística exige uma serie de organização, requisitos, dai a existência de


elementos que potencializam o sentido da mensagem como o texto, insuflador de sentido à
imagem, e os elementos que fazem parte da própria imagem, como a pose, a presença de
determinados objectos, o embelezamento da imagem ou dos seus elementos, a truncagem, a
utilização de várias imagens, etc. Mas temos ainda a considerar os elementos específicos da
linguagem fotográfica, como a relação espaço-tempo, a utilização expressiva da profundidade de
campo, da travagem do movimento escorrido.

2.1. Níveis de leitura de imagens


Para Sousa a mensagem também depende de como o receptor faz a leitura da mesma, dai a
importância de se compreender as formas de leitura da imagem que podem ser designadas
momentos na leitura de imagem ou níveis.

 Nível instintivo: onde existe uma aceitação ou uma rejeição da imagem, consoante alguns
dos seus pormenores, como a cor, o contraste ou a forma. O apelo é dirigido à emoção, se
houver mobilização de atenção e, por conseguinte, do canal perceptiva visão, o
observador passa ao seguinte nível de leitura.

 Nível descritivo-denotativo: o tempo de leitura é diferenciado. É menor quanto maior for


a polissemia da imagem. Corresponde à leitura da imagem. Existe um apelo à percepção
e a outros mecanismos internos consoante a correlação dinâmica estabelecida entre o
objecto de conhecimento, a fotografia e o sujeito. Esta é a parte mais “objectiva” da
leitura. Na leitura da imagem o observador deve enumerar e descrever cada um dos
elementos componentes da imagem, tentando não impor valorações.

 Nível simbólico-interpretativo-conotativo: marcadamente subjectivo, este nível de leitura


é simbólico, pois não se expressa materialmente a não ser em função das coordenadas
que possibilitam a integração da mensagem, é o mais dependente da experiência, das
expectativas e do concreto envolvimento do sujeito no processo de comunicação através
da fotografia. O observador vai analisar os elementos que foram lidos no anterior nível.

3. Elementos formais da imagem


A valoração da imagem relativamente ao significado acaba por formar uma segunda mensagem,
que até poderá estar em contradição com aquilo que se observa. É função do fotojornalista
garantir que o observador leia completamente a sua imagem, assim como a sua mensagem. O
fotojornalista deve valer-se dos recursos técnicos e dos conhecimentos teóricos que possui para
que, através da mensagem fotográfica, cujo conteúdo deve ser de carácter informativo, o leitor
consiga perceber o nível dos efeitos e entender o que os factos e os acontecimentos significam.
Os elementos formais da imagem, que constituem o seu alfabeto visual, podem ser agrupados em
três conjuntos:

1- Elementos morfológicos: ponto, linha, plano, textura, cor e forma. São os elementos que
possuem uma natureza espacial.

2- Elementos dinâmicos: movimento, que não é um elemento pertinente para as imagens fixas,
uma vez que nelas não se pode dar uma representação “real” do mesmo, ainda que o conceito
possa ser explorado de outras maneiras; tensão e ritmo;

3- Elementos escalares: dimensão, proporção, formato, escala. A significação plástica inerente a


toda a imagem é o resultado da inter-relação dos elementos icónicos que a compõem. Estes
ordenam-se formando estruturas e, desta ordenação, surge a significação. A relação dos
elementos morfológicos e dinâmicos necessita de um marco adequado que possibilite o
surgimento dessa significação ou seja, é necessária uma estrutura, a de relação, que harmonize o
resultado visual da imagem sendo que os elementos escalares de natureza quantitativa formam
esta última estrutura icónica.

Segundo Roland Barthes, “a fotografia, embora possuindo um estatuto meramente denotante


para o senso comum, tem também uma estrutura de conotação imanente”. O paradoxo
fotográfico de Roland Barthes seria, então, o facto de existirem duas mensagens, uma sem
código (o analógico fotográfico), e a outra possuindo código (a retórica significante da
fotografia), sendo que esta última desenvolve-se a partir da primeira.
“A conotação é a imposição de um segundo sentido à mensagem fotográfica”, e segundo
Barthes, a fotografia pressupõe um código de conotação, que diz ser de natureza sócio-histórico-
cultural. Roland Barthes identifica seis processos de conotação (Jorge Pedro Sousa,
Fotojornalismo, p. 98 e segs.):

1- Truncagem: Introdução, alteração ou supressão de elementos numa fotografia.

2- Pose: Os gestos significativos do sujeito humano.

3- Objectos: a presença das representações de certos objectos numa imagem fotográfica


contribui para a construção de sentidos.

4- Fotogenia: Embelezamento da imagem.

5- Esteticismo: Quando a fotografia se faz pintura, como nas correntes picturalistas.

6- Sintaxe: Disposição de fotografias que induz um determinado significado.

Umberto Eco diz que, representar ironicamente tem como significado transcrever, através de
artifícios gráficos ou de outra natureza, as características culturais. Uma cultura, ao definir os
seus objectos, utiliza códigos de reconhecimento que extraem expressões pertinentes e que
caracterizam o conteúdo. Acerca da relação texto-imagem na fotografia, mais propriamente no
fotojornalismo, Barthes refere que o texto pode ser mais um suporte de conotação da fotografia.
Isto é, o texto atribuiria à imagem um ou vários significados. “É a palavra que estruturalmente é
parasita da imagem”.

A imagem fotográfica é composta indissociavelmente dos valores que o fotojornalista carrega


associados directamente com as intenções do veículo que o emprega, existe sempre uma
interpretação do fato pelo profissional, sua visão perante o assunto. Esses dois factores
funcionam como filtros ideológicos e servem de base para as decisões a serem tomadas dentro do
processo da construção fotográfica.

Para Kossoy (2002). Citado por Sousa (2004). A fotografia tem uma realidade própria que não
corresponde necessariamente à realidade que envolveu o assunto, objecto do Registro, no
contexto da vida passada. Trata-se da realidade do documento, da representação: uma segunda
realidade, construída, codificada, sedutora em sua montagem, em sua estética, de forma alguma
ingénua, inocente, mas que é, todavia, o elo material do tempo e espaço representado, pista
decisiva para desvendarmos o passado.

Estabelecemos que nenhuma imagem é isenta de relações íntimas com seu criador e seu
contratante, pois serve a uma determinada “finalidade/intencionalidade e que essa motivação
influirá decisivamente na concepção e construção da imagem final”. Temos a partir de agora, que
centrar nossos esforços em prol da utilização das ferramentas da linguagem fotográfica utilizadas
pelos fotojornalistas para obter êxito em suas pautas.

3.1. Paradoxo fotográfico


Existe um paradoxo no que diz respeito a mensagem que as fotografias passam ao receptor,
porém é importante referir que para passar do real à sua fotografia, não é de nenhum modo
necessário fragmentar o real em unidades e constituir essas unidades em signos substancialmente
diferentes do objecto que oferecem à leitura; entre esse objecto e sua imagem não é de modo
algum necessário interpor um relê, isto é, um código. Decerto a imagem não é o real, mas ela é
pelo menos seu perfeito “analogon”, e é precisamente esta perfeição analógica que para o senso
comum, define a fotografia. Surge assim o estatuto particular da imagem fotográfica, que é uma
mensagem sem código, proposição de que é necessárioextrair imediatamente um corolário
importante: a mensagem fotográfica é uma mensagem contínua. Dai que surge uma dúvida:

Existirão outras mensagens sem código? À primeira vista, sim: são precisamente todas as
reproduções analógicas da realidade: desenhos, quadros, cinema, teatro. Mas, de fato, cada uma
dessas mensagens desenvolve de maneira imediata e evidente, além do próprio conteúdo
analógico (cena, objecto, paisagem), uma mensagem suplementar, que é o que se chama
comummente o estilo da reprodução, trata-se pois de um segundo sentido, de que o significante é
um certo "tratamento" da imagem sob a acção do criador, e cujo significado, quer estético, quer
ideológico, remete a uma certa cultura da sociedade que recebe amensagem. Em suma, todas
essas "artes" imitativas comportam duas mensagens: uma mensagem denotada, que é o próprio
analogon, e uma mensagem conotada, que é a maneira como a sociedade dá a ler, em certa
medida, o que ela pensa. Essa dualidade de mensagens é evidente em todas as reproduções não
fotográficas. Não há desenho, por mais exacto, cuja exactidão mesma não seja transformada
em estilo ("verista"). Pode assim afirmar que, há controversa na existência dessas duas formas de
mensagem, pois em algum momento uma pode representar a inexistência da outro ou a sua falta
de eficiência, não obstante pode representar uma complementaridade entre as duas, uma
diversidade na forma de passar e interpretar a mensagem fotográfica.

4. Importância da mensagem fotográfica


Uma imagem por si só comunica. Importa referir que esta mesma imagem como elemento da
comunicação, precisa ser acompanhada de um texto ou mensagem que dê credibilidade ao que
ela transmite, pelo que, através da mensagem fotográfica eh possível extrair o conteúdo a que se
pretende na divulgação de uma imagem. A mensagem fotográfica permite informar, comprovar o
artigo escrito, catalogar acontecimentos, congelar momentos a serem lembrados num futuro
distante, ajuda a compreender de várias ópticas uma mesma imagem.A mensagem fotográfica
acaba por construir uma representação social da realidade, que proporciona ao homem uma nova
forma de apreensão do real. “Desde os primórdios da fotografia as guerras foram campo fecundo
para o exercício fotográfico (COUTINHO, 2010).
5. Conclusão
Após o término da realização do presente trabalho concluímos que, Fotojornalismo é uma
actividade singular que usa a fotografia como um veículo de observação, de informação, de
análise e de opinião sobre a vida humana e as consequências que ela traz ao Planeta. A fotografia
jornalística mostra, revela, expõe, denuncia e opina. Buscando a compreensão do leitor aliando
se a sensibilidade, capacidade de avaliar as situações e de pensar na melhor forma de fotografar,
instinto, rapidez de reflexos e curiosidadedo fotojornalista. Embora os aspectos acima referidos
viram em torno do conceito da fotografia, importa referir que, através dela encontramos a
mensagem fotográfica em que, é possívelfazer umainterpretação do escrito, do que se vê sobre o
ponto de vista de cada um. O grupo pode ainda concluir que existe um paradoxo fotográfico, que
transparece a coexistência de duas mensagens, uma sem código (seria o análogo fotográfico) e
outra com código (seria a "arte" ou o tratamento, ou a "escritura" ou a "retórica" da fotografia)
estruturalmente o paradoxo. Não é evidentemente a colusão de uma mensagem denotada e de
uma mensagem conotada. Provavelmente é esse o status fatal de todas as comunicações de
massa, pelo que, a mensagem conotada (ou codificada) se desenvolve aqui a partir de uma
mensagem sem código.
6. Referências Bibliográficas
Barthes R (s.d). A mensagem fotográfica. Tradução de César Blonm

Sousa J. P. (2002). Fotojornalismo. Uma introdução à história, às técnicas e à linguagem da


fotografia na imprensa.
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................. 1
1.1. Objectivos .......................................................................................................................................... 2
1.1.1. Objectivos gerais ............................................................................................................................. 2
1.1.2. Objectivos Específicos ..................................................................................................................... 2
1.2. Metodologia ....................................................................................................................................... 2
2. Mensagem fotográfica .......................................................................................................................... 3
2.1. Níveis de leitura de imagens .............................................................................................................. 3
3. Elementos formais da imagem ............................................................................................................. 4
3.1. Paradoxo fotográfico ......................................................................................................................... 6
4. Importância da mensagem fotográfica ................................................................................................. 7
5. Conclusão .............................................................................................................................................. 8
6. Referências Bibliográficas ..................................................................................................................... 9

Вам также может понравиться