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DIREITO TRIBUTÁRIO
TAXAS
Características
Diz-se que a taxa é um tributo bilateral, contraprestacional, sinalagmático ou vinculado. Isso porque a taxa
é um tributo vinculado a uma atividade estatal específica, ou seja, a Administração Pública só pode cobrar
se, em troca, estiver prestando um serviço público ou exercendo poder de polícia.
Há, portanto, obrigações de ambas as partes. O poder público tem a obrigação de prestar o serviço ou
exercer poder de polícia e o contribuinte a de pagar a taxa correspondente.
Espécies de taxas
As taxas podem ter dois fatos geradores:
o exercício regular do poder de polícia; ou
a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição (art. 77 do CTN).
Com base nisso, pode-se dizer que existem duas espécies de taxa:
taxa de polícia;
taxa de serviço.
Para que seja cobrada a taxa, é necessário que o contribuinte use, de forma efetiva, o serviço público?
NÃO necessariamente. O Estado poderá cobrar a taxa não apenas quando prestar o serviço ao contribuinte,
mas também pelo simples fato de colocar o serviço à disposição das pessoas. Em outras palavras, estando o
serviço à disposição da população, é possível a instituição da taxa, ainda que não haja sua efetiva utilização.
É o caso, por exemplo, de uma pessoa que tenha um apartamento fechado. Mesmo não produzindo lixo, irá
pagar a taxa pelo serviço de coleta domiciliar de lixo.
Obs: você pode estar sentindo alguma dificuldade de conceituar e imaginar, na prática, o que são os
serviços específicos e divisíveis. Não se preocupe, no entanto, porque essa dificuldade existe também na
doutrina. Para fins de concurso, normalmente é cobrada apenas de definição dada pela própria lei e a
relação dos serviços que, segundo a jurisprudência, são considerados como específicos e divisíveis. Não
perca muito tempo querendo aprofundar o tema.
A questão chegou até o STF. É possível instituir taxa para custear os serviços prestados pelo Município
com a iluminação pública? Em outras palavras, a iluminação dos postes nas vias públicas possui um
custo, que é suportado pelos Municípios. É permitido que tais entes cobrem uma taxa dos usuários para
remunerar esse serviço?
NÃO. O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
Conforme vimos acima, o poder público somente poderá cobrar taxa para custear serviços públicos
específicos e divisíveis.
O serviço público de iluminação pública não é específico e divisível. Isso porque não é possível mensurar
(medir, quantificar) o quanto cada pessoa se beneficiou pelo fato de haver aquela iluminação no poste.
Uma pessoa que anda muito à pé, à noite, se beneficia, em tese, muito mais do que o indivíduo que quase
não sai de casa, salvo durante o dia. Apesar de ser possível presumir que tais pessoas se beneficiam de
forma diferente, não há como se ter certeza e não existe um meio de se controlar isso. Todo mundo (ou
quase todo mundo) acaba pagando igual, independentemente do quanto cada um usufruiu.
Perceba, assim, que o serviço de iluminação pública, em vez de ser específico e divisível, é, na verdade,
geral (beneficia todos) e indivisível (não é possível mensurar cada um dos seus usuários).
COSIP
Dessa forma, o serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa (SV 41). No entanto,
os Municípios poderão instituir contribuição para custeio desse serviço (art. 149-A da CF/88).
Concursos
Para fins de concurso, contudo, súmula é importante e você deve conhecer.