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A Prova Documental.

As biografias de Jesus foram preservadas de modo confiável?


Cópias de Cópias de Cópias
— Se tudo que temos são cópias de cópias, pensei, como ter certeza de que o
Novo Testamento que temos hoje é, no mínimo, semelhante aos escritos originais?

Não é só a Bíblia que está nessa situação, outros documentos antigos que chegaram
até nós também estão. A vantagem do Novo Testamento, principalmente quando
comparado com outros escritos antigos, é que muitas cópias sobreviveram.
Quanto maior o número de cópias em harmonia umas com as outras, sobretudo se
provêm de áreas geográficas diferentes, tanto maior a possibilidade de confrontá-las,
o que nos permite visualizar como seriam os documentos originais. A única forma
possível de harmonizá-los seria pela ascendência de todos eles à mesma árvore
genealógica que representaria a descendência dos manuscritos.

— Mas e quanto à idade dos documentos? Não há dúvida de que isso também
é importante, não é verdade?

É importante, mas esse elemento é outro dado que favorece o Novo Testamento.
Temos cópias que datam de algumas gerações posteriores ao escrito dos originais, ao
passo que, no caso de outros textos antigos, talvez cinco, oito ou dez séculos tenham
se passado entre o original e as cópias mais antigas que sobreviveram. Além dos
manuscritos gregos, temos também a tradução dos evangelhos para outras línguas
numa época relativamente antiga: para o latim, o siríaco e o copta. Além disso, temos
o que podemos chamar de traduções secundárias feitas pouco depois, como a armênia
e a gótica. Há várias outras além dessas: a georgiana, a etíope e uma grande variedade.

— De que forma isso nos ajuda?

Mesmo que não tivéssemos nenhum manuscrito grego hoje, se juntássemos as


informações fornecidas por essas traduções que remontam a um período muito antigo,
seria possível reproduzir o conteúdo do Novo Testamento. Além disso, mesmo que
perdêssemos todos os manuscritos gregos e as traduções mais antigas, ainda seria
possível reproduzir o conteúdo do Novo Testamento com base na multiplicidade de
citações e comentários, sermões, cartas etc. dos antigos pais da igreja.

Uma Montanha de Manuscritos


— Quando se fala da multiplicidade de manuscritos, de que modo isso
contrasta com outros livros antigos normalmente reputados pelos eruditos por
confiáveis? Por exemplo, de escritos de autores da época de Jesus.

Veja o caso de Tácito, o historiador romano que escreveu os Anais por volta de 116
d.C. Seus primeiros seis livros existem hoje em apenas um manuscrito, copiado
mais ou menos em 850 d.C.
Os livros 11 a 16 estão em outro manuscrito do século XI. Os livros 7 a 10 estão
perdidos. Portanto, há um intervalo muito longo entre o tempo em que Tácito
colheu suas informações e as escreveu e as únicas cópias existentes. Com relação a
Josefo, historiador do século I, temos nove manuscritos gregos de sua obra Guerra
dos judeus, todos eles cópias feitas nos séculos X a XII. Existe uma tradução latina
do século IV e textos russos dos séculos XI ou XII.
— Só para comparar, quantos manuscritos do Novo Testamento grego
existem ainda hoje?

Há mais de 5 mil. Isso equivalia a uma montanha de manuscritos, se comparado com os


formigueiros de Tácito e Josefo!

— Isso é incomum no mundo antigo? Qual seria o segundo colocado?

O volume de material do Novo Testamento é quase constrangedor em relação a


outras obras da Antiguidade. O que mais se aproxima é a Ilíada de Homero, que era a
bíblia dos antigos gregos. Há menos de 650 manuscritos hoje em dia. Alguns são
muito fragmentários. Eles chegaram a nós a partir dos séculos II d.C. Se levarmos em
conta que Homero redigiu seu épico em aproximadamente 800 a.C, veremos que o
intervalo é bastante longo.

Curiosidade em relação aos manuscritos do Novo Testamento.

Os mais antigos são fragmentos de papiros, que era um tipo de material para escrita
feito da planta do papiro que crescia às margens do delta do Nilo, no Egito. Existem
atualmente 99 fragmentos de papiros com uma ou mais passagens ou livros do Novo
Testamento. Os mais importantes já descobertos são os papiros Chester Beatty,
achados por volta de 1930. Destes, o número 1 apresenta partes dos quatro
evangelhos e do livro de Atos, datando do século III d.C. O papiro número 2 contém
grandes porções de oito cartas de Paulo além de trechos de Hebreus, e a data gira em
torno de 200 d.C. O papiro número 3 compreende uma seção enorme do livro de
Apocalipse, com data do século III d.C. Um outro grupo de manuscritos de papiros
importantes foi comprado por um bibliófilo suíço, Martin Bodmer. O mais antigo deles,
de aproximadamente 200 d.C, contém cerca de dois terços do evangelho de João. Um
outro papiro, com partes dos evangelhos de Lucas e João, é do século III d.C.
Qual é o manuscrito mais antigo? Será que é possível chegar aos manuscritos
originais, que os especialistas chamam de "autógrafos"?

O Refugo que Mudou a História

— De todo o Novo Testamento, qual é a parte mais antiga que temos hoje?

Um fragmento do evangelho de João com parte do capítulo 18. Tem cinco versículos,
três de um lado, dois de outro e mede cerca de 6,5 por nove centímetros.
— Como foi descoberto?

Foi comprado no Egito em 1920, mas passou despercebido durante anos em meio a
outros fragmentos de papiros semelhantes. Em 1934, porém, C. H. Roberts, do Saint
Johris College, de Oxford, trabalhava na classificação de papiros na Biblioteca John
Rylands, em Manchester, na Inglaterra, quando percebeu imediatamente que havia
deparado com um papiro em que se achava preservado um trecho do evangelho de
João. Pelo estilo da escrita, ele foi capaz de datá-lo.

— É muito antigo?

Ele concluiu que o manuscrito era de cerca de 100 a 150 d.C. Muitos outros
paleógrafos famosos, como sir Frederic Kenyon, sir Harold Bell, Adolf Deissmann, W. H.
P. Hatch, Ulrich Wilcken e outros, concordam com sua avaliação. Deissmann estava
convencido de que o manuscrito remontava pelo menos ao reinado do imperador
Adriano, nos anos 117 a 138 d.C, ou até mesmo ao do imperador Trajano, entre os
anos 98 e 117 d.C.
Era uma descoberta formidável, porque os teólogos alemães céticos do século passado
haviam postulado enfaticamente que o quarto evangelho não fora redigido pelo
menos até o ano 160 — numa época já bem distante dos eventos do tempo de Jesus
para que pudesse ter alguma utilidade histórica. Com isso, influenciaram gerações de
estudiosos, que zombavam da confiabilidade desse evangelho.
Temos aqui um fragmento muito antigo do evangelho de João proveniente de uma
comunidade das margens do rio Nilo, no Egito, muito distante de Éfeso, na Ásia
Menor, onde o evangelho provavelmente foi escrito.

Essa descoberta fez com que os pontos de vista populares da história fossem revistos,
colocando o evangelho de João muito mais próximo dos dias em que Jesus caminhou
pela terra.
Uma Abundância de Provas

Embora os manuscritos de papiros constituam as cópias mais antigas do Novo


Testamento, existem também cópias antigas escritas em pergaminhos, feitos de pele de
gado, ovelhas, cabras e antílopes.

Temos os chamados manuscritos unciais, escritos inteiramente em letras gregas


maiúsculas. — Temos hoje 306 exemplares, muitos dos quais remontam ao início do
século III. Os mais importantes são o Códice sinaítico, que é o único com o Novo
Testamento completo em letras unciais, e o Códice Vaticano, bastante incompleto.
Ambos são de cerca de 350 d.C. Um novo estilo de escritura, de natureza mais cursiva,
emergiu por volta de 800 d.C. É chamado de minúscula, e há cerca de 2 856
manuscritos desse tipo. Há também os lecionários, que contêm as Escrituras do Novo
Testamento na sequência de leitura prescrita pela igreja primitiva em determinadas
épocas do ano. Um total de 2 403 desses manuscritos já foram catalogados. Com isso,
o total geral de manuscritos gregos chega a 5 664.

De acordo com Metzger, além dos documentos gregos existem milhares de outros
manuscritos antigos do Novo Testamento em outras línguas. Existem entre 8 e 10 mil
manuscritos da Vulgata latina, mais um total de 8 mil em etíope, eslavo antigo e
armênio. No total, há cerca de 24 mil manuscritos.

No que se refere à multiplicidade de manuscritos e ao intervalo de tempo entre os


originais e nossos primeiros exemplares, qual a situação do Novo Testamento perante
outras obras bem conhecidas da Antigüidade?
Podemos confiar imensamente na fidelidade do material que chegou até nós,
principalmente se o compararmos a qualquer outra obra literária antiga.
Essa conclusão é compartilhada por estudiosos eminentes de todo o mundo. De acordo
com o falecido F. F. Bruce, autor de Merece confiança o Novo Testamento?, "no mundo
não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento,
desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual".
Sir Frederic Kenyon, ex-diretor do Museu Britânico e autor de The paleography of Greek
papyrí [A paleografia dos papiros gregos]. Segundo Kenyon, "em nenhum outro caso o
intervalo de tempo entre a composição do livro e a data dos manuscritos mais antigos
são tão próximos como no caso do Novo Testamento".
Sua conclusão: "Não resta agora mais nenhuma dúvida de que as Escrituras chegaram
até nós praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais".
Mas, e as discrepâncias entre os vários manuscritos? No tempo em que não havia ainda
as velozes máquinas fotocopiadoras, os manuscritos eram laboriosamente copiados à
mão por escribas, letra por letra, palavra por palavra, linha por linha, num processo
muito propício a erros.
Examinando os Erros
— Dada a semelhança de escrita das letras gregas e as condições primitivas nas
quais trabalhavam os escribas, era grande a possibilidade de que eles introduzissem
erros nos textos.

Exato.
— Então é provável que existem milhares de variações nos manuscritos
antigos que possuímos?

Exato.
— Isso significa então que não podemos confiar neles?

Não significa que não podemos confiar neles. Em primeiro lugar, os óculos só foram
inventados em 1373, em Veneza. Tenho certeza de que muitos dos antigos escribas
sofriam de astigmatismo. Acrescente-se a isso a dificuldade que era,
independentemente das circunstâncias, ler manuscritos já apagados, cuja tinta havia
perdido a nitidez. Havia também outros perigos — falta de atenção da parte dos
escribas, por exemplo. Portanto, embora a maior parte dos escribas fosse
escrupulosamente cuidadosa, alguns erros acabavam passando.
Mas há outros fatos que compensam isso. Por exemplo, às vezes a memória do escriba
pregava-lhe peças. Entre olhar o que tinha de copiar e, em seguida, escrever o que lera,
ele podia acabar mudando a ordem das palavras. Ele escrevia exatamente as palavras
que lera, porém na sequência errada. Isso não deve ser motivo para se alarme, já que o
grego, ao contrário de outras línguas, como o inglês ou o português, é uma língua que
admite flexões.

— O que isso quer dizer?

Que faz uma enorme diferença em português se você disser: "O cachorro morde o
homem" ou: "O homem morde o cachorro". A ordem das palavras é importante em
português, mas não no grego. Uma palavra pode funcionar como sujeito da oração
independentemente de onde esteja colocada. Consequentemente, o significado da
oração não fica truncado se as palavras não estiverem na ordem que consideramos
correta. Existe, portanto, uma certa variação entre um manuscrito e outro, mas, em
geral, são variações de menor importância. As diferenças de grafia seriam um outro
exemplo.

Informação: Mesmo assim, o número de "variações" ou de "diferenças" entre os


manuscritos era preocupante. Havia algumas estimativas da ordem de 200 mil
variações.

O número parece grande, mas engana um pouco pelo modo como as variações são
computadas — Tanto é que, se uma única palavra for escrita incorretamente em 2 mil
manuscritos, contabilizam-se 2 mil variações.

Quantas doutrinas da igreja estão em risco por causa das variações?


Nenhuma. Os testemunhas-de-jeová batem à sua porta e lhe dizem: "Sua Bíblia está
errada em 1João 5.7,8, onde se lê: 'o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são
um' (NVI, nota de rodapé). Eles dirão que não é assim que esse texto aparece nos
manuscritos mais antigos. E é verdade mesmo. Essas palavras só aparecem em cerca de
sete ou oito cópias, todas dos séculos XV ou XVI. Esse texto não faz parte do que o autor
de 1João foi inspirado a escrever. Isso, porém, não invalida o testemunho sólido da
Bíblia acerca da Trindade. No batismo de Jesus, o Pai fala, seu Filho amado é batizado e
o Espírito Santo desce sobre ele. No final de 2Coríntios, Paulo diz: "A graça do Senhor
Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês". A
Trindade aparece representada em muitos lugares.

Então as variações, sempre que ocorrem, normalmente são de importância secundária,


e não primordial?

É isso mesmo. Os estudiosos trabalham muito cuidadosamente para tentar solucioná-


las, devolvendo-lhes o significado original. As variações mais significativas não solapam
nenhuma doutrina da igreja. Qualquer Bíblia que se preza vem com notas que indicam
as variações de texto mais importantes. Mas, esses casos são raros.
São tão raros que estudiosos como Norman Geisler e William Nix chegaram à seguinte
conclusão: "... o Novo Testamento não só sobreviveu em um número maior de
manuscrito, mais que qualquer outro livro da Antiguidade, mas sobreviveu em forma
muito mais pura (99,5% de pureza) que qualquer outra obra grandiosa, sagrada ou
não".
Todavia, mesmo que seja verdade que a transmissão do Novo Testamento ao
longo da história tenha sido sem precedentes em sua confiabilidade, como saber se
temos de fato o material completo?
E quanto às alegações de que os concílios da igreja teriam eliminado
documentos igualmente legítimos porque não gostavam da imagem que eles pintavam
de Jesus? Como saber se os 27 livros do Novo Testamento representam o que há de
melhor e mais confiável em termos de informação? Por que nossas Bíblias trazem os
evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, enquanto muitos outros evangelhos
antigos — o Evangelho de Filipe, dos Egípcios, da Verdade, da Natividade de Maria —
foram excluídos?

Critérios para a Unanimidade


— Como foi que os primeiros líderes da igreja determinaram quais livros
seriam autorizados e quais deveriam ser excluídos? Que critérios foram utilizados para
saber que documentos deveriam ser incluídos no Novo Testamento?

A igreja primitiva tinha basicamente três critérios.


Em primeiro lugar, os livros tinham de ter autoridade apostólica, quer dizer, tinham de
ter sido escritos ou pelos próprios apóstolos, que foram testemunhas oculares acerca
do que escreveram, ou por seus seguidores. Portanto, no caso de Marcos e Lucas,
embora não pertencessem ao grupo dos 12, diz uma antiga tradição que Marcos foi
ajudante de Pedro, e Lucas, companheiro de Paulo.

Em segundo lugar, havia o critério de conformidade com o que era conhecido como
regra de fé. Isto é, o documento estava em harmonia com a tradição cristã básica que
a igreja reconhecia normativa. E, em terceiro lugar, procurava-se estabelecer se um
documento em especial gozara de aceitação e uso contínuos por toda a igreja.

— Eles simplesmente aplicavam esses critérios e pronto?

Bem, não seria muito correto dizer que esses critérios eram simplesmente aplicados de
modo automático. É claro que havia diferentes opiniões sobre quais critérios deveriam
pesar mais. O que chama mais a atenção, porém, é que, apesar que os arredores do
cânon ter permanecido instável durante algum tempo, havia um alto grau de
unanimidade no tocante à maior parte do Novo Testamento durante os dois primeiros
séculos. Foi o que aconteceu em diversas congregações espalhadas em uma área muito
ampla.
Os quatro evangelhos que temos no Novo Testamento pautaram-se por esses critérios,
ao passo que os outros não?

Sim. Foi, como se fosse uma espécie de "sobrevivência do mais apto". Quando se referia
ao cânon, Arthur Darby Nock costumava dizer aos seus alunos em Harvard: "As estradas
de maior trânsito da Europa são as melhores; por isso o trânsito é tão intenso". É uma
boa analogia.
O comentarista britânico William Barclay formulou o pensamento da seguinte maneira:
'A verdade pura e simples é que os livros do Novo Testamento entraram para o cânon
porque não havia como impedi-los de entrar". Podemos estar certos de que nenhum
outro livro antigo pode se comparar ao Novo Testamento em termos de importância
para a história ou a doutrina cristã.
Quando estudamos a história primitiva do cânon, saímos convencidos de que é no Novo
Testamento que encontramos as fontes mais fidedignas para a história de Jesus. Os que
fixaram os limites do cânon tinham uma perspectiva clara e equilibrada do evangelho
de Cristo. Leia os outros documentos e veja por si mesmo.
Eles (apócrifos) foram escritos depois dos quatro evangelhos, nos séculos II a VI, muito
tempo depois de Jesus, e, em geral, são muito banais. Seus nomes, como o Evangelho
de Pedro e o de Maria, não correspondem aos autores verdadeiros. Por outro lado, os
quatro evangelhos do Novo Testamento foram prontamente aceitos com notável
unanimidade como portadores de conteúdo autêntico.

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