Computadores
SEGUNDA-FEIRA 14 FEVEREIRO
Os 20 anos Partidos
do Lotus Notes discutiram
A Lotusphere 2005 Os cinco maiores partidos
assinalou o facto e acolheu discutiram o futuro da
interessantes debates sociedade da informação
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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA HP TENTA APLAC AR REACÇÕES DOS ACCIONISTAS
Carly Fiorina afastada da HP
O
CONSELHO DE administração
da HP anunciou na passada
quarta-feira que a sua presi-
dente e “chief executive officer”
(CEO), Carly Fiorina, fora
afastada das suas funções “com efeitos ime-
diatos”. Robert P. Wayman, “chief financial
officer” (CFO) da empresa, foi então nome-
ado CEO interino e integrado no conselho de
administração.
“Carly Fiorina integrou a HP para
revitalizar e revigorar a empresa. Tinha
uma visão estratégica e colocou em prática
um plano que deu à HP a capacidade para
competir e vencer. Agradecemos à Carly
pela sua liderança ao longo dos últimos
seis anos e esperamos a aceleração na
execução da estratégia da empresa” — eis
o “epitáfio” com que o conselho de adminis-
tração da HP se despediu daquela que deu
a cara — e venceu — na mais longa e feroz
batalha, na história das empresas norte-
americanas, pela aquisição e fusão com uma
concorrente: a Compaq.
“Apesar de existirem diferenças de opi-
nião, entre mim e o conselho de administra-
ção quanto à execução da estratégia da HP,
respeito a sua decisão,” afirmou Fiorina, que
semanas antes, em Davos, negara que tais
diferenças fossem tão profundas que pudes-
sem conduzir a uma ruptura.
Imprescindível para se perceber a
demissão de Fiorina é a próxima reunião
anual de accionistas, que terá lugar no pró-
ximo dia 16 de Março, em Chicago (EUA).
Confrontado com resultados aquém do
esperado e certo de uma forte contestação
de grande parte dos accionistas, o conselho
2005 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ
A Logitech e o Acesso móvel Estratégia
MSN Messenger ao E-mail e história
Como uma empresa de O novo serviço da ‘Children of the Nile’,
periféricos chegou ao Optimus para ler e criar ‘Knights of Honor’,
contacto com 140 milhões mensagens nos telemóveis ‘Alexander’ e ‘Kohan II’
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MIKE BLAKE/REUTERS AP
indemnização de 21,1 milhões
de dólares e um pacote
não especificado de “stock
options”, decerto suficientes
para uma reforma dourada!
Com 50 anos, Carly Fio-
rina é uma das poucas exe-
cutivas norte-americanas a
chegar a CEO numa grande
empresa das TI. Vinda da
Lucent Technologies, o seu
nome tornar-se-ia definiti-
terá preferido oferecer antecipadamente surgido divergências insanáveis quanto à vamente célebre com a “guerra” interna
a “cabeça” de Fiorina como garantia de estratégia a prosseguir — residindo o essen- contra os adversários da aquisição da
mudanças estruturais na empresa, capazes cial da questão naquilo que, no jargão das Compaq, entre Setembro de 2001 e o Verão
de a reconduzirem à rendibilidade. multinacionais, dá pelo nome de “execução”. seguinte. Muitos accionistas de referência
Mas Carly Fiorina tinha razão quando E se essa execução falha, num ambiente da HP — incluindo Walter Hewlett, filho
minorava a profundidade das divergências grandemente condicionado pelas bolsas e de um dos fundadores da empresa —opu-
com o “board”. É que este é maioritariamente pela gestão das suas expectativas, quando seram-se ferozmente à fusão. Fiorina
constituído por apoiantes da estratégia que os resultados prometidos ou sugeridos não acabou por ganhar essa “guerra” mas as
passou pela fusão com a Compaq e do plano são alcançados, algo ou alguém tem que feridas desse processo nunca se fecharam
de integração das duas empresas. Será, pois, ser atirado à arena dos investidores… Terá completamente e também foram elas a
difícil conceber donde é que poderiam ter sido esse o caso de Fiorina, que sai com uma vitimarem-na agora. ● RUI JORGE CRUZ
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 DEBATE ENTRE PARTIDOS SOBRE A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO PRÉ E PÓS-ELEIÇÕES
A necessidade de um pacto
de entendimento
U
M PS QUE CRITICA a obra do pas-
sado (incluindo a sua), um PSD
que lembra a obra feita, um PCP
bem preparado e atento ao “sof-
tware” dito livre ou às patentes
de “software”, tal como o BE, e um CDS-PP
inexistente. Foi assim o primeiro e único
debate sobre as estratégias dos principais
partidos para a sociedade da informação
(SI).
Promovido pela Associação para a Pro-
moção e Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (APDSI) na semana passada em
Lisboa, contou com a participação de Carlos
Patrão (BE), Bruno Dias (PCP), Carlos
Dantas (CDS-PP), Mariano Gago (PS) e
Diogo Vasconcelos (PSD).
As preocupações sobre a actualidade e o
futuro da SI foram, em grande parte, parti-
lhadas por todos os partidos. Por isso, uma
provocação pertinente proveio de um espec-
tador da preenchida plateia, José Tribolet
(professor universitário e um dos fundadores
do Inesc), que incentivou os partidos a esta-
belecerem uma plataforma de entendimento
para lá das eleições. “A SI é uma questão
transversal à sociedade” e é fundamental-
mente “uma questão social”, lembrou Carlos
Patrão.
“É preciso fazer crescer o mercado para
a sociedade do conhecimento”, alertou Dias
Coelho, da APDSI. Os projectos públicos
neste domínio podem servir de “case study”
mas a “prioridade máxima” é a educação nos
ensinos básico e secundá-
rio. No entanto, salientou PEDRO
Mariano Gago, os níveis de
iliteracia demonstram o patamar em que o
país se encontra: entre os jovens dos 20 aos
24 anos, 47 por cento não completou o 12º
ano escolar nem está a estudar — e, desses,
metade nem sequer tem o 9º ano.
“Estamos em último ou em penúltimo
nos indicadores actuais”, referiu Mariano
Gago. Em termos de PC domésticos, estamos
iguais à Grécia; no uso da Internet, estamos
em último — isto quando, em 1998, no caso
da Internet nas escolas (para o qual não
forneceu dados actuais), nos equiparávamos
aos países escandinavos.
Para o BE, faltam conteúdos em portu-
guês — como uma enciclopédia “on-line” em
português, livros e outros textos em domínio
público —, é necessário aumentar o número
de computadores pessoais na população, algo
que pode ser estimulado pela reciclagem e
reutilização dos PC velhos “com ‘software’
adequado”.
Para o PCP, “mantém-se um atraso
estrutural relativamente à Internet em
Portugal, da formação, das capacidades
das redes”. “Há que racionalizar, ter mais
sensatez” nas tecnologias de informação
(TI) na administração pública e “orientá-las
para o desenvolvimento económico”. Bruno
Dias deu exemplos concretos: em Portugal,
o crescimento do uso da Net nas empresas
é de 78 por cento quando, há quatro anos,
era de 90 por cento da média europeia; e os
30 por cento de empresas nacionais com um
sítio na Web representam metade da média
europeia.
Uma medida que poderia mudar este
panorama é, para o PCP, a integração
dos serviços de Internet nas obrigações de
serviço universal das telecomunicações no
sentido de ter “as tecnologias ao serviço do
país e dos cidadãos” e a constituição de um
Conselho Nacional para as Tecnologias da
Informação e Comunicação.
Quanto ao CDS-PP, a sua presença no
computadores .2
DANIEL ROCHA
debate foi praticamente nula e muito mal
preparada. Carlos Dantas reconheceu “o
atraso da SI em Portugal” e que a alteração
deste cenário passa pela ligação entre a
educação e a iniciativa privada. Enquanto
a primeira forma e lança as bases, é com a
segunda que (em parceria com as escolas) ela
pode ser dinamizada. “Não
FONSECA se pode ter tudo e tudo ao
mesmo tempo”, até porque
algumas “escolas antigas não podem ter
tecnologias de informação e da comunicação”
(TIC) por as suas infra-estruturas não as
comportarem. “Deve haver racionalidade”,
concedendo que “a banda larga deve ser alar-
gada e isso só ocorre com forte concorrência”
no mercado.
O PS defende que o uso das TIC “não
pode ser visto separado das outras políti-
cas” e que “o crescimento económico tem
que suportar o crescimento” das mesmas,
também no sentido de eficácia no uso
social. A administração pública é um ele-
mento “crítico para a competitividade do
país e uma oportunidade essencial” — “o
Estado tem de ser mais actuante”, referiu
Mariano Gago.
O projecto de Balcão Único, onde o cidadão
se relaciona com o Estado nas suas múltiplas
formas e procedimentos, é “um dispositivo
poderosíssimo para ter um ‘benchmarking’
entre o cidadão e o Estado”, salientando
que “a situação actual é inqualificável”
— referindo-se às fragilidades interactivas
e transaccionais do Portal do Cidadão, que o
Balcão Único pretende substituir.
Quanto às “oportunidades abertas para a
concorrência” no sector das telecomunicações
na administração pública, Gago concede que
as acções do actual governo foram tardias,
quando isso mesmo já “estava no anterior
programa do PS” — sem especificar, entre-
tanto, porque não haviam sido concretizadas.
Quanto à actual gestão da SI, afirma que
“não havia responsabilidade política directa,
tinha um responsável por empréstimo e isso
enfraqueceu a política das TI”.
Questionado sobre se irá ou não extinguir
a UMIC se o PS ganhar as eleições, Mariano
Gago respondeu: “Já aprendi em ciência
a não responder a perguntas hipotéticas e
em política ainda menos”. Considerou que o
resultado actual “não é bom e temos de fazer
mais e mais depressa”. “O modelo de agência
S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
CARLOS LOPES
[que a UMIC assumiu recentemente, como
Agência para a Sociedade do Conhecimento]
é uma boa ideia” mas, “do ponto de vista polí-
tico, é preciso um ministro que esteja pre-
sente no Conselho de Ministros” — enquanto
“uma agência tem um função executiva”.
Bruno Dias lembrou então que “o pro-
blema não é a falta de ministros”, dada a
existência nos dois últimos governos de
ministros com estas e outras competências
(José Luís Arnaut e, depois, Morais Sar-
mento). O referido “responsável por emprés-
timo”, Diogo Vasconcelos, gestor da UMIC,
Professores, patentes e voto electrónico
Se o código do “software” usado no último
concurso para a colocação de professores fosse
disponibilizado publicamente, tudo teria corrido
melhor? É o que vai suceder quando, em 2006,
o voto electrónico se generalizar? E como
foi determinada a posição nacional sobre as
patentes de “software” na União Europeia?
Estas questões dominaram praticamente o
debate que se seguiu às intervenções dos
responsáveis dos partidos presentes no evento
organizado pela APDSI. No caso do concurso
dos professores, Carlos Patrão considerou que,
“se o ‘software’ fosse aberto, poderia ver-se o
que tinha acontecido e evitar as portas traseiras
que podem existir no ‘software’ fechado”.
Bruno Dias, do PCP, lembrou que uma resolução
aprovada por maioria na Assembleia da
República em 2004 “prevê a abertura do
‘software’” e também a existência de um
repositório de “software” desenvolvido e
acessível para a administração pública, no que
foi acompanhado pelo PSD.
Da audiência, João Neves, da Associação
Nacional para o Software Livre (Ansol), reclamou
que, sendo o Estado o maior comprador de
tecnologias de informação, poderia optar pelo
“software” livre e que, se não o faz,“não é por
corrupção, é por ignorância”.Também o PCP
acredita que se pode poupar dinheiro pela
adopção do “software” livre na administração
pública e incentiva a execução de medidas
concretas.
No caso do voto electrónico, o BE quer
equipamentos com “software” aberto e “back
ups” em papel, enquanto o PCP recordou ser
uma questão premente, até porque existe uma
não respondeu directamente ao discurso
do “vamos fazer melhor” de Mariano Gago,
afirmando que pretendia falar do futuro
— embora, depois, o essencial da sua inter-
venção se tenha centrado no que a UMIC
realizou.
Lembrou que “muito do trabalho da
UMIC foi feito com pessoas que vieram do
anterior governo” (do PS) e que o actual
programa eleitoral socialista “está datado,
parece de há três anos atrás” — e “reescrever
o passado é uma tentação que não faz sen-
tido”. “Existe obra feita, com impactos nas
regiões, nas universidades ou nas escolas”,
referiu Vasconcelos.
Houve uma clara “aposta na conectivi-
dade”, lembrando, entre outros projectos, os
Campus Virtuais ou a “a ferramenta essen-
cial” Biblioteca do Conhecimento, “ambos
citados internacionalmente como exemplo
de boas práticas” concretizadas. Lembrou
também o lançamento do “conceito” de redes
comunitárias em banda larga, “um tema
complexo” contemplado com 60 milhões de
euros no novo Programa Operacional para a
Sociedade do Conhecimento.
Se as tecnologias de informação
podem ser um instrumento de gestão e
aproximação entre eleitos e eleitores,
como defendeu José Tribolet, por que não
são usadas pela Assembleia da Repú-
blica? “Este é o pequeno momento em
que os partidos políticos querem ouvir o
país” — salientando que eventos como o
da APDSI “deviam ser feitos pela Assem-
bleia da República” e levando a hipótese
de aqueles “senhores não poderem traba-
lhar em conjunto” dada a proximidade
das propostas eleitorais dos diferentes
partidos para esta área. ●
resolução do Parlamento que estabelece o seu
avanço de “forma generalizada em 2006”.
Diogo Vasconcelos lembrou os testes já
efectuados por este governo e que, no próximo
dia 20 e como forma de sensibilização pública,
será repetido em várias mesas de voto,
nomeadamente àquelas onde se deslocam o
Presidente da República e os cinco principais
líderes partidários. O exemplo de voto
electrónico não será viabilizado aos emigrantes
devido à oposição do PS.
No caso das patentes de “software” na
Europa, o BE fala em “aberração” por se
estar a “patentear ideias que não devem ser
patenteadas”. Carlos Patrão lembrou que,
das “5052 patentes registadas no Instituto
Europeu de Patentes por Portugal, nenhuma
é [de entidade] portuguesa”.
Bruno Dias disse querer “repor a discussão
como a que o PCP já fez na Assembleia da
República” — que o PSD e o CDS-PP rejeitaram
—, lembrando que o assunto foi tratado pelo
Instituto Nacional da Propriedade Intelectual
(INPI) através de uma consulta a 19 empresas,
perguntando se concordavam com a aprovação
das patentes de “software”.“Só houve três
respostas a concordar com a posição do INPI”,
que, mesmo assim, adoptou esta posição como
nacional.
O debate da directiva sobre o assunto está
marcado para esta semana no Conselho de
Ministros europeu em Bruxelas. A Polónia
— que bloqueou em dois momentos diferentes
a sua aprovação — parece agora inclinada
a aprová-la por ela proteger as pequenas e
médias empresas do sector. ● P.F.
 LOGITECH PROMOVE VÍDEO NO MSN MESSENGER E AS VIDEOCHAMADAS
Para ver bem com
quem se está a falar
Q
UEM TEM uma “webcam”
ligada ao PC e costuma
usar a imagem no MSN
Messenger, da Micro-
soft, está a utilizar um de comunicações em tempo real por
serviço de comunicações por vídeo
desenvolvido pela Logitech, um dos
maiores fabricantes mundiais de
teclados, ratos, “webcams” e outros
periféricos. A empresa considera que milhões de utilizadores em todo o
é importante investir nas comuni-
cações de vídeo e áudio, e que deve
promover o seu “har-
dware” através dos ISABEL GORJÃO SANTOS
serviços e das aplica-
ções. As videochamadas e as solu-
ções para as empresas estão também
num horizonte próximo.
“Apostamos nas comunicações
através da Internet devido ao tipo
de ‘hardware’ que desenvolvemos,
como é o caso das ‘webcams’, dos pelos
auscultadores e dos microfones para
o computador. No entanto, a per-
centagem de PC com uma câmara
associada é só de 5 ou 6 por cento,
o que não é muito se compararmos
com outros produtos, como é o caso
dos ratos e dos teclados, em que a
percentagem é de 100 por cento”,
explicou a Computadores Glenn
Rogers (na foto), responsável da
Logitech pela área de Internet Com-
munications na região da Europa,
África e Médio Oriente (EMEA).
Daí que considere que o mercado
das câmaras para troca de imagens
através da Internet, as “webcams”,
tem ainda muito que crescer.
A Logitech tem procurado con-
quistar novos clientes e aumentar
o número de utilizadores das suas
“webcams”, para o que investiu
no desenvolvimento de aplicações
destinadas à transmissão de vídeo
e áudio pela Internet. Há cerca de
quatro anos, a solução desenvolvida
pela Logitech foi usada pelo canal
de comunicação em tempo real (o
Messenger) do portal e motor de
busca Yahoo — tendo depois surgido
a oportunidade de uma parceria com
a Microsoft nesta área. Foi, assim,
a Logitech que desenvolveu as apli-
cações para transmissão de vídeo
e áudio (videoconferência) no MSN
Messenger, da Microsoft, o sistema
texto, voz e imagem mais usado em
todo o mundo.
Explica Glenn Rogers que o MSN
Messenger conta com cerca de 140
mundo. “Achámos que essas pessoas
iam gostar de se ver umas às outras
e pensámos que pode-
ríamos tornar isso
possível. A Microsoft
também considerou uma boa ideia
e foi o que fizemos”. Quando hoje se
usa a componente de vídeo do MSN
Messenger, as imagens passam
pelos servidores
da Logitech e
“codecs”
que funcionam
com programas
como o Windows
Media Player
ou o MSN Mes-
senger — e que
descodificam os
dados recebidos,
transformando-
os em imagens
de vídeo ou em
som. “Isso custa
milhões de dóla-
res para a Logi-
tech mas é claro
que faz crescer
muito o mercado
das ‘webcams’.”
Tudo isto é possível porque, há
cerca de quatro anos, a Logitech
adquiriu a SpotLive, empresa que
lhe proporcionou as tecnologias de
servidor (e diversas outras) para o
alojamento de conteúdos de vídeo.
“Graças a isso, ficámos aptos a
arranjar parceiros e a desenvolver
soluções relacionadas com o vídeo”,
explica Glenn Rogers, referindo que
foi assim que, em Junho de 2002,
surgiu o contrato com a Microsoft.
“A Logitech conseguiu, com
S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
isso, uma enorme visibilidade, uma
vez que sempre que alguém se liga
através de uma ‘webcam’, no MSN
Messenger vê o logotipo da Logitech”
— não havendo qualquer pagamento
pelo serviço, pois trata-se sobretudo
de uma iniciativa de “marketing”.
“Porque os vídeos passam pelos
nossos servidores, podemos dizer a
que horas do dia as pessoas usam
as ‘webcams’ e quantas pessoas o
fazem. Toda essa informação é inte-
ressante para quem pretende vender
câmaras”.
Glenn Rogers salienta que, hoje,
em cada segundo, são iniciadas cerca
de 100 sessões de vídeo no MSN. A
venda de “webcams” tem vindo a
crescer consideravelmente mas a
Logitech salienta
que a taxa de
utilização ainda
deverá rondar os
10 por cento, “o que
significa que há
ainda 90 por cento
de pessoas que não
as usam”.
Para além do
vídeo através da
Net, também as
videochamadas
despertam agora
o interesse da
empresa — que,
aliás, estabeleceu
no final do ano pas-
sado uma parceria
com a Skype Tech-
nologies, empresa
com sede no Luxemburgo que desen-
volve aplicações para chamadas
telefónicas através da Internet. A
Logitech, por seu lado, desenvolve
o “hardware”, nomeadamente auri-
culares, e as duas empresas promo-
vem em conjunto os seus produtos:
são atribuídos vales de 120 minutos
para uso do SkypeOut (o serviço pré-
pago que permite aos utilizadores
do Skype ligarem dos seus PC para
números de telefone convencionais)
juntamente com os auriculares USB
da Logitech vendidos na Europa,
nos EUA e no Canadá.
“O mais importante é
fazer com que o ‘hardware’
funcione da melhor
maneira, em conjunto
com as aplicações”,
diz Glenn Rogers, que
salienta também algu-
mas mudanças que se
poderão verificar, a curto
prazo, na área da mobi-
lidade. “Uma pessoa que
use actualmente um tele-
móvel 3G não tem muitas
pessoas com quem possa
conversar. No entanto, há
já milhões de pessoas que
podem fazer videochamadas
através do seu PC, sendo tecni-
camente muito fácil juntar a comu-
nidade dos telemóveis à dos PC”. A
Logitech pretende, assim, estimular
a videoconferência entre telemóveis
3G e os PC. Para além do consumo,
há ainda oportunidades no sector
empresarial, onde a videoconferên-
cia não é ainda muito usada. ●
da.net
Voto electrónico na Web para
os emigrantes gera controvérsia…
A UMIC programou, para a passada sexta-feira na
Embaixada de Portugal em Paris, uma experiência
do voto electrónico na Internet para os emigrantes
— demonstrando como se pode votar, explicando a
segurança da página da Web onde o voto é feito e a
forma de processamento dos dados. O projecto envolve
o convite aos cerca de 150 mil eleitores portugueses
no estrangeiro a testarem, nas eleições legislativas
do próximo domingo, o voto electrónico na Web. Os
eleitores dos círculos da Emigração (o da Europa com
cerca de 76 mil e o de Fora da Europa com cerca de 72
mil) estão a receber em casa uma carta com um código
de utilizador, que, com o número de eleitor, dá acesso a
uma área na página da Internet, onde poderão fazer a
experiência. Contactados pela agência Lusa, os candidatos
pelo círculo da Europa do CDS-PP, da CDU e do Bloco de
Esquerda afirmaram desconhecer a iniciativa. Os socialistas
criticaram o “aparato institucional” da apresentação em
Paris, que irá criar “confusão que pode gerar abstenção”
no voto por correspondência:“Não faz sentido, neste
momento, receber ao mesmo tempo uma carta para votar
a sério e receber uma carta para votar a brincar”,afirmou
José Lello, secretário nacional do PS para as Comunidades,
para quem esta apresentação “é uma acção de campanha
do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e
candidato pelo PSD”,Carlos Gonçalves. ●
… com o PS a argumentar contra…
José Lello defende o voto electrónico mas “presencial nos
consulados, fiscalizado pelos representantes dos partidos”,
mostrando-se a favor do voto presencial em todas as
eleições — o que não acontece com as legislativas, que
é feito por correspondência.“O voto pela Internet não
garante a universalidade, a fiabilidade e a personalização
porque nem todos os eleitores têm acesso ao computador
e o código pode ser usado por outra pessoa”,acrescentou.
Carlos Gonçalves rejeitou as acusações de propaganda
e considerou que os socialistas são “contra qualquer
medida que favoreça a participação dos portugueses
no estrangeiro”.“Esta experiência é um teste e não é
vinculativo; e é positiva no sentido de simplificar a
participação”,disse o cabeça de lista do PSD, alegando
que a defesa do voto presencial “é sinal de que o PS não
tem noção da realidade das comunidades portuguesas
no estrangeiro”.“Se, em Portugal, já há dificuldades
em mobilizar os eleitores para irem às mesas de voto,
quanto mais os portugueses que vivem no estrangeiro e
muitas vezes a centenas de quilómetros de distância dos
consulados.” Carlos Gonçalves salientou que a iniciativa
em Paris terá pouca influência no sentido de voto porque
“grande parte dos eleitores já exerceram o seu direito” por
correspondência através dos boletins que começaram a
ser enviados no final de Janeiro. ●
… acompanhado pela CDU
mas não pelo PP
“Não somos avessos a novas formas de participação
política que facilitem a vida aos eleitores”,afirmou Luciano
Rosa, cabeça de lista da CDU no círculo da Europa, embora
tenha expresso dúvidas sobre o modelo:“As pessoas não
foram minimamente informadas, não estão à espera, isto
vai gerar uma imensa confusão.” O PCP, em particular,
receia igualmente confusão com as duas cartas que os
eleitores vão receber. Martim Borges de Freitas, cabeça
de lista popular pela Europa, reagiu assim à posição do
PS:“Não percebemos que um partido que propõe um
‘choque tecnológico’ no país tome esta posição contra
esta experiência, que ainda por cima não é vinculativa.”
Os emigrantes podem testar este sistema até ao dia das
eleições. A opção para a simulação de voto está desde esta
semana disponível no canto inferior esquerdo da página
na Internet ( www.votoelectronico.pt ), onde é reafirmada
a informação de que o voto não é vinculativo e é reforçado
o apelo ao voto por correspondência. ●
computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O
Mitsubishi
PocketProjector
O
s apreciadores do cinema em casa chegam,
muitas vezes, à conclusão de que nenhuma
tecnologia de ecrãs de televisão — mesmo
as dos LCD ou de plasma — substitui ainda
a experiência da imagem obtida a partir
de projectores. De facto, a qualidade destes tem vindo
a melhorar a cada nova iteração tecnológica, ao mesmo
tempo que os preços se encontram agora abaixo dos dos
televisores de ecrãs panorâmicos de 82 cm.
Uma das vantagens do projector face ao televisor conven-
cional é a sua portabilidade — característica tanto mais
apreciada nos ambientes empresariais, onde são usados
rotineiramente em apresentações e conferências. Contudo,
ainda assim,é normalmente um equipamento com um peso
superior ao de um computador portátil e que se torna, por
isso e na maioria das vezes, pouco prático de transportar.
O fabricante japonês Mitsubishi conseguiu agora resolver,
de forma espectacular, este problema ao lançar um projec-
tor que cabe, literalmente, na palma da mão e pesa apenas
396 gramas. Para melhor: pode funcionar apenas com bate-
ria (cuja carga dura cerca de duas horas e meia) ou mesmo
ligado a uma tomada de isqueiro de automóvel.
Apesar do seu diminuto tamanho,o PocketProjector acaba por
ser uma montra da melhor tecnologia de imagem e uma ante-
visão do que será possível daqui para a frente nesta área.
Segundo o fabricante, este projector tem a capacidade
de ligação imediata, o que se fica a dever à utilização
de lâmpadas de LED, em vez das lâmpadas usadas nos
projectores comuns. O PocketProjector utiliza três destas
lâmpadas — de cores vermelha, verde e azul — com
tecnologia desenvolvida pela Lumileds, uma empresa
californiana especializada no campo emergente da ilumi-
nação baseada em tecnologia de estado sólido. A Lumileds
tem vindo a ganhar notoriedade pela aplicação dos LED
em soluções específicas, como a iluminação de ecrãs de
cristal líquido — num projecto lançado há pouco tempo
em conjunto com a Sony — ou de “flashes” para máquinas
fotográficas digitais.
O uso da iluminação por LED tem ainda a vantagem adicio-
nal de uma muito maior durabilidade das lâmpadas face
às habitualmente usadas em dispositivos idênticos: cerca
de 20.000 horas para as do PocketProjector, o que é seis
vezes mais do que a duração das lâmpadas convencionais
dos actuais projectores.
A Mitsubishi optou por um circuito DLP (Digital Light
Processing) da Texas Instruments como coração do seu
sistema de projecção. A tecnologia DLP — que é também
usada em cinema digital profissional — usa um elaborado
sistema de micro-espelhos que reflectem a luz originada
nas lâmpadas, criando assim imagens com definição SVGA
(800 x 600 pixels). Segundo a Mitsubishi, basta colocar o
PocketProjector a apenas 90 centímetros de distância da
superfície de projecção para gerar uma imagem com 100
cm de diâmetro.
O projector da Mitsubishi deverá estar disponível no mer-
cado norte-americano por altura do Verão e tem um preço
previsto de menos de 700 dólares (cerca de 550 euros) — o
que o coloca bem aquém dos dos projectores convencionais
e o posiciona como complemento ideal para consolas, leito-
res de DVD e outros dispositivos de electrónica de consumo.
Mas se,para além disso,pegar a moda dos projectores portá-
teis como complemento das consolas de jogos, a Mitsubishi
arrisca-se a ter, literalmente, na mão um dos maiores suces-
sos da electrónica de consumo em 2005. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
computadores .4
OPTIMUS USA REDE DE GPRS PARA ACESSO SEM FIOS EM QUASE TODO O PAÍS
Acesso Directo ao E-mail
O
s operadores de teleco-
municações móveis estão
cada vez mais a apostar
em serviços de acesso ao
correio electrónico através
das suas redes de GPRS como forma de
estimular o crescimento do tráfego de
dados e, assim, amortizarem os seus
investimentos nestas redes e abrirem
o caminho ao uso das redes de terceira
geração (3G), também conhecidas por
UMTS. Há uns meses, foi a Vodafone a
lançar um serviço baseado nas soluções
da Blackberry — tanto no que respeita
à infra-estrutura como aos terminais
—, claramente concebido para utiliza-
dores empresariais.
Agora foi a vez da Optimus, que apre-
sentou na passada semana, em Lisboa,
um novo serviço também pensado para
facilitar o acesso às mensagens de correio
electrónico através do telemóvel — com a
diferença de que apenas exige terminais
da última geração baseados no sistema
operativo Windows Mobile, da Microsoft
e que o sistema de E-mail da empresa dos
utilizadores use o Exchange 2003, também
da Microsoft. A operadora
disponibiliza, para já, RUI JORGE CRUZ
apenas dois telemóveis da
marca Qtek, o 9090 e o S100 (com preços
de 699,90 e 499,90 euros, respectivamente, de Exchange da sua orga-
e distribuídos em Portugal pela Quadriga)
mas admite alargar a oferta de terminais
à medida que a base instalada de clientes
se for alargando.
Designado Acesso Directo ao E-mail,
este novo serviço só poderá ser usado
neste novo tipo de telemóveis que são
também organizadores pessoais (os
chamados PDA), permitindo o acesso
em tempo real à caixa de E-mail usando
a rede de GPRS. Os utilizadores poderão,
assim, ler — tanto a mensagem como
eventuais ficheiros anexos —, responder,
reencaminhar ou apagar as mensagens e
C ASTELLO LOPES ADOPTA SOLUÇÃO INSTOREVISION, DA FUJITSU
Conteúdos multimédia para
quem espera no cinema
E
STAR À ESPERA DA nossa
sessão num cinema, para
ver um filme, e poder ver,
entretanto, apresentações de
outros filmes, diversas infor-
mações de interesse ou anúncios pode
ser uma oportunidade interessante
para as empresas que gerem as salas
de cinema. A pensar nisso, a Castello
Lopes adoptou a plataforma inStorevi-
sion, da Fujitsu e, em conjunto com o
grupo Dot One, desenvolveu um canal
para a difusão de conteúdos, já em exi-
bição “num cinema perto de si”.
A ideia não é nova e até já foi posta em
prática por outras empresas, como é o caso
de vários bancos ou gasolineiras. O objec-
tivo é aproveitar os momentos em que as
pessoas estão apenas à espera — para
serem atendidas ao balcão, pagar a gaso-
lina ou da sua sessão, por exemplo — e
apresentar-lhes conteúdos, desde notícias
a informações úteis ou publicidade.
No caso do canal Castello Lopes TV,
serão instalados ecrãs de plasma nos 14
cinemas Castello Lopes existentes no
país, os quais — ligados ao centro de
controlo montado pela Fujitsu) exibem
conteúdos diversos, como mensagens
publicitárias, informação relacionada
com o local em que o espectador se encon-
S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
criar novas sem terem que usar o seu PC.
O Windows Mobile permitir-lhe-á ainda
aceder à agenda e à lista
de contactos
desde que
elas estejam
centralizadas no servidor
nização.
O serviço Acesso
Directo ao E-mail terá
uma mensalidade-base
de 12,5 euros, que inclui
um tráfego até 10 mega-
bytes (o que, para mensa-
gens pequenas, poderá ir
até às 5 mil) contabilizado
em blocos de 10 KB. Se os
10 MB não forem usados num mês, o
utilizador poderá dispor desse “saldo”
ao longo dos três meses seguintes. Aos
utilizadores individuais e esporádicos,
tra (meteorologia, notícias de trânsito ou
a ementa do bar do cinema poderão ser
alguns dos exemplos) ou outro tipo de
informação destinada aos frequenta-
dores habituais de cinema: promoções,
apresentação de filmes ou estreias.
A inStorevision é uma plataforma
da Fujitsu que permite a difusão de
conteúdos, em banda larga, através da
Internet. Esses conteúdos são geridos a
partir do “control center”, que permite
elaborar a calendarização de exibição
dos conteúdos, definindo-se onde e a que
hora irão ser transmitidos — permitindo
ainda emitir os relatórios de facturação
relativos aos anunciantes. Trata-se de
um sistema que pode ser facilmente
actualizado e que funcionará, sobretudo,
antes das sessões de cinema e no inter-
valo de cada filme.
O canal foi desenvolvido em conjunto
a Optimus dispõe de outro tarifário,
em que cobrará 2,10 euros por cada
MB de tráfego.
Segundo Paulo Simões, director
de serviços empresariais de dados da
Optimus, o público-alvo mais imediato
deste novo serviço serão os utilizado-
res mais dados às tecnologias de infor-
mação, como os quadros das empresas,
embora a operadora queira também
atrair os fãs das tecnologias. De
acordo com os dados apresentados, o
mercado de envio e recepção de “mails”
deverá crescer a um ritmo anual de 40
por cento, esperando-se que em breve
represente algo como 50 por cento do
tráfego total de dados nas redes de
telecomunicações móveis.
Esta expectativa assenta num
estudo recente da Analysys, uma
empresa britânica de estudos na área
das telecomunicações, que concluiu
que o mercado das mensagens inter-
pessoais (P2P) na Europa Ocidental
(União Europeia e Suíça, no essen-
cial) tem vindo a crescer de forma
sustentada: em 2004,
o seu valor rondou
os 17 mil milhões
de euros; neste ano,
estima-se que se situ-
ará na ordem dos 20
mil milhões de euros
— continuando a cres-
cer e prevendo-se que,
em 2008, ultrapasse
os 25 mil milhões de
euros.
A Optimus espera,
com este novo serviço,
captar 5 mil clientes
até Agosto, na sua
maioria empresariais, aos quais
oferecerá condições especiais na
compra dos equipamentos, disse
ainda Paulo Simões. ●
com o grupo Dot One, que ficará respon-
sável pela concepção e exploração publi-
citária do canal. Ao todo, 3,1 milhões de
pessoas frequentam anualmente as salas
de cinema Castello Lopes — ou melhor,
este é o número de bilhetes vendidos e,
logo, o número de contactos potenciais
do novo canal.
Cada um dos ecrãs de plasma ins-
talados “dividir-se-ão” em três áreas:
uma maior, do lado esquerdo, reser-
vada a conteúdos multimédia; uma
mais pequena, onde passarão apenas
imagens ou pequenos filmes; e ainda um
rodapé reservado apenas a texto. Os ser-
viços de instalação, gestão e manuten-
ção de configurações, gestão remota do
sistema e da respectiva programação e
conteúdos são também disponibilizados
juntamente com a plataforma inStorevi-
sion. ● ISABEL GORJÃO SANTOS
 virose
Microsoft lança doze ‘patches’ de segurança
Na terça-feira passada, a Microsoft disponibilizou, incluídos no seu
programa de boletins de segurança mensais, uma enorme quantidade
de “patches” para falhas de segurança em produtos seus, incluindo o
Internet Explorer (IE), o Windows Media Player, o MSN Messenger e o
Microsoft Office. Ao todo, foram divulgados 12 boletins de segurança,
dos quais, oito se referiam a falhas de segurança classificadas como
“críticas” e três como “importantes” e uma como “moderada”.
Uma das falhas é do Office XP e do tipo “buffer overrun”,podendo ser
explorada por um intruso para correr código mal-intencionado e assumir
o controlo do computador. Todas as outras falhas “críticas” permitem, aliás,
fazer o mesmo.
Outra é uma falha no modo como os Windows Media Player, Windows
Messenger e MSN Messenger lidam com os ficheiros de imagem do
tipo .png que sejam muito largos ou muito altos: um indivíduo mal-
intencionado pode explorá-la construindo um ficheiro .png que permita
a execução remota de código se um utilizador visitar um sítio na Web ou
der um clique numa mensagem de E-mail concebidos para o efeito.
Uma terceira falha é no “license logging service” e afecta os
Windows NT Server 4.0, Windows 2000 Server (Service
Packs 3 e 4) e Windows Server 2003. Uma quarta no
Server Message Block, que afecta os Windows
2000 (Service Packs 3 e 4), Windows XP (Service
Packs 1 e 2), Windows XP 64-Bit
Edition Service Pack 1, Windows
XP 64-Bit Edition Version 2003 e
Windows Server 2003.
Há uma falha na maneira como
os sistemas operativos e programas
afectados acedem à memória
quando processam ficheiros “COM structured
storage” — e que intrusos podem explorar para assumir o controlo dos
computadores —, relacionada com um problema na maneira como o
“framework” do Object Linking and Embedding (OLE) lida com os “inputs”
de validação. Um intruso pode explorar esta falha construindo um
documento que permita a execução remota de código. Esta afecta todas
as versões do Windows, o Exchange Server, o Office ou outras aplicações
de terceiros que utilizem o OLE.
Outra falha é no “cross-domain” do Microsoft Dynamic HTML Editing
Component do controlo ActiveX, em que um intruso pode construir uma
.com
Cisco quase duplica lucros
A Cisco Systems anunciou, na semana passada, os seus resultados
relativos ao segundo trimestre deste ano fiscal, que terminou a 29 de
Janeiro, tendo quase duplicado o seu lucro líquido graças às vendas
dos novos produtos. Os lucros foram de 1400 milhões de dólares,
bastante acima dos 724 milhões de dólares alcançados no período
homólogo anterior. No ano anterior, a empresa teve uma despesa na
ordem dos 567 milhões de dólares relacionados com a disponibiliza-
ção de acções aos seus empregados. As vendas aumentaram 12 por
cento, de 5400 para 6060 milhões de dólares, valor muito próximo das
previsões. Para este trimestre, que terminará no final de Abril, a Cisco
prevê um aumento das vendas entre os 8 e os 10 por cento, algo
abaixo do que fora já avançado por analistas. Para a totalidade do ano
fiscal e ainda segundo as previsões da Cisco, o crescimento deverá ser
de 10 a 15 por cento. John Chambers,“chief executive officer”(CEO) da
empresa, considerou que este foi “um trimestre sólido”.●
Dell cresceu 17 por cento
A Dell registou no quarto trimestre fiscal de 2005 um crescimento sig-
nificativo, abrangendo os vários produtos e serviços disponibilizados
pela empresa, que bateu o seu recorde em termos de facturação, uni-
dades vendidas, lucros líquidos e “cash flow”.As vendas aumentaram
22 por cento na Europa, Médio Oriente e África (EMEA), 21 por cento
na Ásia-Pacífico e Japão. Em termos globais, o crescimento foi de 20
por cento. No último trimestre, findo a 28 de Janeiro, as vendas foram
de 13.500 milhões de dólares — mais 17 por cento que no ano ante-
rior — e os lucros de 667 milhões de dólares. “Este trimestre repre-
senta a continuação de um desempenho-recorde levado a cabo pela
equipa que compõe a Dell, em todo o mundo”, referiu Kevin Rollins,
CEO da empresa. Rollins adiantou ainda que a Dell espera registar
um crescimento das vendas de equipamentos na ordem dos 21 por
cento no trimestre em curso. ●
Pararede aumenta capital
Os accionistas da Pararede aprovaram, em 4 de Fevereiro, o aumento
de capital da empresa na sequência da aquisição da WhatEverNet.
Este aumento, de 30 para 36,4 milhões de euros, será feito através
de entradas, em espécie, das acções detidas pela Cofina, BPI e Wha-
tEver na WhatEverNet, ficando estas empresas com participações na
própria Pararede, de acordo com o comunicado enviado por esta à
Dia 14
OS VÍRUS DA SEMANA
W32/SoftSix.worm, W97M/Class.B, W97M/
Class.D, W97M/Class.Q, WM/Eraser.A:Tw,
WM/PHARDERA.C ;D (INTENDED), W97M/Este,
VBS/San@M, W97M/Yous, VBS/Valentin@MM,
W97M/Alamat, W97M/Ekiam, VBS/Aqui, W97M/
página Web mal-intencionada que permita a execução remota de código Cobra.a1
se um utilizador a visitar. Afecta os Windows 2000 (Service Packs 3 e 4), XP
(Service Packs 1 e 2), Windows XP 64-Bit Edition Service Pack 1 e Windows Dia 15
XP 64-Bit Edition Version 2003, e ainda o Windows Server 2003. W97M/Cobra.a1, W32/Winur.worm.b, W32/
Um dos boletins de segurança refere-se a quatro falhas de segurança no Winur.worm.a, VBS/Alphae, VBS/Zync, VBS/Aqui,
IE: uma é de “privilege elevation” na maneira como o IE lida com eventos W97M/Alamat, X97M/Anis, W32/PetLil@MM,
do tipo “drag-and-drop”.A segunda é na maneira como o IE lida com W32/Urick@MM, Tribute.A;B, W97M/Yous,
certos endereços URL codificados. Aqui, o intruso pode explorar a falha VBS/Count, W97M/Courage.a, WM/Theatre.A,
WM/Eraser.A:Tw, AOS.A, Habir.A, W97M/
construindo um URL mal-intencionado que possa parecer uma ligação a
Jackal.A, X97M/Hopper.r, W97M/Class.ed,
outro sítio na Web de modo a induzir o visitante a clicar sobre ele. JS/Gigger.a@MM, W97M/Fifteen.a
A terceira é na maneira como o “browser” lida com certos métodos
DHTML e a quarta é uma falha do tipo “cross-domain” que pode Dia 16
permitir a desprotecção de informação XM/Laroux.IC, WM/ERASER.H, WM/Eraser.A:Tw,
ou a execução remota de código num W97M/Yous, Tribute.A;B, WM/Concept.F;G;J,
sistema afectado. A última falha crítica é W97M/Alamat, W97M/Cobra.a1, W97M/Cash,
no Hyperlink Object Library do Windows e W97M/Akuma
deve-se à existência de “buffer” não
verificado quando lida com Dia 17
W97M/Akuma, W97M/Cobra.a1, W97M/Alamat,
hiperligações.
W97M/Yous, VBS/Mantie.ow, W97M/Serpent,
WM/Eraser.A:Tw, Acid.A (intended), W97M/
As falhas ‘importantes’ e ‘moderadas’ Jackal.A, W32/Mypics.worm.25600
A primeira das falhas “importantes” é no
ASP.NET e pode ser usada por um atacante Dia 18
para contornar a segurança de um sítio na WM/Eraser.A:Tw, VBS/SWVK.ow.gen, W97M/
Web ASP.Net, obtendo assim acesso não Yous, W97M/Chameleon.a, W97M/Alamat,
autorizado. A segunda é uma falha do tipo W97M/Trugbar.a, W97M/Akuma, W97M/
“information disclosure” no Windows e poderá Cobra.a1
ser usada por um intruso para ler remotamente
Dia 19
nomes de utilizadores com uma ligação aberta a W97M/Cobra.a1, W97M/Nebo, W97M/Alamat,
um recurso partilhado disponível. Tribute.A;B, W95/Firkin.worm, W97M/Yous,
A terceira é no modo como o Windows lida com os eventos do tipo WM/Eraser.A:Tw, W97M/Assilem.H
“drag-and-drop”, podendo um indivíduo mal-intencionado construir
uma página na Web que lhe permita gravar um ficheiro no computador Dia 20
do utilizador se este visitar essa página ou vir uma mensagem de E-mail JS/Gigger.a@MM, WM/Eraser.A:Tw, Gurre.A,
do mesmo tipo. AOS.A, X97M/Hopper.r, W97M/Mck.e, W97M/
A falha classificada como “moderada” é do tipo “cross-site scripting and Yous, VBS/Count, W97M/Erab, W97M/Bablas.aj,
spoofing” nos serviços de SharePoint e SharePoint Team do Windows. VBS/Baracu.A@mm, VBS/Loveletter.ar, WM/
MDMA.C;D;H, W32/Urick@MM, W97M/Alamat,
Pode ser explorada de modo a convencer um utilizador a correr um
X97M/Anis, VBS/Gaggle@MM, VBS/Zync, W97M/
“script” mal-intencionado.● JOSÉ DOUTIL Cobra.a1
Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este aumento respectivamente, um aumento de 72 por cento face ao ano anterior.
de capital será feito através da emissão de 63.714.694 novas acções, a Eva Chen, administradora e co-fundadora da Trend Micro, considerou
37 cêntimos cada, que serão subscritas pelos accionistas da empresa que “o ano de 2004 foi bastante positivo” para a empresa, com diver-
agora adquirida. O presidente da Pararede, Paulo Ramos, afirmara já sos acordos com fornecedores destacados do sector,“como a Cisco e
que os accionistas da Whatevernet passariam a deter 17,5 por cento o MSN Hotmail”.No quarto trimestre de 2004, a família de aplicações
da empresa. Com o aumento de capital, a Whatever SGPS ficará com da Trend Micro foi alargada com a introdução do Network VirusWall
11,67 por cento da Pararede, a Cofina com 3,54 por cento e o BPI com 2500 e também do Trend Micro Mobile Security, que oferece uma
2,3 por cento. Os quadros da Pararede ficarão com uma participação protecção antivírus e“anti-spam”para mensagens de SMS de clientes
de 12,89 por cento e o BES de 11,4 por cento. ● que recorram a telemóveis ou computadores de bolso. ●
Primavera cresceu 27 por cento Canon facturou 24,422 milhões
A Primavera Software anunciou que o seu volume de negócios cres- A Canon anunciou os seus resultados relativos ao ano fiscal de 2004,
cera 27 por cento em 2004, para 6 milhões de euros, tendo gerado um tendo registado resultados líquidos na ordem dos 24,422 milhões de
“cash flow” de 1,576 milhões de euros e prevendo para este ano um euros 8,4 por cento acima do ano anterior. Quanto ao último trimestre
crescimento de 10 por cento das suas vendas. José Dionísio, adminis- do ano passado, a Canon apresentou receitas de 6,909 milhões de
trador da empresa, disse que 2005 será também de investimento na euros, o que significa mais 9,6 por cento do que no último trimestre
localização (tradução e adaptação às normas locais) do seu“software” de 2003. O rendimento líquido foi de 569 milhões de euros, 7,8 por
para o mercado espanhol, onde a empresa começará a sua actividade cento mais elevado do que último trimestre de 2003.“Em 2004, verifi-
no final deste ano ou no início de 2006. José Dionísio anunciou que, cou-se um enorme crescimento das vendas, pelo que apresentamos
oito anos após o início da actividade nos países africanos de língua um aumento das receitas pelo quinto ano consecutivo”, afirmou
portuguesa (PALOP), onde tem cerca de mil clientes, a Primavera vai Toshizo Tanaka, um dos directores e administradores da empresa. ●
aí apresentar versões específicas do seu “software” para gestão de
empresas. Tais versões estarão adaptadas às realidades locais, e em
Abril e Maio, serão a seguir apresentadas em Angola, Moçambique,
Fujitsu Siemens cresceu 51,1%
Guiné-Bissau e Cabo Verde. Jorge Baptista, também administrador A Fujitsu Siemens registou, em Portugal, um crescimento de 51,1 por
da Primavera Software, garante que, neste ano, esta vai reforçar a cento em 2004, valor que os responsáveis da empresa afirmam estar
aposta na segmentação do seu “software” de gestão por sectores de 29 por cento acima do crescimento global do mercado português
actividade. A Primavera produz“software”de gestão para pequenas e de TI. No segmento dos computadores portáteis, a Fujitsu Siemens
médias empresas, emprega 100 pessoas e tem cerca de 35 mil clien- registou um crescimento de 41,5 por cento face ao ano anterior,
tes (com 100 mil utilizadores dos seus programas). ● alcançando uma quota de mercado de 6,4 por cento. Quanto aos PC
de secretária, registou um crescimento de 56,6 por cento, mantendo
a quarta posição no “ranking”, com uma quota de mercado de 7,7
Trend Micro cresceu 29 por cento por cento. No que se refere aos servidores baseados na arquitectura
A Trend Micro, que desenvolve antivírus e soluções de segurança, Intel, os Primergy, verificou-se um crescimento de 46,5 por cento. João
anunciou os seus resultados do quarto trimestre de 2004, tendo Paulo Victorino, director-geral da empresa em Portugal, destacou a
registado vendas na ordem dos 167,9 milhões de dólares, receitas diferença entre o crescimento de 51,1 por cento da Fujitsu Siemens,
de 74,6 milhões (mais 32 por cento que no mesmo período de 2003) em termos globais, e o crescimento global do mercado, na ordem
e um rendimento líquido de 44,9 milhões de dólares. Em todo o ano dos 22,1 por cento. Na região da Europa, Médio Oriente e África
de 2004, a Trend Micro registou vendas na ordem dos 587,4 milhões (EMEA), nos computadores portáteis, a Fujitsu Siemens registou um
de dólares, mais 29 por cento que em 2003. Nos rendimentos opera- crescimento de 69,1 por cento face ao ano anterior, consolidando a
cional e líquido, a empresa atingiu 246,9 e 150,3 milhões de dólares, sua posição de terceira entre os fabricantes. ●
S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5 computadores .5
 A
agenda IBM realizou clientes e parceiros.
em finais do Por outro lado, ainda,
passado mês a forma como esta nova
Robótica – Lego Mindstorm de Janeiro a plataforma está concebida
[Espaço para que crianças e adultos programem robots c o n f e r ê n c i a em termos de arquitectura
desportivos feitos a partir de peças de lego] anual destinada aos clien- de soluções permite uma
Data: 1-02-2005 a 28-02-2005 (todos os dias) tes e programadores das apertada proporcionalidade
Local: Fábrica de Ciência Viva de Aveiro soluções de “software” da entre a dimensão de cada
URL: www.fabrica.cienciaviva.ua.pt Lotus, uma parte impor- empresa e os investimentos
tante do Software Group que terá de efectuar para
Workshop Servidores Asus + Plataformas Microsoft da Big Blue desde que esta, a sua implantação, pois os
Data: 25-02-2005 em 1995, adquiriu a Lotus recursos afectados poderão
Local: Auditório Microsoft, Tagus Park, Porto Salvo Corp. Alguns milhares ir crescendo á medida que
de utilizadores e progra- as necessidades e os requi-
VI Encontro de Professores madores afluíram, assim, sitos forem evoluindo.
(PmatE – Projecto Matemática Ensino) à cidade de Orlando, no E, para além dos diver-
Data: 16-02-2005 estado norte-americano da sos casos de novos clientes
Local: Universidade de Aveiro Florida, para um evento arrebatados à concorrência,
E-mail: pmate@mat.ua.pt que, para além das últimas orgulhosamente apontados
URL: pmate.mat.ua.pt/pmate/2004_2005/encontros.aspx novidades da Lotus, tinha pelos responsáveis da Lotus
um sabor especial para — do fabricante automóvel
DATE – Design, Automation and Test in Europe muitos dos presentes: a Chrysler à equipa dos
The only european event for electronic system design & test comemoração do 20º aniver- Dallas Mavericks —, ficou
Data: 7-03-2005 a 11-03-2005 sário do lançamento comer- claro que é cada vez mais
Local: Munique, Alemanha cial da primeira diversifi-
Contacto: Secretariat versão do Lotus RUI JORGE CRUZ cado o leque
E-mail: sue.menzies@ec.u-net.com Notes — o que e m O r l a n d o , n a de empre-
“deu direito” a Florida (EUA)
URL: www.date.conference.com sas e orga-
contar com a nizações
CeBIT 2005 – FEIRA DE Tecnologias de Informação, presença de Ray Ozzie, um que tiram partido das
Telecomunicações, Software & Serviços dos lendários fundadores ferramentas da Lotus,
Data: 10-03-2005 A 16-03-2005 da Iris, a empresa onde o como o seu Notes. Entre
Local: Hannover, Alemanha desenvolvimento do Notes os depoimentos mostrados
URL: www.cebit.de teve início. na Lotusphere 2005, um
As novidades consis- é exemplar disso mesmo,
ASYNC 2005 – 11th IEEE International tiram na confirmação da apesar de se tratar de um
Symposium on Asynchronous Circuits and Systems saída, lá para o final do “early adopter” desta tecno-
Data: 13-03-2005 a 16-03-2005 ano, de uma nova versão, logia. Tratou-se do cineasta
Local: Nova Iorque, EUA a 7.0, do Lotus Notes e do Francis Ford Coppola, que
URL: vlsi.cornell.edu/async2005/ Domino (cujas versões beta disse: “Estamos convenci-
para testes estarão dispo- dos de que a nossa empresa
ARCS 2005 – 18th International Conference on Architecture níveis antes do Verão), em já conseguiu começar a usar
of Computing Systems crescente articulação com o o Lotus Notes do modo que
“System Aspects in Organic and Pervasive Computing” Portal WebSphere, da IBM, os seus criadores previam: Mike Rhodin Ray Ozzie
Data: 14-03-2005 a 17-03-2005 e as soluções Workplace para a criatividade. Temos
Local: Innsbruck, Áustria — cuja tecnologia-cliente vindo a intensificar o uso LOTUSPHERE 2005 CELEB
URL: www.teco.edu/arcs05/ foi classificada por Ambuj deste espantoso produto
Goyal, director-geral do praticamente desde o seu
DRS Workshop - Dynamically Reconfigurable Systems IBM Software Group para lançamento — e com gran-

20 ano
Data: 17-03-2005 as aplicações Lotus, como des resultados. Nós cresce-
Local: Innsbruck, Áustria “uma plataforma de elei- mos com o Lotus Notes e
URL: configware.org/DRS_Workshop_ARCS_2005.pdf ção para a colaboração” no tiramos os nossos chapéus a
seio das organizações e das todos os talentosos elemen-
isQED 2005 – 6th International empresas. tos que contribuíram para o
Symposium on Quality Electronic Design Segundo a IBM, estas seu desenvolvimento.”

no
“Design for Quality in the Era of Uncertainty” três famílias de produtos Segundo os responsáveis
Data: 21-03-2005 a 23-03-2005 constituem o “núcleo do seu da Lotus, o IBM Workplace
Local: San Jose, Califórnia, EUA portfólio de colaboração” Collaboration Services
URL: www.isqed.org/isqed.htm e o “alicerce a partir do pretende ser um ambiente
qual é possível construir as único e integrado, dotado
Bibliotecas digitais: uma revisão de tecnologia soluções correspondentes à de um extenso leque de
2º Ciclo de Seminários em Estudos de Informação e Bibliotecas dimensão de cada empresa, recursos de colaboração e
Digitais e Gestão de Sistemas de Informação ao papel que cada colabora- serviços: correio electrónico, reacção mais rápida e expe- dente para o desenvolvi-
Local: Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa dor desempenha ou à infra- agenda, mensagens instan- dita às oportunidades que o mento e suporte técnico
(ISCTE), Lisboa estrutura” de tecnologias de tâneas, formação a distân- mercado lhes apresentar. da Lotus) e Irene Greif,
“What Canadian are Acessing on Public Library Internet informação das empresas. cia e videoconferência pela Neste quadro de flexibi- investigadora e directora
Terminals: A Transaction Log Analysis” E Ambuj Goyal (ver, Web — para além de fun- lidade centralizada, um do grupo de Collaborative
Data: 25-03-2005 ao lado, Uma Pergunta ções mais “convencionais” trabalhador da empresa User Experience da IBM
URL: www.dct.iscte.pt/mestrados/comum/seminarios/ A) afirmou mesmo que o mas não menos decisivas, pode aceder a todos os (os três destacados nas
seminarios.2004.htm IBM Workplace Services como a gestão de documen- seus recursos na respectiva fotos do painel).
Express representa um tos e de conteúdos baseada infra-estrutura de infor-
SLIP 2005 – System Level Interconnect Prediction passo decisivo na disponibi- nas tecnologias da Web, seja mação qualquer que seja o
Data: 2-04-2005 a 3-04-2005 lização de uma plataforma no âmbito de intranets seja local e as condições em que
Local: São Francisco, Califórnia, EUA de colaboração baseada no usando a Internet propria- ensaie esse acesso: noutro
Contacto: Igor Markov papel (e consequentes atri- mente dita. escritório da organização,
E-mail: imarkov@umich.edu butos) de cada pessoa no Assim, o IBM Work- em sua casa, nas insta-
URL: www.sliponline.org quadro de uma organização, place Collaboration Service lações dos clientes, num
cuja gestão é centralizada a permite às empresas e às avião, etc.
ISPD 2005 – ACM International partir de um servidor — o organizações — graças às Um dos momentos
Symposium on Physical Design que permite simplificar o possibilidades de fazer evo- altos do Lotusphere 2005
Data: 3-04-2005 a 6-04-2005 processo de identificação luir para um novo patamar seria, no entanto, o debate
Local: São Francisco, Califórnia, EUA e autenticação de cada o modo como as pessoas realizado por um painel
URL: www.ispd.cc utilizador em cada sessão trabalham, com base no de personagens moderado
de trabalho, reduzindo-o a papel que desempenham e pela conhecida analista do
RAW 2005 – The 12th Reconfigurable Architectures Workshop um único acto e proporcio- do seu estatuto no seio da sector Esther Dyson (cujas
“Run-Time Reconfiguration & Adaptative Computing: nando não maior segurança organização — a instalação crónicas quinzenais Com-
Architectures, Algorythms, Technologies” e defesa contra entradas de serviços de colaboração putadores publicou até há
Data: 4-04-2005 a 5-04-2005 abusivas ou intrusões, por pré-definidos e reutilizá- poucos meses, quando a
Local: Denver, Colorado, EUA um lado, e, por outro, uma veis, aptos a oferecerem sua empresa foi adquirida
Contacto: Serge Vernalde maior produtividade dos a flexibilidade necessária pelo grupo CNet Networks)
E-mail: vernalde@imec.be empregados da organização para responder às mudan- e que, entre outros, teve a
URL: www.ece.lsu.edu/vaidy/raw05/ e uma maior eficiência nas ças das condições do seu participação de Ray Ozzie,
relações entre esta e os seus negócio, bem como a uma Mike Rhodin (vice-presi-

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5

Irene Greif
BROU A EFEMÉRIDE E ANUNCIOU NOVIDADES
os do Notes
mercado
Segundo Ray Ozzie, o desenvolvimento, seriam
Notes mudou muito desde os chamados “power users”.
os seus primórdios, em que Hoje, haverá a percepção
se acreditava profunda- fundamental de que os que
mente que as pessoas que melhor têm que perceber
melhor entenderiam uma uma aplicação são aqueles
aplicação, para daqueles que estão nas margens
que procederam ao seu da organização — aque-
As mordazes piadas de John Cleese
Na sessão de abertura do Lotusphere 2005,
a animação das hostes esteve a cargo
do conhecido actor inglês John Cleese,
popularizado por várias séries televisivas
mas imortalizado pela sua participação nos
filmes dos Monty Python. Pondo-se à partida
na posição do “british” de visita às terras do
Tio Sam, Cleese assumiu expressamente o
papel de “bobo da corte” — aquele que podia
dizer as coisas que, se fossem ditas por outros,
redundariam em guerras civis — e desatou a
brincar com tudo e com todos.
Começou com os próprios norte-americanos
(que gostam que lhes chamem “assholes”) para
lembrar Benjamin Franklin e a sua alegada
invenção da conhecida expressão “Time is
money” — isto para provocar os presentes
na sala com a presumida oposição entre,
nota de Ozzie foi o subli-
nhar do fosso que, de novo,
se está a cavar no mercado
entre as tecnologias de
informação desenvolvidas
para o mundo profissional
empresarial, por um lado,
e as que vão surgindo para
os utilizadores individuais
ou profissionais isolados e
de pequenas organizações
— por outras palavras, a
tensão entre a integração
verticalizada, por um lado,
e a segmentação, por si
considerada indispensá-
vel para a abordagem do
mundo das pequenas e
médias empresas e dos
profissionais independen-
tes. Exemplo disto serão os
milhares ou milhões de uti-
lizadores que, no seu local
de trabalho, têm um PC
da empresa para acederem
ao respectivo sistema de
informação e, ao lado, um
computador pessoal com as
aplicações e os utilitários
que mais lhe agradam para
o seu trabalho do dia-a-dia.
E Ray Ozzie deu ainda
outro exemplo — o que se
passa com o seu filho mais
velho, extensível a milhões
de outros adolescentes por
esse mundo fora: “Ele só
usa o correio electrónico
para comunicar com pes-
soas com quem não quer
falar; à parte isso, só usa
o Messenger. Tem sempre
quatro, cinco ou seis janelas
Esther Dyson abertas com outros tantos
amigos e vai comunicando
com eles desse modo. Acho
que teremos de imaginar
como é que este tipo de
utilizadores, quando che-
garem á idade adulta e à
condição de activos, vão
olhar para as ferramentas
que nós andamos aqui a
desenvolver — e se elas
lhes dirão alguma coisa…
Não acredito que este tipo
de utilizadores venha a
conseguir ‘encaixar-se’
nos ambientes de gestão
centralizada que andamos
a desenvolver para os
ambientes empresariais.”
les, afinal, para quem as Esta ideia fracturante
aplicações são concebidas seria corroborada por Irene
e cujo labor mais poderá Greif com base na sua expe-
tirar partido dos recursos riência no MIT na investi-
e potencialidades propor- gação de base de dados
cionadas por essas mesmas distribuídas e no estudo de
aplicações. interfaces e de mecanismos
Mas a mais interessante de automação de tarefas
nas organizações, estudos
esses conduzidos de forma
multidisciplinar, com
antropólogos, sociólogos e
por um lado, o gosto pelas tecnologias e a outros cientistas sociais.
racionalidade positivista a elas associada, e por Já Mike Rhodin preferiu
outro, o primado dos sentimentos humanos. sublinhar a importância da
E referiu então os trabalhos do investigador convergência das normas
português António Damásio, da Universidade — como a voz sobre IP
do Ohio, que sublinharam a importância da (VoIP) — para a construção
validação emocional nos processos de decisão de soluções e alternativas
aparente e exclusivamente racionais. capazes de lidarem com as
Voltando depois a um registo mais leve e crescentes restrições aos
provocatório, John Cleese prosseguiu com investimentos das empre-
os ingleses — que teriam a mania de estar sas nas suas infra-estru-
sempre a pedir desculpa —, com os franceses turas de tecnologias de
(que nunca teriam tido uma guerra civil, informação, acrescentando
pelo que nunca teriam conseguido ganhar valor e proporcionando
uma guerra…) e com o suíços: qual será o reduções de custos na res-
sentido de dizer piadas sobre os helvéticos pectiva manutenção. ●
se eles nunca perceberão para que é que elas
servem? ● R.J.C. COMPUTADORES REALIZOU ESTA VIAGEM
A CONVITE DA IBM PORTUGAL
S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
uma pergunta a
Ambuj Goyal
Director-geral do IBM Software
Group para as aplicações Lotus
Qual o peso das pequenas e médias
empresas nas vendas da Lotus — convindo,
evidentemente, precisar qual o conceito
usado pela IBM e pelo seu Software Group
para definir o que é uma pequena e média
empresa? No que respeita ao Linux, qual a
importância que a Lotus lhe atribui para o
crescimento das suas vendas em ambientes
empresariais?
A Lotus, as PME
e o Linux
P
osso dizer-lhe que, hoje, mais de 50 por cento
das receitas realizadas pela Lotus provêm de
clientes que são pequenas e médias empresas
(PME). E também que as nossas expectativas
vão no sentido de que tal proporção se man-
tenha no futuro próximo. Por exemplo, das cerca de 60
mil empresas que são clientes do Lotus Notes, algo como
90 por cento delas incluem-se na categoria das PME.
É claro que é pertinente a sua observação sobre qual
o conceito de pequena e média empresa na IBM, que
tem muito a ver com a realidade do tecido empresarial
norte-americano e é bastante diverso daquele que é mais
usado na União Europeia. Para a IBM, pequenas e médias
empresas são todas aquelas que ficam para além das 5
mil maiores empresas dos EUA — o que nos deixa com
uma enorme quantidade de empresas com as dimensões
mais diversas, tanto em número de empregados como de
volume de negócios, como ainda de processos.
Ora, no sector do “software”, é necessário estratificar
melhor esta visão dos potenciais clientes, pelo que nós
adoptamos um critério complementar para tentar com-
preender melhor a realidade das PME. Assim, recorremos
a uma subclassificação das empresas baseadas em três
categorias: com mais de mil trabalhadores, com 500 a mil
empregados e com menos de 500 trabalhadores.
Mas, mesmo assim, só nos EUA, há cerca de 1 milhão
de pequenas empresas com 10 ou menos empre-
gados — aquilo que se poderá designar por micro-
empresas, como também fazem na Europa —, as quais
não deixam de ter um produto de eleição na Lotus: o
Workplace Express.
Quanto ao Linux, trata-se de um sistema operativo
e, de certo modo, de uma plataforma que têm vindo
a mostrar-se muito importantes para o crescimento
das vendas da Lotus — em particular, nas soluções
assentes em “blade servers” — devido à grande fle-
xibilidade em matéria de opções proporcionada aos
nossos clientes empresariais.
Pode-se mesmo falar de um verdadeiro ponto alto na
atenção com que os nossos clientes (actuais e poten-
ciais) olham para o Linux — e não é porque a Lotus
ande a fazer um especial esforço para promovê-lo. Não,
o que se verifica, a avaliar pela nossa experiência, é que
os utilizadores dos diversos Windows estabilizaram, de
certo modo; que tem vindo a reduzir-se visivelmente o
número dos utilizadores dos diferentes Unix que tinham
maior expressão no mercado; e é no Linux que temos
visto um claro crescimento — e a Lotus tem-se limitado
a acompanhar esta tendência, procurando corresponder
à vontade dos seus clientes.
O sector das tecnologias de informação (TI) já deixara de
crescer ao ritmo dos anos 90 e, hoje, a maioria dos nossos
clientes não dedicam mais de 20 por cento dos seus orça-
mentos anuis de TI aos investimentos e às coisas novas,
pois, em média, 80 por cento deles são consumidos pela
manutenção dos seus sistemas de informação. Ora, para
a Lotus ter crescido, neste último ano, à volta de 10 por
cento é porque conseguiu corresponder às novas ten-
dências do mercado, nomeadamente no que respeita ao
Linux e porque conseguiu levar 15 mil clientes a migra-
rem de produtos concorrentes para o Notes. ●
DEPOIMENTO COLHIDO POR RUI JORGE CRUZ
computadores .7
 WEBMANIA

A página em epígrafe permite

efectuar uma tarefa muito
curiosa: através de informações fide-
dignas contidas nos mais variados
“sites” oficiais do mundo empresarial

O BEIJO
e institucional, desenhar mapas de
redes de empresas que partilham
administradores de topo, presidên-
cias e capitais. Diz quem faz uso do
sistema que ele permite entender
muito do que se passa nos vários
ambientes, nos negócios e nas
estratégias adoptadas pelas grandes
empresas, sobretudo as multinacionais. Um homem em sete luga-
res de administração de diferentes empresas pode causar surpresa
e reticências… mas pode também ser a chave para muitos misté-
rios. ● mulher.aranha@publico.pt
www.theyrule.net

W
WEBBMMAANNI IAA
www.guggenheim.com dessins.de.konk.free.fr www.jasonproject.org www.donniedarko.com

E ste é o portal da Fundação Solo- C orrosivos talvez seja o mínimo que

mon R. Guggenheim, que apre-
senta as páginas de todos os seus
cantinhos no mundo: Nova Iorque,
Bilbao, Veneza, Berlim e Las Vegas. É só
escolher a arquitectura que prefere.
Cada museu apresenta-se com estilo
próprio, dando a conhecer as suas
programações, as suas actividades e
os seus recheios. ●
se pode dizer destes desenhos de
Konk sobre a classe política, em geral
— e sobre a francesa, em particular. Em
tom de reclame, uma citação de Sacha
Guitry foi transformada no lema desta
página:“Quem não suporta uma brinca-
deira tolera mal a reflexão”. A partir daí,
tudo é possível! ●
O bjectivo: incutir em estudantes
uma paixão pela aprendizagem
da ciência, da matemática e das tec-
nologias através da prática da des-
coberta científica, proporcionando
experiências bem longe da abstrac-
ção, do giz e do quadro. É este o fim
proclamado da Jason Foundation for
Education, uma organização educa-
tiva sem fins lucrativos, criada em
1989 em Massachusetts, nos EUA — e
este é o seu sítio na Web. ●
C omeça por dizer que se pode
fazer qualquer coisa que se queira
— e que você também. Acrescenta um
anúncio definitivo: o “Tangent Universe”
colapsou há cerca de quatro anos e
uns tantos segundos, embora isso não
pareça ter afectado nada de especial.
Basta clicar no “proceed” para o passeio
continuar. Mas nada se torna mais claro
com o passar deste espectáculo pelo
ecrã, bem pelo contrário: um docu-
mento do Departamento de Justiça
do estado norte-americano da Virginia,
mais precisamente de um centro de
detenção juvenil, vem baralhar as letras
e, num labirinto de Y (yes/sim) ou N
(no/não), as águas tornam-se cada vez
mais turvas…●

www.ology.amnh.org

E sta é a página preferida de muitos “OLogists”. Nela encontram uma

lista de inúmeros OLogies, para todos os gostos e feitios. Por esta
altura, deve estar o leitor a questionar-se, preocupado:“Será que eu sou
um destes indivíduos?” Muito provavelmente até é, mesmo que não o
saiba! OLogy significa nada mais nada menos que “o estudo de” — e
dá o nome a este sítio do American Museum of National History, em
Nova Iorque (EUA), dirigido aos mais novos. Dividido em variadas áreas
temáticas como a genética, a biologia marinha, a astronomia, a biodi-
versidade, a arqueologia, a paleontologia, entre outras, é um verdadeiro
poço de informação. Vale a pena visitar, sobretudo se acha interessante
descobrir que “os gémeos verdadeiros são clones naturais” ou que “o
Monte Evereste se eleva todos os anos”. ●

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
 S H A R E WA R E
Edição pessoal e gravação de vídeos
A
TECNOLOGIA DVD con-
quistou, nos últimos
anos, as preferências
dos consumidores
— facto patente no
número de leitores vendidos e de
discos com filmes ou espectáculos
musicais, que têm aumentado
de forma exponencial. Este cres-
cimento do DVD acompanha a
apetência do mercado pelas novas
tecnologias digitais, que começou
com a música — nos CD — e agora
se expande ao vídeo e à fotografia.
Neste campo, são também muito
populares as máquinas fotográ-
ficas e câmaras digitais, que
permitem registar imagens fixas
(ou em movimento) em cartões
de memória, que depois permitem
uma fácil transferência para o
computador pessoal.
Uma das grandes vantagens
para os utilizadores desta revolu-
ção da “imagem digital” é a com-
patibilidade dos equipamentos com
os PC, que permite uma simples
distribuição, impressão e arquivo
desses conteúdos. As fotografias ou
os vídeos registados nas máquinas
digitais podem ser editadas nos
computadores pessoais. A transfe-
rência digital de imagens permite
ainda gravá-las em CD-ROM ou
em DVD e lidas nos vulgares lei-
tores de DVD, tão comuns nos dias
de hoje, e assim apresentadas em
grande formato à família ou aos
amigos no televisor da sala.
Com menores custos, o consu-
midor pode, assim, fazer arquivos
de alta qualidade das imagens e
dos vídeos produzidos. Por outro
lado, os programas de edição
digital são cada vez mais simples
de usar, garantindo
excelentes resultados NUNO BERNARDO
com pouco esforço — e
o SuperDVD Creator é uma dessas
aplicações pensadas para satisfa-
zer as necessidades dos utilizado-
res domésticos no que se refere à
gravação de imagens digitais. O
objectivo dos seus criadores foi
desenvolver uma ferramenta de
utilização simples e que permita
criar arquivos de imagem neste
novo suporte, de forma também
simples e económica, e que não
obrigue à aprendizagem do uso de
complexas ferramentas.
Com o SuperDVD Creator,
o leitor pode digitalizar as suas
velhas (e novas) cassetes de vídeo e seu PC para gravar em DVD os
transferi-las para DVD. Ou, então,
transferir para DVD — de forma a
poder visualizá-los no televisor lá no PC podem ser organizados
SUPERDVD CREATOR 8.0, DA MASTERSOFT
de casa — vídeos que arranjou na
Internet, nos populares formatos
AVI, Quicktime ou DIVx. A partir
de vídeos arquivados no disco do
PC ou de fotografias em formato
digital, o utilizador pode criar
os mais atraentes filmes para
serem lidos em qualquer PC ou
na grande maioria dos leitores de
DVD disponíveis no mercado.
Refira-se, no entanto, que este
programa não permite fazer a
digitalização e edição de vídeos.
Para tal, o utilizador necessitará
de uma aplicação especializada
nesta tarefa: quem use o Win-
dows XP poderá
contar com o Movie
Maker, que pode ser
copiado gratuitamente do sítio
da Microsoft e permitirá editar
vídeos, retirando partes que não
interessem ou adicionando-lhe
efeitos ou um tema musical para
acompanhar as imagens.
O SuperDVD Creator permite
a gravação imediata em DVD de
todo o tipo de conteúdos de vídeo,
procedendo à conversão dos fichei-
ros para o formato MPEG2. Por
exemplo, se possuir uma placa
de sintonização de sinal de TV
(os chamados “PC TV tuners”),
o utilizador poderá programar o
seus programas de TV favoritos.
Os ficheiros de vídeo arquivados
S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
em menus e conter informação
extra — tal e qual os DVD com
os últimos sucessos de Hollywood
que compramos nas lojas da espe-
cialidade. No SuperDVD Creator,
estão disponíveis vários exem-
plos de interfaces, com menus e
botões, para que rapidamente o
utilizador possa criar o seu pri-
meiro projecto.
O utilizador doméstico tem,
assim, ao seu alcance uma fer-
ramenta que lhe permite criar
facilmente os seus próprios CD de
apresentação com imagens do seu
quotidiano familiar, das últimas
férias ou de alguma ocasião impor-
tante. Mas, se quiser criar um
produto à sua medida, o programa
facilita a personalização de toda
a interface e a interactividade do
produto final.
O uso do SuperDVD Creator
é bastante simples, pois ele faz-
se acompanhar por uma extensa
documentação, muitos exemplos
e assistentes que auxiliam o uti-
lizador no processo de criação dos
seus projectos. Com apenas alguns
cliques do rato, é possível realizar
a grande maioria das tarefas e
criar o primeiro DVD. Quanto a
requisitos técnicos do computador,
o programa requer um Pentium
III (ou equivalente) e um mínimo
de 128 MB de memória; mas um
disco rígido de grande capacidade é
quase obrigatório para que se con-
siga, sem grandes restrições, arma-
zenar os trabalhos realizados.
O SuperDVD Creator custa
cerca de 25 euros, valor que se pode
considerar bastante acessível tendo
em conta as funcionalidades ofere-
cidas, onde se incluir um conversor
de ficheiros vídeo em diferentes
formato para MPEG2. O processo
de gravação do resultado final em
DVD não requer qualquer apli-
cação externa, sendo executada a
partir do próprio programa, o que
o torna mais simples e mais rápido.
Quem se interessa por esta temá-
tica das imagens digitais poderá
visitar o “site” da MasterSoft (
http://www.alldj.com/ ), editora
deste programa, que oferece outras
ferramentas para manipulação de
vídeo digital, edição, conversão e
gravação em DVD. ●
FICHA
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
Vieira, Paulo Almeida, Pedro
Fonseca (pedrof@journalist.com),
Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
Luis Carlos Amaro/
Gráficos à Lapa
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Portugal €36.40
Europa €117.00
Resto do Mundo €189.80
Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.
computadores .9
 JOGOS
‘IMMORTAL CITIES: CHILDREN OF THE NILE’, ‘KNIGHTS OF HONOR’, ‘ALEXANDER’, ‘KOHAN II: KINGS OF WAR’, ‘SEAL OF EVIL’
Manobras de Inverno
F
AÇA CHUVA OU FAÇA SOL, o Inverno
convida a ficar no aconchego do
lar. Para acompanhar a letargia
da época, nada melhor que um
bom jogo de estratégia, que não
exija movimentações exageradas. Daí
que a escolha de jogos envolventes seja
fundamental, com as várias propostas em
análise a serem interessantes e variadas,
mas sempre com uma componente histó-
rica decisiva.
Se o velho Egipto faz parte dos interes-
ses do jogador, “Immortal Cities: Children
of the Nile” será mais que satisfatório.
Esta aposta da Sega num estilo de jogo
— que não faz parte do
imaginário da empresa — é MIGUEL
um arranque meritório para
um potencial saga de sucesso. Baseando-
se numa lógica popularizada por outro
jogo “egípcio”, “Pharaoh”, trata-se de um
jogo de estratégia assente na vertente de
construção de cidades, ou seja, em aliciar
o “povo” a instalar-se nas metrópoles e a
fazê-las crescer. Para isso, é preciso asse-
gurar as condições, atender às necessida-
des e satisfazer todos os pedidos; em troca,
ganha-se uma sociedade próspera, que irá
avançando por várias gerações de faraós.
A grande novidade em relação aos
clássicos é que este é um dos primeiros
jogos deste subgénero a apostar num 3D
real — e a vantagem é notória. O prazer
de ver a evolução do jogo em grande
detalhe, o ar majestoso que o imaginário
computadores .10
associa ao período áureo do Egipto clás-
sico e a forma como a interface permite
a qualquer jogador entrar na acção de
forma simples são muito potenciados pela
tecnologia utilizada.
De forma natural, o jogador assume o
papel de faraó (apesar de o poder passar
de pais para filhos), tendo como missão
básica tornar-se num “deus” para o povo,
através do desenvolvimento da sociedade
e de ser o maior de todos os tempos…
Mas “Children of the Nile” não se
esgota nessa vertente, integrando igual-
mente uma interessante componente de
estratégia em tempo real e de evolução
social. O jogo torna-se ainda
CRESPO mais interessante pela
inclusão de um segundo CD
(a caixa é dupla) com um guia completís-
simo, contendo descrições de vídeo com
comentários, músicas e vários extras.
Se a época preferida for a medieval,
então “Knights of Honor” é o jogo para
homens de armadura. Com mais de cem
reinos à escolha, o jogador vai passar por
três períodos históricos. A grande varie-
dade — nomeadamente de mapas —, a
simplicidade de jogo, a versatilidade dos
vários tipos de unidades, de construtores
a espiões, fazem de “Knights of Honor”
um desafio.
O objectivo é ir aumentando o reino
até controlar toda a Europa, tendo, para
isso, que gerar receitas (de comércio ou de
impostos, por exemplo), usar a diplomacia
S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5
ou a força para construir e alimentar exér- pouco mais do que a série “Cossacks” com
citos à altura dos sonhos expansionistas. lanças e espadas… Os personagens são os
Não será o melhor jogo do género em do filme, a banda sonora é idêntica e há
termos gráficos nem o som impressiona vários bónus, como dez minutos inéditos
muito; mas quem procura um jogo de da película, entrevistas e o “making of” da
estratégia a sério, que exige bastante banda sonora.
empenho, ficará de barriga cheia. A con- Para o fim ficou um jogo de RPG (“role
sulta do manual em português é funda- playing game”) que aposta na história chi-
mental, bem como passar pelo tutorial. nesa antes de Cristo e no final da dinastia
O mesmo tipo de temática tem Zhou. “Seal of Evil” segue a lógica habi-
“Kohan 2: Kings of War”, embora, aqui, tual e básica do género, com uma história
se substitua o realismo histórico pela em que o herói vai evoluindo até comple-
magia. O ambiente medieval está bem tar a sua missão. Misturando mitologia
recriado mas, em vez de povos humanos, com história, é uma boa ideia que se perde
temos seis raças e mais cinco facções, com num jogo antiquado, pobre na maioria dos
que se vai tendo contacto obrigatório no aspectos e que nada traz de novo. ●
decorrer do jogo.
Com todas as opções habituais,
também este jogo se centra na vertente
de combate, em que o fundamental é
jogar com a estratégia e o posicionamento
de cada tipo de unidades a aplicar a cada
situação. A utilização do 3D permite bom
pormenor e aumenta o realismo, até
porque há efeitos especiais muito bem
conseguidos e personagens muito deta-
lhados.
O licenciamento do filme “Alexander”,
de Oliver Stone, promete muito mas
fica abaixo das expectativas. O período
escolhido é extremamente rico e a ideia
de entrar nas grandes batalhas que per-
correram o Médio Oriente no tempo de
Alexandre, o Grande, é atraente. Mas
o jogo acaba por ser banal, repetitivo e
 dica

Alterar a informação
de registo no Windows XP
Muitos leitores nos têm escrito e enviado
mensagens de correio electrónico a pedir que
voltemos a descrever os procedimentos que
permitem alterar a informação de registo no
Windows XP — pedidos a que correspondemos
nesta edição.
Quando se instala o sistema operativo Windows
XP, durante o processo de instalação, é pedido
para introduzir o nome do utilizador e da
empresa a que o computador pertencerá. Essa
informação irá, a seguir, constar do separador
Geral em Propriedades do Sistema — a se pode
aceder através do menu Iniciar, accionando o
comando Painel de Controlo e, dentro deste,
Desempenho e Manutenção, e depois Sistema
— no item “Registado Para”.
Infelizmente, o Windows XP não apresenta
nenhuma ferramenta que permita alterar
facilmente esta informação de registo. Mas, como
acontece com quase tudo — se não mesmo tudo
— no Windows, é possível alterar esses dados
através da edição do Registo do Windows.
Antes de fazer qualquer alteração neste Registo,
aconselha-se o utilizador a proceder a uma cópia
de segurança (muitas vezes também designado
por “backup”) deste mesmo ficheiro, ou, pelo
menos, da parte que irá ser alterada ou editada.
Para abrir o Registo do Windows, carrega-se
em Iniciar e escolhe-se Executar. Na linha Abrir,
escreve-se “regedit” (sem as aspas) e carrega-se em
OK. No painel do lado esquerdo da janela Editor
de Registo, abre-se a pasta (ou chave), dentro de
Título “Immortal Cities O Meu Computador, HKEY_LOCAL_MACHINE — e,
Children of the Nile” 8
/10 depois, vai-se abrindo progressivamente as pastas
Estilo Estratégia (ou chaves) SOFTWARE, Microsoft, Windows NT
Plataforma PC e Current Version. Dentro desta última, procura-
Produtor Sega se, no painel da direita, a entrada (ou valor)
Distribuidor Ecofilmes RegisteredOwner e dá-se dois cliques com o rato
Edição Fevereiro 2005 sobre ela.
A seguir, abre-se uma pequena janela com o
Título “Knights of Honor” título Editar Cadeia, que se pode ver na imagem.
Estilo Estratégia 9
/10 No campo Dados do Valor, pode-se então
Plataforma PC escrever o nome de utilizador que se pretender,
Produtor Electronic Arts carregando-se, a seguir, no botão OK.
Distribuidor Electronic Arts A fim de alterar o nome da empresa ou da
Edição Dezembro 2004 organização, faz-se o mesmo com o valor
RegisteredOrganization. Feitas estas alterações,
Título “Alexander” basta fechar o programa Editor de Registo para
Estilo Estratégia 6
/10 que elas sejam aplicadas. ● JOSÉ DOUTIL
Plataforma PC
Produtor Ubisoft
Distribuidor Ecofilmes
Edição Dezembro 2004

Título “Kohan II Kings of War”

Estilo Estratégia 9
/10

Plataforma PC
Produtor Global Star
Distribuidor Infocapital
Edição Novembro 2004

Título “Seal of Evil”

Estilo RPG 5
/10

Plataforma PC
Produtor GMX Media
Distribuidor Infocapital
Edição Dezembro 2004

S E G U N D A - F E I R A . 1 4 . F E V E R E I R O . 2 0 0 5 computadores .11
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552