Computadores
SEGUNDA-FEIRA 9 MAIO
As novidades Países europeus
digitais da Sony preservam cultura E-government
Os frutos da convergência Seis países reagiram à
da electrónica de consumo iniciativa da Google e
com o estilo de vida digital aceleram digitalização
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ADSL2+ SERÁ A TECNOLOGIA USADA PARA A OFERTA DO ‘PACOTE TRIPLO’
A Sonaecom e a TV pela Net
SONAECOM quer disponibilizar
A
centenas de canais de tele-
visão usando a Internet por
banda larga já disponível em
milhares de lares — mas con-
fronta-se com problemas levantados pela
concorrência no acesso a certos conteúdos.
A “holding”, detentora das empresas de
telecomunicações da Sonae (e também
do PÚBLICO), pretende disponibilizar
canais de televisão ainda neste ano
através da tecnologia ADSL. O anúncio,
feito na semana passada por Luís Reis,
administrador executivo da Sonaecom,
em entrevista ao “Diário de Notícias”, foi
confirmado a Computadores por Pedro
Ramalho Carlos, responsável operacional
de negócio.
Em termos técnicos, o sistema está já
a funcionar noutras paragens em formato
comercial — como Hong Kong ou França
— e os testes controlados em Portugal não
mostraram problemas técnicos de monta.
Pelo contrário, permitirá a oferta de ser-
viços difíceis de disponibilizar na rede dos
operadores de televisão por cabo.
Na TV por ADSL, cada cliente final
dispõe de uma “linha dedicada” baseada
num acesso ponto a ponto, que, segundo
Pedro Carlos, garante um “canal exclusivo
para cada cliente”. A tecnologia, correcta-
mente definida como ADSL2+, permite o
controlo dos servidores onde estão arma-
zenados ou a ser transmitidos os pro-
gramas pelo operador. Diferente de um
acesso à Internet por banda larga (ADSL,
por exemplo), permite que o cliente final
não esteja sujeito a quebras de serviço.
“É como uma rede privada virtual”, que
funciona bem com débitos de 4 megabits
por segundo (Mbps) para se obter uma
transmissão televisiva de qualidade.
A condicionante actual são os conte-
údos. Estes não serão da Sonaecom mas,
sim, contratualizados junto de operadores
de televisão nacionais ou
estrangeiros, tal como sucede PEDRO
com os fornecedores para a
televisão por cabo — mas, ao contrário
destes, a oferta pode ser muito superior.
Na TV por cabo, o operador é obrigado, por
razões técnicas, a oferecer todos os canais
ao utilizador final, bloqueando aqueles
que o cliente não subscreve, explica Pedro
Carlos. Existe, assim, um limite técnico
2005 DIRECTOR JOSE
Os cidadãos e o
Estudo da Accenture mediu
graus de uso e de satisfação
face aos novos meios
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na rede por cabo e daí que os canais em
formato analógico não ultrapassem a cen-
tena e, em digital, apenas cheguem aos
200. Mas porque oferecem igualmente o
acesso à Internet por esse cabo, os opera-
dores não podem alargar, pelo contrário, o
número de canais de televisão.
Na TV por ADSL, “o limite [na oferta do
número de canais] são os contratos” com as
cadeias de televisão — mas, dotado de uma
“set-top box” ligada ao televisor, o cliente
só vê o canal que escolhe. Esta eficiência
na rede técnica (que permite passar de um
canal para outro em “décimas de segundo”)
proporciona igualmente opções que os
operadores de TV por cabo ainda não
disponibilizam em Portugal,
FONSECA como o verdadeiro “video on
demand” (acesso em tempo
real a qualquer tipo de conteúdo disponível
na rede). A tecnologia permite também ter
um “videogravador pessoal” no servidor da
empresa, cujos conteúdos ficam aí armaze-
nados e acessíveis em qualquer altura.
Com esta tecnologia, não será mais
fácil piratear canais de televisão: “É
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ
PUB
Boa extensão A vida levada
para o Outlook para o ecrã
Um programa de ‘shareware’ Dois jogos inspirados nos
que reforça os recursos do ‘Sims’ e outros três de acção
programa do Office e estratégia realista
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FABRIZIO BENSCH/ REUTERS
Pedro Carlos. “Não
está no horizonte
sermos produtores
de canais.”
Por seu lado,
Luís Reis afirmou
que a empresa pre-
tende entrar na fase
comercial do serviço
no segundo semestre
do ano mas que se
confronta com atra-
sos na marcação de
reuniões com a Por-
tugal Telecom (PT),
que se encontra em
vias de alienar a
Lusomundo Servi-
ços, detentora de
canais de cinema na
TV Cabo, por exem-
plo, já distribuídos
também a concor-
rentes como a Cabo-
visão ou a TV Tel.
“A negociação está a
demorar”, confirma
Pedro Carlos.
Quando avan-
melhor do que na TV por cabo, porque esta çar, a Sonaecom poderá então ter uma
não sabe o que está a dar” no televisor do oferta de pacote triplo (ou “triple play”):
cliente final — explica Pedro Carlos, voz, dados e televisão na mesma rede, e
lembrando que este tipo de operador for- cobrança única ao cliente.
nece dezenas de canais, alguns dos quais Quanto a clientes no acesso à Internet
podem ser pirateados através da “set-top por banda larga, Portugal conta com 858
box” instalada em casa. “Neste caso, para mil utilizadores, dos quais 435 mil o fazem
o cliente ver um canal, o operador sabe o usando as redes da TV por cabo e 421 mil
que ele está a ver, pelo que é mais seguro por ADSL, o segmento que mais tem cres-
do que no cabo”. cido, segundo dados recentes da Anacom.
Também por esta razão, a empresa Por outro lado, o interesse pelos conteúdos
fica com um enorme potencial de conhe- televisivos tem vindo a aumentar em Por-
cimento sobre as escolhas e gostos tele- tugal: em Dezembro, 616 mil visitantes
visivos e de acesso à Internet dos seus únicos acederam aos endereços das tele-
clientes. “No limite, é possível; mas não visões, segundo dados da Marktest — 49,4
há condições para o fazer”, explica Pedro por cento dos utilizadores da Internet e
Carlos. “E não está nos nossos planos mais 3,6 por cento face ao mês anterior.
fazer essa análise.” Os sítios na Web dos canais televisivos
No futuro, existe ainda a possibili- portugueses receberam 400 mil utilizadores
dade técnica de a Sonaecom ter canais únicos mas os canais estrangeiros tiveram
próprios mas a empresa reconhece que o maior crescimento face a Novembro (mais
isso a iria transformar num operador de 12,3 por cento de visitantes). A SIC Online
televisão, para o que não está licenciada. liderou as visitas em Dezembro, com 278
“100 canais já é uma grande oferta; o mil acessos personalizados, seguindo-se a
importante é a limitação no cabo e nós TVI (144 mil utilizadores únicos) e a RTP,
não temos esse constrangimento”, explica com 122 mil utilizadores.●
 uma pergunta a SONY MEDIA EXPERIENCE 2005 FOI PALCO DE INÚMEROS NOVOS PRODUTOS
Chris Deering
Presidente da Sony Europe
Ainda e sempre os novos
estilos de vida digitais
SONY promoveu há cerca de
Para uma empresa, como a Sony, que pretende
estar na primeira linha da convergência entre a
informática e a electrónica de consumo, como
é que é actualmente equacionada a questão
dos canais de distribuição e retalho na Europa:
o canal da electrónica de consumo já não pode
A três semanas em Bordéus
um evento denominado
Media Experience, com o
qual pretendeu demonstrar
não só as possibilidades dos seus novos
produtos — em particular, na área de
convergência entre a electrónica de
dar uma resposta cabal à sua vasta linha de consumo e as tecnologias de informa-
produtos mas, por outro lado, o canal usual das ção (TI) — como ensaiar e exemplificar
tecnologias de informação também não está uma nova forma de fazer chegar essa
vocacionado para grande parte dos produtos informação junto dos consumidores
de convergência da Sony… em geral e dos seus potenciais clientes
em particular (ver, a este propósito, ao
A Sony na lado, Uma Pergunta a Chris Deering,
presidente da Sony Europa).
E esta nova forma de um contacto
mais directo com os potenciais utiliza-
Europa dores e clientes foi, aliás, justificada
muito claramente pelo mesmo Chris
Deering na abertura do evento quando
apontou algumas das linhas-mestras
A
Europa é um continente muito complexo,
mesmo que considerássemos apenas os da estratégia da sua empresa para esta
países da actual União Europeia a 25. era de convergência entre a electrónica
Mas ela é hoje muito mais do que esses de consumo e as tecnologias de infor-
25 países e com tantas diferenças e con- mação (TI), que, de promissora há uns
trastes que a complexidade daí resultante é enorme: anos, se tornou já numa realidade sem
desde as diferenças no PIB “per capita” às particulari- retorno e à margem da qual as oportu-
dades culturais de cada país e mesmo de cada região, nidades de negócio tendem a minguar.
a diversidade não podia ser maior. Ora, se a isso jun- E Deering deu um exemplo inequívoco:
tarmos os contrastes na história recente destes países, para este ano, prevê-se que as vendas
essas diferenças ainda mais se acentuam, o que não mundiais de dispositivos de entreteni-
podia deixar de se reflectir naquilo que são hoje os mento dotados de grandes capacidades
canais de distribuição de cada um deles, tanto na área de armazenamento (discos rígidos ou
das tecnologias de informação como da electrónica memórias de tipo “flash”) rondem os
de consumo. 75 milhões de unidades, o que signifi-
Tudo isto é verdade; mas, por outro lado, os fundamen- cará um aumento na ordem dos 50 por
tos do negócio para um grande grupo como é a Sony cento face a 2004!
são os mesmos em qualquer parte do mundo — o Daí que a Sony esteja a apostar na
que há é que adoptar as abordagens mais adequadas inovação dos seus produtos visando
em país em cada momento. E é claro que, na Europa, os mais diversificados tipos de utili-
a Sony não pode actuar como num grande país como zação e de estilos de vida (sempre e
os EUA, onde tem, para cada linha de produto, uma cada vez mais o “estilo de vida”!) ao
orientação geral e depois é o canal de distribuição em mesmo tempo que “importou” das
cada estado ou cada área que se encarrega de atender empresas de TI um lema essencial à
e de lidar com as particularidades regionais ou locais. sobrevivência: “Mais vale sermos nós
E aqui, na Europa — e já que fez o paralelo com as a canibalizarmos os nossos próprios
empresas de informática e das tecnologias de infor- produtos do que deixarmos que sejam
mação —, os custos da localização dos produtos da outros a fazê-lo”… E o presidente da
Sony situam-se numa média de 4 a 5 por cento a mais Sony Europe exemplificou esta nova
que nos EUA ou no Japão, por exemplo, enquanto a realidade com a verdadeira catadupa
maioria das empresas de tecnologias de informação de novos modelos de computadores
contabilizam esse custo adicional para os países euro- portáteis Vaio — dotados de cada vez
peus num intervalo entre os 12 e os 18 por cento… mais recursos multimédia (e não só)
Ora isso dá-nos uma margem de manobra maior, — e de máquinas fotográficas digitais
a somar à imagem de excelência de que os nossos da sua empresa.
produtos gozam em todos os países. Entre as novidades mais atraen-
E se, na Europa, as diferenças são muito grandes, tes exibidas em Bordéus (deixando
também é um facto que elas tanto podem constituir de lado as parafernálias concebidas
desvantagens como vantagens: depende do modo para o som nos automóveis, cada vez
como uma empresa abordar cada mercado, de mais transformados em
acordo com as suas particularidades mas com criati- cabinas de ensurdeci- RUI JORGE CRUZ em
vidade. Com esta visão das particularidades da Europa mento acelerado…), as Bordéus (França)
face aos EUA, por exemplo, mais do que termos uma máquinas fotográficas
estratégia bem definida e rígida quanto aos canais, digitais merecem indiscutivelmente
adoptámos antes uma estratégia distinta quanto à atenção, desde os modelos das gamas
publicidade e ao “marketing” para levarmos a informa- de entrada aos mais sofisticados, diri- resolução de 7,2 mega-
ção sobre os nossos produtos até junto dos utilizado- gidos a amadores exigentes e semipro-
res: como os anúncios na TV são cada vez mais caros, fissionais.
estamos a diversificar um conjunto de acções directas, Entre as primeiras, a Cyber-shot
como “road shows”, demonstrações locais (como fize- T7 destaca-se pela sua reduzidíssima
mos em Roma, em Janeiro, e em Málaga, em Fevereiro) espessura mas que não nega uma
ou mesmo permanentes — como estamos a fazer resolução de 5,1 milhões de pixels efec- avaliar as fotos tiradas. Estas
em muitos aeroportos, onde os utilizadores podem tivos, um “zoom” óptico de 3x, grande
experimentar os nossos computadores portáteis pormenor em condições de pouca luz e
para acederem à Internet e verem e tocarem outros uma bateria que, com uma carga de 2
produtos da Sony. Por outro lado ainda, criámos uma horas e 30 minutos, permite tirar até
“newsletter” bimensal só para a Europa, que já tem 150 fotos graças a uma tecnologia a
cerca de 2 milhões de subscritores. ● que a Sony chamou Stamina.
Já não tão pequena mas ainda a
Depoimento colhido por Rui Jorge Cruz caber num bolso das calças, a Cyber-
shot P200 apresenta 7,2 megapixels
verdadeiros captados por lentes Carl
computadores .2 S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5
Zeiss da linha Vario-Tessar, cujo possibilidade de usarem as memórias
“zoom” óptico de 3x garante um com- de formato CF (aqui, só Memory Stick
promisso muito mais fiel ao original Pro para assegurar maiores taxas
nas fotos tiradas a maior distân- de transferência de dados
cia. Aqui, a Stamina permite entre o sistema
levar a autonomia desta óptico e a memória
máquina fotográfica de massa), pro-
digital até aos 370 porcionou-lhes em
fotogramas. contrapartida uma
Mas os modelos resolução superior
que mais fazem cres- — 8 megapixels
cer água na boca aos — graças não só às
amadores exigentes (ou lentes Carl Zeiss (intermutáveis
com pretensões!) são a com outras da série T da
Cyber-shot V3 e a Cyber- mesma Carl Zeiss)
shot F828. mas também a
Começa logo por que, um CCD dotado
na Cyber-shot V3, a Sony de filtro para
se rendeu à evidência quatro cores. O
da interoperabilidade e Real Imaging
incluiu neste modelo uma Processor com
ranhura para as memórias que a Sony dotou
de massa do formato CompactFlash esta máquina foto-
(CF) de tipo II — o que permite aos gráfica digital torna-a
utilizadores usarem os mais moder- no seu modelo que, alegada-
nos módulos de CF na sua mente, proporcio-
versão 2.0 ou as Micro- nará não só uma
drives (ex-IBM e agora experiência fotográ-
Hitachi), cujas capacidades fica mais próxima
já andam nos 5 gigabytes! da dos amadores
Neste modelo, pelo menos, mais exigentes da
os utilizadores não ficarão fotografia analógica
sujeitos à imposição dos como também os
Memory Stick, da Sony. fotogramas mais
Pois a Cyber-shot V3 idênticos à per-
(numa das imagens, com corpo negro cepção que o olho
e o punho da bateria bem humano tem da realidade.
visível), para além desta Na foto principal desta página,
surpresa bem- pode-se ver uma nova
vinda, traz umas impressora para foto
lentes também Carl Zeiss digital, a DPP-FP50
Vario-Sonar para uma — que só estará
disponível neste mês
pixels verdadeiros, com de Maio. A DPP-
“zoom” óptico de 4x, modo FP50 apresenta uma
manual de operação e um completa gama de
ecrã de LCD com diagonal ranhuras para outros
de 2,5 polegadas para tantos formatos de cartões
de memória usados pelas máquinas
podem ser gravadas, para além do fotográficas digitais e tem a particula-
usual formato TIFF, também no mais ridade de revestir as provas impressas
profissional RAW — o que, se produz com uma camada de película sintética
ficheiros não comprimidos, propor- (SuperCoat 2, segundo a Sony), a qual
ciona os mais elevados índices de fide- protegerá as fotos das inevitáveis
lidade e qualidade face ao objecto ou à dedadas quando forem manuseadas,
cena fotografada, mantendo o máximo de pingos ou derrames de líquidos, e
pormenor registado. de outros maus-tratos a que elas costu-
E se, na Cyber-shot F828, a Sony mam ser sujeitas. ●
já não brindou os utilizadores com a COMPUTADORES VIAJOU ATÉ BORDÉUS A CONVITE DA SONY EUROPE
 DOS VAIO PORTÁTEIS E ‘DESKTOP ’ AOS DISPOSITIVOS PARA VER TELEVISÃO
A disputa pelo centro de lazer do lar
S COMPUTADORES portáteis
O Vaio — mas já também e
sobretudo os modelos de
secretária também deno-
minados Vaio — denotam
a preocupação da Sony de não perder o
lugar destacado de que tem gozado na
electrónica de consumo em geral e na
chamada “sala comum” ou “de estar” dos
lares dos seus clientes. É que estamos
numa altura em que a Microsoft, com o
seu Windows Media Center permite ao
PC (o computador pessoal) a veleidade
de se querer transformar no centro
do lazer doméstico, destronando (pelo
menos, a prazo) todos aqueles equipa-
mentos da electrónica de consumo que,
ao longo de décadas, se foram desenvol-
vendo e aperfeiçoando mas sem nunca
se porem mutuamente em causa.
Pois os novos Vaio (portáteis ou
não) constituem sérios candidatos à
concorrência por este lugar privilegiado
do “lar digital” e da distribuição de
conteúdos multimédia por todos quar-
tos e divisões da casa. Por enquanto,
parecem ser apenas computadores
pessoais mais e melhor “artilhados” que
a maioria dos PC domésticos mas… se
se arranhar a superfície, vê-se que, por
baixo, há bastante mais.
Assim, a RA Series dos “desktop”
Vaio já traz
— para além
teclado, rato,
colunas de som
e telecomando
(à moda da electrónica de consumo)
sem fios e respectivo “router” — um
conjunto de funcionalidades que permi-
tem fazer dele um verdadeiro servidor
do lazer doméstico.
Além de fornecer sinal de TV a dis-
positivos como o televisor Qualia (na
imagem), os Vaio RA permitem distri-
buir os tais conteúdos pela casa graças à
sua funcionalidade — também sem fios
— Network Media Receiver 100, tanto
“lidos” na sua unidade gravadora óptica
DVD+RW (capaz de ler e gravar discos
DVD de camada dupla) como recebidos
da Web ou de um operador de cabo.
No entanto, se formos a ver as
“entranhas” destas máquinas, são
“simples” computadores baseados em
S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5
processadores Pentium 4 da última
geração e com os mais recentes “chip-
sets” da Intel, com placas gráficas
nVidia GeForce 6600 com 256 MB de
DDR SDRAM comunicando através
de uma interface PCI Express Serial
ATA — o último grito em arquitectura
interna dos PC.
Mas os Vaio portáteis também não
se ficam muito atrás, apesar dos com-
promissos impostos pelo “engineering”
imposto pelo formato e pela portabi-
lidade. O Vaio A300, com um ecrã de
matriz activa de 17 polegadas melho-
rado por um sensor de luminosidade
do ambiente e pela tecnologia X-Black
— assente na duplicação da fonte de
luz, o que proporciona maiores contras-
tes e maior vivacidade
nas diferentes cores —,
trata-se de um compu-
tador portátil com uma
apreciável gama de
recursos multimédia…
a começar pela visuali-
zação de filmes e outros
conteúdos de vídeo.
Para o que ajuda dispor
de uma unidade óptica
de DVD capaz de ler
discos de camada dupla os discos Blu-Ray, de cujo consórcio a
(“double layer”). Sony é um dos membros mais activos
E não demorarão a — ou não fosse o seu negócio de sempre
surgir os Vaio como os o de proporcionar aos utilizadores os
primeiros computado- equipamentos que permitam fruir os
res a disporem de uni- conteúdos audiovisuais mais sofistica-
dades de leitura óptica para dos em cada momento… ● R.J.C.
computadores .3
 tecpédia H E N R I Q U E C A R R E I R O
Wireless USB
D
entro de menos de uma semana, a confirma-
rem-se as promessas dos fabricantes, deverá
ser aprovada a norma para as ligações USB
sem fios (Wireless USB). Este deverá ser
um dos mais importantes avanços a surgi-
rem, neste ano, na convergência entre a informática e a
electrónica de consumo. De facto, a norma — proposta
por empresas como a HP e a Philips — permitirá ligar
computadores, aparelhos de televisão ou computadores
de bolso a curtas distâncias e a ritmos de transmissão até
480 megabits por segundo (Mbps), substituindo as actuais
normas USB baseadas em fios.
A interface USB é a mais usada na história da
informática, com previsões de que, em fins de 2005,
tenha sido incluída em mais de 3500 milhões de
dispositivos. Por isso, e apesar da mudança para uma
ligação sem fios constituir uma mudança radical na
natureza da tecnologia-base, os promotores não
quiseram deixar de continuar a usar a designação USB.
Estando concebida para ter o seu débito total em
distâncias até cerca de 3 metros e reduzindo o ritmo
de transmissão até deixar de ser usável (a 10 metros),
a norma não virá concorrer com as actuais redes
sem fios. A sua ideia-base é permitir a ligação de um
conjunto de dispositivos — até 127, no máximo — a
um “host” central. Na realidade, os proponentes da
norma falam em tecnologias complementares: por um
lado, o “wireless USB” permitirá criar ilhas (“clusters”,
conforme são designadas na norma) de dispositivos
de natureza idêntica, depois interligados a distâncias
maiores por redes com ou sem fios.
Entre as ilhas que podem surgir com esta norma,
estão claramente as que se referem aos sistemas
de áudio e cinema em casa. Uma das possibilidades
mais interessantes tem a ver com a distribuição de
conteúdos de alta definição em ambiente doméstico.
Em regra, as normas para a televisão de alta definição
(HDTV) baseiam-se em ritmos de transmissão de 19
a 24 Mbps. A distribuição de conteúdos a partir de
um servidor doméstico de média com interface USB
sem fios permitirá, assim, “alimentar” em simultâneo
diversos aparelhos de HDTV espalhados pela casa.
Outra área de grande interesse é a ligação a sistemas
de armazenamento de dados de elevado volume,
como os cada vez mais populares discos externos,
que poderá passar a ser feita por esta via. Isto abre
as portas a que até dispositivos como telefones
inteligentes e computadores de bolso (os chamados
PDA) tenham acesso aos sistemas de armazenamento
de forma facilitada, para carregamento de músicas,
fotografias e outros tipos de conteúdos ricos.
De origem, um dos maiores problemas com que os
projectistas tiveram que se debater foi o da segurança
da comunicação. Ao contrário do que acontece
com o USB normal (que é seguro por natureza), as
distâncias permitidas na versão sem fios podem
colocar problemas, em especial nos ambientes
abertos de empresas. O USB sem fios garantirá que é
feita a autenticação mútua — quer do “host” quer do
dispositivo terminal — e a norma permitirá também
mecanismos de cifragem de dados entre dispositivos.
Contudo, e para minimizar os custos dos dispositivos
terminais, no USB sem fios (tal como na sua versão
com fios), a maior carga de processamento estará
sobretudo no lado do “host”.
Se a norma for aprovada de acordo com a data prevista
de 15 de Maio, os primeiros dispositivos a usá-la
deverão surgir no mercado a tempo do Natal. Serão
naturalmente ainda muito poucos, com a grande vaga a
surgir em 2006. Os proponentes da norma sempre vão
avançado que têm também grandes projectos para o
futuro: dentro de quatro anos, o USB sem fios deverá
suportar ligações de 1 gigabit por segundo (Gbps). Sem
dúvida que, se o mercado o adoptar como fez com a
versão tradicional, poderá ser a base para uma autêntica
revolução na electrónica doméstica e empresarial. ●
Tecpédia é uma enciclopédia em construção sobre a era digital
computadores .4
MINISTÉRIO DA CULTURA ENTRE APOIANTES DA BIBLIOTECA DIGITAL EUROPEIA
Preservar a cultura e as
línguas europeias na Internet
PRESIDENTE francês, Jacques
O Chirac, voltou a colocar na
ordem do dia a discussão
sobre a necessidade de pre-
servar o património cultural
europeu — e as suas línguas — e de
imprimir novo ritmo à sua difusão atra-
vés da Internet. Depois do apoio manifes-
tado por cinco chefes de Estado à ideia de
criar uma Biblioteca Digital Europeia,
que centralizasse os conteúdos das várias
bibliotecas nacionais “on-line”, o projecto
apresentado no final de Abril por Chirac
recebeu o apoio dos responsáveis de 19
bibliotecas nacionais europeias e, mais
recentemente, do presidente luxembur-
guês da União Europeia (UE).
Também Portugal “considera posi-
tiva uma iniciativa deste tipo e tem uma
posição de apoio”, disse a Computadores
fonte oficial do Ministério da Cultura.
O gabinete da ministra Isabel Pires de
Lima não afasta a hipótese de vir a ter
uma posição mais activa no projecto —
mas, para já, o assunto está em análise.
A crescente onda de apoios ao pro-
jecto e a divulgação conseguida nas
Jornadas da Cultura em França desen-
cadearam uma tomada de posição da
Comissão Europeia, que, nos próximos
três anos, deverá canalizar para esta
área 96 milhões de euros — pormeno-
rizou Viviane Reding, comissária euro-
peia para a Sociedade da Informação.
Segundo um comunicado da comissária,
entre 2005 e 2008, as verbas para a digi-
talização de arquivos serão decuplicadas
e 36 milhões de euros serão para desen-
volver motores de busca.
Os restantes 60 milhões ficam
reservados ao programa eContent,
com o objectivo de criar as condi-
ções para proporcionar um acesso
mais amplo à Internet e facilitar a
difusão da informação. Para os pró-
ximos meses, ficou
prometida mais CRISTINA ALEXANDRA FERREIRA
informação sobre / Casa dos Bits
a forma como a
Comissão pretende levar à prática os
novos planos para a cultura.
Na Europa, vários países têm vindo
a trabalhar na digitalização dos seus
conteúdos culturais nos últimos anos e
diversas bibliotecas aproveitaram finan-
ciamentos comunitários (dos programas-
quadro ou de programas nacionais) para
colocar “on-line” os seus activos — sobre-
tudo as bibliotecas de menor dimensão,
com estruturas mais leves que as das
grandes bibliotecas europeias e menos
preocupadas em assumir posições de
comando nos projectos internacionais.
A Biblioteca Nacional portuguesa
parece estar na linha da frente deste
processo e é presença regular nos pro-
gramas-quadro da Comissão Europeia,
fazendo parte do grupo fundador do
projecto Tel-European Library — uma
iniciativa desenvolvida no âmbito do VI
Programa-Quadro com o objectivo de
criar um portal de bibliotecas europeias.
O projecto verá a luz do dia no próximo
mês de Setembro, com o arranque da
versão definitiva do portal, hoje disponí-
vel em fase de piloto.
A par dos milhões de euros já investi-
dos na digitalização de arquivos, a cons-
ciência europeia para este problema foi
estimulada pelo anúncio de um projecto
norte-americano liderado pela Google
— que, num prazo de dez anos, pretende
digitalizar os conteúdos de cinco biblio-
S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5
tecas de referência a nível mundial: as
das universidades de Harvard, Stanford,
Michigan e Oxford, e a biblioteca pública
de Nova Iorque. O projecto deverá custar
entre 115 e 150 milhões de euros, e con-
templará 15 milhões de títulos, os quais
ficarão disponíveis na Net isentos de
quaisquer direitos.
Jacques Chirac defendeu, pela pri-
meira vez, a criação de uma Biblioteca
Digital Europeia no final de Abril — mas
admitindo que a ideia era uma reacção à
iniciativa norte-americana, anunciada no
final de 2004. Chirac deu conta das suas
preocupações com a hegemonia da língua
inglesa e da cultura dos EUA na Inter-
net, questionando-se sobre os impactos
dessa supremacia
no futuro. Semanas
depois, a ideia colhia
os apoios dos chefes
de Estado da Alemanha, Hungria, Itália,
Polónia e Espanha, que, com Chirac,
assinaram várias cartas enviadas à
União e à Comissão Europeia solicitando
uma coordenação de iniciativas.
“O património das bibliotecas euro-
peias tem uma riqueza e uma diversi-
dade sem par. Expressa o universalismo
de um continente que, ao longo da sua
história, tem dialogado com o resto do
mundo” — rezava a carta enviada pelos
seis chefes de Estado, acrescentando
que, se não se digitalizar esse património
de forma coordenada, se criará o risco
de este, “amanhã, não figurar na futura
geografia do conhecimento”.
Este grupo — que, entretanto, rece-
beu o apoio de 19 bibliotecas nacionais
europeias num manifesto liderado pela
Biblioteca Nacional de França — propôs
à UE que assumisse a coordenação de
um projecto europeu, definindo técnicas
de digitalização, tecnologias a usar,
obras a processar, etc.
As declarações recentes de Viviane
Reding parecem significar que o desafio
foi aceite — restando saber de que forma
será concretizado o plano e como serão
articulados os esforços de digitalização
dos vários países. A favor estará o facto
de muitas bibliotecas usarem “software”
idêntico e trabalharem já em conjunto no
âmbito de outros projectos menos ambi-
ciosos mas com objectivos similares. ●
Biblioteca Nacional
já digitalizou 1 milhão
de documentos
A Biblioteca Nacional mantém
um projecto de digitalização de
conteúdos desde 2000. Hoje, estão
digitalizados 3 mil títulos — desde
cartazes da I Grande Guerra até
aos 50 anos de edições da “Revista
da Sociedade Portuguesa de
Matemática”. O objectivo desta
primeira fase de digitalização foi
diversificar a fim de oferecer aos
utilizadores “uma perspectiva
horizontal do que tem a biblioteca”
— explicou José Borbinha,
responsável tecnológico pelo
projecto. No futuro, pretende-se
trabalhar de forma “mais vertical”,
por áreas e temas.
Em 2002, ao cabo de dois anos de
testes e experimentação, o projecto
Biblioteca Nacional Digital avançou
com um plano de trabalhos que,
até final deste ano, se propunha
desenvolver uma infra-estrutura
genérica, um conjunto de serviços
e uma linha de acção para a
digitalização.
Com a maior parte do trabalho
já concluído, foram digitalizadas,
até à data, cerca de 1 milhão
de imagens — trabalho que
beneficiou de financiamentos do
POS Conhecimento e do Programa
Operacional da Cultura, a que se
juntam financiamentos internos e
comunitários.
A operacionalização do plano
contou com recursos da própria
Biblioteca Nacional e de várias
entidades externas, como o
Instituto Superior Técnico (IST) e o
INESC, de Lisboa, responsáveis pelo
desenvolvimento ou adequação
das aplicações usadas — que, até
final do ano, ficarão disponíveis
em regime de “software” de código
aberto. ● C.A.F./CDB
 virose
Nova variante do Sober aproveita Campeonato do Mundo de Futebol
Surgida no início da semana passada, a mais recente variante
do Sober, um “worm” de distribuição em massa por correio
electrónico, propagou-se rapidamente nas primeiras 24 horas
de existência, tendo levado a generalidade das empresas
de segurança informática a classificá-la como sendo de
perigosidade de nível médio.
Esta nova variante do Sober foi designada como O pela
Symantec, como P pela McAfee, como N pela Sophos e como V
pela Panda (só para dar alguns exemplos). Segundo a Sophos,
as suas ocorrências na segunda-feira
representaram 77 por cento de todos
os incidentes detectados, enquanto
a Kaspersky disse que a sua
propagação na Europa Oriental
assumira características de
epidemia.
Esta variante do Sober propaga-
se através de mensagens escritas em
inglês e alemão, e que usam técnicas
de engenharia social: as mensagens
fingem oferecer entradas gratuitas para o
Campeonato do Mundo de Futebol de 2006, a
disputar na Alemanha.
Apple disponibiliza ‘patches’ para o MacOS X
A Apple disponibilizou na terça-feira passada 20 “patches” para
colmatar várias falhas no seu sistema operativo Mac OS X 10.3.9,
incluindo a versão Server — isto cerca de um mês após ter
disponibilizado uma dúzia de outras “patches”. A versão “Tiger”
do sistema operativo (a 10.4, acabada de sair) já traz estas falhas
colmatadas.
Algumas das falhas visadas foram consideradas altamente
críticas pela empresa de segurança Secunia, em especial uma
relacionada com a maneira como o AppKit do sistema lida com
os ficheiros de imagem em formato TIFF. Esta falha permitia
utilizar imagens neste formato para fazer correr código numa
máquina infectada.
Outra falha importante é relativa ao AppleScript e pode
OS VÍRUS DA SEMANA
permitir também a execução de código estranho vindo de uma
página na Web. Uma falha que afecta o servidor Web Apache
poderia permitir um “buffer overflow” no programa Htdigest
com possibilidade de ataque remoto a um outro computador.
D u a s falhas nas funcionalidades do sistema relativas ao
Bluetooth podiam permitir a
partilha indevida de ficheiros sem
conhecimento do utilizador ou o
acesso por estranhos a ficheiros não
partilhados. Outra falha permitia alterar os
privilégios de acesso sem conhecimento do
utilizador.
As restantes falhas eram relativas ao Finder,
ao Foundation, ao Help
Viewer, ao LDAP, ao
libXpm, ao Lukemftpd,
ao NetInfo, ao Server
Admin, ao Sudo, ao Terminal e
às redes privadas virtuais
(VPN).
Adobe resolve falhas no
visualizador SVG
A Adobe divulgou na
passada semana a resolução
de duas falhas no seu visualizador
Scalable Vector Graphics (SVG), que podiam permitir
a um estranho enumerar ficheiros num sistema ou mesmo
correr código mal-intencionado. Para as resolver, a empresa
disponibilizou a versão 3.0.3 do visualizador.
A primeira falha — que afecta as versões até à 3.0.2, inclusive
— residia no controlo ActiveX, que permite a páginas na
Web construídas com fins mal-intencionados verificarem
se determinado ficheiro existe num computador que a elas
acedam. A segunda falha era na Libpng, permitindo a um
intruso usar um ficheiro com extensão .png especialmente
concebido para correr código estranho num computador,
afectando as versões até à 3.0.1 (inclusive). ● JOSÉ DOUTIL
S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5
Dia 9
VBS/Aqui, VBS/Alphae, VBS/Inself, W97M/Alamat,
TRASHER.D, WM/Eraser.A:Tw, Acid.A (intended), W97M/
Jackal.A
Dia 10
X97M/Hopper.r, W97M/Nono.A, WM/Helper.B, AOS.A,
WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.A;B, VBS/Loveletter.ar, W97M/
Alina.a@mm, W97M/Melissa.ao@mm, W97M/Hope.p,
VBS/Baracu.A@mm, VBS/Count, VBS/Godzilla@M, W97M/
Alamat, X97M/Anis, W32/Urick@MM, VBS/Zync, VBS/Aqui,
JS/Gigger.a@MM, VBS/IISDel.worm
Dia 11
VBS/Aqui, W32/Blurt@MM, WM/Alliance.A, W97M/Alamat,
W97M/Bablas.aj, WM/Eraser.A:Tw, W97M/AntiSocial.e,
WM/MERCY.B, WM/CVCK1.A, WM/JUNKFACE.A;B
Dia 12
WM/Eraser.A:Tw, WM/Envader.A (Intended), W97M/Yous,
W97M/Alamat, WM/Alliance.A, VBS/Aqui, W97M/Cobra.a1
Dia 13
W97M/Cobra.a1, VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Alphae, WM/
BADBOY.A;B;C, Twno.A, W97M/Rapmak.a, WM/BOOM.A;B,
W97M/Alamat, W97M/Yous, W97M/Digma, WM/FRIDAY.A,
WM/Envader.A (Intended), WM/CVCK1.B;E, WM/Eraser.A:
Tw, WM/Goldsecret.B:Int, WM/FRIDAY.D, W97M/Idea.A,
W97M/BackHand.A, WM/SHOWOFF.G
Dia 14
W32/SoftSix.worm, W97M/Class.B, W97M/Class.D,
W97M/Class.Q, WM/Eraser.A:Tw, WM/PHARDERA.C ;D
(INTENDED), W97M/Este, VBS/San@M, W97M/Yous, VBS/
Valentin@MM, W97M/Alamat, W97M/Ekiam, VBS/Aqui,
W97M/Cobra.a1
Dia 15
W97M/Cobra.a1, W32/Winur.worm.b, W32/Winur.worm.a,
VBS/Alphae, VBS/Zync, VBS/Aqui, W97M/Alamat,
X97M/Anis, W32/PetLil@MM, W32/Urick@MM, Tribute.A;B,
W97M/Yous, VBS/Count, W97M/Courage.a, WM/Theatre.A,
WM/Eraser.A:Tw, AOS.A, Habir.A, W97M/Jackal.A, X97M/
Hopper.r, W97M/Class.ed, JS/Gigger.a@MM, W97M/
Fifteen.a
computadores .5
 dica
Usar números variáveis
de colunas no Word
O modelo normal do Microsoft Word
está, por omissão, configurado para uma
formatação de página apenas com uma
coluna de texto — pelo que, se o utilizador
não escolher outro tipo de modelo, o texto
que escrever aparece paginado dessa forma.
Mas é possível misturar, dentro do mesmo
documento (e até numa mesma página)
diferentes formas de arrumação de texto em
colunas, simplesmente através da alteração
do formato da coluna.
Imagine-se que se pretende criar um
documento com um ou dois parágrafos a
abrir mas ocupando toda a largura da página,
e que o resto do texto seja arrumado em
três colunas. Para pôr isto em prática, depois
de escrever o texto inicial, põe-se o cursor
onde se pretende que comecem as colunas.
A seguir escolhe-se, no menu Formatar, o
comando Colunas. Abre-se então a janela
que se pode ver na imagem.
Pode-se então escolher, na área
Predefinições, o ícone relativo às três
colunas — ou, no campo Número de
Colunas, escrever “3”. Se não se alterar as
configurações de Largura e Espaçamento,
o Word assume os valores por omissão em
que as colunas têm igual largura de 4,17
cm e o espaço entre elas é de 1,25 cm. Se
se pretender, pode-se alterar estes valores,
nomeadamente para criar maior destaque
visual para estas colunas.
A seguir, no menu de desenrolar, Aplicar A,
escolhe-se a opção A Partir Deste Ponto,
carregando-se de seguida no botão OK.
Também para reforçar visualmente a
separação entre as colunas, é ainda possível
optar por, ao lado do campo Número
de Colunas, criar Linhas Entre Colunas.
Escolhendo esta opção, o programa desenha,
no meio do intervalo entre as colunas, uma
linha. Na miniatura Pré-Visualizar, por baixo
deste campo, pode-se ver o efeito das opções
definidas para a página (ver imagem).
Do mesmo modo, se se quiser fechar o texto
de novo com um parágrafo a ocupar toda a
largura útil da página, coloca-se o cursor no
princípio desse parágrafo e, regressando à
caixa de diálogo Colunas, altera-se o valor em
Número de Colunas para “1” — ou escolhe-se
a pré-definição com uma coluna — e repete-
se a configuração relativa à aplicação desta
formatação. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .6
ACCENTURE INQUIRIU 22 PAÍSES SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
E-government aquém das
expectativas dos cidadãos
PESAR DE INVESTIREM na dis-
A ponibilização de serviços
através da Internet, as
administrações públicas
não têm conseguido ir ao
encontro das expectativas dos cida-
dãos. Esta é a principal conclusão de
um estudo promovido pela Accenture
em 22 países da América do Norte,
Europa e Ásia, que aponta também
para a necessidade de coordenação
entre os várias formas de acesso aos
organismos públicos.
“Liderança nos serviços aos
cidadãos: novas expectativas, novas
experiências” é o título do estudo
apresentado na semana passada. O
trabalho assentou na realização de
inquéritos a cerca de 9 mil cidadãos
dos referidos 22 países sobre questões
como o acesso a serviços públicos atra-
vés da Internet ou de outros meios,
procurando medir a maturidade e a
utilização dos serviços “on-line”. 57 por cento dos
A Accenture avaliou a maturi- cidadãos recorreram ao
dade global dos serviços prestados e
a sua liderança em diversas catego-
telefone para aceder a
rias. No que respeita à maturidade organismos da respectiva
dos serviços, foram considerados administração pública
quatro aspectos: a forma como esses
serviços estão centrados no cidadão, enquanto apenas 22 por
a coerência entre os vários canais cento usaram a Internet para
que permitem aceder aos serviços, a organismos da respectiva administra-
fluidez dos serviços interministeriais esse efeito, mesmo tendo os ção pública enquanto apenas 22 por
e a educação e a comunicação asso- conhecimentos e os meios cento usaram a Internet para esse
ciada a esses serviços. efeito, mesmo tendo os conhecimentos
Concluiu-se que a oferta elec-
para o fazer e os meios para o fazer. “O telefone
trónica de serviços governamentais continua a ser considerado a forma
está bastante avançada, com uma relativa, evidenciando uma boa mais fácil de comunicar, em todos
maturidade que, em média, é de 91 abrangência dos serviços disponíveis os países”, concluiu a Accenture. “O
por cento. Mas, no que se refere à ‘on-line’, mas mantendo uma impor- que aprendemos ao falar tanto com
liderança dos serviços prestados e tante margem de melhoria quanto à as administrações públicas como com
à sua disponibilização através de profundidade com que esses serviços os cidadãos foi que o E-government
múltiplos canais, a média registada são prestados”. é apenas uma componente — apesar
foi de 39 por cento. Entre os vários Por outro lado, os cidadãos con- de importante — do desempenho de
países abrangidos tinuam a ter maior uma administração pública”, afirmou
pelo estudo, só o ISABEL GORJÃO SANTOS confiança nos canais Marty Cole, director executivo da
Canadá registou tradicionais — como Accenture para esta área. Ainda de
uma pontuação global média supe- o telefone — do que na Internet. O acordo com o estudo, os organismos
rior a 50 por cento — seguindo-se- estudo da Accenture revela que, no públicos deveriam centrar-se em ser-
lhe os EUA e a Dinamarca. Quanto último ano, 57 por cento dos cidadãos viços coordenados através dos vários
a Portugal, “mantém a sua posição recorreram ao telefone para aceder a canais de interacção. ●
cartas
Um utilizador apanhado na ‘guerra’ da desagregação do lacete local
Junto envio uma exposição que apresentei à Anacom que o bilhete de identidade está ilegível. Esta situação é
referente a uma situação que está a acontecer por todo igual à de alguns outros clientes, [indiciando uma] prática
o pais, entre a Novis e a Portugal Telecom (PT). A Novis corrente (ver queixas em http://www.malservido.com/index.
prometeu um serviço e depende da PT. php3?verqueixa=1&queixaid=1240 ).
“Venho por este meio apresentar uma queixa formal Relativamente à Portugal Telecom, após respostas da Novis,
de um cidadão sobre um operador de serviços fixos de em que afirmava que a PT não dava resposta ao pedido,
telecomunicações, [solicitando] que procedam junto da decidi contactar a PT através da linha de atendimento
entidade responsável, seja ela a Novis ou a Portugal Telecom, (16200). Nos diversos contactos, informaram-me que o
no sentido de evitar este tipo de situação aos demais pedido fora efectuado pela Novis no dia 17-02-2005 e que
consumidores potencialmente afectados. estava entregue aos serviços técnicos.
No dia 28-01-2005, apresentei um pedido de adesão ao Clix Nos sucessivos contactos e pedidos de esclarecimento,
Turbo 2 Mbps junto da Novis Telecom, a qual deu como apenas deram essa indicação. Desta forma, apresentei
recebido e aceite a 4-02-2005 o contrato mencionado. reclamação por fax ao Provedor do Cliente, o qual também
Em carta enviada pela Novis (4-02-2005), esta indicava não responde. Peço desculpa pela extensão do ‘mail’ mas
que a activação do serviço — portabilidade do número esta situação já excedeu qualquer limite: envergonha o país
+ desagregação da linha da PT — demorava entre 4 a 6 e descredibiliza os nossos serviços.”
semanas. No entanto, ainda não tenho noticias positivas.
Sempre que contacto a Novis (…), esta tem respostas
contraditórias, nunca adiantando prazos, e criam “manobras António I. Oliveira
dissuasoras” — por exemplo, três meses depois, informam E-mail
S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5
S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5 computadores .7
 FICHA
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
Vieira, Paulo Almeida, Pedro
Fonseca (pedrof@journalist.com),
Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
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Paginação
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Hugo Pinto, Jorge Guimarães
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Computadores
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Portugal €36.40
Europa €117.00
Resto do Mundo €189.80
Desconto na assinatura anual
para escolas e instituições de
solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.
computadores .8
S H A R E WA R E
Uma ‘secretária virtual’
para gerir o E-mail
MICROSOFT OUTLOOK
O
é uma das aplicações
mais populares para
o envio e recepção de
mensagens de correio
electrónico, conquistando cada
vez mais utilizadores e adeptos.
Fazendo parte do pacote Office,
este produto tem substituído
outras aplicações de gestão de E-
mail (como o Eudora, por exemplo),
estando hoje presente na maior
parte dos computadores. Para tal
muito têm contribuído as sucessi-
vas actualizações do programa e a
sua integração com outras aplica-
ções da Microsoft.
O produto foi pensado para
quem recebe muitas mensagens
por dia ou tem de gerir várias
contas em simultâneo. Por isso,
encontramos nas últimas versões
do Outlook um conjunto de fer-
ramentas que tornam possível a
gestão semiautomática dos “mails”
recebidos, recorrendo a um con-
junto de filtros que processam as
mensagens e executam várias fun-
ções para cada tipo de mensagem
recebido. Por exemplo, mensagens
oriundas de determinada pessoa
vão directamente para a pasta de
arquivo com o nome desse reme-
tente; ou, então, as mensagens
publicitárias são automaticamente
apagadas. Apesar de útil, esta
função está limitada a um número
máximo de 42 filtros.
Para ultrapassar esta limita-
ção e facilitar o uso de robôs que
organizem e cataloguem automa-
ticamente as mensagens recebi-
das, a empresa norte-americana
Mauskar Technologies desenvol-
veu o MSort, um utilitário simples
que permite ao utilizador gerir de
forma mais eficaz todas as mensa-
gens recebidas. Este organizador
de “mails” vai bastante mais longe
que o sistema de filtros incluído no
Outlook — permitindo que o utili-
zador passe a gerir as suas men-
sagens com maior eficácia graças
a uma organização mais lógica dos
“mails” recebidos (que admite que
uma mesma mensagem surja em
diversas pastas em simultâneo,
sem ser necessário duplicar o seu
conteúdo).
O MSort pode ser obtido
gratuitamente em http:
MSORT, DA MAUSK AR TECHNOLOGIES
//www.mauskartech.com/ e ins-
talado em qualquer PC equipado
com o sistema operativo Win-
dows e uma versão do Outlook.
O produto é de uso gratuito e
apenas requer o pagamento de 4
euros se o utilizador quiser um
número ilimitado de filtros. O
MSort exige que o Outlook esteja
instalado no computador mas não
é necessário tê-lo a correr para
usar as funcionalidades da apli-
cação da Mauskar Technologies.
Todas as mensagens recebidas (e
enviadas) serão automaticamente
organizadas em pastas próprias.
Por exemplo, o sistema cria uma
pasta por cada interlocutor com
quem se comunica periodica-
mente — e, nestas pastas, será
guardada toda a correspondência
trocada com essa pessoa.
O mesmo tipo de organização
pode ser aplicado a diversas carac-
terísticas da mensagem: por tipo de
documento em anexo, por tamanho
S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5
da mensagem, por desti- limpa”, ou seja, apenas com as
natário, por assunto, etc. mensagens que carecem de lei-
Esta organização permite, tura e de eventual resposta.
por exemplo, visualizar As mensagens oriundas de
rapidamente todas as grupos de discussão ou de “news-
mensagens trocadas com letters” (ou as contendo mensagens
certa pessoa num dado publicitárias) serão transferidas
período de tempo. Outra paras pastas próprias, de forma a
grande vantagem do permitir a sua posterior consulta.
MSort reside em permitir As que ainda não tiverem sido
vários tipos de organiza- tratadas ficarão provisoriamente
ção, sem ser necessário guardadas na pasta de correio
duplicar as mensagens a ler a fim de chamar a atenção
pelas diversas pastas do utilizador. Depois de lidas, as
(podendo a mesma mensa- mensagens que exigirem uma
gem aparecer em diferen- resposta ou uma acção poderão
tes pastas de arquivo mas ser transferidas para a pasta das
o seu conteúdo continuar tarefas a realizar — e com três
num só local). A organização das níveis de prioridade, desde a tarefa
mensagens por pastas de arquivo mais urgente até à menos urgente.
facilita significativamente o acesso Estas acções a realizar irão apare-
a cada conteúdo, bem como a pes- cer na lista de tarefas a realizar do
quisa de um ou vários “mails”. próprio Outlook.
O motor de pesquisa inclu- O MSort oferece um conjunto
ído no MSort permite percorrer de funcionalidades que se tornam
milhares de mensagens em úteis no dia-a-dia de quem
poucos segundos, para encon- comunica intensivamente via
trar aquele “mail” correio electrónico.
importante. Logo NUNO BERNARDO O programa torna-se
que se passa a usar essencial em utiliza-
o programa para gerir o correio ções profissionais para reduzir o
electrónico, todas as mensagens tempo necessário a gerir o E-mail
recebidas passam a ser automa- recebido e enviado — permitindo
ticamente arquivadas de acordo não mais perder uma mensagem
com as características definidas. nem deixar de responder com rapi-
No entanto, todas as novas men- dez quando tal é necessário. Esta
sagens — ainda não lidas — con- “secretária virtual” mantém todas
tinuarão disponíveis na pasta de as mensagens permanentemente
mensagens a ler. As mensagens acessíveis, arquivadas em pastas
publicitárias não solicitadas próprias. De utilização gratuita,
(do chamado “spam”) serão de este é um daqueles programas
imediato transferidas para uma que vale a pena copiar da Internet
pasta de lixo, garantindo que a (http://www.mauskartech.com/)
caixa de entrada ficará “mais e testar ●
 agenda
FT World Mobile Communications
Conference
Data: 11-05-2005 a 12-05-2005
Local: London Marriott Hotel, Londres
(Reino Unido)
Contacto: Russell Day Organização:
Informa – Telecoms & Media
Tel.: +44 (0) 20-7017-5506
E-mail: telebookings@informa.com
URL: www.telecoms.com/wirelessnpd
Seminar on Using Film Financing
Methods to Fund Mobile Content
Creation
Data: 14-06-2005
Local: Earl’s Court, Londres (Reino Unido)
Organização: Informa – Telecoms &
Media
URL: www.mem05.com
MEM’2005 – Mobile
Entertainment Market
Data: 15-06-2005 e 16-06-2005
Local: Earls Court, Londres (Reino Unido)
Organização: Informa – Telecoms &
Media
Tel.: +44 (0) 20-7017-5506
E-mail: telebookings@informa.com
URL: www.mem05.com;
www.informatm.com;
www.telecoms.com
Global Messaging
Data: 15-06-2005 e 16-06-2005
Local: Earls Court, Londres (Reino Unido)
Organização: Informa – Telecoms &
Media
Tel.: +44 (0) 20-7017-5506
E-mail: telebookings@informa.com
URL: www.globalmessagingcongress.com
CNIC - 14th International
Scientific Congress
“40 Years at the Service of Science and
Technology”
Data: 27-06-2005 a 30-06-2005
Local: Havana, Cuba
Organização: National Center for
Scientific Research
E-mail: seminario@cnic.edu.cu
URL: www.cnic.edu.cu/14Congreso/
Bienvenida.htm
Terça, dia 10,
8th International Conference chegamos
on Technology Policy and Innovation a Roma
“Value-Added Partnering In a Changing
World”
Data: 6-07-2005 A 8-07-2005
Local: Lodz, Polónia
URL: in3.dem.ist.utl.pt/lodz2005/
Networkers
Forum 2005
Data: 9-11-2005 a 10-11-2005
Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa
Organização: HanseCom Media &
Communication
URL: www.hansecom.net
S E G U N D A - F E I R A . 9 . M A I O . 2 0 0 5 computadores .9
 JOGOS
‘OS SIMS 2 NA UNIVERSIDADE’, ‘PLAYBOY: THE MANSION’, ‘RUMBLE ROSES’, ‘RED NINJA: END OF HONOUR’ E ‘THE URBZ: SIMS IN THE CITY’
Estranhas formas de vida
“The Sims”
D
ESDE QUE A SAGA
tomou de assalto os computa-
dores que os jogos de estratégia
pessoal ganharam um estatuto
de algo especial. Apesar de
várias tentativas, até agora nenhum outro
conseguiu destronar a saga que se estendeu
para todas as plataformas e com numerosas
expansões. Uma das opções para conquistar
espaço é o apelo a um público mais adulto e a
entrada num território-tabu nos videojogos:
a sexualidade. Mas, com a estreia dos “Sims
na Universidade”, prova-se que é difícil
fazer melhor que o original.
A primeira expansão para o segundo
jogo para PC vem trazer novos desafios a
quem já terminou avidamente a sequela da
saga. Sendo obrigatório ter o jogo original
além da expansão, o que este “Na Univer-
sidade” oferece de novo (e já está a chegar
outra expansão: “Na Noite”) é a autonomia
que o início de uma vida adulta permite.
Com a chegada à universidade, vêm as van-
tagens e as dificuldades de ser jovem adulto.
Claro que se pode entrar para uma banda
de rock mas há que estudar, até porque os
bons resultados nos exames são a forma de
ganhar dinheiro. Claro que se pode ter uma
casa com estilo (há 125 novos objectos) e
fazer festas com os amigos, mas há tarefas
rotineiras a executar.
Vários pormenores fazem deste “Sims”
um dos mais divertidos de sempre: pode
ter-se uma planta carnívora para afastar
“cromos” indesejáveis, há uma máquina
doméstica de cirurgia plástica para evitar
ficar com a mesma cara o jogo todo. Da
mesma forma, cada personagem tem objec-
tivos muito pessoais, o que aumenta o desa-
fio e o interesse na interacção. “Os Sims 2
na Universidade” não é um jogo novo mas
é refrescante e traz bastante humor à série.
Venha a “Noite”…
Agora na versão para a nova portátil da
Nintendo, a DS, “The Urbz: Sims in the City”
— saga paralela à dos “Sims”, já conhecida
das consolas — não tem alterações, a não ser
a adaptação à plataforma a partir do Game-
Boy Advance. O jogo ganha
algum novo interesse com o MIGUEL
uso simultâneo dos dois ecrãs
da consola e das possibilidades do ecrã táctil,
além de ter uma área nova exclusiva: a Spli-
cer Island. De resto, mantém-se a mecânica
por missões, onde o personagem criado pelo
jogador vai interagindo com os outros habi-
tantes deste mundo tão peculiar, satisfaz as
computadores .10
Título “Os Sims 2 tos, oferecendo um apelo de jogo com na heroína sedutora. Seguindo um habitual
na Universidade” 8 /10
algo a desejar.
O objectivo é construir um império. Para
enredo de famílias nipónicas, com contornos
épicos muito específicos, encontra-se um jogo
Estilo Estratégia
Plataforma PC começar, há pouco dinheiro, uma assistente com história fraca, combates sem grande
Produtor Electronic Arts “faz tudo” e umas instalações, no mínimo, apelo e personagens lineares. É uma aven-
Distribuidor Electronic Arts “manhosas”. A partir daqui, há que ir tura com alguma acção mas sem grandes
Edição Maio 2005 aumentando as instalações, criando mais sobressaltos nem emoções, pelo qual se passa
apelo para potenciais clientes e, obviamente, sem guardar nada de especial na memória.
Título “Playboy: The Mansion” contratando “coelhinhas” — interagir com O único sal é que, aproveitando os seus atri-
Estilo Estratégia
Plataforma PS2
6 /10 as candidatas, fotografá-las para a revista e
perseguir a fama e a fortuna.
butos estereotipados de heroína ingénua mas
sensual, Kurenai tem um “golpe” de sedução
Produtor Ubi Soft Mas, passada alguma curiosidade ini- para defrontar os adversários quando as
Distribuidor Ecofilmes cial, vem ao de cima um ambiente de bocejo, armas clássicas podem não resultar… mas
Edição Abril 2005 dificuldade em efectuar acções teoricamente mais parece um esgar que
fáceis e um desinteresse pela suposta outra coisa. ●
Título “Red Ninja: End sensualidade que faz parte integrante
of Honour” 6 /10 do jogo. É pena que uma ideia que
Estilo Acção podia ser atraente para um jogo adulto
Plataforma PS2 — sim, neste jogo há sexo, mas não é tão
Produtor Sierra excitante (ou, pelo menos picante) como se
Distribuidor Infocapital possa imaginar — se perca numa falta de
Edição Abril 2005 motivação constante.
Ainda numa temática sexual, os fãs
Título “The Urbz: Sims de luta corpo a corpo têm em “Rumble
Estilo
in the City”
Estratégia
8 /10 Roses” uma proposta de cariz feti-
chista muito especial, pois trata-se
Plataforma Nintendo DS de um jogo de combate entre bel-
Produtor Electronic Arts dades com pouca roupa. Quer
Distribuidor Electronic Arts se tenha como sonho possuir
Edição Abril 2005 umas coxas bem torneadas
e usar biquinis provocantes
Título “Rumble Roses”
Estilo Combate
Plataforma PS2
6 /10
ou se goste apenas de ver
excelentes movimentos de
pernas, este é o jogo ideal.
Produtor Konami
Distribuidor Ecofilmes Apesar de conteúdo
Edição Março 2005 sexual muito implícito
— em especial, nalguns
suas necessidades básicas e vai ganhando dos golpes de luta livre,
estatuto e o respeito dos outros habitantes. a lembrar um manual de
Tal como já era para o GBA, também este posições sexuais —, este é
“Urbz” é fundamental na ludoteca da DS. um jogo mais para ver do que
Pena é que não se possa importar o historial para jogar. Como jogo de luta
do GBA… puro e duro, há muito melhor e
Procurar algo diferente é a opção é nítida a inspiração de “Rumble
para quem quer seguir o êxito dos Roses” em algumas das referências
“Sims”. A sexualidade é o caminho do género. Por outro lado, a fluidez
tomado para a estreia do maior império da luta (afinal, o fundamental
mundial ligado ao sexo no campo dos deste tipo de jogos) tem
jogos. Com “Playboy: The falhas notórias, sendo
CRESPO Mansion”, a escola de Hugh difícil encadear golpes. O
Heffner permite ao jogador mesmo se passa na pró-
descobrir os segredos das “coelhinhas”, pria animação, que merecia
num jogo de estratégia carregado de mais cuidado, ou mesmo na
sensualidade e sexualidade. Mas, tal banda sonora pouco apelativa.
como todos os outros jogos que exploram Um jogo de ninjas não é nada de
a simulação da vida real (como na TV), novo… e “Red Ninja: End of Honour”
também “Playboy” se perde nos atribu- não foge ao estereótipo, nem sequer
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